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Se na etapa anterior, nas geladas classificativas suecas, Mikko Hirvonen impôs a sua lei, quando o campeonato do mundo de ralis chegou à sua segunda etapa, no México, Löeb, o rei da terra, impôs a sua vontade. Mas não sem antes lutar contra o norueguês Petter Solberg, que com armas iguais, um Citroen C4, deu com que fazer no primeiro dia, e mesmo quando o francês passou para o comando, não desistiu dos seus intentos. no final ficou no segundo lugar, mas demonstrou que o seu espirito aguerrido não está morto. Para "outsider", este foi um grande rali para ele, e um factor a ter em conta no resto do campeonato.
Sebastien Ogier completou o pódio e demonstra, de dia para dia, que é um excelente piloto. Provavelmente melhor do que Dani Sordo, que a cada rali que passa, demonstra que é mais um segundo piloto do que propriamente um vencedor. Aliás, é o melhor piloto de sempre sem ainda ter ganho um! Caso estranho...
Os Ford eclipsaram-se aqui: Hirvonen minorou os prejuizos, mas isso foi porque no último dia, Latvala deixou o passar. Este quarto lugar final poderá ter influência nos resultados do campeonato, agora que existe um novo sistema de pontuação, mas como as coisas estão muito no inicio, ainda é cedo para dizer. Mas que a marca americana foi derrotada em toda a linha, isso foi.
Quanto a Kimi Raikonnen, continua a aprender, da forma mais dura possivel, o mundo dos ralis. Desta vez capotou seis vezes no seu acidente da primeira etapa, mas os estragos foram tais que não podia continuar. Mas antes disso, o seu rali já tinha sido estragado quando no teve uma avaria elétrica e perdeu quase meia hora. Tirando esses dois incidentes, o seu andamento demonstra que tem ritmo para os da frente. Só falta agora acabar o rali, não é?
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Armindo Araujo está no campeonato de Produção, determinado a renovar o título da categoria depois de não ter encontrado apoios para fazder uma temporada na SWRC, a exemplo de Bernardo Sousa. Mas está a aproveitar bem esta nova oportunidade. Depois de ter sido terceiro na Suécia, levando o carro até ao fim num lugar no pódio, agora no México e contra a oposição do japonês Toshi Arai, venceu a etapa mexicana, com o velho modelo Lancer Evo IX, pois não houve tempo de levar o Evo X para o México.
Pode não ter havido grande concorrência neste rali, mas as oportunidades existem para ser agarradas e foi isso que fez. E terminar todos os ralis num lugar que lhe permite marcar o máximo de pontos possivel é esse o objectivo.
E como "cereja por cima do bolo", Araujo levou o carro até á décima posição final, conseguindo o seu primeiro ponto na carreira. Já não havia portugueses a pontuar no Mundial de Ralis desde 2004, e vê-lo a alcançar esse feito não só mostra maturidade a conduzir e a terminar ralis, como também mostra que está determinado a renovar o título.
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Ao mesmo tempo que o México recebia o WRC, Curitiba, que também recebia a jornada de abertura do WTCC, recebia também os carros da IRC, o Intercontinental Rally Challenge. Numa prova em terra, terreno de eleição para muita gente, incluindo Bruno Magalhães, o português que compete nesta categoria, o facto do vencedpor ser o Chris Meeke, actual campeão da competição, pode significar que ele está em forma e disposto a renovar o título, no seu Peugeot 207 S2000. Mas Meeke era o que sabia melhor este tipo de percurso, pois ele correu ali no ano anterior, conseguindo superar os Skoda Fabia S2000, que ocuparam os três lugares seguintes.
Guy Wilks, Juho Hanninen e Jan Kopecky podem não ter tido andamento para apanhar Meeke, mas têm uma máquina com potencial para evoluir, dado que o 207 já começa a acusar o peso dos anos, pois está nas estradas desde 2007. E num ano em que o Ford Fiesta está no seu primeiro ano, há que aproveitar agora, pois a evolução deste carro promete ser melhor do que os outros...
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No mesmo fim de semana de México e Curitiba, na Póvoa do Lanhoso disputava-se o Rali Torrié, primeira prova do Campeonato Português de Ralis (CPR). Com Bruno Magalhães a apostar na sua carreira internacional, cabe a Bernardo Sousa e o seu Ford Fiesta S2000 a figura de favorito nesta competição, num ano que não existem equipas oficiais.
Para quem não sabe, desde 2007 que o CPR é disputada essencialmente por carros da classe S2000. Bruno Magalhães foi o campeão das três últimas temporadas e este ano, devido aos seus compromissos no IRC, não é candidato, embora participe nas provas dos Açores e Madeira, pois ambos fazem parte do IRC. Assim sendo, Bernardo Sousa, com o seu novo Fiesta S2000, vai apostar em ser o mais jovem campeão de sempre, e o primeiro não continental a alcançar o céptro.
Muitos disseram que Bernardo Sousa ainda se comporta como um "adolescente". Pelos 21 anos que tem no seu Bilhete de Identidade, isso é verdadeiro, mas pelo que vi na Póvoa do Lanhoso, apesar de ter uma excelente máquina à sua disposição, está a aprender aos poncos como ser mais calculista e menos fogoso, para no final comemorar as vitórias. Este fim de semana pode ter batido um recorde de precocidade, veremos se no final do ano baterá outro.
E pronto, por esta semana é tudo. Na minha próxima incursão falarei sobre aquilo que todos estamos a pensar agora: a primeira prova do Mundial de Formula 1 de 2010. Adeus, até para a semana.
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