sábado, 30 de novembro de 2019

A imagem do dia

Algures no verão de 1984, Ayrton Senna ouve Domingos Piedade sobre um assunto que não deve ser lá muito bom. E pego essa altura por causa de algumas das coisas que ambos fizeram juntos, e um grande sarilho no qual ele esteve evolvido.

A primeira coisa que se deve dizer é que a sua chance de correr num carro de Endurance deve-se a Domingos Piedade. Foi nos 1000 km de Nurburgring, em 1984, pouco depois da Joest ter vencido as 24 Horas de Le Mans com Karl Ludwig e Henri Pescarolo. Ali, Senna fez um turno com o próprio Pescarolo e o sueco Stefan Johansson. Ele afirmou mais tarde que nunca gostou muito da experiência, mas Domingos disse algo diferente:

"O seu comportamento com o Porsche 956 da minha equipa foi exuberante, divino. Depois de sete voltas ao volante de um carro que lhe dera totalmente desconhecido, numa categoria nova para ele, Ayrton alcançou todo o mundo na pista e nas 65 voltas em que pilotou o carro da New Man foi simplesmente o mais rápido em pista, batendo senhores como Bellof, Mass, Ickx, Bell, Pescarolo, Winkelhock, Boutsen, Wollek, Patrese e outros.", contou, anos depois, na biografia sobre Senna escrita pelo Francisco Santos.

Contudo, pouco tempo depois, Senna envolveu-se uma complicação. Sem conhecimento da chefia da Toleman, começou a negociar com a transferência para a Lotus. Peter Warr estava enfeitiçado pelas suas performances na Formula 1 e na Formula 3, no ano anterior, e conseguiu fazer com que fosse para a Lotus em 1985, no lugar de Nigel Mansell. O acordo foi anunciado no fim de semana do GP da Holanda, mas Alex Hawkridge, aparentemente, foi o último a saber. E ele ficou furioso. Decidiu castigá-lo, não o colocando no carro no GP de Itália, em Monza, onde no seu lugar foi... Stefan Johansson, que foi quarto com o carro.

Em Monza, Senna via tudo nos bastidores, altamente frustrado com tudo o que se passava, e Domingos acompanhava-o para ver se mantinha a cabeça fria com todo o rebuliço à volta. Sem poder competir, chegou a fazer comentário do fim de semana italiano por uma televisão - desconheço qual - e os conselhos que ele deu fizeram-o pensar se ele não queria ser seu empresário. Domingos Piedade, que tinha a tarefa de ser o "manager" de Michele Alboreto, mais os seus afazeres na Joest, recusou. Mas não deixaram de ser amigos até ao final de vida do brasileiro, dez anos depois.

Domingos Piedade não foi um português normal. Viveu trinta anos na Alemanha, participou em duas vitórias nas 24 horas de Le Mans, aconselhou e ajudou pilotos portugueses no estrangeiro, ajudou na Copersucar-Fittipaldi, foi manager de Michele Alboreto e do próprio Emerson Fittipaldi, chegou a ser um dos diretores da AMG, e no final da carreira, foi ser o diretor do Autódromo do Estoril, onde ajudou a trazer a MotoGP para Portugal, com sucesso. Conheceu Michael Schumacher quando ele era um mero mecânico num kartódromo em Kerpen, perto da fronteira com a Bélgica, porque era amigo dos seus filhos. Como conhecera Senna, ainda ele andava no kart.

E sempre que podia, comentava Grandes Prémios com Adriano Cerqueira e José Pinto, nos anos 80, e com João Carlos Costa e Jorge Alexandre Lopes, nos anos 90 e no inicio do século. A sua voz pausada e algo arrastada, a contar estórias de bastidores, ficou nos ouvidos dos amantes de automobilismo neste retângulo à beira-mar plantado.

Morreu hoje aos 75 anos, e estava doente havia algum tempo. Fica um legado nada pequeno. Ars lunga, vita brevis.

Formula 1 2019 - Ronda 21, Abu Dhabi (Qualificação)

E por fim, esta longa temporada chega ao seu término. Pela primeira vez desde 1963, teríamos corrida em dezembro, e a tendência parece ser de cada vez mais provas, num calendário cada vez mais longo. Tanto que até os relacionamentos tremem. Claro que, se uns se separam e outros acolhem novas vidas, o campeão queixa-se que nem sequer tem tempo para cuidar da sua matilha de cães...

Sabia-se que Lewis Hamilton tinha a sua vida facilitada com a noticia de que Valtteri Bottas, seu companheiro de equipa, iria substituir o motor e a caixa de velocidades - tinha quebrado no Brasil - e iria partir do último posto. Não que fosse fazer muita mossa, mas com Max Verstappen e os Ferrari, ele poderia ser mais um a complicar.

Com a paisagem habitual, numa pista que não emociona ninguém, sejamos honestos, a qualificação começava no lusco-fusco e com temperaturas amenas. Máquinas e pilotos começaram a ir para a pista na ideia de tentar marcar logo os seus tempos, para usar os jogos disponíveis e escolher qual deles iria usar no dia seguinte. Quase todos andavam com os moles, e ao fim de um certo tempo, os melhores lá apareciam, como Mercedes, Red Bull e Ferrari. E claro, Lewis Hamilton fez o seu melhor, com Alex Albon não muito atrás, mostrando que sabia andar.

