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Francamente, nunca me iludi em relação às capacidades do piloto alemão. Nâo acreditava vê-lo ao mesmo ritmo de 2004, altura em que conseguiu o seu último título mundial, e sabia que vinha de três anos de ausência e que ele iria ter dificuldades em bater o jovem Nico Rosberg, mas também não esperava vê-lo com o carro campeão do mundo de 2009, a lutar pelo décimo posto, contra o Toro Rosso do jovem (19 anos de diferença!) Jaime Alguersuari durante quase 40 voltas. E antes disso, teve dificuldades em passar o Virgin de Timo Glock.
Claro, Schumacher foi vitima das carambolas da primeira curva. Mas Fernando Alonso, que foi criticado no Sábado pelo mesmo heptacampeão do mundo com acusações de ter sido prejudicado nas suas voltas rápidas, safou-se mais rapidamente do trânsito que tinha à sua frente do que o piloto de 41 anos. Apesar de ainda estarmos na segunda prova do ano, aparentemente, desenha-se uma tendência.
O "La Stampa", jornal de Turim, propriedade da familia Agnelli (logo, com ligações indirectas à Ferrari) afirma o seguinte na sua edição de hoje: "O carro não é o melhor, mas um de seus pilotos, aquele que tem sete títulos e que ganha 30 milhões, parece ter perdido as suas faculdades. A prova? Foi ultrapassado por um Virgin", lia-se. Para acabar em beleza, o jornal remata: "Luca Badoer foi crucificado por muito menos. Temos certeza que é realmente Michael Schumacher debaixo daquele capacete vermelho? Talvez Montezemolo estivesse certo quando disse que era o seu irmão gémeo".
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Alguns, mais radicais, já pedem as cabeças de Domenicalli, e massa até deve ser já substituido por Giancarlo Fisichella, e que no próximo ano deveriam contratar o polaco Robert Kubica. É o que dá dizer asneiras no calor do momento. O chato é que certa imprensa aproveita logo...
E estamos ainda na segunda corrida do ano. Imagino como vai ser daqui a dois meses, quando a Formula 1 estiver na Europa.
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