![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOCLQ-F6HmIteFCO4czZMTqk70RjshtyleNOrZRpMbi84T3aSsdcjh_K1w1jSfNZ-qMRADSlEDM1aeRMunu2wr8Ke2t8L4l9cS9qWTS-HuU5cypF4uZmPCnvFnhEJbDd7i8qr6665l3BE/s400/Belgica+68.bmp)
O ano de 1968 estava a ser muito agitado, e marcante em todos os sentidos. A Lotus tinha começado a correr com patrocínios exteriores, nomeadamente o da Imperial Tobacco, fazendo com que os carros substituíssem o British Racing Green pelo vermelho e dourado da Gold Leaf.
Por outro lado, a equipa de Colin Chapman estava em ferida: Jim Clark tinha morto há dois meses atrás, num acidente de Formula 2 em Hockenheim, e Mike Spence, outro piloto da Lotus, tinha morrido um mês mais tarde, nos treinos para as 500 Milhas de Indianápolis, testando o Lotus 56 Turbina. Portanto, as coisas andavam um pouco agitadas. Como dizia então Chris Amon: “Muitos de nós pensávamos que éramos inatingíveis, e isso (Jim Clark) acabou ali…”
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBzeNSyxCF-v5mOZbAwrQUUhohQwZW9q9yMJNFoJjtMAqEZRk8Ipb3wANiHrWGvxHu5GXrNNgb8iHS0Ke-3E5uxUrt-VxAeakBomEAMpY4Dyo2f4TRT_M3_BQ61WCKXzNcvRGmu-CBrIE/s400/Monaco+68.jpg)
Mas esse grande prémio iria marcar a estreia oficial de um elemento que irá perdurar até aos nossos dias: os aérofólios. Desde que no ano anterior, o Chaparral da Can-Am usava um apêndice aerodinâmico na sua traseira, como forma para ganhar maior carga aerodinâmica e segurar os carros, principalmente em curva. No início do ano, Jim Clark tinha testado isso numa prova da Tasman Séries, na Nova Zelândia, e tal coisa tinha sido observada por Gianni Marelli, engenheiro de pista de Chris Amon, então na Ferrari. Marelli decidiu tirar fotografias de todos os ângulos, para poder observar melhor…
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb_EDpg95bwXMjtZbH31Wm9aF7kd68uIcEL7OLU-HB5v4yTHXtcZfTMtuBJLKfIynK_rJgE-AACdKro4IqhrWYTzYlB2ZyUpHjXRD_5CGW3KD_iNsdlEnkUPlZQ16h2mMjSUWwLaEKexw/s400/Belgica+68+3.bmp)
Passando para a corrida, foi um fim-de-semana chuvoso, principalmente no Sábado. Amon mostrou que o novo conceito resultava e marcou a “pole-position”, seguido por Jackie Stewart e Jacky Icxx, noutro Ferrari. Bruce McLaren era sexto, Graham Hill era 14º, com problemas no seu Lotus.
No Domingo, a chuva tinha parado, e a corrida decorreu em piso seco. Na partida, Amon foi para a frente, seguido por Stewart, Icxx e McLaren. As coisas andaram mais ou menos bem até à volta oito, quando o radiador de Chris Amon ficou destruído devido a uma pedra, fazendo com que o motor se sobreaquecesse. Sendo assim, quem foi para a frente fora Jackie Stewart, seguido de McLaren, Icxx e Pedro Rodriguez, num BRM. O neo-zelandês e o escocês estiveram lutando pelo comando, mas o piloto da Matra levou a melhor, até que na última volta… golpe de teatro. O carro ficava sem gasolina! O consumo foi mal calculado, e o escocês ficava a pé. Contudo, nem tudo era mau, pois acabou classificado na quarta posição.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWvPKBezqszzvC5UfpTZm0uIlnG6Cnf1CerYt_ilQCc38CTN64OPl-j_5sgDtyPTpVMUuKK2jRxB4q5rSBkS6x_mCUJh-SX9RgCUcpZbKNSzh6-eCUxqLVagI-fJs03evjlyTUbFz3c9Q/s400/Belgica+68+2.bmp)
A acompanhá-lo no pódio estiveram o mexicano Pedro Rodriguez, num BRM, e o piloto da casa, Jacky Ickx, num Ferrari. Era o primeiro pódio da sua longa carreira, no seu quinto Grande Prémio na Formula 1. Depois de Jackie Stewart, os últimos dois pilotos a acabar nos pontos foram Jackie Oliver, num Lotus, e o belga Lucien Bianchi, num Cooper - BRM.
O pelotão da Formula 1 tinha visto um vislumbre do futuro. A partir dali, nada iria ser como dantes, e nos meses seguinte, iria-se ver todo o tipo de experiências para verificar a eficácia das asas, levando a conceitos cada vez mais loucos… e cada vez mais perigosos.
2 comentários:
Muito bom post, como todos os anteriores... Força!
Fica bem,
Miguel
Legal as fotos dos carros e do cartaz !!!!!
Enviar um comentário