E por causa disso, as regras eram estas: os pilotos não poderiam fazer mais que 18 voltas com o mesmo jogo de pneus, caso contrário, os comissários iriam ser obrigados a mostrar a bandeira negra da desclassificação. Pois é... chegamos a este ponto. E claro, cada uma das equipas tinha de fazer uma estratégia que não só permita a sobrevivência, como o coloca o piloto rápido e a passar os seus concorrentes. E quem viu ontem, sabe, por exemplo, que os moles são velozes nas primeiras 10 voltas e... mais nada.
Antes das luzes se apagarem, Lewis Hamilton era um dos pilotos que começavam com moles, acompanhado por Yuki Tsunoda, por exemplo. E quando isso aconteceu, Hamilton arrancou bem e parecia que iria ficar com a liderança quando tocou em George Russell... e ambos acabaram na gravilha! Uma repetição de Barcelona 2016. Max tinha apanhado um susto, mas tudo bem. E claro, o Safety Car na pista. Russell arrastou-se às boxes, trocou de nariz e torceu para que não tivesse mais estragos.
A corrida recomeçou na volta 5, com Max a afastar-se de Piastri, com Alonso logo a seguir. Muito atrás, Russell conseguia passar Perex enquanto Nico Hulkenberg, que estacionara o seu carro num lugar errado, tinha uma penalização de... 10 segundos!
A corrida começava bem...
A partir da volta 12, começam as paragens nas boxes. Norris foi o mais tardio, na volta 14, com Russell a ser segundo - aproveitando muito bem, mostrando que não tinha estragos de monta no seu carro. Entretanto, Alonso conseguiu passar Leclerc, mas ainda estava longe de Piastri. E na frente, Max via tudo calmamente, usando os pneus até ao limite.
E aconteceu na volta 18. Nessa altura, apenas quatro carros não tinham parado: os Red Bull, o Williams de Albon e o Sauber-Alfa de Guanyou Zhou. Eles foram na volta seguinte, e regressaram com médios. Com o regresso, Max na frente de Piastri, mas o mais surpreendente era Bottas em terceiro, na frente dos Aston Martin e de um Norris em recuperação. Bottas e Stroll foram os primeiros a fazer a sua segunda paragem, na volta 22.
Piastri foi para as boxes na volta 26, seguido por Ocon e Lelcerc, e todos metiam duros, indo para o limite... ao mesmo tempo que Pérez era penalizado com cinco segundos por causa dos limites de pista que constantemente quebrava. Ele parou cinco voltas depois, na 32, e ficou à espera que tocassem para poder avançar. Russell parava na volta seguinte, o primeiro a fazer a sua terceira paragem.
Quando Max foi às boxes, na volta 35, para colocar duros, Alonso despistava-se a regressava na sétima posição, com os pneus manchados e a ser monitorizado pelos comissários para saber se fez tudo bem ou não. Feitas essas paragens, Werstappen estava na frente dos McLaren, com Piastri na frente de Norris. Russell era quarto.
Bottas, Stroll, Magnussen e Lawson paravam na volta 40, para irem até ao fim com médios, enquanto Logan Sargent sentia dificuldades e parecia que ia se retirar. E Pérez era penalizado... pela segunda vez. Piastri parava na volta 44, para colocar duros - até ao fim - seguido por Leclerc e Pérez, que tinha de cumprir pela segunda vez uma penalização. E na volta seguinte, era a altura de Norris, com duros até ao final. Russell, agora segundo, tinha a chance de colocar um jogo de moles para a parte final, e se calhar... até poderia chegar ao pódio.
No final, nova vitória de Max, a primeira como campeão do mundo. Piastri tinha o seu fim de semana de sonho, na frente de Norris, que não conseguiu apanhá-lo, apesar das voltas mais rápidas. E Russell era quarto, mostrando que os moles... não serviam para nada.
E foi assim a corrida no Qatar. Agora, duas semanas até à parte americana da competição. Mas agora, os títulos já estão atribuídos.
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