sábado, 27 de junho de 2020

Indianápolis 500 terá número limitado de espectadores

A IndyCar Series está de regresso, e aos poucos, algumas das corridas irão ter gente, embora limitado devido às regras de distanciamento social. A partir da ronda dupla de Road America, serão autorizadas pessoas para assistir aos eventos, mas sobretudo, as 50 Milhas de Indianapolis, que este ano acontecerão a 23 de agosto, vão ter adeptos, mas apenas em número limitado: 50 por cento da capacidade. De uma certa maneira, isto vai ao encontro que Roger Penske, o agora dono do circuito de Indianápolis, já ter dito que o evento não seria corrido sem adeptos.

Agora o presidente do circuito, Doug Boles, confirmou ontem que haverá espectadores, mas a limitação será de cinquenta por cento, para estar de acordo com as normas de saúde do estado do Indiana: “A limitação será de aproximadamente cinquenta por cento, considerando todas as medidas de segurança e de saúde”, afirmou. "Revelaremos os detalhes específicos do nosso plano nas próximas semanas ", continuou.

Para além disso, Boules afirmou no comunicado oficial que aconselha todos os que estão dentro do grupo de risco para que fiquem em casa e regressem em 2021. 

O campeonato, ao contrário da Formula 1, por exemplo, já iniciou as suas atividades com uma ronda na oval do Texas, vencida pelo neozelandês Scott Dixon.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Noticias: Head fala que é preciso liderança técnica na Williams

Patrick Head
, um dos fundadores da Williams, falou sobre o estado atual da empresa e afirmou que a equipa precisa de melhorar bastante para regressar a um lugar mais digno, algo que tem faltado nos últimos anos. 

Numa conversa ao podcast da revista Motorsport, o antigo engenheiro de 74 anos começou por dizer: “Não se pode ter um monolugar no décimo lugar constantemente. Este ano é importante voltar. Não vou dizer que vão lutar com as três primeiras equipas, mas espero que estejam no ‘segundo pelotão’. A partir daí, é trabalhar. Há ali pessoas fantásticas. Por várias razões, sem querer dizer que são maus, mas têm tido muitos líderes técnicos, alguns com competências, mas não têm sido apropriados para a Williams. É preciso liderança técnica”.

Head, que se tinha reformado e 2014 e voltou em 2019 como consultor para ajudar no campo técnico, elogiou Claire Williams pelo seu trabalho na “elaboração de um orçamento para este ano”, mas que, a culpa dos resultados é da falta de liderança técnica, especialmente depois do fracasso de Paddy Lowe na construção do FW42, no qual conquistaram apenas um ponto.


Noticias: Williams apresenta nova decoração

A Williams tinha prometido que iria apresentar uma nova decoração com a saída de cena da Rokit. E hoje, cumpriu: um carro muito cinzento - há quem diga que é uma pálida imitação da Mercedes - e a maior parte dos novos patrocinadores fazem acreditar que a familia Lattifi comprou uma participação maioritária na equipa.

Na apresentação, Claire Williams, falou para a autocar-co.uk sobre os recentes movimentos e a procura por investimentos, que fazem parte do plano para recuperar a competitividade da equipa, que acabou no último lugar do campeonato de Construtores.

Começámos a falar sobre a necessidade de novos investimentos já no ano passado, antes do vírus estar no horizonte. Decidimos que precisávamos de apoio para além do que conseguimos angariar dos prémios da Fórmula 1 ou dos nossos atuais patrocinadores” – começou por dizer.

O nosso principal desejo é encontrar o melhor resultado para a equipa. Se isso significar uma venda completa, não há problema. Se significar a venda da maioria, como caminho para uma venda completa, que seja assim. Ou se alguém quiser trabalhar connosco, isso é fantástico. Poderíamos juntar os fundos para continuar, mas, já fazemos isso há muito tempo. É hora de mudar", concluiu.

Os pilotos continuam a ser os mesmos: o britânico George Russell e o canadiano Nicholas Lattifi.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Noticias: Portimão está quase, Itália quer três provas

A Formula 1 está prestes a regressar a Portugal, e já há uma data: 4 de outubro. A Autosport portuguesa avança hoje com essa noticia, embora se desconheça se terá ainda o GP da Rússia no calendário. Ao mesmo tempo, também está quase confirmado que haverá duas corridas em Itália, nomeadamente Monza e Mugello, mas ainda se tenta incluir Imola, mas as últimas noticias mostram que isso pode ser pouco provável.

