![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikC_bI8ZcKhO8xT1ufpTPYTKfj5YBZZN0TQv6FWXkPgJf_Pz8vdyipqQJDgrwfPXPlZJ4m-4WXJeqwlc-M-ymuqJKZ1h67Btp42gpWeM1zjxe67GIGOMWBcQHG3D4Orm4D9Vs1Xp4G1JY/s400/Alemanha+64.jpg)
Quando a Honda apareceu na formula 1, em 1964, a marca japonesa tinha lançado o seu primeiro automóvel comercial apenas um ano antes. Anteriormente, a marca fundada por
Soichiro Honda (1906-91) em 1946, após a II Guerra Mundial, tinha alcançado o sucesso graças à sua produção de motociclos, e no inicio da década de 60, tinha-se arriscado na competição, com excelentes resultados.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvy9DPKNAPADWrL4xZD-0nmhfyEKk4CY9PFKtT-ESbussKSexIYSoUAUBUgDkctZqhLUwk-THlEM9XyiznBJtbkyY0dKQX7U6-LovobJTsLPGYE5aoUhGZyd3vJeJzdacl4A77mMjRPWA/s400/Ginther+65+7.jpg)
Em 1965, contrataram o americano
Richie Ginther, e construiram o modelo RA272, que lhes deu optimos resultados, culminando com a vitória de Ginther no GP do México, a última vitória na categoria de 1.5 Litros. Em 1966, uma nova categoria se estreava, e a Honda afastou-se das pistas por algum tempo, no sentido de se preparar para a nova formula de 3 litros. O modelo RA273, contudo, falha em termos de chassis, e os resultados são modestos, conseguindo apenas cinco pontos.
Assim sendo, para a temporada de 1967, contratam o experimentado piloto inglês John Surtees, e partem para a equipa de um só piloto. Usam o 273 durante boa parte da temporada, mas desenvolvem entretanto o novo chassis. E para isso, Surtees pede ajuda a um velho amigo: Eric Broadley, da Lola.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj14ZZ8mkdGJbKd811Ids7V-K_xxmWpdXKrmE0bLBuUOnD8ACVKRfqZQ6RO-cDI5IEk9gmx1dT9w0MZOPcBLg-QaHsaRpIwal3z21feH8QIcX3vSIefwPrnOaaSP4UnGhRsCD3Dwsu9XRk/s400/Honda+RA300+2.jpg)
O Honda RA300 tinha como base um chassis desenhado pela Lola para as
500 Milhas de Indianápolis, o que lhes permitiu que fosse mais leve e melhor manejável, em relação ao 273, mais difícil de guiar. Surtees ficou impressionado com o carro, e os responsáveis decidiram estreá-lo num circuito onde a velociade é o rei: o Autódromo de Monza.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHBWuc-eolB5b3Igu7MvjJmL9TjHT_Da2o5sFoq85SRawzI5UL6IAjhknjTkbjCqAkMzDGuM3leCrgPuDDy3P2Vn5n7e2fg_KVhDzocjOeuIqXNOZ0uG7K6g6N2K-BiSPeINHJ2Cgt4TI/s400/Monza+67.jpg)
A corrida foi impressionante, e marcada pelo excelente desempenho de Jim Clark, que perdera uma volta devido a um furo, mas que depois desdobrou os concorrentes que estavam à sua frente e voltou à liderança, até que a falta de gasolina na última volta lhe impediu uma vitória certa. E Surtees conseguiu ganhar ao seu adversário,
Jack Brabham, por 0,2 segundos! Melhor estreia não poderia ter conseguido...
Até ao final do ano, Surtees conseguira mais um ponto, no México, e no inicio de 1968, decidiram desenhar e construir o modelo 301, uma versão ligeiramente diferente do modelo anterior. O carro estreou-se em Espanha, mas com o tempo verificou-se que era pouco fiável em relação aos Lotus e aos McLaren. Assim, passaram para novo modelo, o RA302, desta vez, inteiramente construido pela Honda. Tinha um motor V8 refrigerado a ar, com injecção de combustível, disposto a debitar 390 cavalos às 10.500 rotações.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOaTJALSNjAQZDj-W1hIOkNry1qB7yXjcGCaWb7A96Dz_XLILQtMJakYXvjPhW7Yip8ku10jDfLJR4uGMF9_0ejt-yIzJy3JZOzDrivtuFvtkyTH7dCBdztciMgxB0GBqBfUVwBF8MV-A/s400/Fran%C3%A7a+68.bmp)
Contudo, o carro tinha um problema: era difícil de guiar e o chassis não era confiável. Surtees tinha o testado, e não gostou do seu comportamento, recusando-o a guiar em Rouen, palco do GP de França. Sendo assim, pediram ao veterano francês
Jo Schlesser para o guiar na corrida. O francês teve dificuldades em o guiar, largou no último lugar, e durou apenas uma volta e meia: despistou-se fortemente, o carro pegou fogo e Schlesser teve morte imediata. Quanto a Surtees, levou o velho 301 ao segundo posto.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8k_WFYmXSIwoH3K-ae2hcMgNJdwqWRU_fuyIctZE0Gyr0SyFztsUSqk9nhjhSj6kVE3BlNznxz8-sDNHcmId3xDlHe4lW1Kkmuudph3bURpHCkLUhJaIyZT_OltZ6Buwltjm7j0FerPk/s400/Alemanha+68+3.bmp)
Isto chocou os responsáveis japoneses, que decidiram então retirar-se de cena no final daquela temporada. Mas antes, o 302 voltou à carga em Itália, onde foi tripulado pelo inglês
David Hobbs, onde se verrificou que continuava com os mesmos problemas de instabilidade, e foi deixado de lado. Hobbs correu com o velho 301. Até ao final do ano, Surtees consegue novo pódio, um terceiro lugar no Canadá, e no México, o veterano piloto sueco
Jo Bonnier corre com um 301 pela sua equipa privada, onde consegue o quinto posto final.
Depois disto, a Honda retira-se como equipa, voltando apenas neste século. Mas antes, em 1983, com o advento dos motores Turbo, decide regressar, apenas como fabricante de motores, começando mais um capitulo da sua história de sucesso na Formula 1. Mas isso é outra história...
Chassis: Honda RA300/01/02
Projectistas: Eric Boradley, John Surtees, Yoshio Nakamura, Shoichi Sano
Motor: Honda V8 3.0 Litros
Pilotos: John Surtees (300 e 301), Jo Schlesser (302), Jo Bonnier (301) e David Hobbs (301 e 302)
Corridas: 15
Vitórias: 1 (Surtees 1)
Pole-Positions: 0
Voltas Mais Rápidas: 1 (Surtees 1)
Pontos: 26 (Surtees 24, Bonnier 2)
Fontes:
Rendall, Ivan: Bandeira da Vitória - História do Automobilismo, Ed. Autosport, Lisboa, 1996.
Sem comentários:
Enviar um comentário