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Nasceu a 6 de Novembro de 1931 em Kiddermaster, no Worcestershire. Era filho de um vendedor de automóveis bem sucedido, e começou a sua carreira logo depois do final da II Guerra Mundial. Sendo contemporâneo de Stirling Moss, ambos começaram na Formula 3, categoria onde dominavam os motores de 500 cc, montados por vários construtores como Cooper ou HWM. Foi aliás com esta última equipa que Collins começou a tentar a sua sorte na Formula 1 aos 21 anos, em 1952, sem resultados de relevo. Em 1954, foi para a Vanwall, mas os resultados também foram precários, sem colocar o seu carro nos pontos. A mesma coisa aconteceu em 1955, desta vez a bordo de um Maserati 250, inscrito pela BRM.
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Após isso, Collins foi segundo em Silverstone, e chegou à ultima prova do campeonato, em monza, numa posição em que poderia ser campeão do Mundo. Nessa corrida, Fangio estava a liderar, quando teve um problema na coluna de direcção, e teve que encostar à box. A equipa ordenou a Luigi Musso para que cedesse o lugar a Fangio, mas o italiano recusou. Contudo, o piloto argentino teve carro para prosseguir a corrida e alcançar o título. Cedido por quem? Não mais do que... o seu rival, Peter Collins.
Mais tarde, quando a corrida terminou, e Fangio celebrava o seu segundo lugar da corrida (vencida por Stirling Moss) e conseguia os pontos suficientes para ser campeão do mundo pela quarta vez, perguntiou-se a Collins o porquê deste gesto de aparente "fair-play". A resposta foi simples: "Sou demasiado novo para ser Campeão do Mundo". Caso tivessem sido aplicadas as regras de hoje, Collins teria sido o campeão do mundo mais novo de sempre até 2005, altura em que Fernando Alonso conquistou o seu primeiro título mundial... Nesse ano, Collins obteve duas vitórias, cinco pódios e 25 pontos no campeonato, terminado no terceiro lugar.
Em 1957, Collins tem um novo companheiro de equipa: o seu compatriota Mike Hawthorn. Os dois establecem de imediato uma empatia nas pistas e fora delas, uma amizade que durará até ao fim. Hawthorn chamava-o de "mon ami mate". Pela mesma altura, Collins conhece e casa-se com uma herdeira americana, de seu nome Louise King, e viviam juntos uma vida de "jet set No Mónaco, onde o casal tinha um iate. Contudo, a temporada de 1957 foi má, em comparação com a anterior. O melhor que Collins teve foram dois terceiros lugares em Reims e Aintree. no final da temporada, Collins foi nono no campeonato, com oito pontos, e dois pódios.
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E em Silverstone, com Collins no sexto lugar da grelha, disparou logo para a primeira posição, e não mais a largou até ao final da corrida. Era a sua terceira vitória na sua carreira, e tudo indicava que poderia ser o clique que precisava para disputar pela segunda vez na sua carreira o título mundial, com o seu maior rival, o "mon ami mate", Mike Hawthorn.
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Apesar de não ter terminado a temporada de 1958, nesse ano ganhou uma corrida e conseguiu dois pódios, terminando na sexta posição, totalizando 14 pontos. Quanto à sua carreira na Formula 1, o resumo é este: 35 Grandes Prémios, em sete temporadas (1952-58), três vitórias, nove pódios, 47 pontos no total.
Peter Collins era um excelente piloto, e tinha tudo que era necessário para ser Campeão do Mundo. Essa tinha sido a segunda morte do ano no pelotão da Formula 1, algumas semanas depois de Luigi Musso, em Reims, na França. E foi nesse dia que Mike Hawthorn, que tinha visto "mon ami mate" morrer à sua frente, decidiu abandonar a Formula 1 no final da época, independentemente de conseguir ou não o título mundial. Cumpriu a promessa.
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