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Bom, então vou falar sobre esta corrida, e das circunstâncias que a rodearam. A temporada de 1987 estava a ser um duelo entre Williams - Honda pelo título: Nigel Mansell contra Nelson Piquet. Os outros candidatos à vitória tinham que se contentar com as "migalhas": Alain Prost, o então campeão do Mundo, lutava contra um McLaren com motor TAG - Porsche já datado, e Ayrton Senna, com o Lotus - Honda. Prost tinha ganho no Brasil e na Belgica, igualando um "record" importante: o de vitórias, que pertencia desde 1973 ao escocês Jackie Stewart. Quanto a Senna, fora o vencedor no Mónaco (onde começaria o seu reinado no Principado) e em Detroit.
Quem andava na mó debaixo eram os Ferrari. Gerhard Berger e Michele Alboreto tentavam contrariar os mais resultados, mas até ao Estoril, o melhor que tinham conseguido foram dois terceiros lugares, por intermédio do piloto italiano. Mas desde o meio da época que os carros da casa de Maranello estavam a recuperar, e no Estoril, Berger e Alboreto começavam a aparecer nos lugares da frente...
E foi o que aconteceu nos treinos. Apesar de Mansell ter dado o seu melhor, quem ficou com a "pole-position" foi o austríaco da Ferrari. Era a primeira da sua carreira e a primeira da marca de Maranello em mais de dois anos. Logo a seu lado estava Mansell, no seu williams-Honda de suspensão activa. Na segunda fila estava Alain Prost, no seu McLaren, e Nelson Piquet, no segundo Williams. Ayrton Senna era quinto, tendo a seu lado o segundo Ferrari de Michele Alboreto.
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No choque, para além de Warwick, Brundle e Naka-san, os outros carros envolvidos no acidente são o Minardi de Adrian Campos, o Arrows de Eddie Cheever, o Zakspeed de Christian Danner, o Larrousse de Phillipe Alliot e o Ligier de René Arnoux. Todos alinham na segunda partida, excepto o alemão Danner. Em pouco mais de meia hora, dá-se nova largada, e Mansell repete a proeza, pulando para a liderança. Piquet e Prost tentam também ultrapassar Berger, mas este defende-se com unhas e dentes e mantêm o segundo lugar. E parte para cima de Mansell!
O austriaco não demora mais do que uma volta para ultrapassar o inglês da Williams - Honda, e fica com a liderança, disposto a ganhar a corrida. Entretanto, o duelo particular entre os dois brasileiros, Piquet e Senna, conhecia mais um capítulo. Desta vez, a luta era pelo quarto lugar, onde o piloto da Williams - Honda levou a melhor, mas só depois de 11 voltas atrás dele...
Na volta 13, Nigel Mansell sofre um problema eléctrico, que faz calar o seu motor, e abandona a corrida. Berger vê assim alargada a sua liderança, e para melhorar as coisas, o seu companheiro, Michele Alboreto, ameaça o segundo lugar de Piquet e ultrapassa-o na volta 27. Mas duas voltas depois, Piquet regressa ao segundo posto.
Quando chega à altura das trocas de pneus, o piloto brasileiro perde posições, o que faz com que temporariamente existisse uma dobradinha Ferrari na liderança. Mas Alboreto tem problemas na caixa de velocidades, e na volta 38, encosta-se à berma de vez. Isso é aproveitado por Alain Prost para ascender à segunda posição. Parecia que tudo iria acabar assim, mas nesse dia, o piloto francês decidiu sair um pouco da norma: queria ganhar a sua corrida numero 28. Assim sendo, imprimiu um andamento mais vivo e partiu para cima de Berger, esperando por um erro.
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2 comentários:
Valeu pela lembrança!
Agora outra lembrança: terça é dia do aniversário de Henri Pescarolo.
O austríaco Gerhard Berger obteve a 1.pole na carreira, ultrapassou Mansell e, ia embora para uma conquista aparentemente "fácil". Chegou a fazer a volta mais rápida da prova. Porém, ele não contava no seu retrovisor com a McLaren n.1 do "baixinho francês" que pilotava na "calma". Faltando 3 voltas, Prost estava bem próximo de Berger. O piloto da Ferrari n.28 não suportou a pressão, e rodou. Com isso, o piloto francês caminhava para a vitória de número 28 da carreira. Um recorde naquela época.
Parabéns, Alain Prost!!!
Não esquecemos que Nelson Piquet somou mais 4 pontos com o 3.lugar em Estoril-Portugal, já que Ayrton Senna terminou em 7., e não pontuou. Pior foi Nigel Mansell que abandonou no início da corrida.
O brasileiro do Williams n.6 caminhava rumo ao título.
Fábio Kawagoe
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