Se na frente era assim, no final desta Q1, entre os que ficavam para trás, para além dos Williams, que quase têm lugar cativo, os carros de Giovinazzi e Raikkonen, bem como o Haas de Romain Grosjean - grande surpresa - faziam-lhes companhia. Aliás, nesse duelo pessoal, Kevin Magnussen levou a melhor por meros quatro centésimos.

Para a Q2, um pouco mais do mesmo: todos colocaram moles nos seus carros, para os fazer funcionar e ter para escolher na corrida de amanhã. Não houve assim grandes coisas, grandes novidades, apesar de Charles Leclerc ter mostrado ao que vinha e ficou com o melhor tempo, 91 centésimos na frente de Hamilton, com Bottas atrás e Vettel no quarto posto.

E entre os vencedores e vencidos, praticamente tudo normal: McLaren e Renault entraram, Racing Point e Toro Rosso ficaram de fora. Foi Sérgio Perez que ficou com a "fava", batido por Nico Hulkenberg, este que fazia a sua última corrida na Formula 1.

Para a Q3, a primeira fase nem sempre é uma coisa de interesse, porque é mais para marcar tempo e volta depois para as boxes, quase como se eles podem ir à vontade. É na última tentativa que as coisas acontecem. E foi aí que houve sarilho na Ferrari, quando Vettel passou primeiro que Leclerc, mas o monegasco não o conseguiu antes das luzes ficarem vermelhas, um pouco como aconteceu em Monza. Pode-se falar de uma má coordenação, ou vingança do alemão sobre o monegasco, mas isso aconteceu, e ele não ficou feliz...

Mas isso não impediu que os Mercedes ficassem com as duas primeiras posições, com Lewis Hamilton a ficar com a 88ª pole-position da sua carreira, alargando o seu recorde. Max Verstappen era o terceiro, adiante dos carros vermelhos. E nem Vettel foi melhor que Leclerc, porque na sua tentativa, perdeu muito no terceiro setor do circuito de Yas Marina. Alex Albon era sexto, no outro Red Bull, na frente de Lando Norris.

Assim acabava a última qualificação do ano. Hamilton não estava lá desde o GP da Alemanha - quatro meses, mais dia, menos dia - e a pole serviu como que a dar inicio ao final perfeito que ele deve desejar ter para este fim de semana. Veremos como será amanhã.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Formula E: Equipas cautelosas sobre ePrix de Santiago

O cancelamento do Rali do Chile, esta quinta-feira, parece não ter abalado a confiança da Formula E sobre a realização do ePeix de Santiago, marcado para o dia 10 de janeiro de 2020. Quer a organização, quer as equipas estão a monitorizar atentamente os acontecimentos na capital, Santiago do Chile, para saber se a prova tem todas as garantias de segurança necessárias para poder ir adiante.

"Atualmente, o calendário é o que é anunciado, [ou seja], estamos correndo em Santiago, mas claramente todos nós, como equipas, apenas expressamos um pedido para ter uma atualização sobre a situação", disse James Barclay às equipas de Fórmula E numa declaração captada pelo site e-racing365.

As operações da Fórmula E (FEO) estão monitorizando absolutamente a situação, e Alberto [Longo] tem mantido muito próximo com o governo e o setor privado para garantir que a situação, se algo se desenvolver ainda mais, tenha uma visão. Precisamos muito seguir a direção da Fórmula E por várias razões. Fundamentalmente, como promotor, eles nos dizem se é apropriado corrermos para lá em termos de perspectiva de segurança.

"Acho que o foco do lado de todos é que estamos correndo em Santiago agora. A situação está sendo monitorizada pelo FEO, e sabemos que eles tomarão a decisão certa.”, concluiu.

A cautela em relação a Santiago não é a mesma que tiveram em relação a Hong Kong, que também vive agitação social nas ruas da cidade-estado desde meados do ano, mais do que suficientes para o seu cancelamento da edição de 2020, que estava previsto para março do ano que vêm.

Noticias: Latvala quer fazer cinco ralis em 2020

Depois de ter sido dispensado pela Toyota, Jari-Matti Latvala poderá fazer uma temporada parcial em 2020 a bordo de um Yaris WRC, não deixando de estar desligado da marca nipónica. Latvala aceitou isso após um incentivo de Akio Toyoda, o presidente da marca, e em principio, correrá em cinco provas, podendo alargar a participação para oito, caso tenha patrocinadores para tal.

O rali da Suécia e da Finlândia já estão confirmados. Agora, eu estou a trabalhar para arranjar patrocinadores para o rali da Sardenha, de Portugal e da Grã-Bretanha”, começou por dizer. “Se dependesse só de mim, também gostaria de ir à Nova Zelândia. Infelizmente é demasiado caro. Mas é muito importante continuar a pilotar em 2020.”, concluiu.

