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Primeiro que tudo, digo ao "advogado do Diabo" que considero uma ofensa pessoal que me diga que estou "mal informado" sobre este assunto. Muito pelo contrário: estou suficientemente - até demasiadamente - informado para tomar uma opinião sobre este caso, e ao longo da tarde andei a dizer no meu Twitter as razões pelos quais não gramo em nada a energia nuclear. Uma delas é a sua má reputação: em apenas 32 anos houve três acidentes graves: Three Mile Island, nos Estados Unidos, Chernobyl, na Ucrânia (então parte da União Soviética) e agora Fukushima, no Japão. Centrais de construção diferente, com materiais diferentes, com processos de arrefecimentos diferentes - os russos usam grafite, os ocidentais água doce - e acidentes diferentes. Contudo, mesmo que cada caso é um caso, as consequências foram graves: a periculosidade e a alta radioatividade dos materiais mostram que a sua vulnerabilidade perante uma catástrofe é intolerantemente alta.
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E para finalizar, as alternativas começam a ser viáveis. As eólicas e as centrais solares começam a ter um impacto no peso total da energia produzida nos países que os usam, e em Portugal, onde a dependência energética é maior do que os outros países da Europa, pois não tem petróleo suficiente para ser viável em termos comerciais, o peso desse tipo de energia já alcança os 20 por cento. O que começa a poupar na factura e a ser menos dependente do exterior nesse aspecto.
Há alguns meses vi na National Geographic o documentário sobre uma central de energia solar nos arredores de Sevilha que começa a ter potência para alimentar uma cidade de milhão e meio de habitantes. Não fixei o numero, mas tem de ser da ordem de alguns Gigawatts. Se isto funciona agora, com essas centenas de painéis solares que alimentam a turbina a vapor que gera a eletricidade durante 24 horas por dia, com os depósitos de energia acumuláveis nos dias de menor intensidade solar, imaginem dentro de dez ou quinze anos, quando a tecnologia for melhor, quando os painéis solares forem mais eficientes a absorver energia, mesmo nos dias nublados? Já não é uma questão de "se" mas sim de "quando". E quando isso acontecer, as restantes energias arriscam a ser inviáveis.
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