Quinze dias depois de Nurburgring, a Formula 1 estava na Austria, onde iria correr no ultra-veloz circuito de Zeltweg e esta prova iria realizar-se numa altura em que praticamente o campeonato estava decidido a favor de Jackie Stewart e da Tyrrell, pois o escocês já tinha um avanço de 32 pontos sobre o segundo classificado (51 contra 19 de Jacky Ickx).
Entre as duas corridas, havia novidades no pelotão. A Ferrari corria com dois carros, com Mário Andretti a correr nos Estados Unidos, enquanto que a McLaren despedira Peter Gethin e este logo depois foi para a BRM para correr ao lado de Jo Siffert, no carro que tinha sido de Pedro Rodriguez, morto um mês antes numa prova de Endurance na Alemanha. Para o lugar de Gethin na McLaren, fora contratado Jackie Oliver, que depois de no ano anterior ter corrido na BRM, estava sem volante fixo. Outro piloto que correria na BRM nessa corrida era o local Helmut Marko.
Outra novidade era a Matra, que primava pela ausência nesta corrida, depois de ter participado com um só carro na Alemanha. Em contraste, a March alugava um chassis para um piloto local pudesse estrear na categoria máxima do automobilismo. Chamava-se Niki Lauda.
Na qualificação, a surpresa: o BRM de Jo Siffert consegue fazer a pole-position, batendo o Tyrrell de Jackie Stewart. Na segunda fila estava o companheiro de Stewart, o francês Francois Cevért, tendo a seu lado o Ferrari de Clay Regazzoni. Emerson Fittipaldi conseguia o quinto tempo, seguido pelo segundo Ferrari de Jacky Ickx, enquanto que na quarta fila ficavam os brabham do australiano Tim Schenken e do veteranissimo Graham Hill, e a fechar o "top ten" estavam o McLaren de Dennis Hulme e o segundo Lotus de Reine Wissell.
Na partida, Siffert fica com a liderança e defende-se dos ataques do pelotão perseguidor constituido por Stewart, Regazzoni, Cevért, Ickx e Schenken. A primeira baixa acontece na oitava volta, quando o suiço da Ferrari desiste por causa do motor quebrado. Com isto, Cevért sobre para terceiro e junta-se a Stewart no pelotão perseguidor a Siffert. Mas nessa tarde, o BRM está irreprensível e começa a afastar-se dos Tyrrell. Na volta 21, Stewart começa a ter problemas de direção e assinala a Cevért para que passe e apanhe Siffert. O escocês cai para terceiro e tem Ickx logo atrás, e os Brabham e os Lotus á luta um com o outro.
Na volta 31, Ickx encosta de vez e abandona, deixando Stewart como campeão virtual, pois ainda tinha de acabar a corrida. Mas pouco depois, na volta 36, Stewart vê o seu eixo traseiro partir-se e tem um acidente, sem consequências de maior. Apesar disso, já poderia comemorar o seu bicampeonato, a quatro corridas do fim. Com isto, Fittipaldi era terceiro e Schenken o quarto, enquanto que Wissell e Hill lutavam pelos restantes lugares pontuáveis.
Na frente, Cevért partia em perseguição de Siffert, mas na volta 48, a sua caixa de velocidades quebra-se e o brasileiro fica com a segunda posição. A partir dali, passa ao ataque e quase vence a corrida, por causa de um furo lento que o suiço da BRM sofre na última volta.
No final, os dois primeiros ficam separados por 4,5 segundos, mas o suiço leva a melhor, com Fittipaldi em segundo, no melhor resultado do ano para a Lotus, enquanto que Tim Schenken é terceiro e consegue o seu primeiro pódio da carreira. Reine Wissell é o quarto, Graham Hill o quinto e Henri Pescarolo, no March inscrito por Frank Williams, fica com o último lugar pontuável.
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