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Lembram-se de um artigo que escrevi há umas três semanas a explicar como é que o Tio Bernie chegou ao que chegou, a deter metade da Formula 1 e a explorar como se fosse o seu quintal? Se sim, então devem-se recordar que em 2000, ele fez com Max Mosley o negócio do século, aquele acordo centenário onde a troco de 350 milhões de dólares, Bernie Ecclestone ficaria com os direitos da Formula 1 até ao século XXII.
A seguir, Ecclestone vendeu esses direitos á alemã Kirch, que era um dos magnatas das telecomunicações da altura. Mas a firma entrou em falência em 2002 e os direitos foram geridos por um banco local, o tal BayernLB.
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Quanto ao negócio, durante o tempo em que esteve nas mãos do banco, este nomeou um administrador para trabalhar em ligação com Ecclestone, através da "holding" SLEC. Quem? Gribkowsky. As coisas ficaram assim até 2005, quando a SLEC e a BayernLB venderam o negócio para a CVC Capital Partners. E deve ser aí que Gribkowsky ficou com os tais 50 milhões, como comissão de venda. Só que pela lei alemã, ele não poderia ter feito isso, porque era funcionário do banco e não consultor externo.
E o mais engraçado no meios disto tudo é que ele poderia ter-se safo se o banco não tivesse metido em negócios ruinosos na compra de outros bancos regionais na Austria e Eslovénia e entrado em falência no final de 2008. Quando foi interrogado pela policia alemã, no inicio desta semana, não conseguiu explicar a origem do dinheiro e foi detido.
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Mas uma coisa é certa: esta pode ser mais uma nuvem na tal tempestade que se avizinha e do qual tenho falado desde há algumas semanas para cá. E que à medida que vemos os detalhes dos negócios opacos que Ecclestone fez nos últimos dez anos, no sentido de se tornar o dono do dinheiro da Formula 1, começamos a dar razão aos que se queixam de que ele tem a parte de leão do negócio e o moldou à sua imagem. Resta saber qual foi a parte onde ele violou a lei...
1 comentário:
Paulo, tenho pavor de imaginar que a F1 pode ruir por causa desse senhor de cabelo horrível...
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