sábado, 18 de novembro de 2017

WRC 2017 - Rali da Austrália (Dia 2)

Thierry Neuville lidera o rali da Austrália após a segunda etapa, beneficiando do despiste de Andreas Mikkelsen na décima especial, onde sofreu danos no carro - para além de dois furos - e foi obrigado a abandonar o rali. Neuville está a ser ameaçado pelo Toyota de Jari-Matti Latvala, pois ambos têm 20,1 segundos de diferença, com Ott Tanak em terceiro, a 40,6.

O segundo dia começou com a enorme especial de Nambucca 17, onde após 48,89 quilómetros, o piloto nórdico cedeu apenas 4,5 segundos para Neuville. “Temos estratégias de pneus diferentes. Eu preferi poupar os meus macios para mais tarde”, explicou Mikkelsen. Já Latvala não esconde que entrou a fundo. “Ataquei em força. Talvez tenha sido demasiado agressivo no início”, confessou o piloto da Toyota. Apesar disso, o tempo realizado fê-lo subir apenas de quarto... a terceiro, à custa de Kris Meeke.

E foi na primeira passagem por Newbury 17 que as coisas se modificaram, por causa do duplo furo de Mikkelsen. "Aconteceu dois quilómetros após o inicio da etapa ia em terceira ou quarta quando exagerei numa curva a bati forte no banco de terra. Pensava que tinha um furo, mas pouco depois, vi que tinha na frente também. So tenho um pneu suplente, logo, acho que não vou muito longe", afirmou um desconsolado Mikkelsen.

Quem também teve problemas foi Thierry Neuville, que conseguiu, ainda assim, passar para o comando do rali. O belga falhou um intersecção não só perdeu tempo como danificou o seu i20 WRC. “Travei demasiado tarde. Tive de fazer marcha atrás. Acho que também parti algo na caixa de velocidades. Tenho de verificar mais vai ficar tudo bem”, explicou o piloto que chegou ao fim do troço com o pneu dianteiro direito fora da jante do seu carro.

Depois, comentou sobre o incidente de Mikkelsen: “Estou desapontado pelo que aconteceu ao Andreas. Foi uma luta bonita mas parece que ele furou no mesmo sítio traiçoeiro onde saímos de estrada. Também estamos preocupados. Não temos a primeira velocidade. Tive de ter cuidado nos ganchos, nesta classificativa”, explicou.

Tanak ganhou na última especial da manhã, a super-especial e Raceway, conseguindo uma vantagem de 0,2 segundos sobre Sebastien Ogier. 

Na parte da tarde, Neuville continuou ao ataque, vencendo em Welschs Creek, ganhando quase dez segundos a Ott Tanak, e afastando-se um pouco mais de Jari-Matti Latvala. A mesma coisa aconteceu em Argents Hill, desta vez com Latvala atrás, a 2,8 segundos, antes de a segunda passagem por Newry 17 ter sido cancelada devido a danos numa ponte.

Neuville depois venceu as duas passagem pela super-especial, acabando o dia com 20,1 segundos de avanço sobre Latvala.

O rali da Austrália termina na madrugada deste domingo.

CNR 2017 - Rali do Algarve (Final)

Carlos Vieira foi o grande vencedor do Rali do Algarve, e com isso, tornou-se campeão nacional de ralis. O piloto do Citroen DS3 R5 conseguiu ser superior a Pedro Meireles e Carlos Martins para conseguir todo o que queria, acabando com um avanço de um minuto e 44 segundos sobre o segundo classificado, o turco Yagiz Avci, e três minutos e 36 segundos sobre Pedro Meireles, o segundo melhor português e quarto da geral.

O segundo dia começou com um golpe de teatro, quando Carlos Martins teve uma saída de estrada e acabou por desistir. Com isso, as contas do campeonato eram entregues aos dois primeiros classificados do rali e da classificação, e neste momento, Meireles era ainda o virtual campeão. Contudo, Vieira sabia que, se continuasse a ganhar as especiais, tudo poderia mudar. Assim sendo, Vieira cavalgou, tentando vencer o maior número de especiais possivel para ter uma chance de vitória.

Na sétima especial, ele foi o vencedor, aumentando para 32,6 segundos a sua vantagem para Pedro Meireles. Este via os turcos Orhan Avcioglu e Yagiz Avci a aproximarem-se do segundo lugar, estando a 10,4 e a 13,9 segundos de sua distância, respetivamente. Até ao final da manhã, Meireles venceu os troços todos, acabando no final da nona especial, a segunda passagem por Chilrão, com uma vantagem de 55,5 segundos sobre Meireles, que tinha agora apenas Yagiz Avci atrás de si, depois da desistência de Avcigolu devido a problemas no seu carro.

Na décima especial, a primeira passagem por Nave Redonda, Meireles sofreu um despiste, furou e perdeu quase dois minutos, acabando por cair para o quinto posto e complicando ainda mais as suas contas para o título nacional. O piloto do Skoda tentou reagir, mas Vieira foi o melhor, ainda vendo Ricardo Teodósio a vencer na classificativa final, a segunda passagem por Foia, no seu Lancer!

Assim sendo, depois de Meireles ter sido o segundo melhor português, no quarto posto, o terceiro melhor foi Ricrdo Teodósio, um feito no seu Lancer EVO X de Grupo N, conseguindo também ser o sétimo na geral, na frente do Peugeot 208 R2 de Diogo Gago, também o melhor das duas rodas motrizes.

A fechar o "top ten" ficou outro português, Pedro Paixão, num Renault Clio R3T, e o irlandês Patrick Duffy, no seu Fiesta R5. 