Quem irá fazer pelo menos nove ralis com um Toyota Yaris WRC será Takamoto Katsuta, que fará todas as provas europeias mais o Rali do Japão, a sua prova "caseira". 

Aos 34 anos, e no WRC desde 2002, Latvala tem dezoito vitórias no seu palmarés, correndo com carros como Ford Volkswagen e Toyota, sendo vice-campeão do mundo em 2010, 2014 e 2015. Contudo, a sua última vitória foi no Rali da Austrália de 2018.

 

WRC: Catalunha não contempla regresso em 2020

Saído do calendário para a próxima temporada, o Rali da Catalunha não tem qualquer intenção de entrar no lugar da prova do Chile, cancelado ontem devido aos protestos que tem assolado o país desde há quase mês e meio. Aliás, os organizadores acreditam até que essa prova nem será substituída no calendário, fazendo do WRC uma prova com 13 ralis.

Segundo conta Amam Barfull, membro da organização do rali catalão ao jornal espanhol AS, explicou primeiro que não há orçamento para fazer a prova em 2020, e estão mais concentrados em fazer da prova um rali a conta para o campeonato espanhol. "É praticamente impossível para o nosso rali cobrir essa lacuna. Em primeiro lugar, não há orçamento. Os patrocinadores já alocaram os seus recursos para outras coisas e agora não há tempo para redirecioná-lo. Por outro lado, a data. É muito próximo.", contou.


Quanto a possíveis substitutos, Barfull diz não acreditar nisso porque para as marcas, quanto menos ralis, melhor para o orçamento. 

"As marcas preferem que exista uma corrida a menos. Com a entrada do Safari, no Quénia, Japão e a Nova Zelândia, os orçamentos das equipas dispararam e uma redução de calendário será muito bem recebida por todos.", contou.


Contudo, apesar do cepticismo de Barfull, fala-se que a Volta a Córsega poderá ocupar o lugar do rali chileno.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

WRC: Organização cancela rali do Chile


As coisas correm velozes. Enquanto fazia o tecto sobre os perigos da relização do rali do Chile por causa da agitação social que grassa no país por estes dias, a organização tinha decidido cancelar a prova. 

A decisão foi tomada pelos organizadores a pedido do governo regional do estado de BioBio, cuja capital é Concepcion. Segundo fonte da organização, o cancelamento da prova não é uma despedida do evento do país, estando previsto que o Chile possa receber as provas de 2021 e 2022: 


O fato de ter sido agora cancelado não significa que não possa ser realizado. Corremos para 2021, e temos agora ainda mais vontade de melhorar o que fizemos este ano”, disse Mauricio Melo, presidente da Federação Chilena de Automóveis.

O rali Chile entrou no calendário em 2019, e foi vencido por Ott Tanak, então no seu Toyota. Mo calendário de 2020, deveria acontecer entre os dias 16 e 19 de abril.

Youtube Formula One Documentary: Clive James em Las Vegas


A temporada de 1981 teve o seu fecho... num parque de estacionamento. Claro, se for no parque de estacionamento de um casino em Las Vegas, é algo interessante de se ver. Mas o mais interessante disto tudo é o documentário que foi feito pelo jornalista australiano Clive James, morto este domingo aos 80 anos, e ávido fã de automobilismo.

É um documentário único de um tempo que não volta mais - o circuito não existe, e ainda bem - mas de uma certa maneira, este documentário mostra um misto de decadência da civilização ocidental com o risco que foi atrair os americanos para ver carros de Formula 1 no seu quintal, a obsessão que Bernie Ecclestone teve durante anos a fio.

São 48 minutos do qual vale a pena ver. 

WRC: Rali do Chile sob ameaça

Os problemas internos no Chile estão a ameaçar a realização do seu rali em 2020. Rumores de que a organização poderá cancelar a prova nos próximos dias tem estado a circular fortemente, apesar de a prova ser apenas em abril. Ainda antes disso, haverá o ePrix de Santiago do Chile, a 10 de janeiro, e também está-se atento ao que se passa para se saber se a prova irá ou não em diante.


O país encontra-se em agitação social desde o dia 14 de outubro, quando foi anunciado um aumento no preço dos bilhetes de metro de Santiago do Chile, a capital. Contudo, foi mais o pretexto para um protesto geral contra o aumento do custo de vida de uma das economias mais prósperas da América do Sul, que custaram até agora 26 mortos e centenas de feridos, depois do governo ter começado a tratar dos manifestantes como "agitadores". Agora as coisas estão mais calmas, mas as manifestações continuam, porque pretendem entre outros, a demissão do presidente Sebastian Piñera e a convocação de uma Assembleia Constituinte. 

Em boa parte do país, foi declarado o estado de emergência e instaurado o recolher obrigatório. Daí que todos os eventos desportivos internacionais que o país está a acolher estão sob forte escrutínio, como o ePrix de Santiago, que acolhem desde 2018, e o rali do Chile, que entrou no calendário em 2019, com a vitória de Ott Tanak.

Caso o rali seja cancelado, é provável que o seu substituto seja o Rali da Catalunha. 

