Em 1964, a CSI – a antecessora da FIA – decidiu que a partir da temporada de 1966, os motores passariam a ser de 3 litros, o dobro da potência existente então. Para muitos, bastava apenas juntar dois motores Climax e estava o trabalho feito. Mas no final de 1965, a preparadora decidiu que iria abandonar o automobilismo, o que causou um enorme choque entre pilotos e construtoras. E agora, onde é que iriam arranjar um motor tão fiável como aquele?
A solução não estava a ser fácil. Quando chegou a temporada de 1966, muitos decidiram que a solução seriam os V12. Ferrari e Maserati deram esse tipos de motores, enquanto que Dan Gurney, que tinha decidido montar a sua equipa, a Eagle, decidira construir um V12 à britânica Westlake. A BRM tinha um estranho motor H16, montado de forma transversal, que de tão complicado que era, levava a frequentes quebras. A Brabham parecia que indicava o caminho, ao fazer motores V8 da preparadora local Repco, baseadas em velhos motores Oldsmobile. Mas os blocos eram envelhecidos e a sua potencialidade parecia ter chegado ao limite. Logo, outros motores teriam de aparecer.
Logo em 1966, Colin Chapman, o patrão da Lotus, decidira que o V8 seria uma boa solução, mas precisava de encontrar alguém que estivesse disposto a aceitar esse projeto. Tempos antes, tinha conhecido Walter Hayes num evento social. Antigo jornalista, tinha-se tornado relações públicas na Ford Europa, ajudando a expandir as vendas da marca. Feito o serviço, tinha descoberto o automobilismo e tinha visto o seu potencial, numa altura em que aquilo era pouco mais do que… artesanato. Ou seja, tudo muito primitivo. (...)
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É sobre este momento marcante na história do automobilismo que falo este mês no Nobres do Grid.
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