Agora que acabou o CNR de 2017, espera-se mais e melhor em 2018.

CNR 2017 - Rali do Algarve (Dia 1)

No final do primeiro dia do Rali do Algarve, Carlos Vieira lidera um rali onde os pilotos locais conseguiram ser mais velozes do que os estrangeiros que participam na Taça Europeia de Ralis. Após a realização de cinco especiais, o piloto da Citroen tem uma vantagem de dez segundos exatos sobre o Skoda de Pedro Meireles.

Com o campeonato a decidir-se entre Pedro Meireles e Carlos Vieira, o rali começou com o piloto da Citroen a entrar a matar, ao vencer na primeira especial, no Marmelete, batendo Ricardo Teodósio (Mitsubishi Lancer Evo X) por 5.5 segundos, com o checo Ondrej Bisaha (Ford Fiesta R5) em terceiro, a 5.7. Atrás, Ricardo Moura sofreu um despiste e perdeu quatro minutos e 42 segundos, basicamente comprometendo o rali. Acabaria por desistir por causa dos danos, e depois explicou o que se passou.

"Não foi azar, foi um erro meu. No início do troço cortei demasiado uma curva resultando dois furos lentos. O carro ficou difícil e acabei por fazer um pião. Levamos o carro até ao fim da pec com cuidado para não prejudicar nenhum piloto que viesse atrás de nós. Como só tínhamos uma roda suplente tivemos de abandonar pois ainda haviam várias especiais para fazer", contou na sua página do Facebook.

Na segunda especial, a primeira passagem por Serenada, Vieira continuou a abrir a vantagem, vencendo a especial com uma vantagem de 9,2 segundos sobre Carlos Martins, noutro Citroen, subindo para o segundo posto. Meireles era quinto na especial, a 13,1 segundos. Na segunda passagem por Marmelete, Martins acabou por ser o vencedor, 0,7 segundos na frente de Pedro Meireles, mas Calos Vieira perdeu 22,2 segundos, perdendo também a liderança e caindo para o quarto lugar, agora com 4,6 de desvantagem.

Vieira atacou na segunda passagem por Serenada, vencendo e conseguindo um avanço de 7,6 segundos sobre Martins, subindo logo para o primeiro posto e deixando Pedro Meireles no terceiro lugar, a 7,2 segundos.

No final do dia, na super-especial de Lagos, Martins perdeu 16 segundos devido a um pião e caiu para o sexto posto da geral, com Vieira a ser o grande beneficiado desta situação. O checo Ondrej Bisaha, no seu Ford Fiesta R5, acabou por ser o melhor, 0,4 segundos à frente do irlandês Patrick Duffy. Carlos Vieira foi o melhor português, a 1,6 segundos do vencedor.

Com dez segundos entre Vieira e Meireles, da forma como as coisas estão, o piloto de Guimarães será campeão com um avanço de 8,34 pontos, pois no complicado sistema de pontuação dos ralis, para além dos pontos que existe do vencedor até ao décimo classificado, ainda tempos de contar com as vitórias em troços, que vale 0.38 pontos cada um.

O Rali do Algarve termina esta sábado, com a realização das restantes oito especiais de classificação.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Rumor do Dia: Liberty quer mudar logótipo da Formula 1?

Parece que os novos donos da Formula 1 pretendem modificar o logotipo. Segundo conta esta noite o site f1fanatic.co.uk, três símbolos foram hoje registados no Registo de Propriedade Intelectual da União Europeia, os que estão na fotografia. Eles foram marcados em nome da Formula One Licensing BV, que também registou uma versão destes três, mas sem a identificação "Formula 1".

A atual designação existe desde o final do século passado e é um dos logótipos mais reconhecidos do automobilismo.

Noticias: Henrique Chaves vence no Bahrein

Como Julio César, há dois mil anos, em Roma, foi chegar, ver... e vencer. Henrique Chaves veio ao Bahrein pensando que iria ter dois dias de testes a bordo de um carro da Formula V8 3.5, e acabou por guiar o carro na jornada dupla do Bahrein, a última de um campeonato que acabará no final deste anos depois à falta de interesse dos pilotos e das equipas.

Contudo, Chaves teve uma corrida irreprensível. Partindo da segunda posição da grelha, fez um bom arranque, passou logo para primeiro e desde aí liderou toda a corrida, terminando na frente do campeão, o brasileiro Pietro Fittipaldi. Roy Nissany foi o terceiro, e a única mulher presente, a colombiana Tatiana Calderon, foi quinta. Chaves ainda conseguiu a volta mais rápida. 

Nunca imaginei que fosse possível. Ainda estou a digerir o resultado que foi fabuloso depois de uma corrida fantástica. Estava habituado a uma outra realidade e de repente o inesperado acontece e estou muito feliz. Nas sessões de treinos livres procurei aprender tudo ao máximo. Sentia-me muito confortável. Depois consegui nas qualificações o segundo melhor tempo. Percebi que estava nas minhas mãos chegar aos lugares do pódio. Mas, fiz um excelente arranque, e passei de imediato para primeiro e daí em diante só pensava na vitória. Mantive o foco, não me deixei intimidar pela pressão do adversário atrás de mim, que só por acaso é o campeão, e fiz o meu trabalho. Correu tudo na perfeição. Um resultado magnifico que dedico à equipa e claro, ao meu pai, que é um apoio incondicional”, começou por dizer o piloto português.

