sábado, 7 de setembro de 2013

Noticias: Alonso esclarece comunicação para as boxes como "mal entendido"

A polémica comunicação de Fernando Alonso no final da qualificação desta tarde em Monza deu que falar nos minutos a seguir ao sucedido, querendo as pessoas afirmar que isso seria sinal de que as coisas andavam mal pelos lados de Maranello. Contudo, rapidamente, Alonso e a Ferrari vieram a público referir que é tudo uma má interpretação dos acontecimentos e o que foi ouvido foi apenas uma parte da comunicação.

O que eu disse no rádio é que Felipe [Massa] estava um pouco longe para executarmos o nosso plano. Então ele tirou um pouco o pé e na última tentativa estávamos na distância ideal”, afirmou, antes de atacar a transmissão televisiva: “Eles [TV] não exibiram a última mensagem de rádio, quando eu agradeci a Felipe e à equipe pelo trabalho realizado, que tinha sido perfeito. Fizemos isso no Q1, no Q2 e no Q3 funcionou muito bem também”, ressalvou.

"A palavra 'génio' [que se ouve na comunicação] refere-se ao facto que poderíamos ter saído antes de Rosberg ter feito a sua volta mais rápida. Mas continuo a afirmar que a equipa fez um trabalho impecável," concluiu.

Em relação à corrida de amanhã, Alonso refere que o resultado da qualificação, embora não sendo o ideal, é melhor do que nas corridas anteriores: “A pior parte para nós é sempre o sábado. Temos sempre três ou quatro carros entre nós e a Red Bull e até nos livrarmos desses rivais já perdemos cerca de dez segundos. Então estamos muito felizes hoje, porque amanhã, quando chegarmos à primeira curva não teremos esses obstáculos à nossa frente”, concluiu.

Formula 1 2013 - Ronda 12, Itália (Qualificação)

Quando se fala de Monza, os olhos de 99 em cem "tiffosi" brilham, pois todos sabem que aquela é a casa do automobilismo italiano e uma das catedrais do automobilismo mundial. Ultra-veloz, que em termos da pista, quer em termos do histórico anel de velocidade, somente as três chicanes existentes servem como "pausas para respirar" de um autódromo que foi feito em 1922 para ver as máquinas rolando o mais velozmente possivel...

Situada nos arredores de Milão, Monza é o lugar onde os "tiffosi" vão para celebrar os seus heróis. Aqueles de vermelho com um cavalo como escudo e que vêm do coração da Emiglia-Romana. Contudo, este ano, as coisas não corriam muito bem, pois para além dos Red Bull a ficarem com os lugares da frente, tinham agora a concorrência da Mercedes, que andava a monopolizar as "pole-positions", graças a Lewis Hamilton. Esperava-se que a Ferrari pudesse fazer uma "gracinha" em casa, mas este ano, a montanha estava mais ingreme, apesar de todo o talento de Fernando Alonso.

Na Q1, passaram os do costume, com Vettel à cabeça - ainda mais sendo uma pista veloz e com bom tempo neste fim de semana - e entre os não-qualificados para a segunda fase, para além dos clientes do costume, Caterham e Marussia, também estavam o Sauber de Esteban Gutierrez - que claramente de mostra como o pior piloto deste pelotão - e o Williams de Valtteri Bottas.

Como sempre, a parte mais interessante iria acontecer a partir da Q2, mais concretamente na sua parte final. E assim foi: as grandes surpresas foram a não passagem dos Lotus de Kimi Raikkonen (11º) e Romain Grosjean (13º), com o Mercedes de Lewis Hamilton entre eles, o que fez com que acabasse a sequência de quatro pole-positions seguidas. Em claro contraste, os Toro Rosso de Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne, e mais surpreendentemente, o Sauber de Nico Hulkenberg conseguiam um lugar na Q3.

Passando para a Q3, os primeiros tempos viram os Red Bull marcarem os seus tempos, com os Ferrari a fazerem o mesmo, mas Maranello ficou atrás de Milton Keynes. A parte final iria ser bem mais interessante, e assim foi: mesmo com Jean-Eric Vergne a sair de pista na Parabolica, Sebastian Vettel conseguiu ser o melhor, na frente Mark Webber, num monopólio da Red Bull na primeira fila. O mais surpreendente foi o terceiro lugar para... Nico Hulkenberg, no Sauber! O alemão mostrou o seu melhor, conseguindo ficar na frente dos Ferrari de Felipe Massa e Fernando Alonso, quarto e quinto.

Nico Rosberg era sexto, na frente do Toro Rosso de Daniel Ricciardo e os McLaren de Jenson Button e Sergio Perez e Jean-Eric Vergne no décimo posto.

O resultado final desta qualificação tinha os seus lados surpreendentes, como ver que o melhor motor Ferrari era um Sauber, por exemplo, mas com Vettel a conseguir a sua 40ª pole-position da sua carreira (e a 50ª para a Red Bull), parece que as coisas caminham para - salvo qualquer azar - mais uma vitória da equipa de Milton Keyes e mais um passo para um tetracampeonato cada vez mais... inevitável. 

E Alonso, no final, estava bravo, pois queixava-se para os engenheiros: "Essa de o deixarem passar é verdadeiramente de estúpidos. Mamma Mia, rapazes!" A razão da queixa era simples: Massa deveria "rebocar" Alonso para conseguir um tempo que o colocasse na primeira fila, mas ele estava longe demais para conseguir fazer issso. Com Luca di Montezemolo a observar tudo, provavelmente todos engolirão em seco e ficarão com as orelhas a arder até Maranello...

Amanhã, dia de corrida, haverá mais de Monza.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Formula 1 em Cartoons - GP Belgica (Thomson Studio)

Bruce Thomson é canadiano e sabe desenhar. Já desenhou para o AtlasF1, para a Autosport britânica até 2008, altura em que parou e se dedicou aos desenhos. Mas este ano ele voltou em força e colocou alguns sketches, incluindo este do GP da Belgica. Pobre Felipe Massa...

Já agora, para verem os seus trabalhos, podem ver o seu site: http://www.thomsonstudio.com/

As expectativas de Carlos Sainz Jr.

Carlos Sainz Jr. é um piloto do qual se têm gerado muitas expectativas. Filho do bicampeão do mundo de ralis (1990 e 1992) Carlos Sainz, o piloto de 19 anos - completados a 1 de setembro - surgiu por estes dias a hipótese - especialmente na imprensa espanhola - de que ele poderia ser o principal candidato ao lugar da Toro Rosso em 2014, deixado vago com a saída de Daniel Ricciardo, que irá para a Red Bull na próxima temporada.