Noticias: Nicholas Latifi é piloto da Williams

O canadiano Nicholas Latifi será piloto da Williams na temporada de 2020. A confirmação foi dada esta quinta-feira em Abu Dhabi, e ais 24 anos de idade, ele será o único estreante na grelha de partida na próxima temporada.

Estou ansioso pela jornada que temos pela frente, e estou entusiasmado por fazer a minha estreia na Fórmula 1 no Grande Prémio da Austrália em 2020”, afirmou.

Latifi disputa este ano a Fórmula 2, estando neste momento no segundo lugar, mas com chances de título, já que discute o primeiro lugar com o italiano Luca Ghiotto. Ambos estarão neste fim-de-semana em Abu Dhabi.

Nascido a 29 de junho de 1995, em Montreal, andava na Formula 1 desde 2016, como piloto de testes da Renault, para depois ter a mesma tarefa na Racing Point, em 2018, e este ano na Williams. Tudo isto enquanto corria na DAMS na Formula 2, entre 2017 e 2019, onde venceu quatro corridas. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

O video do dia

Antes de começar a temporada de 1997, a ITV britânica fez um programa único para comemorar o facto que tinha os direitos das transmissões televisivas da Formula 1, depois de anos passados na BBC. Arranjou Murray Walker e o ex-piloto Martin Brundle, mas antes disso, decidiu fazer este programa, apresentado pelo jornalista australiano Clive James.

Um ávido apreciador, era amigo pessoal de Bernie Ecclestone e a seu convite, fez a revista das temporadas de 1982, 84 e 86, sempre num estilo humoristicamente seco. E alguns entraram mesmo na história, não se sabe pelas melhores ou piores razões, mas entraram.

Mas Clive James não foi só isso. Nascido em 1939 em Sydney, na Austrália, foi para o Reino Unidos em 1962, para escrever em jornais, e logo se tornou famoso pelas suas observações sarcásticas da sociedade e por encontrar coisas inverosímeis do qual mais tarde foram adoptadas pela cultura ocidental, como os "reality shows".

Autor prolífico, conseguia gozar com tudo, incluindo com a sua própria morte. Noticias sobe o seu desaparecimento físico surgiram em 2011, e ele leu avidamente - e com carinho, disse ele - todos os seus elogios fúnebres, depois de anunciar ao mundo que afinal, estava vivo. Doente - tinha tido um efisema e leucemia - mas ainda iria resistir por mais algum tempo. Afinal de contas, as noticias da sua morte tinham sido exageradas... e fez disso coluna no The Daily Telegraph.

Clive James morreu este domingo aos 80 anos, vítima de leucemia. O mundo ficou um pouco mais carrancudo, é verdade, mas deixou o suficiente para nos fazer rir, sempre que quisermos. Ars lunga, vita brevis.

Noticias: Anunciada a tripla da Toyota em 2020

A Toyota anunciou os seus pilotos para a temporada de 2020, e é tudo totalmente novo. Se Sebastian Ogier era alguém do qual se esperava desde há algum tempo, e Kalle Rovanpera tinha sido o primeiro piloto a ser confirmado desde há algums tempo, dada a sua velocidade e precocidade, o galês Elfyn Evans, vindo da Ford, foi uma completa surpresa. 

Para o francês de 35 anos, seis vezes campeão do mundo, a ideia é manter-se competitivo e lutar por títulos em 2020, enquanto que para o galês de 30 anos, é a continuação da sua velocidade e consistência em várias das superfícies onde tem corrido até agora ao volante do seu Ford Fiesta WRC. Por fim, Rovanpera, de 19 anos, e filho de Harri Rovanpera, tem a ver com a sua precocidade nos carros, já demonstrada nas últimas duas temporadas no Skoda Fabia R5, que lhe deu o título na classe WRC2 Pro. Em 2020, ele vai ter a sua chance num carro WRC.

Para Tommi Makinen, esta tripla é uma mistura e juventude e experiência que trará benefícios para a equipa.
Estou muito contente com o alinhamento de pilotos que conseguimos montar para a próxima época. Acredito que este trio dá-nos um grande equilíbrio na nossa equipa, uma vez que temos como meta mais troféus no próximo ano, bem como no futuro. Sabemos como o Sébastien [Ogier] é forte mas já estamos todos ansiosos por trabalhar com ele e com o Julien [Ingrassia]. Penso que, ser capaz de atrair um piloto com o seu currículo diz muito sobre o que alcançámos num espaço de tempo tão curto, com esta equipa”, começou por dizer.

Elfyn [Evans] é um piloto que tenho observado há algum tempo. Vimos que ele pode ter a velocidade suficiente para vencer em quase qualquer superfície, mas também pode ser muito inteligente quando necessário, e marcar bons pontos”, continou.

Por fim, conheço Kalle [Rovanpera] desde que ele era muito jovem e sempre ficou claro que ele tem algo especial. Ele ainda tem muito a aprender, mas acredito que está pronto para este passo, agora. Quero agradecer ao Ott [Tanak] e Martin [Jarvejola], Jari-Matti [Latvala] e Miikka [Anttila], e Kris [Meeke] e Seb [Marshall] por tudo o que fizeram pela nossa equipa. Desejo-lhes o melhor para o futuro”, concluiu.