No caso da pista italiana, a razão pelo qual poderá estar a cair no lote de pistas candidatas poderá ter a ver com a saída das boxes, algo do qual não agrada aos responsáveis da Formula 1. Mas o diretor do circuito, Selvatico Estense, não perdeu a esperança:

Imola tem a Formula 1 no seu ADN e, nesta pista, vimos muita história a acontecer. Tal não deve ser esquecido e devemo-nos orgulhar disso. Olhando para o futuro e para a economia local neste momento grave de crise, o nosso objetivo é trazer de volta as principais séries ao circuito de Imola a partir deste ano. A solução mais lógica e mais adequada para os fãs de Formula 1 de todo o mundo seria usar circuitos com grande impacto nos media, como Imola certamente é. Talvez junto com Monza e Mugello, para uma jornada italiana tripla”.

Aparentemente, a segunda parte do calendário será divulgada no fim de semana do regresso da Formula 1, ou seja, até ao dia 3 de julho, em Spielberg, na Áustria. Ainda há problemas em alguns lugares, como as Américas. É altamente improvável que haja corridas nos Estados Unidos, México e Brasil, mas Canadá poderá acontecer, a 11 de outubro, uma semana depois de Portimão. Contudo, as autoridades do estado do Texas querem que haja corrida, apesar do aumento do número de casos nesse estado, que decidiu reabrir o comércio. E por causa desse aumento do número de casos que as autoridades de saúde estaduais querem contrariar o governo, não recomendando eventos desportivos.

Entretanto, a Auto Motor und Sport fala que a fase final da temporada poderá ser apenas no Médio Oriente, colocando dúvidas sobre corridas em Xangai e Hanói, apesar de aí, as coisas estarem bem controladas. E eles colocam a chance do circuito de Hockenheim estar de prevenção caso alguma das provas tenha de cair. A conclusão do calendário está apontado para meados de dezembro, em Abu Dhabi, depois de duas corridas em Shakir, no Bahrein.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Formula E: Lynn correrá no lugar de Wehrlein na Mahindra

A Mahindra anunciou esta quarta-feira que o britânico Alex Lynn será o seu piloto nas seis provas finais da temporada, substituindo o alemão Pascal Wehrlein. O britânico junta-se ao belga Jerome D'Ambrosio, e assim regressa a uma competição depois de passagens por Virgin e Jaguar, onde não conseguiu mais do que uma pole-position e como melhor resultado um sexto posto na corrida de Punta del Este, em 2018.

"Estou realmente empolgado por poder representar a Mahindra Racing em Berlim", começou por dizer no comunicado oficial. "Tenho grandes ambições neste campeonato que correspondem ao que a Mahindra Racing quer alcançar. Mal posso esperar para começar", continuou.

"Já corri por duas vezes em Berlim antes e sempre senti que fui bem lá, inclusive participando de superpole na última temporada. O formato de Berlim será emocionante e desafiador ao mesmo tempo, e estou ansioso para começar a competir.", concluiu.

O CEO da Mahindra e o diretor da equipa, Dilbagh Gill, acrescentou: "[Alex] já alcançou alguns destaques fantásticos em sua carreira e estamos confiantes de que juntos podemos obter resultados no restante da [temporada 2019-20].

"Não é fácil pular no meio da temporada, especialmente com a maneira única como correremos as corridas em Berlim, mas Alex tem fome, talento e experiência que, com certeza, pagarão dividendos rapidamente. Gostaríamos de agradecer ao Pascal por sua contribuição e desejar a ele tudo de bom em seus futuros empreendimentos".

Nesta temporada de 2019-20, a Mahindra não anda bem em termos de campeonato. Décimo no Mundial de construtores, o seu melhor resultado foi um quarto lugar em Santiago do Chile, com Pascal Wehrlein ao volante.

Noticias: Zanardi continua estável

Alex Zanardi
continua em coma induzido, cinco dias depois do seu acidente nos arredores de Siena. O estado continua estável, segundo contam os médicos, que decidiram não divulgar mais boletins médicos enquanto não existir qualquer alteração significativa do seu estado de saúde.
 