Esse exagero tão pródigo da imprensa espanhola levou a que Sainz Sr. tenha colocado uma mensagem no seu Twitter pessoal que "creio que é muito cedo para gerar tantas expetativas quanto ao ano que vem sobre o Carlos Sainz Jr. e a Formula 1. Dêem tempo ao tempo". E é verdade: para além da hierarquia existente, Sainz Jr. não têm feito uma temporada brilhante na GP3: dois pódios e uma "pole-position", faz com que ele esteja no nono posto do campeonato, além de ter feito três corridas da World Series by Renault (WSR), sendo que o seu melhor resultado seja um sexto posto no Mónaco.

"Eu sei como funcionam as coisas na Red Bull e o certo é ter outro piloto à frente, que é António Félix da Costa. Eu tenho, talvez, uma oportunidade muito mínima, de 0,01%", começou por dizer numa entrevista ao site espanhol caranddriverthef1.com. "Quando se escreve alguma coisa, neste caso que posso correr na Formula 1 e é quase 100% certo que não vai acontecer, pode gerar-se uma desilusão já que a realidade seria avançar para correr no próximo ano na Fórmula Renault 3.5 e continuar no programa da Red Bull", continuou.

Sainz Jr vai estar a partir de agora também na World Series by Renault nas três últimas rodadas duplas do campeonato, a começar por Hungaroring, na semana que vêm, na equipa Zeta Corse.

Youtube Formula 1 Premiére: Os McLaren na antestreia de "Rush"


Na passada segunda-feira houve em Londres a ante-estreia mundial do filme "Rush", e a McLaren, como sabem, foi convidada para mostrar os seus modelos no tapete vermelho. E foi isso que Jenson Button e Sergio Perez fizeram: Button com um M23 de 1974 (aquele que Emerson Fittipaldi conseguiu o seu bicampeonato) e Perez com o carro de 2008, o MP4-23, (guiado originalmente por Lewis Hamilton).

E claro, ambos fizeram uma entrada em grande. Ainda havia um terceiro McLaren, outro chassis M23, guiado por James Hunt em 1976, exposto em frente ao teatro. O video foi mostrado pela marca de Woking, que se associou ao filme.

Os novos patrocinadores e a situação de Kimi Raikkonen

No fim de semana de Monza, um dos assuntos do dia têm a ver com a situação da Lotus-Renault. Ontem, a equipa de Enstone anunciou uma parceria de duas temporadas com a firma de imobiliário do Dubai Emaar Properties, que tem entre suas propriedades o Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo. Apesar dos valores não terem sido divulgados, Eric Boullier, o diretor da marca, era um homem feliz com o resultado:

Nós estamos muito felizes em iniciar esse novo relacionamento com a Emaar Properties, especialmente porque os Emirados Árabes têm sido um local frutífero para nós na pista com Kimi Räikkönen vencendo o GP de Abu Dhabi de 2012. Aquela vitória verdadeiramente confirmou que a Lotus é uma das marcas mais importantes e nós continuamos nossa performance forte nesta temporada”, começou por afirmar.

Com esta nova parceria, com o desenvolvimento de projetos icônicos como o Burj Khalifa e o Dubai Mall, nós estamos buscando apoio na corrida nos Emirados Árabes outra vez neste ano. Nós também estamos ansiosos para ver como esta parceria vai aumentar o valor da marca Lotus”, completou.

Mohamed Alabbar, o diretor-executivo da Emmar Properties, comentou que a Formula 1 se rege pelos mesmos principios que se guia na companhia. “A Formula 1 une homem, mente e máquina em uma animadora jornada rumo à perfeição. A atenção aos mínimos detalhes, a paixão e o comprometimento, e a determinação de cada participante em romper as barreiras são valores que nós também vemos do lado da Emaar, já que nós mudamos normas aceitáveis para desenvolver projetos mundiais como o Burj Khalifa e o Dubai Mall”, indicou o dirigente.

Esta entrada de dinheiro poderá servir para aliviar a carga de trabalho que a Lotus-Renault passa por estes dias que, como se sabe, acumula prejuizos, e está a fazer com que o seu piloto principal, Kimi Raikkonen pense sobre a sua continuidade na equipa. Como é sabido, ao longo da "silly season" de agosto, o finlandês foi dado como certo quer na Ferrari, quer na Red Bull, quando o seu manager Steve Robertson esteve em Milton Keynes para negociar, sem resultado. 

Ainda em Itália, em declarações à imprensa, Raikkonen comentou sobre o assunto: “Eles sabem quais são as razões pelas quais as conversas estão paradas neste momento. Até que essas questões sejam resolvidas, não falaremos sobre o próximo ano. É tão simples quanto isso”, disse. 

Quando foi abordado sobre a hipótese de um regresso à Ferrari, o finlandês contornou a questão: “Eu nunca tive nada contra ninguém na Ferrari. Obviamente, houve coisas que poderiam ter sido diferentes, mas não só na Ferrari, como noutras equipas onde estive”, resumiu, antes de terminar o assunto. 

Youtube Automotive Madness: um carro de 2200 cavalos


Eu fico espantado com a tendência atual de as preparadoras quererem ter o carro mais potente de todos: 500, 600, 1000... agora dei de caras com este Saleen S7 com um motor tão modificado que é capaz de dar... 2200 cavalos! Sim, leram bem o que escrevi.

Não sei se a ideia é de bater algum recorde de velocidade em terra, ou de fazer o Nurburgring Nordschleiffe em menos de cinco minutos, mas o que sei é que este carro laranja, da preparadora Total Race, de tão modificado que ficou, foi colocado num dinamómetro para avaliar a sua potência. 

O dinamómetro simplesmente não aguentou. Já agora: vi essa no Jalopnik.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Noticias: Kubica fala que têm testado no simulador da Mercedes

Apesar de Robert Kubica ter estado ocupado nesta temporada com o WRC, fazendo bons ralis, o piloto polaco tem feito outra coisa nos bastidores: praticar constantemente nos simuladores de Formula 1 da Mercedes. Ele confirmou à "Auto Bild" alemã que nos últimos seis meses, já esteve lá mais do que uma vez nos simuladores de Brackley:

Nos últimos seis meses eu estive no simulador da Mercedes mais do que uma vez e menos que dez vezes”, revelou. “O trabalho me dá a oportunidade de ver quais são as limitações que eu tenho e como continuo a me desenvolver. Tenho a sensação de que a Mercedes está feliz com o que eu tenho feito”, concluiu o piloto polaco, atualmente com 28 anos.

O seu acidente de fevereiro de 2011, quando corria num Skoda Fabia S2000, causou-lhe ferimentos graves na sua mão direita, bem como no seu braço e perna direita, resultantes da entrada de um guard-rail no seu cockpit. A recuperação têm sido lenta e fala-se que têm uma mobilidade limitada no seu braço e mão direita, que o impede de tentar um regresso à Formula 1. 