Amanhã, e largando de novo do segundo posto, o objetivo de Chaves é de repetir o feito: “Depois desta vitória não posso ambicionar outra coisa. Acredito que é possível. O carro está óptimo, sinto-me confiante e tem tudo para correr bem”, rematou.

O truque na manga de Elon Musk

Sabia-se desde há muito que estava para aparecer um camião da Tesla, para tentar responder às necessidades de um veículo de transporte de longo curso, que também tem a sua quota-parte na poluição atmosférica. Contudo, nesta madrugada, a última coisa que se esperava nessa apresentação era que Elon Musk mostrasse ali o novo Roadster!

Primeiro que tudo, numa altura em que o Model 3 está a ter problemas de escoamento na produção - o próprio Musk admite que esses problemas poderão ser resolvidos no inicio do ano que vêm - a Tesla vinha há algum tempo dizer que iria apresentar uma versão para pesados dos seus veículos elétricos. E na sua apresentação, apareceu com um pacote completo: um camião pesado, ou seja com mais de 3,5 toneladas, com uma aceleração de 0 a 100 km/hora de cinco segundos, só o cavalo mecânico, e com o reboque, mais 36 toneladas de carga, será de vinte segundos.

Terá uma autonomia de 800 quilómetros com uma só carga, e o posicionamento do condutor e no meio da cabine, muito semelhante ao posicionamento do McLaren F1 de 1992. Aliás, o próprio Musk disse que o camionista "estaria posicionado como um piloto de automóveis". E quanto à autonomia, apesar de haver quem haja céticos, na apresentação, a empresa afirmava que 80 por cento das viagens são feitas em distâncias inferiores a 400 km.

É o maior desafio de Musk até agora. É verdade que desafios não são um problema para o multimilionário americano de origem sul-africana, mas ter um camião elétrico é território desconhecido para ele, e como já foi dito acima, pode ser apenas uma proposta para resolver um problema existente, que é a camionagem, que representa uma percentagem importante no transito das estradas um pouco por todo o mundo e claro, um contribuidor para a emissão de gases com efeito de estufa, pois a esmagador maioria desses camiões usam motores Diesel.

Mas a nova geração do Roadster foi o truque na manga de Musk nessa apresentação, pois não era nada esperado. Até hoje, especulava-se sobre o carro. Falava-se que poderia aparecer depois de 2020 e algumas pessoas, especialmente os que passavam os "referral codes" nos seus canais do Youtube onde as pessoas poderiam ter um desconto de mil dólares na compra de um Model 3 - que ainda tem 18 meses de lista de espera - tinham dito que já tinham direito a ter um Roadster, mesmo antes de se saber os desenhos do carro.

Agora, já se sabe: com um design a fazer lembrar o McLaren, terá uma bateria de 200 kW - o mesmo que tem os carros da Formula E, e as acelerações são impressionantes: eles prometem um limite de velocidade superior a 250 milhas por hora, ou... 402 km/hora, tão poderoso como o Bugatti Chiron ou o Koeingssegg Agera, para além de um "0 aos 100" em meros 1,9 segundos! E a autonomia está colocada em 620 milhas, ou seja, 997 quilómetros com uma só carga. São mil quilómetros, para arredondarmos as coisas. E é neste momento, o carro em produção com a maior autonomia de sempre.

Em suma, este Roadster está a entrar no domínio dos hipercarros. Contudo, há coisas que ainda não se sabem, como por exemplo, o eu peso. É que o Chiron, por exemplo, pesa duas toneladas, enquanto que o Agera tem 1395 quilos, o suficiente para colocar o recorde de velocidade de carro de produção nos 447,2 km/hora. E claro, sendo um hipercarro elétrico, o preço tem de ser condizente: 200 mil dólares, com uma reserva de 50 mil para os primeiros mil clientes.

Veremos se tudo isto será real. Sim, digo isto porque ainda existe aqueles que gritam a plenos pulmões que Musk é uma fraude e que ele falhará espectacularmente naquilo que muitos falam que é "banha da cobra". Mas com este carro, poderá marcar uma era nos hipercarros.   

WRC 2017 - Rali da Austrália (Dia 1)

No final do primeiro dia de Rali da Austrália, Andreas Mikkelsen deseja fechar com chave de ouro a sua atribulada temporada, e está a liderar o rali local, com um avanço de 20,1 segundos sobre o seu companheiro de equipa, Thierry Neuville. Num 2017 onde correu com três caros diferentes - Skoda, Citroen e Hyundai - Mikkelsen torna-se no principal candidato a vencer a última prova do campeonato.

É verdade que este campeonato já está decidido, e o rali australiano era um mero "cumprir de calendário, mas os pilotos são seres competitivos e onde quer que estejam, não importa o tipo de superfície, se estão numa batalha contra o tempo, aceleram onde é preciso e por vezes... onde não é necessário. E assim em Coffs Harbour, na Nova Gales do Sul, máquinas e pilotos concentravam-se para o último duelo do ano.

As primeiras três etapas da manhã só deram Mikkelsen. Primeiro, ao vencer na primeira passagem por Pilbara, dando 1,3 segundos de avanço sobre Kris Meeke, no seu Citroen, e 2,6 segundos sobre Sebastien Ogier, no seu Ford. O norueguês estava satisfeito, embora não tivesse explicação sobre a razão porque tinha alguns apêndices aerodinâmicos quebrados. 

Foi uma condução limpa, sem erros. Estou contente. Podia ter andado mais mas para a primeira especial correu bem”, disse.

