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Estava a deixar escapar a efeméride, porque já escrevi sobre ela há algum tempo, por achar que as circunstâncias da sua morte eram demasiados chocantes para deixarem de ser esquecidas. Ao ler a história, fica-se com a sensação de que tudo isto poderia ter sido evitado, se as pessoas tivessem pensado melhor no calor da corrida.
Faz hoje quarenta anos que o italiano
Ignazio Giunti morreu, vitima de um acidente nos 1000 km de Buenos Aires. Giunti morreu vitima de um choque com o Matra de
Jean-Pierre Beltoise, quando o francês empurrava o seu carro no meio da pista para poder reabastecer o seu carro nas boxes, que ficavam mais adiante. Hoje em dia, se acontecesse a mesma coisa, muito provavelmente as autoridades locais teriam detido para interrogatório e a FIA teria tirado a sua Super Licença por tempo indeterminado, digamos assim. Aliás, na altura houve vozes a pedir que impedissem Beltoise de correr em provas, e durante algum tempo assim aconteceu. Mas ele voltou a correr por mais algum tempo, e o acidente de Giunti foi considerado como mais um nesses tempos onde as possibilidades de morrer em acidentes eram muito grandes.
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Há precisamente três anos escrevi um post
descrevendo as circunstâncias do seu acidente mortal. Em plena recta da meta, à frente de toda a gente, ver Beltoise a atravessar o seu carro era perigoso, e não sei se alguém assinalou devidamente o perigo que existia. Provavelmente sim, mas não foi suficiente para evitar o pior. Aliás, Giunti não teve hipóteses para se desviar do Matra porque estava mesmo detrás do outro Ferrari do veterano
Mike Parkes. O britânico viu o carro e conseguiu desvirar-se a tempo, mas Giunti, demasiado colado a ele, não teve tempo.
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Giunti tinha 29 anos. Com um dos desenhos mais excêntricos na altura - uma água azteca no seu capacete verde - era altamente considerado por
Enzo Ferrari, e ele julgava que era um digno sucessor de
Alberto Ascari ou de
Lorenzo Bandini nos carros da Scuderia. Deu-lhe uma chance na Formula 1 no ano anterior, em quatro corridas, al lado do belga
Jacky Ickx e do suiço
Clay Regazzoni. A sua estreia correu-lhe bem, ao acabar no quarto posto no GP da Belgica. Nesse ano, venceu as 12 Horas de Sebring ao lado do seu compatriota
Nino Vacarella e de
Mario Andretti, batendo "in extremis" o Porsche 908 Barchetta guiado por
Peter Revson e...
Steve McQueen.
Muitos consideravam-no um piloto promissor, e de uma certa forma, este acidente mortal deixou um certo amargo de boca, pois fica-se com a ideia de que era um piloto promissor que teve demasiado pouco tempo para demonstrar o seu talento. E que o seu fim, nas circunstâncias que se conhecem, teria sido no mínimo evitável.
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