Já Ogier está feliz por ter uma máquina competitiva para aquela que poderá ser a sua última temporada no WRC, e pretende lutar para recuperar o título que perdeu este ano para Ott Tanak

Estou definitivamente muito entusiasmado por me juntar à Toyota", começou por dizer Ogier. "É mais um desafio novo para mim e estou ansioso por ele. Curiosamente, já discutimos isto no final de 2016, e embora não tenhamos conseguido fazê-lo acontecer naquela altura, agora estou motivado para começar a trabalhar com uma marca tão icónica como a Toyota, bem como com o meu ídolo de infância, Tommi Mäkinen.", continuou.

"O plano é ter algum sucesso juntos, e tentar reconquistar o campeonato do mundo. É um line-up interessante: Conheço muito bem o Elfyn [Evans], já trabalhei com ele antes e tenho a certeza de que também pode trazer muito para a equipa, enquanto o Kalle [Rovanpera] já provou muitas coisas nos ralis, por isso tem definitivamente algum talento, e tenho a certeza de que vai melhorar muito rapidamente. Nós três somos novos na equipa, pelo que vai ser um desafio aprender o carro e tudo, mas é claro que faremos o nosso melhor para nos apresentarmos o mais rápido possível."

Já o piloto galês vê esta oportunidade como aquela onde quer provas que as qualidades que mostrou nas duas últimas temporadas valem a pena, especialmente depois e um 2019 onde ficou de fora no último verão por causa de lesões nas costas.

Juntar-me à Toyota Gazoo Racing é uma grande oportunidade para mim e estou muito entusiasmado com este desfecho. A equipa tem sido muito bem sucedida, desde que entrou no desporto há três anos, e estou ansioso por fazer parte dela. O Tommi [Makinen] foi muito bem sucedido como piloto e sabe o que é preciso para ter um desempenho a este nível.", começou por dizer.

"Foi muito bom lidar com ele até agora, e estou ansioso por conhecer melhor a equipa à medida que nos aproximamos do início da próxima época. 2019 foi uma época mista para nós – faltando a três ralis devido a lesão a ser o ponto baixo – mas houve alguns resultados e desempenhos fortes enquanto competia por vitórias e pódios. Agora quero levar isto mais longe, ganhar ralis mais vezes e ver o que é possível neste novo capítulo. Será bom voltar a trabalhar com o Sébastien e o Julien, também: Com a experiência e o sucesso que teve, é uma grande mais valia para ter na equipa.

Por fim, Kalle Rovanpera vê este novo passo como uma exigência para que mostre todo o seu potencial nos ralis.

Estou muito entusiasmado por chegar à Toyota. Penso que o objetivo de qualquer jovem piloto de ralis é ter um lugar num World Rally Car oficial, e agora essa oportunidade chegou para mim", começou por dizer. "Foi fantástico ver como o Tommi já confiava em mim quando testei o carro pela primeira vez há alguns anos, e agora é muito bom fazer parte da sua equipa. Tenho a certeza de que o próximo ano vai ser bastante exigente" continuou.

"Os maiores desafios passam por aprender o novo carro e também os ralis que são novos no calendário. O arranque do Mundial terá tudo a ver com o aprender o carro, a velocidade e tudo o que vem com ele. Acho que o Seb [Ogier] e o Elfyn [Evans] serão muito bons companheiros de equipa para mim, com sua experiência. Eu tenho tanto ainda que posso aprender com eles, pelo que é bom tê-los na equipa”.

Noticias: Gordon Murray pensa o T50 nas pistas

O carro de Gordon Murray ainda pode estar longe da sua produção, mas poderá ser que apareça nas pistas mais cedo do que se esperava. O T50, última criação do engenheiro sul-africano, só aparecerá em 2022, mas ele pensa na ideia de o colocar nas pistas mais cedo, com algumas alterações no peso e em alguns sistemas de apoio aerodinâmico.

A ideia é aparecer em Le Mans, para tentar a mesma coisa que fez com o McLaren GT1, outra criação sua, que venceu em 1995.


As pessoas que gerem o campeonato estão muito interessadas em nos receber de volta depois de nossa história em Le Mans com o F1 GTR. Falei com a ACO e a FIA em fevereiro deste ano”, começou por dizer Murray ao site motosport.com. “Posteriormente, tivemos alguns clientes que estão muito interessados em competir com o carro. Gostamos de corridas, por isso também estamos muito interessados em voltar às pistas. Está no nosso ADN.", continuou. 

"Estamos prestes a anunciar em breve uma parceria com uma equipa de Formula 1 para o uso de um túnel de vento no desenvolvimento do T.50, por isso já estamos um passo mais perto das corridas. Se o fizermos, será feito por uma equipa separada e paralelamente ao carro de estrada, e já temos uma unidade de operações especiais para fazer os veículos”, concluiu.

A ideia de correr seria na classe de hipercarros, mas Murray também disse que não se importaria de participar numa classe só para caber o seu carro, desde que se mantenha competitivo.