Em contraste, Jari-Matti Latvala cedeu 5,8 segundos para Andreas Mikkelsen porque tinha o difusor do seu Toyota Yaris danificado. “Creio que foi logo na primeira curva. Numa travagem forte, batemos numa peça de plástico que protege a estrada. Apesar disso, andámos bem. Mas tivemos um problema com o intercomunicador. Nem sempre conseguia ouvir as notas”, lamentou.

Na segunda especial, a primeira passagem por Eastbank, Mikkelsen continuava a acelerar, vencendo deste vez com um avanço de 1,7 segundos sobre Meeke, e 4,5 sobre Thierry Neuville. Sebastien Ogier, que abre a estrada, fazia apenas o oitavo tempo e era sétimo na geral, depois de cair quatro posições.

E na terceira especial, a primeira passagem por Sherwood, Mikkelsen esteve irrepreensível, vencendo com um avanço de 6,3 segundos sobre Stephane Lefebvre. “Foi uma boa manhã. Aqui levantei demasiado o acelerador. Vamos mudar isso para a segunda passagem. Estamos a aproveitar o carro e estas maravilhosas especiais”, disse o piloto da Hyundai.

A parte da tarde começou as segundas passagens pelas classificativas da manhã, e Mikkelsen continuou a dominar, vencendo na segunda passagem por Pilbara, vencendo desta vez com um avanço de 0,7 segundos sobre Ogier. Na segunda passagem por Eastbank, foi a vez de Thierry Neuville vencer, batendo Mikkelsen pela margem mínima. Com isso, o belga subiu para o terceiro posto, à custa do Citroen de Craig Breen, que na especial foi apenas sétimo, a seis segundos do piloto belga. Mikkelsen voltou a ganhar na segunda passagem por Sherwood, tirando 1,7 segundos sobre Neuville.

No final do dia, nas duas passagens pela super-especial em Coffs Harbour, Ott Tanak e Neuville repartiram as vitórias, embora nesta última passagem, o belga conseguiu passar Kris Meeke para ser segundo na geral, a meros 0,7 segundos do piloto da Citroen.

Na geral, depois dos três primeiros, Jari-Matti Latvala é o quarto, a 29,9 segundos, a pouco mais de um segundo de Craig Breen, o quinto, no seu Citroen C3 WRC. Ott Tanak é o sexto e o melhor dos Ford, a 33 segundos, e Hayden Paddon não está muito longe, a 39 segundos, no sétimo posto. Sebastien Ogier, penalizado por abrir a estrada e por ter problemas no seu seletor de caixa, é meramente oitavo classificado, a 47.9 segundos. A fechar o "top ten" estão o Citroen de Stephane Lefebvre e o Ford de Elfyn Evans, o vencedor do último Rali de Gales, este a um minuto e 13 segundos do líder.

O Rali da Austrália prossegue na próxima madrugada.

CNR: Moura corre no Algarve

Ricardo Moura está de volta aos rali do continente depois de ter vencido mais um campeonato açoriano de ralis. O piloto do Ford Fiesta R5 pretende encerrar a temporada em grande, tentando vencer o Rali do Algarve, a última prova do Campeonato Nacional de Ralis.

Com António Costa como seu navegador, o tricampeão nacional de ralis vai ao Algarve sem pressões e com uma postura bastante positiva. 

Estou muito feliz por voltar ao sul do país. As últimas duas vezes que participámos no Rali do Algarve, em 2013 e 2015, vencemos", começou por dizer. "Foi também no Rali do Algarve que, em 2009, obtive a minha primeira vitória no Grupo N para o Nacional de Ralis", continuou. 

"Encaramos esta prova de uma forma muito positiva e com grande otimismo, desejando representar da melhor forma os nossos patrocinadores e dar o merecido destaque aos Açores, tal como fizemos nas duas outras participações no Campeonato Nacional de Ralis de 2017, onde dominámos, até sermos forçados a abandonar por avarias mecânicas. Em jeito de final de ano, gostaria de deixar um agradecimento muito especial à ARC Sport pelo seu excelente trabalho e empenho, e também a todos os nossos patrocinadores, por tornarem possível este sonho, de continuar a competir a este elevado nível”, concluiu.

O rali do Algarve acontece neste fim de semana, conta também para o Troféu Europeu de Ralis e tem treze especiais de classificação.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Youtube Motoring Sample: A alternativa ao "Celebrity Braincrash" do "The Grand Tour"


Os "Três Estarolas" lá estão a preparar-se para a nova temporada do The Grand Tour, e em relação à temporada anterior, existirão algumas novidades. O Americano não voltará e o "Celebrity Braincrash", onde os famosos iriam ter com eles, mas acabariam por "morrer", também não voltará. 

Logo, James May, Jeremy Clarkson e Richard Hammond lá terão de arranjar algo interessante para fazer, e eles colocaram hoje um video para que possamos ver o que eles tentam arranjar como alternativa...

Noticias: Toro Rosso confirma dupla para 2018

A Toro Rosso confirmou esta quinta-feira no seu Twitter oficial de que o neozelandês Brendon Hartley e o francês Pierre Gasly serão os seus pilotos para a temporada de 2018 da Formula 1, onde terão motores Honda. Ambos substituirão o russo Daniil Kvyat e o espanhol Carlos Sainz Jr, este último a correr na Renault.

"Estamos muito felizes pela Red Bull ter confirmado tão cedo Pierre e Brendon como nossos pilotos para o ano de 2018", começou por dizer o chefe da equipa, Franz Tost.

"Durante esta última parte do ano, eles mostraram que estão prontos para a Fórmula 1, adaptando-se rapidamente ao carro, mostrando boas performances e sempre demonstrando estarem preparados para o desafio. Como sabemos, a Formula 1 é algo que nem todos os pilotos se podem se adaptar tão rapidamente", prosseguiu.