Somente há um ano, em setembro de 2012, que ele regressou à competição... ironicamente, nos ralis. Este ano têm feito bons resultados no WRC, a bordo de um Citroen DS3 WRC, na categoria WRC2, onde lidera a competição, e no último rali da Alemanha, terminou num excepcional quinto lugar da geral. Pelo meio, já testou no inicio do ano um Mercedes da DTM no circuito de Valencia.

Youtube Video Soundtrack: (Uma amostra) da banda sonora de "Rush"

Já ouvi isto há uns dias, mas queria esperar até ter o álbum completo, para saber se isto seria a amostragem definitiva da banda sonora. Pelos vistos, parece ser interessante, com uma mistura de temas instrumentais com alguns êxitos dos anos 60 e 70. Não há Fleetwood Mac, por exemplo, por causa de um simples anacronismo: "Rumours" só saiu em 1977...

Mas enfim, pela amostra, parece ser algo que vale a pena comprar. Eu pelo menos, quero comprar a banda sonora!

Noticias: Fábrica da Marussia sofreu um incêndio

A fábrica onde os carros da Marussia são fabricados, na localidade inglesa de Banburry, sofreu esta manhã um incêndio. Os estragos ficaram estritos à sala onde estão os servidores e computadores da empresa, mas desconhece-se ainda a extensão desses estragos.

Segundo os bombeiros, o incêndio poderá ter acontecido devido a um curto-circuito, e foi apagado em menos de uma hora.

Eis a proposta de calendário para 2014

Chegados a setembro e como é normal acontecer nesta altura, começa a surgir um calendário provisório das corridas para 2014. E aparentemente, de acordo com a Autosport britânica, existem... 21 corridas no calendário, com três possíveis novas entradas: Rússia, Áustria e... México. New Jersey está, por agora, de fora, tal como a Índia.

O regresso do circuito Hermanos Rodriguez, que recebeu a Formula 1 entre 1963 e 70, e voltando a receber entre 1986 e 92, seria bem vindo aos adeptos, e representaria o crescente poder mexicano na categoria máxima do automobilismo, graças a pilotos como Sergio Perez e Esteban Gutierrez. Contudo, o possível regresso do autódromo ainda em 2014 está dependente de profundas obras de remodelação na zona, dado que as boxes e as arquibancadas necessitam de muitos reparos. Caso esteja tudo pronto a tempo, a corrida mexicana seria a 9 de novembro, uma semana antes da corrida de Austin.

Outras modificações nesta proposta são a mexida do GP da Coreia do Sul para o inicio de abril e claro, o GP da Áustria em julho, no regressado circuito de Zeltweg, agora Red Bull Ring. Para além disso, a corrida russa, a realizar-se em Sochi, iria acontecer a 19 de outubro, perigosamente perto do inverno, e uma semana antes da corrida de Abu Dhabi.

Este calendário, como é sabido, é provisório, e estará em cima da mesa no final do mês, na reunião que a FIA vai fazer na cidade croata de Dubrovnik. Ela começará a 16 de março, em Melbourne, e termina a 30 de novembro, em Interlagos.

16 de março – GP Austrália (Melbourne) 
23 de março – GP Malásia (Sepang) 
6 de abril – GP China (Circuito Internacional de Shanghai)
13 de abril – GP Coreia do Sul* (Circuito Internacional da Coreia) 
27 de abril – GP Bahrain (Sakhir)
11 de maio – GP Espanha (Circuito da Catalunha/Barcelona) 
25 de maio – GP Mónaco (Mónaco)
8 de junho – GP Canadá (Montreal)
22 de junho – GP Áustria (Red Bull Ring/Spielberg) 
6 de julho – GP Grã-Bretanha (Silverstone) 
20 de julho – GP Alemanha (Hockenheim) 
27 de julho – GP Hungria (Hungaroring/Budapeste) 
24 de agosto – GP Bélgica (Spa-Francorchamps) 
7 de setembro – GP Itália (Monza) 
21 de setembro – GP Singapura (Marina Bay)
5 de outubro – GP Japão (Suzuka)
19 de outubro – GP Rússia* (Sochi) 
26 de outubro – GP Abu Dhabi (Yas Marina)
9 de novembro – México* (Hermanos Rodriguez/Cidade do México)
16 de novembro – GP EUA (Circuito das Américas/Austin)
30 de novembro – GP Brasil (Interlagos/São Paulo)

*(sujeito a confirmação)

Noticias: Sauber dispensa Robin Frijns

A Sauber anunciou que iria dispensar os serviços do jovem piloto holandês Robin Frijns, fazendo com que ele já não esteja mais na equipa a partir deste GP de Itália. A decisão da equipa suiça prende-se com a atual situação financeira, que é má, e também pelo facto dos seus novos financiadores, vindos da Rússia, quererem que venha para o cockpit da equipa o jovem Serguei Sirotkin, de 18 anos, que este ano está na World Series by Renault e que desejam que seja piloto da marca a partir de 2014.

Apesar de não estar feliz com a situação, o piloto holandês compreendeu a posição da marca de Hinwill: “Eu não sei o que vai acontecer, só sei que eu estarei em casa, enquanto todo mundo estará em Monza. Sou um agente livre agora. Não os culpo, eles [Sauber] precisam se manter vivos, eu entendo”, ressalvou o piloto holandês.

"Para agora, não tenho planos, O mais importante é que estou livre e posso fazer o que quiser. Espero que alguém me dê uma chance de mostrar do que sou capaz", encerrou.

Frijns, atualmente com 22 anos, correu este ano em doze corridas do campeonato da GP2 pela Hilmer Racing, vencendo em Barcelona. Contudo, ele foi dispensado a meio da temporada, praticamente pelas mesmas razões: “Ajudei a Hilmer a conquistar a primeira vitória na GP2, um feito do qual me orgulho muito. Tirando isso, foi um ano terrível”, afirmou. 

Antes disso, a sua carreira está recheada de títulos: em 2010, venceu a Formula BMW Europe, e no ano seguinte, a Eurocup Formula Renault 2.0. Em, 2012, tinha saído também campeão na World Series by Renault, ao serviço da Fortec, batendo o francês Jules Bianchi. E na altura, rechaçou uma oportunidade de correr na Red Bull Junior Team, tendo o lugar ido parar ao português António Félix da Costa

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Youtube Racing Classic: Roy James, Caldwell Park, 1963


No meio da minha pesquisa sobre Roy James, descobri algo inédito: uma corrida em Caldwell Park, na Grã-Bretanha, em junho de 1963, onde ele participou - e venceu - na corrida de Formula Junior. Ali, podem ver o Brabham com o numero 3 que guiou nessa corrida, vencendo com grande vantagem sobre a concorrência, que é mostrado de uma maneira não muito simpática... pelo narrador.

O filme é raro, logo, valioso. E ainda por cima acontecia numa altura em que ele já saberia dos planos para o Grande Assalto...