A versão de corrida do T.50 provavelmente sairia com cerca de 900 kg, portanto, colocar algumas centenas de quilos de lastro não atrai [O peso mínimo dos carros segundo os novos regulamentos é de 1100kg]”, disse ele. “Mas como as novas regras se baseiam no equilíbrio de desempenho, esperamos que haja alguma maneira de corrermos mais leves, mas com menos potência”.

Se realmente não nos encaixarmos na classe dos hipercarros ou em qualquer outra categoria, temos a opção de uma série única com o nosso carro de pista”, disse ele. “Imagine uma grelha de 20 carros com motores V12, a acelerar às 12.000 rpm – seria divertido”, concluiu.

Youtube Motoring News: Fully Charged News


Eu confesso que gosto de ver o canal Fully Charged, e esta terça-feira, o Robert Llewyn falou sobre os carros do momento: o Ford Mustang, o Tesla Cybertruck, e outras coisas mais.

Mas o que mais gosto neste noticiário é a maneira como ele desmente os mitos e as noticias falsas sobre certas coisas que são usadas na construção das baterias, por exemplo, e como as desmente. O seu ar de zangado é impagável!

WRC: Neuville acha que Ogier na Toyota irá complicar


Ainda não foi confirmado na marca japonesa, mas Sebatien Ogier poderá ser alguém que irá prejudicar a concorrência. Pelo menos é o que diz Thierry Neuville, um dos pilotos oficiais da Hyundai para 2020. "Com Ogier a correr de Toyota vai ficar tudo mais complicado.", afirmou.

O piloto belga de 31 anos disse, numa entrevista à RTBF, realçou o poder dos Toyota Yaris. "A Toyota foi muito competitiva ao longo da temporada, foi frequente ver os três Toyota na liderança no primeiro dia. Ninguém sabia como competir com eles.", começou por falar.



Quanto ao convívio com Ott Tanak, revelou que não só não o teme, como acha que é uma mais-valia para a equipa, no seu todo. "Tanak traz um bom background técnico para a Hyundai, iremos tentar retirar vantagem daí. Teremos evoluções e esperamos trabalhar bem durante o Inverno para ficarmos melhores que a Toyota."

Com o Rali de Monte Carlo a pouco mais de dois meses, e com a saída da Citroen dos ralis, resta saber como será a próxima temporada do Mundial.




terça-feira, 26 de novembro de 2019

Vende-se: Ferrari F2002 de Michael Schumacher

O último fim de semana de Formula 1 em 2019, em Abu Dhabi não acontece só na pista. Também acontece nos bastidores, onde existem, entre outras coisas, leilões de bólidos do passado, especialmente aqueles usados em campanhas vitoriosas. E é o que vai acontecer neste final de semana, quando o F2002 de Michael Schumacher vai a leilão através da RM Sothebys.

O carro, chassis numero 219, foi usado no inicio da temporada de 2002, foi guiado pelo piloto alemão para três vitórias: Imola, Zeltweg (o infame final de corrida desse ano) e Magny-Cours. Desconhece-se o valor que poderá alcançar em leilão, mas parte das receitas irão para a fundação Keep Fighting, estabelecida pela familia do piloto alemão.

"Os fãs, os convidados do Paddock Club e os licitantes terão uma oportunidade incrível de se aproximar desses carros icônicos e compartilhar a emoção ao serem leiloados. Estamos orgulhosos de poder apoiar a Fundação Keep Fighting de Michael Schumacher com os lucros da venda.”, disse Kate Beavan, a diretora dos serviços de hospitalidade da Formula 1.

Noticias: Vandoorne louva a Formula E

Stoffel Vandoorne está na Formula E e não tem saudades da Formula 1. O piloto belga da Mercedes, que subiu ao pódio por duas vezes no fim de semana saudita, afirmou que a competição elétrica é mais autêntica que a Formula 1, que a considera muito politica. Numa entrevista ao jornal belga Sport/Voetbalmagazine, deixou algumas criticas à Formula 1. “[A F1] É um mundo um pouco falso no qual todos se dão bem, mas acima de tudo, todos têm os seus próprios interesses a defender”, começou por dizer. 

Na Fórmula E, Le Mans ou nas corridas de resistência do WEC, é onde podemos encontrar corridas puras. Vimos aqui para correr, não para fazer política. A Fórmula 1 continua a ser o maior campeonato, mas a Fórmula E está logo abaixo. É um dos campeonatos mais competitivos em que participei. Muitos pilotos têm experiência na Fórmula 1, outros têm um histórico com o qual poderiam entrar na Formula 1. É o futuro. É por isso que vemos mais e mais fabricantes de automóveis interessados”.

Vandoorne, de 27 anos, esteve entre 2016 e 2018 na McLaren, onde conseguiu apenas 26 pontos. Pela HWA e Mercedes, já conseguiu três pódios e uma pole-position, totalizando 65 pontos. Para além disso, corre na Endurance pela SMP Racing, onde foi terceiro classificado nas 24 Horas de Le Mans deste ano.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Youtube Racing Video: Os carros de corrida de Carrol Shelby

"Olá, sou Carrol Shelby e a performance é o meu negócio".