"Portanto, estamos ansiosos para ter uma temporada inteira com eles, um em que podemos oferecer um bom pacote, o que, combinado com a consistência dos pilotos, pode certamente colocá-los na melhor situação possível para competir", concluiu.

Gasly, o francês campeão da GP2 em 2016, não coube em si de contente pela confirmação do seu lugar na próxima temporada, depois de se estrear no GP da Malásia deste ano. "Estou super feliz de correr para Toro Rosso em 2018, para a minha primeira temporada completa na Fórmula 1", começou por dizer.

"Gostaria de agradecer a todas as pessoas envolvidas, que me ajudaram a chegar aqui: Red Bull, Toro Rosso, minha família e todos os que me apoiaram nas séries de acesso. Estou realmente animado e super motivado para dar tudo em Abu Dhabi e ao longo da próxima temporada. Eu simplesmente não posso esperar", concluiu.

Ja Hartley, que fora desviado para a Toro Rosso depois de no verão ele ter estado prestes a assinar em contrato com a Chip Ganassi, na IndyCar, afirma estar feliz por aproveitar um convite que considera como "inesperado" para correr na Formula 1, depois da sua passagem pela equipa oficial da Porsche, na Endurance, onde venceu este ano as 24 Horas de Le Mans.

"É muito gratificante ter convertido uma oportunidade que veio como uma surpresa numa temporada de Formula 1 de 2018, não poderia estar mais feliz. Gostaria de agradecer a Red Bull e Toro Rosso por acreditar em mim e me dar essa segunda chance - os sonhos podem se tornar realidade", afirmou.

"Agora vou continuar trabalhando mais do que nunca para terminar este final de temporada ocupado em alta e começar o ano novo tão forte quanto possível. Vamos a isso!", concluiu.

WRC: Hyundai alinha com três carros em 2018

A Hyundai vai alinhar em 2018 com três carros presentes, mas apenas Thierry Neuville e Andreas Mikkelsen é que andarão com o carro da marca em todos os ralis do campeonato. A decisão foi anunciada esta quinta-feira por Michel Nandan, o responsável desportivo da marca, na Austrália, onde estão a disputar o último mundial da temporada. Já Dani Sordo e Hayden Paddon também estarão presentes, mas não farão todos os ralis.

"É verdade que no próximo ano só conseguiremos alinhar com três carros na maioria das provas por questões orçamentais, e também é verdade que já decidimos que será Hayden e Dani que terão de partilhar o carro", explicou Nandan à motorsport.com.

"Penso que em alguns eventos sabemos que Dani [Sordo] não é tão competitivo, por isso com ele parece claro. Sei que com o Hayden [Paddon] será mais difícil." Nandan garantiu ainda em relação ao piloto neozelandês que "ele provavelmente não fará nenhuma das provas de asfalto.

Nandan disse também que "lutamos para ter orçamento para quatro carros mas não foi possível.

Nesta última prova do ano, em terras australianas, a marca coreana alinha com Neuville, Mikkelsen e Paddon, com o piloto belga ainda a tentar a sua sorte para ver se chega ao segundo lugar do campeonato.

Formula E: Agag quer um lugar permanente para Kobayashi

Com o anuncio de que o japonês Kamui Kobayashi estará na ronda inicial da Formula E, em Hong Kong, ele torna-se no terceiro nipónico a correr nessa competição depois de Takuma Sato e Sakon Yamamoto. A ideia veio do patrocinador e é para despertar o interesse japonês em acolher uma ronda da competição elétrica no país do Sol Nascente. E Alejandro Agag deseja que isto seja o principio de uma estadia mais prolongada.

Falando ao site e-racing365.com, Agag acha que isso faria com que o interesse japonês na Formula E aumentasse grandemente. "É uma ótima notícia porque conheço o Kamui há muitos, muitos anos", começou por dizer Agag.

"No momento, o acordo é apenas para Hong Kong, mas eu realmente gostaria que todos pressionassem por ele para permanecer durante toda a temporada, pois ele é um ótimo piloto. Também é realmente, muito importante que tenhamos um piloto japonês no campeonato", concluiu.

De uma certa forma, isso até pode acontecer. Outro dos patrocinadores japoneses, a Dentsu, uma firma de marketing e publicidade, quer que a permanecia de Kobayashi se possa estender por mais algumas corrias, ou até a temporada inteira, desde que isso não colida com as provas da Endurance que tem de fazer pela Toyota.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Formula 3.5 V8: Henrique Chaves vai ao Bahrein

Depois de uma temporada sem grandes sobressaltos na Formula Renault 2.0, o português Henrique Chaves vai dar o salto ainda antes do final da temporada para a Formula 3.5 V8. O piloto português, que alinhou em dois dias de testes, vai afinal andar na ronda final da competição, que vai acontecer no Bahrein.

Satisfeito por poder disputar esta jornada ao volante de um carro da AVF Formula , a mesma equipa que disputou na categoria 2.0, ele reconhece que é distinto a aquele do qual está habituado, e sabe que ele não tem expectativas de bons resultados, pois será um fim-de-semana de aprendizagem:

Aproveitar ao máximo a oportunidade e recolher todas as aprendizagens possíveis. Testar um carro em situação de competição é muito diferente de uma normal sessão de testes. Para além disso, é uma realidade muito distinta da que estou habituado, não só em termos de performance do carro mas também pelo facto de ter de fazer ‘pit-stops’. Será tudo uma novidade mas é certamente um passo em frente na minha carreira desportiva. Não traço objectivos em termos de resultados mas quero fazer um bom trabalho e procurar adaptar-me o mais depressa possível”, referiu.