A história de Roy James, o ladrão que quis ser piloto

Há umas semanas andei a falar de Roy James, um dos integrantes do Grande Assalto ao Comboio de 1963, onde ele participou como um dos condutores dos carros de fuga. Na altura, falei sobre o possível envolvimento de Bernie Ecclestone no negócio, quando na realidade, ele ajudou a fazer um troféu para o "anãozinho tenebroso". Contudo, quando comprei a edição de setembro da revista "Motorsport", descobri que a revista dedica um artigo sobre ele, pois na altura era um piloto relativamente bem cotado no automobilismo britânico, mais concretamente na Formula Junior, o equivalente à Formula 3 atual.

Num artigo escrito por Mike Doodson, James têm um apelido: "Weasel" (Fuinha). Nascido em 1936 num bairro do sul de Londres, a sua familia desfez-se em tenra idade, e aprendeu o oficio de joalheiro quando saiu da escola. Mas por essa altura, ele começou a conectar-se com os "gangs" locais, que o levaram para a cena criminal. Mas para além dessas duas coisas, ele tinha uma terceira: o automobilismo.

Desde cedo que era fascinado pela velocidade, e uma ocasião, teve a ousadia de roubar um Jaguar. E não era um qualquer: pertencia a Mike Hawthorn, e foi o buscar diretamente do parque de estacionamento do Steering Wheel Club. No mínimo, ousado. Os produtos de alguns roubos, especialmente de joalharia, arranjaram-lhe dinheiro suficiente para começar a sua carreira no karting. De quando em quando era apanhado, mas as sentenças eram bem curtas.

Uma das cenas mais interessantes aconteceu em 1963, quando comprou um Brabham BT6 de Formula Junior, que tinha pertencido a Dennis Hulme. Doodson conta: "Denny (Hulme) contou-me anos depois que ele e o designer Ron Tauranac ficaram surpresos quando viram este desconhecido a parecer na fábrica e a pagar o chassis com uma maleta cheia de dinheiro."

"Há uma discussão - algo pedantica - sobre se o chassis era um BT2 ou um BT6, mas provavelmente a melhor parte é que o carro acabou por ir parar à Nova Zelândia, onde quando os oficiais de alfândega descobriram que tinha pertencido ao famoso membro do Grande Assalto, decidiram em cortar as pontas do chassis para verem se ele tinha escondido ali ou não algum maço de notas."

Tempos depois soube-se como tinha arranjado dinheiro para o seu Brabham: em dezembro de 1962, um camião de transporte de valores tinha sido assaltado no Aeroporto de Heathrow, e Roy James era um dos condutores dos carros de fuga, "providenciando" não um, mas dois Jaguares. E esse dinheiro era a sua percentagem do assalto.

A carreira de Roy "Weasel" James na Formula Junior começou acidentada. Em Goodwood, no inicio de abril, perdeu o controle do seu Brabham na curva Knickerbrook e capotou, tendo saído do carro sem ferimentos. Mas pouco depois, ele começou a vencer: oito corridas, das 14 que participou naquela temporada. A sua última vitória - e também da temporada - aconteceu em Caldwell Park, dez dias depois do Grande Assalto ao Comboio.

A sua participação era simples: ele seria o condutor de um dos carros de fuga. O Grande Assalto ao Comboio foi mais do que um assalto comum, foi uma operação militar: o plano era de desviar o comboio que transportava os valores vindos de Londres para Glasgow, na Escócia, e roubar o seu conteúdo. E não era um qualquer: esse dinheiro era recolhido dos bancos, para ser queimado. E notas velhas - na sua maioria notas de 1 e 5 libras -, prestes a serem retiradas de circulação, seriam o ideal para os bandidos, porque não eram marcadas, indetectáveis para a Policia. 

O plano envolvia um ex-maquinista, que iria levar o comboio sequestrado para um ramal abandonado, onde teriam Land Rovers à espera para transportar o dinheiro para longe dali. Todos os ladrões teriam a capa tapada e mãos cobertas, para não deixar qualquer impressão digital. As coisas não correram muito bem: o maquinista não apareceu, logo, tentaram convencer os que estavam presentes a colaborar. Quando um deles negou, foi espancado de forma brutal e ficou com sequelas para a vida. No final, foram roubados 2,5 milhões de libras, uma soma astronómica para a época.

A segunda parte do plano seria que eles ficassem numa quinta ali perto, a Leatherside Farm, e não levantar suspeitas, indo embora aos poucos, tentando se misturar com os locais e não deixando quaisquer impressões digitais. Só que eles começaram a ser descuidados e tiraram as luvas. Roy James foi um deles, quando os tirou para dar pratos de leite aos gatos que andavam por ali perto. A policia conseguiu as suas impressões digitais no final de agosto, e a partir dali foi uma "caça ao homem" a todos os membros do grupo. Aos poucos, foram capturados e a sua vez aconteceu em dezembro.

Os detalhes da sua captura são tipicos de filme, como conta Doodson: "Não foi senão em dezembro que a lei apanhou James, algures em Londres. Foi apanhado a tentar escapar dos policias, andando por telhados gelados,  nas cuecas e uma mala contendo 12 mil libras em notas usadas. Têm de se tirar o chapéu pelo "chutzpah" (atrevimento ou insolência) do advogado, que afirmava que o seu cliente não tinha qualquer conexão com o assalto e que ele iria explicar as inusitadas circunstâncias da sua prisão"

Contudo, os juízes não foram em cantigas e todos foram condenados a longas penas de prisão, pois queriam que fossem vistos como um exemplo do "longo braço da Lei". Quase todos foram condenados a 30 anos, incluindo James. Pouco depois, em 1964 e 1965, Charles Wilson e Roy Biggs fugiram das prisões onde estavam e James foi colocado em solitária durante oito meses, porque temiam que ele pudesse também fugir. 

James aguentou o tempo de prisão, e após onze anos de encarceramento, em agosto de 1975, foi-lhe dada liberdade condicional. Tinha 39 anos e logo a seguir, tentou o regresso ao automobilismo. John Webb, então o diretor do circuito de Brands Hatch, lhe deu uma oportunidade de redenção - e também para conseguir alguma publicidade para o caso. Correndo na Formula Ford, ficou famoso por um incidente no circuito de Mallory Park onde, partindo da primeira fila, despistou-se na primeira curva (!) levando consigo mais dois pilotos: James Weaver e um jovem rapaz chamado... Nigel Mansell.

A sua segunda carreira foi breve e acabou quando corria na Formula Atlantic. Um despiste o fez com que fraturasse uma perna e decidira que era tempo de acabar de vez. Casou-se com uma rapariga bem mais jovem do que ele, teve dois filhos, foi viver para o sul de Espanha, mas o casamento não durou muito. O divorcio foi violento, e para piorar as coisas, em 1983, teve novos problemas com a lei quando quis importar ouro sem pagar os devidos impostos. Contudo, foi ilibado das acusações no ano seguinte.