Esta frase entrou nos anais do automobilismo e na lenda do próprio, quando andou a construir e preparar os Cobras, com motor Ford, antes de ficar com os Mustangs GT350 e o GT40 e criar o seu Shelby-American, que levou para Le Mans e derrotou os Ferrari.

Em 1965, a Ford fez um filme sobre ele, mostrando o que todos andavam a fazer nessa altura em que bater a Ferrari era a prioridade numero um, com filmagens em Willow Springs e pilotos como Pete Brock, Ken Miles e Dan Gurney ao volante das suas máquinas. Agora, é um clássico. 

Youtube Video Demonstration: Tesla Cybertruck vs Ford F150

Em inglês, o jogo da corda chama-se "tug of war". Chegou a ser desporto olímpico, mas hoje em dia, serve mais para estas demonstrações. No dia da apresentação do Tesla Cybertruck, Elon Musk apresentou o video onde um dos seus modelos estava frente a frente com um Ford F150, um dos modelos mais populares de "pickups" nos Estados Unidos.

O video mostrou que o Tesla era bem mais potente que o Ford. O torque que tem logo de entrada, quando o condutor pisa no acelerador ajuda muito nisso, mas mesmo assim, impressiona.

Noticias: Tesla já recebeu quase 150 mil encomendas do Cybertruck


O Cybertruck poderá ter um desenho invulgar, mas os consumidores não querem saber disso. E o melhor exemplo foi o numero de encomendas que tiveram nos dias seguintes à sua apresentação: 146 mil, até ontem. Cada uma dessas encomendas recebeu por parte do futuro consumiro um sinal de cem dólares, um décimo dos que tiveram de pagar aqueles que quiserem um Tesla Modelo 3, em 2016, quando foi apresentado. 

É verdade que o preço básico de 39.900 dólares do modelo poderá levantar dúvidas, mas de acordo com a marca, é mais do que suficiente para fazer os modelos no seu primeiro ano de produção. De acordo com Elon Musk, na sua conta do Twitter, “42% [das encomendas] são da versão Dual Motor e 41 por cento da Tri Motor”, perfazendo 83 por cento da procura para as versões mais caras, comercializadas por 49.900$ (a primeira) e 69.900$ (a segunda). Isto significa que apenas 17% dos clientes preferiram a Cybertruck RWD, com apenas um motor e proposta por 39.900$.

E a esse preço, é provável que vá tirar o tapete da Rivian, que está a comercializar o seu R1T a partir dos 69.900 dólares. Mas temos de pensar que o Tesla Cybertruck só poderá aparecer em 2021 ou 2022, e até lá, a marca concorrente poderá respirar um pouco melhor com o seu modelo.

Uma coisa é certa: a Tesla construiu o seu pickup elétrico e como os outros, promete revolucionar a industria automóvel.

Formula E: Organizadores sauditas querem corrida noturna

Os organizadores do ePrix de Ad Diriyah querem ter uma prova noturna em 2020. Os planos estão a ser elaborados, e pretendem que seja o mais sustentável possível, para manter o espírito da competição. Contudo, o plano é complexo e demorará o seu tempo até estar completo.

Carlo Boutagy, da organização, disse que esse é o objetivo: "Descobrimos uma maneira de o fazer a 60 ou 70 por cento sustentável, mas queremos fazer a cem por cento, e isso irá levar tempo", disse ao site e-racing365.com

"As pessoas tem de considerar que, para montar esta pista, demora cerca de duas semanas, e em cinco dias, a estrutura é desmontada para se tornar em ruas normais, onde o transito passa livremente. Se queremos fazer algo único, temos de ter a certeza que primeiro, será temporário, e segundo, sustentável. Portanto, é muito diferente de um Bahrein ou Abu Dhabi", concluiu.

A ideia de uma corrida noturna tem a ver não só por ser único e diferente, mas também para atrair espectadores. Este ano, passado o efeito novidade, não houve muita gente a assistir às corridas do fim de semana saudita, e ter uma prova noturna daria para interligar com os concertos de música que aconteceram no fim de semana da prova - que tinha os Imagine Dragons como cabeças de cartaz. 

Quanto custará ter Ogier na Toyota?


Que Sebastien Ogier vai a caminho da Toyota para se poder despedir do Mundial em grande estilo, isso é um facto. Aliás, a retirada de cena da Citroen tem a ver precisamente com isso: o facto de eles não conseguirem manter o piloto francês nas suas fileiras. Contudo, ter o piloto francês na sua nova equipa tem um preço. E parece ir em torno dos dez milhões de euros para o ter em 2020, não só em termos de salários, como também nas indemnizações.

Segundo conta o jornal finlandês Helsingin Sanomat, existia uma cláusula no contrato de Ogier com a Citroën que impedia o francês de competir para outra equipa em 2020, caso por algum motivo não quisesse ficar na Citroën. Poderia ‘reformar-se’, mas não trocar de equipa. Contudo, a Toyota irá pagar entre quatro e cinco milhões de euros de indemnização, e pagar um valor semelhante em termos de salários. Claro, é um dinheiro interessante que a Ciroen receberá, mas não irá ficar com ele, porque irá usar para, por exemplo, pagar as multas ao promotor do WRC, pela sua retirada antecipada, e a Esapekka Lappi, que tinha um contrato e de repente, fica desempregado.

