Contudo, não conseguiu. E se tivesse esperado mais um pouco, provavelmente poderia ter conseguido. Mas ele não tinha - nem tem - o dom da adivinhação. É que Michael Schumacher tinha tocado no muro uns metros antes e se calhar, tinha danos no seu carro que não permitiriam continuar por mais uma ou duas voltas. Agora... foi de propósito?
Que ele tentou defender-se, tentou, isso é um facto.
Muitos sentiram injustiça pelo que aconteceu, e a reputação de Schumacher como sendo alguém que defenderia o resultado, custe o que custar, apareceu por aqui - e mais forte seria em 1997, em Jerez, mas ali, o tiro saiu pela culatra por muitas vezes, - mas depois de tudo o que aconteceu naquela temporada de 1994, o que todos queriam era que acabasse. Não daquela maneira, mas quando afirmo que "foi aquela que merecia", tem mais a ver daquilo ter sido o espelho de toda uma temporada, com acidentes, mortes, trapaças e outras coisas, uma forte mudança de mentalidades em relação à segurança. Ao contrário de antes, os espectadores não toleram a morte de um piloto na televisão, num domingo à tarde. Se querem ficar com uma ideia de quantos assistiram ao GP de San Marino, a 1 de maio, a estimativa é de entre 220 e 270 milhões de pessoas, um pouco por todo o mundo.
Mas isso são águas passadas. O final do GP de Austrália, e dos eventos em Adelaide, naquele dia de há 30 anos, ainda hoje é considerado dos finais mais controversos da história do automobilismo. E paradoxalmente, não consigo ver outro tipo de final para uma temporada como aquela.
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