Por essa altura ele já tinha regressado ao oficio de artesão e conhecido Bernie Ecclestone, que na altura era o patrão da Brabham. Em 2005, ele contou essa história numa entrevista ao jornal "The Independent": "Roy era um grande amigo de Graham Hill. Quando ele saiu da prisão, ele pediu-me um emprego [na Brabham].", começou por dizer. "Não o ia dar-lhe um lugar na equipa, mas em vez disso, dei-lhe um troféu para o fazer, pois soube que tinha sido joalheiro. Ele fez um troféu que é dado todos os anos aos melhores promotores de Grande Prémio. Eles não sabem que estão a receber um objeto que foi feito por um dos integrantes do Grande Assalto".

Em 1993, teve de novo problemas com a lei, quando pegou numa arma e disparou por três vezes contra o sogro numa discussão violenta por causa da custódia dos seus filhos. Resultado final: ele foi condenado a seis anos de prisão, mas saiu em 1996 por razões médicas: ele fora submetido a um triplo "bypass". Mas não foi o suficiente: a 21 de agosto de 1997, sofreu um ataque cardíaco fatal. Tinha 61 anos.  

Rumor do Dia: Michelin prepara-se para regressar à Formula 1 em 2014

A revista britânica "Racecar Engeneering" afirma hoje que a Michelin anda a preparar há vários meses o seu regresso à Formula 1. E usou dias de testes em Le Mans, a bordo de um Audi de LMP1, para obter dados de pista para pneus com medidas indicadas para os Formula 1 de 2014.

De acordo com a revista, esta configuração não só deu dados para o protótipo em si (guiado pelo italiano Marco Bonanomi), como também deu alguns dados suficientes para a construção de pneus para a Formula 1 já a partir de 2014.

Esta noticia surge numa temporada onde a durabilidade dos compostos Pirelli foi colocada em causa, especialmente no GP da Grã-Bretanha, onde alguns pilotos sofreram furos em poucas voltas, causando uma situação de Safety Car, para que se pudesse recolher os destroços. Sobre isso, a marca italiana conseguiu corrigir os erros, mas fez com que as tensões entre eles e a FIA aumentassem e colocasse em causa o monopólio existente.

Sobre um possível regresso, a marca italiana limitou-se a informar, no fim de semana de Spa-Francochamps, que esta têm contratos assinados com quase todas as equipas para a temporada de 2014. 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

A capa do Autosport desta semana

A edição desta semana da Autosport, que estará nas bancas a partir de amanhã, traz na capa as corridas do fim de semana em Portimão, onde César Campaniço foi o melhor, conquistando o títuo nacional de circuitos ("O Primeiro Campeão")

Em cima, temos a chamada de atenção a uma entrevista com Stefano Domenicali ("Domenicali sem papas na lingua"), uma demonstração de clássicos em Cascais ("Clássicos brilham em Cascais") e a prestação de Miguel Oliveira na Moto3 ("Miguel Oliveira 5º em Silverstone") 

Noticias: Félix da Costa têm consciência de que é candidato na Toro Rosso

O anuncio de Daniel Ricciardo na Red Bull colocou, obviamente, questões para saber quem ficará com o seu lugar na temporada de 2014. Apesar de Franz Tost ter dito que não há pressa para escolher o piloto, os olhos se viram para aquele que poderá ser o candidato numero um: o português António Félix da Costa. Atualmente com 22 anos, e apesar de estar a ter uma temporada aquém das expectativas na World Series by Renault, onde é quinto classificado na geral (e ter vencido apenas uma corrida), ele têm consciência que é o candidato ao lugar: “Agora, as minhas hipóteses são oficiais.”, afirmou o piloto português numa entrevista à Autosport britânica. “É preciso esperar pelos resultados da parte final do campeonato de Fórmula Renault 3.5”, declarou. 

Apesar de nesta temporada, a competição não lhe tem corrido bem, pois apenas venceu uma corrida e é o quinto no campeonato, bem distante dos dois primeiros, o belga Stoffel Vandoorne e do dinamarquês Kevin Magnussen, ele afirma que os responsáveis da Red Bull sabem perfeitamente que a sua má temporada tem a ver com razões que nada têm a ver com o piloto. 

Esta possibilidade que agora se abre não altera o meu foco. É uma pressão extra, mas talvez possa convertê-la numa pressão positiva. Não posso pensar no facto da possibilidade de não chegar à Formula 1 pois se as pessoas estão a falar dessa possibilidade é porque sou um bom piloto. Sei que se tiver um bom final de época, as coisas acontecem. É essa a forma como olho para toda esta questão.”, referiu.

No fim do dia, quem manda quer resultados e não explicações para as falhas. Portanto é meu dever ajudar a corrigir os problemas e alcançar os resultados de maneira a que tenham todas as razões para me promover. Eles sabem o que se passa na equipa e têm pressionado para que as coisas mudem. Se não conseguisse suportar essa pressão agora, como poderia conseguir suportar a pressão de lutar pelo Mundial de Fórmula 1?”, concluiu o piloto português.

Noticias: Toro Rosso afirma não ter pressa para substituto de Ricciardo

Depois de terem anunciado o lugar de Daniel Ricciardo na Red Bull, num contrato por três temporadas - e dois milhões de dólares por ano, segundo dizem alguns - seria de esperar alguma reação da Toro Rosso para saber quem ficaria com o lugar vago para a próxima temporada, mas aparentemente, para os lados de Faenza, não há pressa nesse campo. Apesar de alguns posts vindos de Carlos Sainz Jr. (que fez anos no domingo) a dizer que o lugar seria discutido entre ele e António Félix da Costa (que fez anos... um dia antes), provavelmente até pode haver mais candidatos, como o brasileiro Felipe Nasr.

Franz Tost, chefe da equipa, já explicou hoje que "veremos agora todas as nossas opções e tomaremos uma decisão mais tarde, já que não há necessidade imediata de resolver as coisas à pressa". O responsável da ex-Minardi congratulou ainda Ricciardo pela promoção, dizendo que "gostaríamos de o ter mantido, porque é um piloto talentoso que está a fazer um grande trabalho na Scuderia Toro Rosso e ao mesmo tempo, estamos muito satisfeitos por vê-lo transferir-se, que significa que irá seguir as pisadas de Sebastian Vettel". 

Tost destacou ainda o 'espírito' da Toro Rosso, por ser o último degrau dos pilotos jovens antes de poderem chegar à equipa principal, e realçou ainda que "a transferência de Ricciardo justifica a validade do trabalho do Programa de Jovens Pilotos da Red Bull e prova também que nós na Toro Rosso lhe demos uma boa educação de corridas", concluiu. 

