sábado, 19 de junho de 2021

Formula E: Di Grassi vence na desclasificação de Wehrlein em Puebla


Pascal Wehrlein foi o melhor em Puebla, mas os comissários acharam que o seu carro estava ilegal e foi desclassificado, dando a vitória aos Audi de Lucas do Grassi e René Rast, que fizeram a dobradinha. António Félix da Costa foi sexto e conseguiu mais oito pontos nas suas aspirações para o campeonato. 

Com uma tarde de sábado no planalto central mexicano, os pilotos olhavam para a atmosfera por causa da ameaça de chuva que se fazia sentir na zona de Puebla. Todos falavam que ela poeria aparecer durante a corrida, arriscando a baralhar tudo naquela pista.

A partida começava com Wehrlein na frente e Oliver Rowland a atrasar-se imenso, sendo engolido pelo resto do pelotão. Algumas curvas depois, Nick Cassidy bateu forte com o seu Virgin e por causa disso, o Safety Car foi colocado na pista. Durante esse tempo, Alex Lynn teve de ir às boxes para trocar de pneus devido a um furo.

Quando a corrida regressou, a 36 minutos do final, as coisas mantiveram-se na mesma, com Wehrlein e Gunther na frente, com Dennis e Vergne logo a seguir. Félix da Costa era já nono, e gente como Alex Lynn e Robin Frijns já iam para o Attack Mode, tentando recuperar algumas posições. Mas a seguir, Wehrlein foi ao Attack Mode, deixando os BMW na frente. O tempo perdido foi depois compensado quando ele passou o carro de uma das marcas alemãs. Contudo, o piloto da Porsche não conseguia apanhar Gunther depois do final do tempo de energia do seu compatriota, ficando no segundo posto quando a energia extra acabou no seu carro.  

Com 30 minutos para o final, Max Gunther foi para o Attack Mode e caiu para quinto. Contudo, conseguiu recuperar um só lugar, enquanto António Félix da Costa tentou ir para o Attack Mode... e falhou a sua ativação, caindo para 12º. Lá conseguiu ir, mas as chances de recuperar eram escassas. Agora, era Jake Dennis a liderar, mas quando foi para o Attack Mode, recuava para quinto. 

Na frente, Wehrlein estava tranquilo na frente, ao ponto de ir de novo para o Attack Mode, conservando a liderança. Contudo, azar dos azares, Jean-Eric Vergne tocava no muro e desistia devido aos estragos. 

A partir de agora, era a altura das segundas passagens pelo Attack Mode, com Max Gunther a ter mais energiae a ser segundo, tentando apanhar Wehrlein. Sam Bird, António Félix da Costa e Alex Lynn iam pela segunda vez no Attack Mode, mas ao mesmo tempo, o piloto da Jaguar sofria um toque do Mahindra de Alex Lynn e desistia, chamando novamente o Safety Car para a pista.

Com quase dez minutos para o final, a corrida recomeça com Wehrlein a aguentar os ataques de Ma Gunther e Jake Dennis. O alemão começava a afastar-se, enquanto Dennis passava Gunther e era segundo. 

Na parte final, Ediardo Mortara e Lucas di Grassi começavam a subir posições, ao contrário de Jake Dennis, que caia para sétimo, porque tinha de ir ao Attack Mode, atrás de António Félix da Costa. Conseguiu passar, mas depois de ele ter falhado o ataque a Max Gunther, caindo para oitavo. Depois, Di Grassi passou para segundo, com Rast atrás a tentar superar Mortara, que defendia o terceiro posto. O alemão conseguiu ficar com o lugar de Mortara.

No final, Wehrlein cruzava a meta com uma vantagem total sobre os Audi, mas os comissários decidiram logo depois de ele cortar a meta que estava desclassificado, dando a vitória a Lucas di Grassi, seguido por René Rast, uma dobradinha da Audi, com Mortara no terceiro posto.

No campeonato, Frijns continua na frente, com 62 pontos, e agora António Félix da Costa era segundo, com 60 e Nyck de Vries, com 59. Amanhã há nova corrida em terras mexicanas.    