"Depois de ouvir a família, considera-se útil não divulgar outros boletins médicos até que haja mudanças significativas em seu estado de saúde", disse Roberto Gusinu, o diretor médico do hospital Santa Maria alle Scotte, em Siena. "As condições de estabilidade [no caso de Zanardi] nos confortam toda vez que passa mais um dia, no entanto, todas as avaliações do caso podem ser concluídas apenas quando o estado de sedação for reduzido. Nenhuma redução de sedação é esperada no momento. É uma avaliação que será feita nos próximos dias. Temos que esperar porque foi decidido continuar descansando o cérebro e o corpo do paciente," sublinhou Gusinu.

O doutor enfatizou que a situação de Zanardi "é sentida em grande parte por todos os nossos funcionários, médicos, enfermeiros, trabalhadores da saúde e até administradores, porque Zanardi é uma pessoa muito positiva, um exemplo para toda a nação: consequentemente, para ele, como para todos os pacientes, nossos operadores estão totalmente comprometidos", concluiu.

Entretanto, o professor Gioacchino Tedeschi, presidente da Sociedade Italiana de Neurologia, disse aos microfones da Rádio Cusano Campus sobre as condições de saúde de Zanardi e acredita que ele tem uma capacidade de recuperação superior aos de um paciente normal. 

"O cérebro tem habilidades plásticas e se recupera até certo ponto. Certamente o cérebro de Zanardi é um cérebro 'superior'. Se meu cérebro é capaz de recuperar dez por cento da doença, o de Zanardi se recupera muito mais porque demonstrou ter resiliência e suportar as tensões da vida quotidiana, que certamente vão muito além do que muitas outras pessoas têm", acrescentou.

"Zanardi nos ensinou a resistir e absorver as doenças, aproveitando o melhor que existe numa pessoa doente. Não posso comentar sobre seu prognóstico sem saber nada, exceto o que é lido nos jornais. Eu sei que é em coma induzido e sofreu múltiplas fraturas no crânio, pelo que li e pode não estar certo, com um aprofundamento dos ossos frontais com uma situação, portanto, muito grave", concluiu.

Tambem em Siena, a procuradoria local está a ouvir as testemunhas do acidente, entre os quais a pessoa que gravou o momento do acidente. Os jornais locais confirmam que Zanardi ia com as mãos ao volante, apesar de momentos antes, ter andado a filmar parte do percurso com o telemóvel.

Entre as testemunhas interrogadas, estão quatro agentes que realizavam o serviço de escolta do estafeta tricolor organizado pelo "Obiettivo 3" durante a passagem em Valdichiana, que era a rota anterior àquela com a chegada prevista em Montalcino. De acordo com o que foi aprendido, os magistrados com essas testemunhas estariam verificando se a conduta fora realizada em segurança.

Entretanto, seu filho Niccoló colocou uma foto do seu pai no hospital, dizendo simplesmente "Desta mão, não largo". A familia está toda em Siena desde o dia do acidente, desde a mãe até à mulher, todos esperando pelo melhor. E entre os que está a torcer pelo melhor está o Papa Francisco, que escreveu uma mensagem de encorajamento, que foi publicado nas páginas da Gazzetta dello Sport.

"A tua história é um exemplo de como poder recomeçar após uma parada repentina. Através do desporto, você ensinou a viver a vida como protagonistas, fazendo da deficiência uma lição de humanidade. Obrigado por dar força àqueles que a perderam. Neste momento muito doloroso, estou perto de você, rezo por você e sua família. Que o Senhor os abençoe e Nossa Senhora os proteja. Fraternalmente, Francisco".

terça-feira, 23 de junho de 2020

Organização do GP russo reconhece concorrência portuguesa

Coisas interessantes vindas da Rússia fazem acreditar que a data de 27 de setembro anda "tremida" por aquelas bandas, não só por causa da pouca capacidade de conter o surto do coronavirus, mas também do trabalho de bastidores que a organização do Autódromo Internacional do Algarve está a fazer para receber o GP de Portugal no fim de semana do dia 27 de setembro.

Segundo conta Alexey Titov, o promotor do GP russo, em Sochi, as coisas estão a decorrer como planeado, mas reconhece que outros estão em marcha para os substituir.

Continuamos a preparar a nossa corrida, que continua prevista para 27 de setembro, apesar de os portugueses estarem a tentar levá-la", começou por dizer. "Os nossos preparativos estão a decorrer de acordo com o planeado, sem alterações. Esta situação com o coronavírus cria algumas dificuldades, mas estamos a tentar enfrentá-las. Felizmente, temos um comité organizador que ajuda a resolver as questões para que a corrida seja realizada na data prevista e com espectadores nas bancadas. Uma das questões-chave é a logística das equipas, mas estou certo de que vamos resolver este e todos os problemas”, concluiu.