A vida e carreira de Willy Mairesse, no Nobres do Grid

"Por esta altura, o seu estilo de condução e a sua concentração causavam temor entre os pilotos. Certo dia, o americano Peter Revson, então um jovem novato a tentar a sua sorte na Europa, observou Mairesse e afirmou: “A sua concentração era imensa, os seus olhos quase saltavam das orbitas, mudando de cor. Parecia o Diabo em pessoa”.

E esse seu estilo o iria colocar em risco por muitas vezes. Mas a temporada de 1962 iria começar bem, com a vitória na Targa Florio, ao lado do jovem mexicano Ricardo Rodriguez, e pouco depois, vai participar no GP da Belgica ao volante de um Ferrari, depois de um sétimo posto na corrida anterior, no Mónaco. Mairesse tinha sido o sexto na grelha de partida, entre o americano Phil Hill e Ricardo Rodriguez. No arranque, ele tinha subido para o quinto posto e andado entre os primeiros, até que entra em batalha com o Lotus do jovem Trevor Taylor. 

A partir da 19ª volta, a batalha tornou-se numa luta pelo segundo posto, entre os dois, com o britânico a levar a melhor. Mas ele sofreu depois um pião e Mairesse ficou com o segundo posto, com o piloto da Lotus a chegar-se ao piloto da Ferrari, com este a segurar o lugar a todo e qualquer custo. Contudo, na volta 26, na zona de Blanchimont, ambos colidiram a alta velocidade, com Taylor a bater num poste telegráfico e Mairesse a subir para um banking, antes do carro ficar de cabeça para baixo, a pegar fogo. Miraculosamente, ambos os pilotos escaparam com ferimentos ligeiros." (...)

Não é habitual colocar a biografia de um piloto noutro lado. Mas creio que a história de Willy Mairesse merecia ser contada noutro sitio. No ano em que teria comemorado o seu 85º aniversário natalício, a vida e carreira deste piloto belga, que correu nos anos 60 pela Ferrari tem pormenores de filme, e um final invulgar, pois falamos de uma pessoa que, quando viu que não poderia mais correr, decidiu colocar termo à sua vida aos 40 anos de idade, a 1 de setembro de 1969, na praia de Ostende.

Podem ler isto e muito mais no site Nobres do Grid.

As declarações da Red Bull ao anuncio de Daniel Ricciardo

O anuncio de Daniel Ricciardo como substituto de Mark Webber na Red Bull, feito na noite desta segunda-feira, não é uma verdadeira surpresa, especialmente devido aos rumores que indicavam nesse sentido, especialmente depois de Webber ter dito no fim de semana belga que o piloto australiano já tinha sido escolhido para o lugar pela cúpula dirigente da equipa austriaca.

E como seria de esperar, o australiano de 24 anos, que vai na sua terceira temporada na Formula 1, era um homem satisfeito após o anuncio oficial: “Eu sinto muito, muito bem neste momento. É muita a emoção que passa por mim. Desde que entrei na Formula 1, eu esperava que isso acontecesse e, com o passar do tempo, a confiança em mim cresceu e a Red Bull decidiu que era a altura”, começou por afirmar Ricciardo no comunicado oficial da marca.

No próximo ano, eu estarei com a equipa campeã do mundo, possivelmente a melhor da Formula 1 e vão esperar que eu conquiste resultados. Estou pronto para isso. Não estou aqui para andar no décimo posto, eu quero conquistar os melhores resultados para mim e para a marca”, concluiu.

Quanto ao facto de ser agora o novo companheiro de Sebastian Vettel, Ricciardo fez questão de elogiar o seu novo colega de equipa, mas deixou claro que não se deixará intimidar pela companhia do alemão. “Sebastian Vettel já conquistou muitas coisas na sua carreira, mas quero ser colocado contra os melhores. É um desafio pessoal. Esse é o próximo passo, mas não é o último passo”, completou o australiano.

Adrian Newey, o projetista da marca, referiu estar satisfeito com a esolha de Ricciardo: “Poderiamos ter escolhido um piloto mais experiente, alguém com garantias de que nos levaria a determinado nível, ou então dariamos uma chance a um jovem piloto e o ajudariamos a levá-lo a um nivel elevado. Olhamos para essa última hipótese e verificamos que, dos jovens pilotos, Daniel é o mais promissor. Do ponto de vista da Red Bull, isso é adequado porque da nossa parte, ele é a melhor promessa que temos do nosso programa de jovens pilotos", começou por dizer.

A decisão faz-me lembrar de uma decisão semelhante no tempo em que estava na Williams. Nigel Mansell estava a ir embora e precisávamos de alguém ao lado de Alain Prost. Poderíamos ter ficado com Riccardo Patrese ou tentaríamos a sorte com um jovem piloto chamado Damon Hill, que era na altura no nosso piloto de testes. Acho que é bom trazer sangue novo e dar-lhes uma chance", concluiu.

Já do lado dos dirigentes, Christian Horner afirmou a sua satisfação por ter o piloto australiano como o sucessor de Mark Webber na equipa: "É fantástico confirmar que Daniel será o nosso piloto titular em 2014", afirmou Horner no comunicado oficial da equipa. "Ele é um jovem muito talentoso, está comprometido com a equipa, tem grande atitude e, no final, era a escolha mais lógica. Daniel entrou para o programa de jovens pilotos em 2008 e vimos em sua passagem pela Formula 3 e pela World Series que ele é capaz de vencer corridas e campeonatos, pois sempre se destacou em cada uma dessas categorias, por isso temos seguido de perto e com grande interesse seu progresso", acrescentou.

"Além disso, Daniel possui todos os atributos necessários para guiar para nós: ele tem uma grande habilidade natural, tem ótima personalidade e é uma excelente pessoa para se trabalhar. E sabe o que a equipa espera dele", declarou. 

Por fim, Christian ainda ressaltou que a escolha é de longo prazo: "Acho que ele vai aprender tudo rapidamente e estamos pensando de um ponto de vista de médio a longo prazo com relação ao desenvolvimento dele. Este lugar é uma oportunidade maravilhosa e acho que ele será uma grande estrela no futuro", completou Horner.

Youtube Formula 1 Movie: uma cena de "Rush"

A antestreia de "Rush"foi esta segunda-feira em Londres, e os pilotos da McLaren apareceram por lá em dois carros da marca: Jenson Button num M23 semelhante ao que James Hunt (e Emerson Futtipaldi, Jochen Mass, Peter Revson, Dennis Hulme pilotaram...) e Sergio Perez num carro mais moderno, um MP4-27.

Contudo, ainda nesta segunda-feira, o estúdio colocou no Youtube mais alguns vídeos sobre o filme, e isso inclui esta cena. Pelo teor da conversa, deve ser por alturas de Brands Hatch, porque eles falam sobre a polémica desclassificação de Hunt em Espanha...