Formula E: Wehrlein foi o melhor na qualificação de Puebla


Pascal Wehrlein foi o melhor na qualificação desta tarde no traçado de Puebla. O alemão da Porsche conseguiu ser superior ao Nissan de Oliver Rowland e o BMW Andretti de Jake Dennis. Quanto a António Félix da Costa, não conseguiu melhor que um lugar na sexta linha da grelha de partida, na 11ª posição. 

Depois de quase mês e meio de ausência, após o ePrix do Mónaco, a competição estava agora no outro lado do Atlântico para estrear na oval de Puebla, com um circuito interior onde uma das curvas foi aproveitada para colocar por lá o Attack Mode. O asfalto era abrasivo, mas isso não incomodava os pilotos, porque estavam mais preocupados com o tempo naquele lugar neste sábado. 

No Grupo 1, que tinha Robin Frijns, Nyck de Vries, Mitch Evans, António Félix da Costa, Sam Bird, Stoffel Vandoorne, todos estavam a lidar com um asfalto que ainda estava húmido por causa da chuva que tinha caído horas antes, decidiram ir para a pista... ao mesmo tempo. Ninguém se entendeu e todos se prejudicaram na tomada de tempos. Apesar de tudo, Félix da Costa acabou por ser o melhor, 53 centésimos na frente de Mitch Evans, e 453 centésimos sobre Nyck de Vries. Stoffel Vandoorne perdia 1,5 segundos e a certeza que não participaria na SupoerPole. 

Para o Grupo 2, que tinha Pascal Wehrlein, Oliver Rowland, Jean Eric Vergne, Edoardo Mortara e Rene Rast, o piloto da Porsche conseguiu ser o melhor, com 1.23,5, depois dos pilotos começaram a correr mais espaçados, para evitar se prejudicaram uns aos outros. O alemão ainda conseguiu tirar um tempo um segundo melhor que Félix da Costa.

No Grupo 3, com Alexander Sims, Alen Lynn, Maximilian Günther, Nyck Cassidy, André Lotterer, Lucas Di Grassi, ficou marcado pelas tentativas de marcar tempos, mas o único que conseguiu algo foi Max Gunther, que conseguiu entrar nos seis primeiros, à custa de René Rast. E Lucas di Grassi, que apesar de ser o oitavo, não iria lutar pela SuperPole.

E no Grupo 4, com Oliver Turvey, Sérgio Sette Câmara, Sébastien Buemi, Norman Nato, Tom Blomqvist e Joel Eriksson, Buemi acabou apenas com o 21º tempo. Muito para trás... 

Para a SuperPole entraram Mortara, Dennis, Rowland, Vergne, Gunther e Wehrlein.

Mortara foi o primeiro, mas o suíço não teve uma volta perfeita, errando numa nas curvas e perdendo segundos preciosos. Claro, o piloto que veio a seguir, o alemão Max Gunther, foi mais veloz, ficando com o melhor tempo provisoriamente, mas a sua agressividade custou-lhe também segundos preciosos, conseguindo 1.25,095, e dificilmente ficaria com a pole.

Jean-Eric Vergne foi o terceiro, e sem falhas, fez 1.24,282, ficando na frente dos tempos, mas depois fio superado por Dennis, Rowland, e por fim, Wehrlein, que conseguia a sua primeira pole do ano.

A primeira corrida do final de semana mexicano acontecerá pelas 22 horas de Lisboa. 

Formula 1 2021 - Ronda 7, França (Qualificação)


Depois de duas semanas de ausência, a Formula 1 voltava às margens do Mediterrâneo para uma pista que, meio século antes, representava o futuro. Hoje, mostrou-se como o original do qual muitos seguiram mais adiante, mas hoje em dia, verificou-se que não tem emoção, pelo menos aquela que as pessoas procuram num tipo de corrida como esta. As escapatórias são tão grandes, e a reta Mistral foi cortada a meio - por causa da FIA - que a pista perdeu qualquer da mística que se calhar tenha tido nas décadas anteriores. 

