O piloto do dia teve uma carreira curta, mas recheada de sucessos. Foi acarinhado por Enzo Ferrari, que via nele um digno sucessor de Lorenzo Bandini e de Alberto Ascari. Ainda passou na Formula 1, e era considerado uma das grandes esperanças italianas. Contudo, tudo isso terminou abruptamente numa prova das Interseries em Buenos Aires, causada pela manobra imprudente de um carro parado... eis Ignazio Giunti.
Nasceu em Roma a 30 de Agosto de 1940 (teria agroa 66 anos se estivesse vivo). Começou a sua carreira nos automóveis em 1966, a bordo de carros da Alfa Romeo. Dois anos mais tarde, a bordo de um Autodelta (o departamento de competição da marca), no seu modelo 33T, consegue resultadso de relevo, como um segundo lugar na Targa Florio e um quarto lugar nas 24 Horas de Le Mans daquele ano, em conjunto com o seu compatriota Nanni Galli. Tudo isso fez com que atraísse a atenção de Enzo Ferrari, que o quer na sua equipa de Turismos, guiando o seu modelo 512 T
Em 1969, ele e Galli transferem-se para a Ferrari, onde guiam nas várias provas da competição, mas sem resultados de relevo. Em 1970, as coisas melhoram, ganhando as 12 Horas de Sebring, com o 512S, partilhando a condução com Galli. Ainda consegue resultados de relevo, como o segundo lugar nos 1000 Km de Monza e o terceiro posto na Targa Florio e nas Seis Horas de Watkins Glen.
Entretanto, Ferrari procurava um segundo piloto para a sua equipa de Formula 1. Com Jacky Icxx garantido como primeiro piloto, "Il Commmendatore" queria um segundo piloto talentoso, e fez um concurso entre debutantes para ver quem ficaria com o lugar. Ignazio Giunti foi o escolhido, enquanto que o outro era... Clay Regazzoni! Giunti estreou-se em Spa-Francochamps, onde andou bem e terminou num excelente quarto posto. Correu em mais três provas, mas o melhor que conseguiu foi um sétimo lugar na Austria. Só que o suiço ganhou em Monza e terminou em terceiro no campeonato, com 33 pontos, trinta a mais do que Giunti. Vê-se quem foi o escolhido...
Apesar de tudo, continuou na Ferrari, correndo nos Sport-Protótipos para 1971, e era nessa condição que estava na Argentina quando correu os 1000 Km de Buenos Aires, a 10 de Janeiro de 1971. Corria num Ferrari 512PB, outra evolução do carro original, e tinha como companheiro o seu compatriota Arturo Merzario, e tudo parecia correr bem até que... Jean-Pierre Beltoise ficar sem gasolina no seu Matra, perto da meta. Decidiu empurrar o seu carro até lá, mas como o seu carro estava no lado esquerdo e as boxes ficavam no lado direito, decidiu atravessar a pista.
Só que nesse momento surgiram os Ferrari dele e de Mike Parkes (1935-1977). O inglês escapa, mas Giunti, que vinha logo atrás, não se desvia a tempo e embate com força no Matra, incendiando-se logo de seguida, sem dar hipóteses de sobrevivência ao piloto italiano. Tinha 30 anos.
A sua carreira na Formula 1: 4 corridas numa temporada, três pontos no total.
Hoje em dia, há um busto de Giunti no circuito de Vallelunga, nos arredores de Roma, em sua homenagem. Também se corre todos os anos nessa pista uma corrida de Clássicos, que tem o seu nome. Giunti podia ter ido longe, caso tivesse mais oportunidades. Havia a hipótese de correr algumas corridas de Formula 1 nesse ano, mas não sabia quantas provas iria fazer. Giunti também tinha um dos capacetes mais originais da altura: era verde, com uma águia azteca desenhada...
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