Youtube McLaren Automotive: Jay Leno experimenta o McLaren P1

Jay Leno é Jay Leno, e há quem tenha imensos ciumes dele. Porquê? Mais do que a sua profissão, a riqueza que ele têm e a sua incrível coleção de carros, ele têm a oportunidade de experimentar coisas primeiro do que os outros. A razão porque digo isso? Ora, ele foi a Woking, sede da McLaren, e andou dentro de um modelo P1 antes do resto dos milionários que vão comprar esse carro.

A sua passagem pela sede da equipa fundada por Bruce McLaren há 50 anos foi gravada e ele andou com o carro... na pista do Top Gear. Será que aqueles três não tiveram vontade de o matar?

Enfim... vi isto no Jalopnik.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Noticias: Ricciardo é piloto da Red Bull em 2014

Já é oficial: o australiano Daniel Ricciardo é o piloto da Red Bull para 2014. O anuncio foi feito esta noite na TV austriaca através de Helmut Marko. Ele irá substituir o seu compatriota Mark Webber, que irá em 2014 para a Endurance, ajudando a Porsche no seu projeto de regresso a Le Mans.

O anuncio de Ricciardo, atualmente com 24 anos, é mais um sucesso do projeto da Red Bull Junior Team e dos pilotos vindos das categorias de acesso, cujo melhor exemplo é o alemão Sebastian Vettel, tricampeão do mundo e atual líder do mundial. Assim, acabam-se as especulações que apareceram ao longo do mês sobre o ingresso de outros pilotos como Kimi Raikkonen e Fernando Alonso.

Nascido da cidade de Perth a 1 de julho de 1989, Ricciardo chegou à Formula 1 na segunda metade de 2011, correndo pela HRT. Em 2012 passou para a Toro Rosso, onde conseguiu até agora 22 pontos e um sétimo posto no GP da China de 2013 como melhor resultado. Com este anuncio, conseguiu superar o francês Jean-Eric Vergne no lugar.

Resta saber quem ficara com o seu lugar na Toro Rosso. O português António Félix da Costa é o candidato numero um, mas surgiu por estes dias o rumor de que o brasileiro Felipe Nasr poderá estar a querer o lugar.

Youtube Endurance Crash II: o incêndio do Ferrari da AF Corse em Interlagos


As Seis Horas de São Paulo foram mexidas, como se sabe. Para além do acidente entre o Toyota de Stefan Sarrazin e o Lotus numero 32 do austriaco Dominik Kraihaimer, outro dos momentos da corrida foi quando o Ferrari 458 numero 71 da AF Corse, guiado por Toni Vilander e Kamui Kobayashi, começou a arder na berma, fazendo muito fumo e causando estragos em metade do carro.

Youtube Formula 1 Challenge: Como ganhar um prémio... sem gritar


Um dos patrocinadores da equipa da Red Bull na Formula 1, a marca de calçado Geox, decidiu fazer um desafio, no mínimo, original: fez um concurso, em que os vencedores iriam receber vinte pares de sapatos. Mas com uma condição (ou um desafio final): teriam de guiar em carros conduzidos pelos Sebastiões (Sebastian Vettel e Sebastien Buemi) e se gritassem... perdiam um par de sapatos.

O video têm a sua graça... eu vi isto no blog do Joe Saward.

O custo da Formula 1

É sempre interessante saber quanto é que os pilotos de Formula 1 ganham de salário por temporada, mas mais interessante é saber quanto é que as equipas gastam por ano para se manter na Formula 1, e quanto custa na fábrica cada ponto conquistado na pista. É certo e sabido através dos "voxpop" que as equipas da frente têm algum lucro, enquanto que as do meio para baixo custa-lhes bastante acabar a temporada com lucro, sendo que os exemplos conhecidos da Sauber, Renault e da Force India estão espalhados pela imprensa especializada.

Na semana passada, porém, a Autosport britânica falou sobre os custos da Formula 1, algo que não foi muito divulgado. Mas hoje dei por mim a ver um post sobre isso no Formula 1 blog, e achei por bem colocar aqui para terem uma ideia do que se está a lidar.

Primeiro que tudo: os números foram submetidos à Companies House britânica, uma entidade fiscal no qual as equipas têm de submeter os orçamentos, já que muitas destas marcas estão cotadas em bolsas internacionais, como a de Londres. As receitas, despesas e lucros estão devidamente detalhadas, e vale a pena dar uma espreitadela.

Assim sendo (os números são de 2012, os valores estão em libras)

Red Bull:

- 240 milhões em receitas, dos quais 110 milhões vêm da equipa, 70 milhões da FOM, 60 vêm de outros patrocinadores.
- 235,5 milhões de despesas, com um lucro de 5,5 milhões, para um pessoal de 690 pessoas.

Ferrari:

- 260 milhões em receitas, dos quais 20 milhões vêm da equipa, 80 milhões vêm da FOM, 160 milhões de outros patrocinadores.
- 250 milhões de despesas, com um lucro de 10 milhões, para 700 pessoas empregadas.

McLaren:

- 180 milhões em receitas, dos quais 60 milhões vêm da FOM e 120 milhões de outros patrocinadores.
- 160 milhões de despesas, com um lucro de 20 milhões, para 600 pessoas empregadas.

Lotus-Renault:

- 120 milhões em receitas, dos quais 30 milhões vêm da equipa, 45 milhões vêm da FOM e 45 milhões de outros patrocinadores.
- 130 milhões de despesas, com um prejuízo de 10 milhões, para 500 pessoas empregadas.

Mercedes:

- 150 milhões em receitas, dos quais 50 milhões vêm da equipa, 40 milhões vêm da FOM e 60 milhões de outros patrocinadores.
- 160 milhões de despesas, com um prejuízo de 10 milhões, para 930 pessoas empregadas.

Sauber:

- 75 milhões em receitas, dos quais 35 milhões vêm da FOM e 40 milhões de outros patrocinadores.
- 90 milhões de despesas, com um prejuízo de 25 milhões, para 320 pessoas empregadas.

Force India:

- 75 milhões em receitas, dos quais 30 milhões vêm da equipa, 35 milhões vêm da FOM e 10 milhões de outros patrocinadores.
- 100 milhões de despesas, com um prejuízo de 25 milhões, para 300 pessoas empregadas.

Williams:

- 90 milhões em receitas, dos quais 30 milhões vêm da equipa, 32 milhões vêm da FOM e 28 milhões de outros patrocinadores.
- 90 milhões de despesas, para 520 pessoas empregadas.

Toro Rosso:

- 70 milhões em receitas, dos quais 32 milhões vêm da equipa, 30 milhões vêm da FOM e 8 milhões de outros patrocinadores.
- 70 milhões de despesas, para 300 pessoas empregadas.

Caterham:

- 65 milhões em receitas, dos quais 26 milhões vêm da equipa, 30 milhões vêm da FOM e 9 milhões de outros patrocinadores.
- 65 milhões de despesas, para 260 pessoas empregadas.