A corrida acontecerá no fim de semana de 17 e 18 de novembro, fazendo parte da ronda final do WEC no Bahrein.

Youtube Automobile Videos: O que vai acontecer quando tivermos condução autónoma?


Falei há alguns meses - creio que em julho - de que no futuro, teremos carros com condução autónoma. E de como isto poderá ser revolucionário em termos de como usamos o automóvel no dia-a-dia. Desde coisas como a propriedade dos automóveis a coisas mais corriqueiras como o tráfego, as coisas poderão ser muito, mas muito diferentes num espaço de dez anos, talvez até menos. 

Por estes dias, sigo um canal interessante chamado "Now You Know", e entre noticias sobre a Tesla e outros sobre automóveis e mobilidade elétrica, o Zac e o Jesse Cataldo andaram também a fazer uma série de videos sobre o futuro dos carros autónomos, e onde certas coisas que damos como certas agora, poderão não ser mais no futuro. A ideia de que um dia poderemos ver desaparecer parques de estacionamento, os engarrafamentos poderão fazer parte do passado, e logo, os acidentes de automóvel descerem para níveis mínimos, salvando milhares de vidas a cada ano que passa, poderá ser para muitos uma ficção cientifica, mas poderá ser realidade mais cedo do que esperam. E isso é revolucionário.

Eis os três primeiros videos desta série. Estão em inglês e não tem legendas, mas tem exemplos dos quais valem muito a pena ver.

Formula E: Kobayashi corre em Hong Kong

O japonês Kamui Kobayashi será o companheiro de António Félix da Costa na dupla ronda inicial da Formula E, que vai acontecer no inicio do mês que vêm em Hong Kong. A decisão de meter o piloto de 31 anos no carro numero 27 tem a ver com a imposição do patrocinador da Andretti Autosport.

"[Não será] uma coisa fácil, para ser honesto, mas a equipa tem me dado todo o apoio", começou por dizer Kobayashi, atualmente piloto da Toyota no Mundial de Endurance. Se o piloto japonês está bem com esta decisão, já Adrian Britten, diretor de comunicação da empresa MS & AD, espera que isto "encoraje uma futura Fórmula E no Japão".

"Para associar uma das maiores empresas do Japão, a MS & AD Insurance, com um dos mais populares pilotos japoneses, será [algo] emocionante de se ver", afirmou Michael Andretti, o CEO da sua equipa de Fórmula E. "Ele mostrou o que ele pode fazer tanto na Fórmula 1 como no WEC, tornando a Fórmula E o próximo passo perfeito", concluiu.

Para as restantes rondas do campeonato, espera-se que seja o britânico Tom Blomqvist a tomar conta do volante. 

A ronda dupla da Formula E em Hong Kong acontecerá nos dias 2 e 3 de dezembro.

A imagem do dia

No próximo domingo, acontecerá em Imola a final mundial do Super Trofeo Maserati, no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Imola. E a meia semana das provas, na terça-feira, caiu este manto branco sobre aquele lugar do meio de Itália...

Espera que tudo isso esteja limpo de neve até ao final da semana.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Rumor do Dia: Robert Kubica assinou pela Williams

O rumor circula desde domingo, e parece que a cada dia que passa, vai-se confirmando: o polaco Robert Kubica vai ser piloto da Williams em 2018, fazendo um regresso à Formula 1, sete anos após o seu acidente quase fatal no rali Ronda di Andora, em Itália. Apesar do seu braço direito estar largamente afetado, e de ter estado durante três anos no Mundial de Ralis, o piloto de 32 anos - 33 no próximo dia 7 de dezembro - nunca desistiu de tentar o regresso.

E esta tarde, o jornalista brasileiro Américo Teixeira Junior, do Diário Motorsport, veio carregar o rumor que já se tinha ouvido da primeira vez no Canal Plus francês: Kubica já tem contrato com a equipa de Grove para a temporada de 2018, apesar de ainda faltar um teste em Abu Dhabi com o FW40.

É sabido que Kubica esteve ao longo deste ano a testar pela Renault, em junho e julho, em circuitos como o de Valencia e Paul Ricard, tendo até entrado numa sessão de testes oficial com o Renault RS17, no final de julho, no Hungaroring. E soube-se depois que Kubica tinha um contrato com a marca, mas o fato da marca ter decidido por Carlos Sainz Jr fez com que o piloto polaco rescindisse o contrato e tentasse a sua sorte na Williams.

A razão pelo qual ele tentou a sua sorte na equipa de Frank Williams tem as ver com a idade: a sua patrocinadora, a Martini, pretendia um piloto maduro, mas veloz, para andar a par de Lance Stroll, que tem apenas 19 anos e está na sua temporada de estreia na Formula 1. O outro piloto teria de ter pelo menos 25 anos, algo do qual pilotos como Daniil Kvyat ou Pascal Wehrlein não tem ainda (ambos têm 23 anos). E quando Kubica mostrou, nos testes que teve em Silverstone com o carro de 2014 que tinha ainda a velocidade e a resistência necessárias, convenceu os responsáveis da marca de que era o piloto ideal, apesar de todos estes anos afastado da categoria máxima do automobilismo. 

Ainda não se sabe a duração do contrato, mas parte do principio de que será por apenas uma temporada.

