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O ano de 1958 via-se que o dominio dos carros italianos começava a ser ameaçado pelas equipas britânicas como a Vanwall e a BRM, com a pequena Cooper, e o seu revolucionário carro de motor traseiro, embora não fosse tão revolucionário assim, pois a Auto Union usava vinte anos antes...
Nessa corrida acorreram um numero recorde de inscritos: 28 pilotos. Para além de Maserati, Ferrari, Vanwall e Cooper, que inscrevia quatro carros, para o francês Maurice Trintignant, os ingleses Ron Flockhart e Roy Salvadori e um jovem australiano, que tinha sido sexto classificado no ano anterior, chamado Jack Brabham. Também estavam no Mónaco a italiana OSCA, a Lotus e a Connaught. Se a primeira escuderia, dirigida por um jovem engenheiro chamado Colin Chapman, era a sua estreia na Formula 1, a Connaught trazia como pilotos, o americano Bruce Kessler e o inglês Paul Emery. E o seu proprietário era um jovem britânico de 27 anos chamado... Bernie Ecclestone.
Mónaco seria o palco de algo até então inédito na Formula 1: uma mulher corredora. A italiana Maria Teresa de Fillipis participava na competição com um Maserati 250F privado. Deu o seu melhor nos treinos, mas no final, conseguiu apenas o 24º tempo, e não conseguiu a qualificação.
Outro dos pilotos que lá andava era uma lenda, o único que participara na sua primeira edição, 29 anos antes: Louis Chiron. Então com 58 anos, iria tentar a sua sorte, a bordo de um Maserati 250F. Mas contra pilotos com metade da sua idade, as suas tentativas foram frustradas, ao conseguir apenas o 26º tempo entre os 30 inscritos. Tinha sido a sua última participação competitiva, e até à sua morte, vinte e um anos depois, participaria no Mónaco como o homem que agitava a bandeira xadrez para o vencedor.
Entretanto, na Connaught, nenhum dos seus carros entrava nos 16 eleitos para a corrida. desesperado, Ecclestone tentou a sua sorte. Deu umas voltas, e... marcou o pior tempo da grelha.
Entre os 16 qualificados, o melhor foi Tony Brooks, num Vanwall, tinha a seu lado, na primeira fila da grelha, o BRM do francês Jean Behra e o Cooper-Climax de Brabham. Aliás, os Cooper ficaram no terceiro, quarto (Trintignant) e quinto posto (Salvadori). Só Flockhart falhara a grelha. Mike Hawthorn era sexto e Stirling Moss o oitavo da grelha, à frente dos Ferrari de Luigi Musso e de Peter Collins.
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A insistência em querer o primeiro lugar teve frutos, e na volta 33, conseguiu ultrapassar Hawthorn. Contudo, isso foi sol de pouca dura, pois na volta 38, o motor falha e ele retira-se. Assim sendo, Hawthorn recupera o comando, e tudo parecia que a Ferrari iria ganhar a sua primeira corrida deste ano. Mas numa corrida de 100 voltas e duas horas e meia de duração, tudo podia acontecer, e assim foi: na volta 46, a bomba de combustível do seu Ferrari avaria, e ele recolhe-se às boxes para não mais sair. O novo líder era agora, o Cooper de Maurice Trintignant, inscrito por Rob Walker, o mesmo que tinha levado Stirling Moss a ganhar na Argentina!
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Após este pódio acima referido, surgia no quarto posto, o australiano Jack Brabham, no seu Coper oficial. Era um prenuncio do que viria a seguir, mas só no ano seguinte é que se veria em todo o seu esplendor. E no quinto lugar vinha o BRM do americano Harry Schell, a oito (!) voltas do vencedor. E no sexto e último posto, acabava o Lotus 12 de Cliff Allison, a 13 voltas do primeiro. Era a primeira aparição de uma marca mítica...
Fontes:
1 comentário:
Uma das coisas mais incríveis de Mônaco (e talvez a única coisa legal além do belíssimo visual do local) é o fato de o "circuito" respirar história... assim como Monza. É incrível notar que assistimos a um GP que ocorre desde a primeira edição da categoria!
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