Marussia:

- 51 milhões em receitas, dos quais 30 milhões vêm da equipa, 6 milhões vêm da FOM e 15 milhões de outros patrocinadores.
- 51 milhões de despesas, para 200 pessoas empregadas.

As conclusões são simples: as equipas conseguem ter orçamentos equilibrados, e qualquer prejuízo, desde que seja pequeno, consegue ser cobrado. Pode-se ver o peso que têm as receitas da FOM nos seus orçamentos nos quais, excepto a Marussia, são uma parte importante nas equipas do meio para a cauda do pelotão. E como seria de esperar, as três equipas da frente (McLaren, Red Bull e Ferrari) tiveram lucro.

Fica-se algo surpreso por se ver que a McLaren não injeta dinheiro diretamente da sua estrutura, o que implica que não dependem das vendas dos seus automóveis de estrada (que são um negócio recente, a propósito), mas isso não qualquer influência no resultado final, pois tiveram lucro, que é guardado, provavelmente, para as próximas temporadas.

É preocupante ver os prejuízos nas equipas do meio do pelotão, como a Lotus, Sauber e a Force India. Apesar de serem equipas diferentes em termos de estrutura - o primeiro é uma aventura independente de Peter Sauber, outra é a paixão de Vijay Mallya, um dos homens mais ricos da Índia - os seus problemas estão devidamente publicitados nos últimos dois anos, e pensa-se que a injeção de dinheiro vindo da Rússia para a Sauber (fala-se em cem milhões por ano, em troca de um assento para o local Serguei Sirotkin) poderá resolver os seus problemas para os fornecedores, por exemplo.

Ainda no campo dos prejuízos, os números da Mercedes são surpreendentes, mas sendo uma equipa de fábrica, entende-se isso como o preço a pagar para colocar a equipa no quadro dos vencedores. É que uma equipa de fábrica vale-se pela velha frase de Henry Ford: vencer no domingo para vender mais carros na segunda-feira.

Vistos estes números, pode-se pensar que as equipas de Formula 1 estão bem de saúde. De uma certa forma, é uma ilusão, pois o esforço e o preço a pagar é grande. Eles dependem da FOM para sobreviver, e o bolo distribuído não passa dos 50 por cento do total captado por Bernie Ecclestone. A sua captação de patrocínios é limitada, e de uma certa forma, as contas estão equilibradas graças a várias coisas como a regulamentação do desenvolvimento de peças cruciais, como o motor. E no fundo da tabela, a luta é "mortal": se alguma dessas duas equipas, Caterham ou Marussia, não conseguir o décimo posto e o dinheiro da FOM, no ano seguinte, terão problemas em achar o dinheiro necessário. Afinal de contas, são 24 milhões de libras de diferença...

Em 2014, a Formula 1 dará um alto com os novos motores 1.6 Turbo, e estes prometem ser caros, o que fará com que as equipas se tenham de esforçar para conseguir mais dinheiro (patrocínios ou um maior bolo da FOM) para pagar as despesas desses motores. Fala-se que um contrato com os motores Renault vale à volta de 25 milhões...

Em jeito de conclusão: vale a pena estar na Formula 1. Se for rico, (ou um construtor) e estiver disposto a colocar imenso dinheiro para tirar algum lucro disto tudo, ou não acabar o ano com prejuízos, consegue sobreviver e criar história na categoria. Mas terá de lutar muito para ir buscar todos os tostões necessários para preencher os "buracos", e cobrar a toda a gente. Não admira que estas pessoas desejem os pilotos pagantes, não é?  

Youtube Endurance Crash: O acidente de Stephane Sarrazin em Interlagos


Os Audis podem ter ganho esta corrida "com uma perna às costas", este domingo em Interlagos, muito graças a este acidente na Curva 3 do circuito, ocorrido ainda na primeira hora da corrida. O acidente aconteceu quando Stephane Sarrazin foi inesperadamente "barrado" pelo Lotus LMP2 guiado pelo austríaco Dominik Kraihaimer, acabando por ambos irem parar às barreiras de proteção.

O acidente causou a intervenção do Safety Car, que lá ficou por mais de 40 minutos, dado que a batia foi de tal forma forte que as barreiras de proteção tiveram de ser reparadas. Mas isto, de uma certa maneira, tirou a graça à corrida, fazendo com que o resto fosse um passeio para a marca de Inglostadt.

Youtube NASCAR Crash: acidentes na pista e chapadas nos bastidores

Parece que a NASCAR começa a ganhar reputação por aquilo que passa fora da pista, principalmente as brigas. Esta aconteceu na Camping World Truck Series, no circuito de Mosport, no Canadá, onde Ty Dillon e Chase Elliot lutaram pela liderança até à última curva, onde Elliot... tocou em Dillon e o colocar fora de pista. 

Claro, depois do que aconteceu, ambas as partes foram tirar satisfação um do outro. Mas o mais estranho foi o que aconteceu na luta pelo sexto posto, quando Mike Skeen tentou passar o italiano Max Papis, mas também acabou mal. No final, a namorada de Skeen quis tirar satisfações com ele, dando uma chapada.

A sorte é que Papis aceitou as coisas de forma graciosa... e mais uma sessão de Xutos e Pontapés em paragens americanas...

Youtube Crash: A pedra rolante e os sortudos do carro branco

Esta vi no Telejornal de hoje, e aconteceu em Taiwan, onde uma tempestade tropical andou a passear por lá este fim de semana. Eu não sei quem é que nunca mais vai esquecer disto: as pessoas que estavam dentro daquele carro branco ou a pessoa que seguia atrás e gravou tudo da câmara que têm no seu "tabelier". 

Mas temos de concordar que eles tiveram toda a sorte do mundo...

domingo, 1 de setembro de 2013

Youtube Raly Crash: O mau dia de Esapekka Lappi no Barum Zlin

Este fim de semana houve o Rali Barum Zlin, na Republica Checa, e o finlandês Esapekka Lappi, considerado uma das esperanças do rali mundial, tentou a sua sorte. Só que na sexta especial, ele decidiu exagerar com o seu Skoda Fabia S2000 numa curva e acabou na floresta...

WEC: Seis Horas de São Paulo, em direto!


FIA WEC - LIVE por fiawec
Já começou há mais de uma hora, mas ainda podem assistir ao resto da corrida das Seis Horas de São Paulo por aqui. E já houve um acidente sério na Curva 3, quando um Toyota e um Lotus bateram fortemente...

Youtube Endurance Crash: o acidente de Baltimore

Este sábado, a corrida da American Le Mans Series no circuito urbano de Baltimore, correu muito mal quando cerca de uma dezenas de carros se acidentaram uns contra os outros, bloqueando a pista e causando a interrupção da corrida.

Confesso que ver aquele asfalto e os respectivos saltos, o risco de haver acidentes é bem elevado...