No calendário inicial, Sochi estaria entre as corridas de Singapura e Suzuka, mas com o cancelamento de ambas as corridas, esta ficou isolada no calendário. E também se fala que Mugello ficaria com uma corrida no dia 13 de setembro, deixando duas semanas de descanso para depois retomarem ou na Rússia, ou em Portugal. Sochi poderia acontecer na mesma, mas mais tarde, e poderia servir de trampolim para as corridas no Médio Oriente, como o Bahrein e Abu Dhabi.

Noticias: Filme sobre Enzo Ferrari vai avançar

Parece que, depois de algum tempo de espera, o filme ai acontecer. Michael Mann irá realizá-lo e Hugh Jackman será o ator com o principal papel, o de Enzo Ferrari. O filme está a ser preparado desde há muito tempo, e está baseado no livro que Brock Yates escreveu sobre a vida do fundador da marca de Maranello, e irá se especificar num ano em particular da sua vida, o de 1957, onde perde o filho Dino devido a uma doença degenerativa, e os acidentes que mataram Eugenio Castelotti e Alfonso de Portago, este nas Mille Miglia, onde morreram mais sete pessoas.

Espera-se que o filme comece a ser rodado na primavera do próximo ano e ele virá na esteira de "Ford vs Ferrari, o filme de James Mangold sobre o duelo de ambas as marcas nas 24 Horas de Le Mans entre 1964 e 66. Curiosamente, Mann era para realizar inicialmente este filme, antes de ser substituído por James Mangold. Ele ficou como um dos seus produtores executivos.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Zanardi ia agarrado ao telemóvel?

Surgiu esta segunda-feira uma polémica em relação às circunstâncias do acidente de Alex Zanardi, ocorrida na sexta-feira passada nos arredores de Siena. Aparentemente, o paraciclista italiano poderia estar distraído com o telemóvel (celular) a filmar o percurso quando se descontrolou e invadiu a faixa contrária, onde colidiu com um camião, deixando-o em estado muito grave.

Contudo, apesar dessa noticias ter circulado durante o dia de domingo em sites italianos, uma das testemunhas do acidente, o repórter de imagem Alessandro Maestrini, nega o sucedido.

"Alex Zanardi não tinha o telemóvel (celular) na mão no momento do acidente", começou por dizer. "Após ter enfrentado a subida pedalando com as mãos, Zanardi, no momento da descida, pegou o ctelemóvel e fez alguns vídeos em baixa velocidade, mas depois o guardou e continuou a descer até ao momento do acidente", concluiu.

A policia também confirma essa versão, depois de ter tido acesso às imagens de video de uma das testemunhas. Ele tinha as mãos me cima da bicicleta quando aconteceu.

Entretanto, no boletim médico desta manhã, o diretor da Unidade Operacional Complexa de Neurocirurgia do Hospital Le Scotte, em Siena, Giuseppe Oliveri, pronunciou-se sobre o estado de Alex Zanardi, afirmando que apesar do seu estado, há esperança.

"Ainda é muito cedo para dizer quais são os danos. O cerebral axonal parece desviado... As lesões são menos graves do que as de Schumacher." começou por noticiar o boletim médico. "As condições clínicas de Alex Zanardi permanecem estáveis. A terceira noite nos cuidados intensivos não trouxe alterações. As condições clínicas permanecem inalteradas nos parâmetros cardiorrespiratórios e metabólicos, sendo o quadro clínico grave.", concluiu.

domingo, 21 de junho de 2020

A imagem do dia

Era um sábado, e a corrida começou mais cedo porque o resto do mundo queria saber se, no outro lado do Atlântico, Brasil e Itália iriam ficar com a taça Jules Rimet. É verdade: o GP da Holanda começou mais cedo que o habitual porque queriam acabar antes do apito inicial da final do Mundial de Futebol no México, que opunha italianos e brasileiros, no Estádio Azteca.

Em 1970, no meio do pelotão da Formula 1, dois rapazes tinham a ambição de triunfarem por eles mesmos. Frank Williams e Piers Courage tinham ambos 28 anos e adoravam a velocidade. Um era filho de um piloto da RAF e tinha mais jeito para organizar, e outro era o herdeiro de uma marca de cervejas que tinha enriquecido os seus antepassados, mas não queria ficar à sombra dos loiros. Piers Courage queria ser ele mesmo, construir a sua reputação por aquilo que era e não de onde vinha.