Kubica foi piloto da BMW Sauber desde meados de 2006 ao final de 2009, tendo alcançado no GP do Canadá a sua úinca vitória na Formula 1. Foi quarto classificado no Mundial de 2008, e em 2010 passou para a Renault, tendo subido ao pódio por duas vezes, ambos no lugar mais baixo. Tinha contrato para 2011, mas um acidente em fevereiro desse ano o remeteu para uma longa reabilitação, que durou ano e meio, até voltar à competição, noutro rali italiano.

Com as portas da Formula 1 fechadas, tentou a sua sorte no WRC, onde acabou por ser campeão da WRC-2 em 2014 e fez alguns bons resultados, mas também era conhecido pelas suas muitas saídas de estrada. No inicio de 2017, tinha contrato assinado com a byKolles para correr no Mundial de Endurance, mas acabou por rescindir no último momento, para depois tentar a sua sorte nos vários testes que andou a fazer, primeiro na Renault e depois na Williams.

O primeiro supercarregador da Tesla... em Portugal

Os Superchargers da Tesla são algo do qual existem aos milhares em todo mundo, existindo na sua maioria nos Estados Unidos, Europa, China e Austrália. Contudo, e apesar de existirem já carros da Tesla a circular nas estradas portuguesas - só na minha cidade é frequente ver três Model S e um Model X - ainda não existem Superchargers a nível nacional... por agora.

Pois bem, a primeira estação está a ser construída e será inaugurada em breve. Vai ser em Fátima, no estacionamento da Pensão Floresta, terá oito lugares para poderem carregar ao mesmo tempo e a sua localização é considerada “benéfica” para os proprietários dos carros que realizem deslocações Porto-Lisboa e Lisboa-Porto.

O projeto já tinha sido aprovado há alguns meses na reunião da câmara municipal de Ourém, e o carregamento permite uma paragem a rondar os 20 minutos para repor uma autonomia de 300 quilómetros, “o necessário para chegar a Lisboa e regressar até ao mesmo local”, segundo conta a UVE, Utilizadores de Veículos Elétricos. Segundo eles, a instalação deste Supercarregador em Fátima foi ao encontro dos pedidos dos clientes.

E da maneira como está, nesta foto, a inauguração deverá ser para breve.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

A insegurança de São Paulo e a decadência do Brasil

A falta de segurança no Brasil é mais do que sabido, especialmente nas grandes cidades. Contudo, no fim de semana de Interlagos, o resto do mundo conheceu da pior forma que o Brasil não é um lugar seguro para estrangeiros. Elementos da Mercedes, da FIA, Williams, Sauber e da Pirelli foram assaltados ou foram vitimas de tentativas de assalto ao longo do fim de semana brasileiro e pilotos como Lewis Hamilton não deixaram de exprimir a sua indignação pela falta de segurança na cidade.

Pois bem. teve consequências: esta tarde, a Pirelli e a McLaren anunciaram que o teste de dois dias, com Lando Norris ao volante, foi cancelado, alegando falta de segurança. Para um país que vai ficar sem pilotos brasileiros no pelotão desde 1969, é um sinal da decadência que alcançou.

Sobre o problema de segurança, esta tarde, o site Grande Prêmio disse que os policiais não puderem atuar devido a uma proibição vinda das autoridades locais de não saírem fora de áreas designadas. E a razão? Marketing. Um agente - que não foi identificado - disse isso à Rádio Bandeirantes. Segundo conta esse testemunho, os agentes estavam até proibidos de se ausentarem dos seus postos para se alimentarem, beberem água ou até ir à casa de banho. Os policiais afirmam que tudo isto poderá ter servido para facilitar os crimes que aconteceram em Interlagos.

O Brasil está a atingir um ponto baixo. Em 2018, não terá pilotos no pelotão, algo inédito em quase meio século. O GP do Brasil, um dos clássicos - está no calendário desde 1973, primeiro em Interlagos, depois em Jacarépaguá, para voltar a São Paulo em 1990 - está a ter dificuldades em arranjar financiamento. Alia-se a isso o mau estado do automobilismo interno brasileiro, com a falta de categorias de promoção, a baixa qualidade dos seus pilotos, e à especulação imobiliária - que fez com que Jacarépaguá fosse demolida a favor da construção do Parque Olímpico para os Jogos do Rio de Janeiro - faz com que se tema pelo futuro do autódromo, construído em 1940.

É que o atual perfeito de São Paulo, João Dória, é a favor da privatização do autódromo, que até dá lucro em termos de realizações desportivas e outros eventos, como concertos de musica. Muitos são contra, afirmando temer que o autódromo tenha o mesmo destino da Jacarépaguá, eventualmente demolido para dar lugar a complexos habitacionais de classe alta. E para isso acontecer, basta que haja algumas coisas, como a retirada do circuito do calendário da Formula 1 e sua degradação, fazendo com que os eventuais proprietários, a serem privados, achem que o melhor seria encerrar a pista e construir casas. 

Por estes dias, tenta-se evitar a privatização do autódromo, em termos politicos, mas se não for forte o suficiente, poderá ser uma batalha perdida, fazendo com que o automobilismo no Brasil caia na irrelevância. Por muitas e boas razões, as coisas por lá estão a degradar-se. E quando o país não vê ninguém interessante a chegar à Formula 1, depois de Felipe Massa, parece que estão a colocar mais pregos no caixão. O que é pena. 

domingo, 12 de novembro de 2017

Formula 1 2017 - Ronda 19, Brasil (Corrida)

Normalmente, a corrida num lugar como o circuito de Interlagos costuma ser algo imprevisível. Ou o tempo não colabora e torna-se numa lotaria, ou então acontece algo na largada que baralha tudo e causa imprevisibilidade no resultado final. Contudo, em termos de boletim meteorológico, hoje as coisas estavam magnificas. Um fabuloso sol primaveril sobre São Paulo tinha eliminado essa chance, mas quando se sabia que Lewis Hamilton tinha trocado de motor e partir das boxes, sabia-se que seria uma prova imprevisível, onde o campeão do mundo teria de escalar lugares para chegar ao dos da frente. E a mesma coisa acontecia a Daniel Ricciardo, por causa da sua troca de motor, por exemplo.