Contudo, ter Ogier apenas por um ano - o francês já disse que não pretende correr para além da próxima temporada - a Toyota terá de passar pelo mesmo assunto dentro de doze meses, mais coisa, menos coisa, logo, tem de pensar no longo prazo. E se calhar, Kalle Rovanpera deverá ser o tal piloto que será essa garantia para a nova década dos ralis.

A ver vamos, pois falta saber qual vai ser o alinhamento da marca japonesa para a próxima temporada.

domingo, 24 de novembro de 2019

A imagem do dia

Na minha homenagem que fiz ontem ao Joaquim Moutinho, bi-campeão nacional de ralis em 1985 e 86, único vencedor português numa prova do WRC, morto na sexta-feira aos 67 anos, deixei de lado um capítulo da sua curta, mas fulgurante carreira nos ralis nacionais, a bordo do mítico Renault 5 Maxi Turbo - a matricula NG-81-41 entrou no imaginário nacional de uma geração. Esse episódio aconteceu no Rali do Algarve de 1984, que como agora, era a prova de encerramento do Nacional de ralis. E é um episódio que entra na história pelos piores motivos.

Naquele ano, como já tinha dito ontem, Moutinho, apoiado pela Renault Portuguesa, entrou de rompante no panorama nacional de ralis, contra Joaquim Santos e o seu Ford Escort RS, inscrito pela Diabolique, a equipa montada pelo Miguel Oliveira, seu navegador. E aquela temporada tinha sido a de um verdadeiro duelo entre os "Joaquins" que empolgava os fãs e fazia vender jornais.

E tudo iria ser resolvido no Rali Algarve. Aí, o duelo Ford vs Renault era forte, pois era um vencia, ora outro respondia com o melhor tempo na classificativa seguinte. Contudo, na zona de Monchique, alguém - nunca se soube quem - colocou uma barra de ferro com dentes pontiagudos, no intuito de fazer colocar Moutinho fora da estrada. Quando o Renault passou, todos os quatro pneus furaram e ele não teve outro remédio senão abandonar, entregando o título para Santos. Ninguém acredita que tenha sido um ato da concorrência, mas todos aceitam a ideia de que foi um acto de vandalismo puro e duro. Anos depois, Moutinho ainda ficava perturbado com esse acto, que considerava como "nojento".

Mas depois de ter mostrado o que tinha a mostrar, Moutinho estava imparável nos dois anos seguintes, vencendo ambos os campeonatos, e forçando a concorrência a ir arranjar um Grupo B, o Ford RS200, cujas consequências foram os que soubemos na Lagoa Azul... e deu a Moutinho a sua vitória mais amarga da sua carreira.

Formula E: Félix da Costa frustrado com o fim de semana

António Felix da Costa sai de paragens sauditas bem decepcionado. Tendo carro para andar entre os da frente, problemas de travões na sexta-feira e uma penalização no sábado impediram-no de fazer melhor. Dos 50 pontos possíveis, o piloto de Cascais sai com um décimo posto e uma volta mais rápida, o que aliado à vitória num dos grupos, o fez obter três pontos, claramente insuficiente para as suas aspirações para o fim de semana e para o campeonato.

Ainda por cima, na corrida de sábado, fex um bom arranque, chegando ao segundo posto, quando os comissários investigaram as circunstâncias da sua ultrapassagem a Sebastien Buemi, do qual verificaram que tinha sido demasiado musculada, obrigando-o a um "drive through", fazendo-o cair para o fundo do pelotão, recuperando o mais que podia, e ainda beneficiando de penalizações para chegar ao décimo posto, o último pontuável.

"De facto é um fim de semana decepcionante", começou por dizer o piloto da DS Techeetah. "Hoje [ontem] tínhamos andamento e as armas para lutar pela vitória e honestamente depois de rever as imagens, não estou nada de acordo com a penalização que me foi imposta. No briefing de pilotos falou-se e acordou-se que não se podia travar em demasia naquela curva, quando se fosse recolher o 'attack mode'. O Buemi fez isso e não havia nada que eu pudesse fazer para o evitar à velocidade que ele ia. Como já disse é um inicio de época muito decepcionante, principalmente tendo em conta o forte andamento que tivemos aqui em Riade", analisou.

A Fórmula E faz agora uma pausa e regressa dia 18 de Janeiro, para a 3ª ronda do campeonato, a ter lugar em Santiago do Chile.

Youtube Motoring Challenge: The Grand Tour no Mekong


Os Três Estarolas - Jeremy Clarkson, Richard Hammond e James May - estão de volta. Não vão fazer séries a testar carros, mas vão fazer as grandes viagens que faziam, quer no Top Gear, quer no The Grand Tour. E desta vez foram de barco pelo rio Mekong abaixo, do Laos até ao Vietname, tentando armarem-se em espertos... acho.

O episódio vai ser mostrado a 13 de dezembro, e já há um trocadilho entre "seamen" (marinheiros) com... vocês sabem.