Ambos ficaram felizes com o que tinham feito em 1969, quando Williams alugou um Brabham BT26 e conseguiram dois segundos lugares no Mónaco e em Watkins Glen, e os 16 pontos recolhidos davam-lhe esperança para o ano seguinte, para o que poderia ser o inicio da sua própria equipa. Para isso viraram para a De Tomaso, para construir um chassis, mas a meio de 1970, tinham sido mais as desilusões que os bons momentos.

Naquele dia 21, Courage até tinha conseguido um nono posto na grelha de partida, e queria chegar aos pontos pela primeira vez naquele ano. As suas últimas fotos com ele vivo vêm-no numa luta com John Miles, John Surtees e o estreante Clay Regazzoni. Mas na volta 22, na zona do Tunel Oost, tocou numa berma e a sua suspensão danificou o suficiente para que perdesse o controlo, capotasse e ficasse em chamas.

"A primeira vez que passei pelo fogo, espreitei na minha esquerda, mas não vi qyaisquer marcas no chão, com todo o fumo e fogo. Na minha passagem seguinte, as chamas continuavam acesas, mas no meio dos destroços, notei o capacete do Piers e foi nesse momento sabia que o pior tinha aconecido porque, se ele estivesse OK, ele teria o capacete consigo", conta Jackie Stewart na sua biografia.

Jochen Rindt foi o vencedor da corrida, a primeira vitória no Lotus 72. Mas ninguém estava a celebrar, nem mesmo mais tarde, quando viam Carlos Alberto a levantar o troféu Jules Rimet, para o levar definitivamente para a sede da CBF. Duas semanas antes, no dia 2, Bruce McLaren tinha morrido num acidente em Goodwood por causa de um pedaço do seu McLaren M8D ter voado e o que restou do chassis ter batido contra um posto de comissários. Os pilotos começavam a ficar cansados de ver os seus amigos morrer e acharam que era altura de atuar.

Na quarta-feira, dia 24, iria haver um memorial em sua honra, que acabou por ser dupla, também para homenagear Courage. A seguir, houve uma reunião da GPDA, liderada por Stewart, que começou a ameaçar os organizadores de boicotar alguns circuitos se não fizessem obras profundas em relação à segurança. E foi por isso que na Alemanha, passaram de imediato do Nurburgring Nordchleife para o circuito de Hockenheim.

Novos desenvolvimentos do estado de saúde de Zanardi

Com a Itália - e de uma certa forma, o mundo - em respiração suspensa devido ao estado de saúde de Alex Zanardi, o boletim médico de hoje sobre o seu estado de saúde poderá dar alguma esperança em termos de sobrevivência. Continua estável, embora muito grave, e os médicos receiam que ele possa perder a visão de um dos olhos devido à profunda lesão no osso frontal da cabeça, sofrido na colisão com um camião na passada sexta-feira, nos arredores de Siena.

O aspeto positivo é que, quanto mais tempo passar, e as condições permanecerem estáveis, isso dá-nos dá esperança”, começou por dizer o Dr. Sabino Scolletta, chefe dos cuidados intensivos do hospital Santa Maria delle Scotte, em Siena, em conversa com os jornalistas. “Isso significa que não houve até aqui retrocesso e isso dá-nos muita confiança”, continuou.

Ele estado sempre sedado, entubado e ventilado mecanicamente. A neuromonitorização em curso mostrou uma certa estabilidade, mas estes dados devem ser tomados com cautela, porque o quadro neurológico continua a ser grave. As atuais condições de estabilidade geral ainda não permitem excluir a possibilidade de acontecimentos adversos e, por conseguinte, o doente está com um prognóstico confidencial”, concluiu, num boletim médico que foi divulgado ao meio-dia deste domingo.

Entretanto, o jornal Il Fatto Quotidiano afirmou que está a ser efetuado um inquérito sobre as causas do acidente, e falou com a organização da estafeta Obiettivo Tricolore, que fazia uma prova com paraciclistas com o objetivo de chamar à atenção da sua condição junto das autoridades italianas. Quem também está internado no hospital, em estado de choque, é o motorista do camião envolvido no acidente, que disse não ter tido tempo para se desviar, quando ele perdeu o controlo da bicicleta e invadiu a sua faixa de rodagem.

Vi-o à minha frente e só tive tempo de me desviar, mas foi em vão…”, disse o camionista, cujo nome não foi revelado.