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A semana pode não ter sido grande coisa em termos de Formula 1, com a excepção das noticias sobre o chumbo no "crash-test" do chassis da Marussia (ex-Virgin), que o irá impedir de alinhar na última série de testes que começou hoje em Barcelona, e que o fará com que chegue a Melbourne em "estado virgem". Irónico, hein?
Mas o assunto que quero trazer esta semana vi no blog do Joe Saward e no seu "The Mole" e tem a ver com a Renault. Trago isto porque tem o seu interesse: é o recuperar de um nome para fins desportivos, a Alpine. E isso pode significar também o regresso da Renault à ribalta na principal categoria do automobilismo.
Para quem não sabe do que se trata, um pouco de história: Jean Redelé (1921-2006) era o dono de uma revendedora da Renault em Dieppe, no norte de França, em 1946, quando pega num Renault Dauphine e começa a modificar o seu motor, de forma a ser mais veloz e o levar a algumas provas de estrada. A Renault - estatizada pelo governo francês logo após a II Guerra Mundial como castigo pelo fato do seu fundador, Louis Renault, ter colaborado com os nazis durante a Ocupação - incentivou ao longo do tempo as aventuras de Redelé com verbas para construir carros próprios. E isso aconteceu, com a marca a construir carros como o A110, um grande "coupé" que no Brasil recebeu o nome de "Willis Interlagos" e que deu nas vistas em provas de ralis e na pista, principalmente nas 24 Horas de Le Mans.
Ao longo dos anos 70, a casa-mãe Renault envolveu-se cada vez mais na concepção e construção de chassis e motores, ao ponto de quando a marca entra na Formula 1, a Alpine já tinha sido totalmente absorvida. Mas mesmo assim, nos anos 80 e 90, da fábrica de Dieppe saem modelos absolutamente alimentados pela Alpine como o Renault 5 Turbo, e depois o Clio V6 e o Clio Williams.
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Se isto tem algum prazo para ser implementado, não se sabe. Sabe-se contudo, que quando a Renault decidiu mostrar-se como um "construtor verde", ao anunciar uma vasta gama de veículos elétricos, seria vista uma aposta muito arriscada e mais a muito longo prazo, e com resultados ainda incertos. Carlos Ghosn, o numero um da marca, pode detestar o automobilismo, e no final de 2008 poderia - e teria - razões mais do que suficientes para se afastar após os eventos do "Crashgate" singapureano, mas até que ponto é que o numero dois, Carlos Tavares, tem "carta branca" para relançar a Alpine no mundo das corridas, é algo que precisa de ser esclarecido.
Uma coisa é certa: a aposta da marca em reavivar o nome "Alpine" pode significar a médio prazo o regresso da Renault à Formula 1. Como em 2014 haverá um novo tipo de motores Turbo, tecnologia que a marca francesa implementou na categoria máxima do automobilismo há 35 anos, pode ser aí a oportunidade de ficar com os ativos de alguma equipa, ou então o mudar de nome dos seus motores - e nem em todas as marcas, pois a Red Bull poderá ter motores com nome "Infinniti" para publicitar a sua marca de luxo da Nissan.
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