E ainda por cima, Interlagos é um destino popular para os apreciadores de automobilismo. Este escriba sabia, através das redes sociais, que muitos dos seus amigos iriam estar presentes "in loco" para ver tudo o que iria acontecer naquele fim de semana. Se sentia inveja deles? Não. Em muitos aspectos, estavam a cumprir os seus sonhos de criança, observando tudo. E nesse campo, só poderia estar feliz por eles.

A corrida começou com Vettel a conseguir passar Bottas no S de Senna para liderar a corrida, mas atrás, houve treta. Daniel Ricciardo fez um pião no S de Senna, acabando por desistir, mas levando consigo o McLaren de Stoffel Vandoorne e o Haas de Kevin Magnussen. Vandoorne e Magnussen acabaram por desistir, mas Ricciardo continuou. Mais adiante, Esteban Ocon e Romain Grosjean tocvaram-se também na zona da Laranjinha, acabando o francês por desistir. E para Ocon, era a primeira retirada... em uma temporada e meia!

Claro, com todas estas confusões, no final da primeira volta, o Safety Car teve de entrar. As coisas ficaram assim até à volta 6, quando a corrida recomeçou. Se nada aconteceu na frente, exceptuando a ultrapassagem de Massa sobre Alonso para ser quinto, Lewis Hamilton tentava passar carros atrás de carros para tentar chegar o mais possível à zona dos pontos. Conseguiu na volta 9, depois de passar o Toro Rosso de Pierre Gasly.

Na frente, Vettel tentava escapar de Bottas, enquanto que Raikkonen tentava chegar-se ao seu compatriota da Mercedes. Atrás, Hamilton subia lugares atrás de lugares, e no inicio da volta 14, passava Perez para ser sétimo. Ao mesmo tempo, Daniel Ricciardo passava Carlos Sainz Jr. para entrar nos pontos.

A partir daqui, as coisas acalmaram-se na frente, e o que se via eram os pilotos que queriam subir na classificação geral, especialmente Hamilton e Ricciardo. O inglês da Mercedes chegou ao quinto posto na volta 21, depois de passar Felipe Massa. Mas quando isso aconteceu, tinha mais de dez segundos de diferença para apanhar Max Verstappen.

Mas apenas na volta 28 é que aconteceram as primeiras paragens nas boxes. Primeiro, Felipe Massa, e depois, na volta a seguir, Sebastian Vettel, que saiu para a pista na frente de Bottas, mas a aguentar o ataque do piloto da Mercedes. Depois, Raikkonen e Verstappen também foram às boxes para trocar de pneus. Com isso, e com os Flechas de Prata sem parar, Hamilton era o líder. Que contraste, da saída das boxes até ao comando durou apenas 30 voltas! 

Contudo, Hamilton sabia que os seus pneus não estão tão novos com os do Vettel, e lentamente, o piloto da Ferrari apanhava-o. Mas não impressionava e ele continuava a andar na frente, esperando que aqueles pneus aguentassem o mais possível.

Na volta 41, Brendon Hartley parava definitivamente no seu Toro Rosso, uma volta antes de Lewis Hamilton parar para trocar de moles para supermoles. Logo a seguir, Daniel Ricciardo fez a mesma coisa, trocando para o mesmo tipo de pneus. Quando ambos voltaram à pista, o inglês era quinto e o australiano sétimo. Pouco depois, o piloto da Red Bull passou Massa, mas descobriu que tinha mais de 25 segundos de atraso para Vettel, enquanto que os cinco primeiros estavam separados... por seis segundos. Contudo, apenas na volta 59 é que o inglês apanhou Max Verstappen para ser quarto.

A parte final viu todos perto uns dos outros, tentando manter o ritmo. Hamilton tentou apanhar Raikkonen para ver se subia ao pódio ou não. Ele tentou o seu melhor, queimou pneus (enquanto que Lace Stroll ficava sem o pneu frente-esquerda...), mas no final, o finlandês da Ferrari conseguiu aguentar os ataques de Hamilton para ficar com o lugar mais baixo do pódio. Na frente, Sebastian Vettel era o grande vencedor, com Bottas atrás dele, sem o ameaçar, Raikkonen e Hamilton.

Contudo, atrás dos Red Bull de Max e Ricciardo, Felipe Massa lutava com Fernando Alonso para ver se conseguia ficar na frente do piloto espanhol. De uma certa forma, era o seu orgulho que estava em jogo, e no final, aguentou tudo, até de um Sergio Perez que espreitava alguma urucubaca vinda daqueles dois. Não deu, e Massa, de uma certa forma, conseguiu o que queria, ser sétimo, na frente de Alonso e Perez. E Nico Hulkenberg ficou com o ponto que faltava.

No final, a multidão invadiu a pista, Massa teve o final digno que merecia, e num céu limpo, o campeonato chegava a um final interessante. Claro, o pano só cai dentro de duas semanas em Abu Dhabi, mas a temporada própriamente dita deve ter acabado hoje..