Depois da FOTA ter mostrado a Max Mosley, presidente da FIA, que a sua regra de atribuição dos pontos ia contra as próprias regras da entidade máxima do automobilismo, não tinha outro remédio senão anunciar o seu próprio recuo, pois caso persistisse no erro, faria com que a própria FIA se descredibilizasse aos olhos de todos, incluindo os mais leigos na matéria, e a posição da FOTA ficaria ainda mais reforçada.
Mas o mais ridículo, na minha opinião, é ler hoje a entrevista de Mosley ao jornal inglês "Daily Telegraph". No periódico, o presidente da FIA faz-se de "virgem ingénua" ao dizer que tinha a garantia da aprovação da medida por parte dos construtores, uma palavra dada por... Bernie Ecclestone. "Bernie me disse que tinha falado com os times e que todos estavam satisfeitos [com a mudança]. Eu fui levado a acreditar que todos tinham concordado. O Conselho Mundial tinha a impressão de que todos estavam de acordo", afirmou Mosley, em declarações captadas pelo site brasileiro Grande Prémio.
Quanto a Ecclestone... bem, pelas declarações de hoje, demonstra que tem um péssimo perder. Ontem á noite, o F1 Supremo de 78 anos disse de sua justiça: "Toda vez que nós fazemos uma mudança, aparece um monte de pessoas dizendo: 'Ah, esqueça, isso não vai acontecer'. Quando criamos a regra de dois motores por corrida, todos falaram que não podíamos fazer porque as equipas não terminariam as provas. As equipas sempre dizem para esquecermos tudo o que nós propomos", afirmou. Misturar alhos com bugalhos é má politica, Bernie...
Uma coisa é certa: destes dois e da sua ideia louca das medalhas, ainda teremos noticias, pois ambos "já juraram vingança". O ano promete ser quente. Muito quente!