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James Young Stewart nasceu a 11 de Junho de 1939 na cidade de Dons, no sul da Escócia. O automobilismo corria na família, pois o seu pai, Robert Stewart, era dono de uma garagem da Jaguar na sua terra natal e tinha sido um corredor de motos, participando no Man TT entre o período das duas guerras. O seu irmão mais velho, Jimmy Stewart (1931-2008), também se tinha envolvido na competição automobilística, correndo na famosa Ecurie Ecosse, tendo participado no GP de Inglaterra de 1953, ao volante de um Cooper-Climax.
Jackie era mau aluno na escola, e cedo se virou para os desportos motorizados. Anos mais tarde, já retirado da competição, soube que a razão para esse mau desempenho: era dislexico. Anos mais tarde, na sua autobiografia, referiu esse tempo na escola como “negro. Quando era um jovem rapaz lutando para sobreviver na escola [por causa da dislexia], o mundo parecia um lugar muito negro. Descobri a minha salvação no mundo das corridas, porque, numa altura de confusão interior e necessidade de referências, foi o meu irmão mais velho que carregou a tocha e mostrou-me o caminho, transportando-me numa espécie de carpete mágico do ambiente selvagem e escuro da escola para o mundo mágico, glamoroso e iluminado do automobilismo.”, contou.
Contudo, dois acidentes graves em que envolveu o seu irmão, nomeadamente as 24 Horas de Le Mans, em 1954, e os 1000 km de Nurburgring, no ano seguinte o fizeram com que se retirasse da competição, e a família o dissuadisse o jovem Jackie de correr. Assim, o jovem rapaz, ávido por desportos, passou a praticar tiro aos pratos. Tornou-se tão bom que falhou por pouco a qualificação à selecção nacional inglesa que iria participar nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960.
Por essa altura, já se tinha envolvido na garagem do seu pai, onde conhece um dos clientes, chamado Barry Filer. Em 1961, Filer convida o jovem de 22 anos para testar os seus carros no circuito de Oulton Park no campeonato local de Turismos, onde ganha por quatro vezes. Isso faz aumentar os índices de confiança de Stewart, e em 1962 vira piloto profissional e a equipa do seu irmão, a Ecurie Escosse. As suas performances são boas e no final do ano de 1963, um jovem “team manager” convida-o para dar umas voltas num Cooper de Formula 3, ao lado do experiente Bruce McLaren. Em poucas voltas, Stewart iguala os tempos do neozelandês, e este regressa à pista para melhorar a sua performance. Stewart não se fez rogado e respondeu, melhorando esses tempos. No final do dia, vendo o talento desse jovem, contratou-o para a temporada de Formula 3 em 1964. O homem que o iria contratar era Ken Tyrrell, e nesse dia começava uma parceria que duraria até ao final da carreira do piloto escocês, nove anos depois.
Nesse ano, Stewart vence a sua primeira corrida, em Snetterton, de forma absolutamente dominadora, com um avanço de 44 segundos sobre a concorrência. Era o inicio de uma temporada esmagadora para o piloto escocês e para a Cooper da equipa de Ken Tyrrell. A meio da época, a Cooper ofereceu-lhe um lugar na sua equipa de Formula 1, mas declinou a oferta, preferindo concentrar-se na sua temporada vitoriosa na Formula 3. No final do ano, seria campeão com sete vitórias, e mais algumas em eventos prestigiantes como o GP do Mónaco.
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2 comentários:
Grande especial, Speeder.
Reza a lenda que Stewart era tão ruim e desmotivado na escola que cansou de apanhar dos valentões. Resultado? O nariz torto que muitos pensam ser prova do acidente mais grave de sua carreira na Fórmula 1.
Espero pela próxima parte. Abraços.
Linda e merecida homenagem Speeder!
Parabéns pelo magnífico blog!
Abraços!
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