Pior ainda, pouca gente tem expectativas em relação ao que será este final de semana, porque todos julgam que será ali que a Mercedes recuperará alguma da vantagem que tenha perdido nas duas corridas anteriores, quer na qualificação, quer na corrida. Não é que se diga que a Red Bull continue a mostrar-se, mas toda a gente pensa que, se há um lugar onde ele poderá fazer a recuperação, seria ali. E a qualificação, pelo menos à partida, seria a primeira parte desse domínio.  

Com céu nublado - aparentemente, prevê-se chuva para este domingo - naquelas bandas, a qualificação começava não muito bem para Yuki Tsunoda, que fez um pião e acabava a qualificação na barreira de pneus. Ele era o primeiro a ficar a ver o resto da qualificação das boxes, mas à medida que se aproximava da fase final, havia um outro piloto que, inesperadamente, estava aflito: o Aston Martin de Lance Stroll. É que tinha feito um tempo suficiente para passar, mas como pisara os limites da pista, ele fora deletado. E tinha MESMO de marcar um tempo, senão, nada feito. 


E quando ia a caminho de fazer isso... veio Mick Schumacher e estragou tudo. Ele tinha um tempo que o colocaria pela primeira vez na Q2 nesta temporada, mas queria mais e nos seus limites, despistou-se, bateu nas barreiras e quebrou a sua suspensão frente-esquerda. Sessão novamente parada, e o canadiano teve de abrandar, ficando de fora. A grande ironia é que o alemão, passando para a frente, não poderia correr mais nesta qualificação. Mais tarde, diria metaforicamente que era o equivalente a ter o bolo, mas a não poder comê-lo.  

Na parte final da Q2, de uma certa forma, confirmaram-se as projeções que vinham de trás. Hamilton voltou para a pista com o mesmo conjunto de médios, enquanto, por exemplo, o Red Bull de Sergio Perez calçava macios para tentar surpreender o Flecha Negra do heptacampeão. A mesma coisa acontecia a "Darren" Ricciardo... perdão, Daniel. O engenheiro levou-me ao engano. 

No final, Bottas melhorou o seu tempo e foi para o topo da tabela, e entre os eliminados ficaram os carros de Sebastian Vettel, Esteban Ocon, George Eussell, Mick Schumacher e Antonio Giovinazzi. E claro, para a última parte, temos os Mercedes, Red Bull, Ferrari, McLaren, o Alpine de Fernando Alonso e o Alpha Tauri de Pierre Gasly. Lá se foi a chance de dois franceses no "top ten"... 


Chegados ao Q3, alguns pilotos voltavam a calçar médios, Como Ricciardo e Alonso, enquanto se esperava que Red Bull e Mercedes andassem com vermelhos, os moles, para velocidade pura, ver quem era o mais rápido. Max começou a abrir as hostilidades com 1.30,325, seguido de Hamilton com 1.30,711. Perez e Bottas ficavam a seguir, com o finlandês mais rápido que o mexicano. De facto, o holandês mostrava-se no circuito determinado a ser o melhor, mas sabia-se que os Flechas de Prata iriam reagir fortemente a isto.

No final, foi o "tudo ou nada" tipico desta última parte. Ainda por cima, a Mercedes sabia que queria dar tudo para colocar os seus carros na primeira fila, neste duelo com a Red Bull. Mas Max melhora o seu tempo para 1.29,990, e os Mrcedes viam que não conseguiam apanhá-lo. Assim sendo, o neerlandês era o "poleman" em terras francesas, e quebrava mais um mito de domínio da Mercedes por ali. Atrás, Pierre Gasly era sexto, superando os McLaren e ficando entre as Ferrari - com Leclerc melhor que Sainz Jr - mostrando que o carro é bom e o piloto começa a ter mais confiança nas suas capacidades.  


Claro, uma coisa é a qualificação, outra é a corrida, mas toda a gente sabe que este ano, tínhamos de contar com Max como candidato ao título. E a temporada ficava cada vez mais interessante. 

sexta-feira, 18 de junho de 2021

A imagem do dia


Mulheres no automobilismo são poucas e apareceram espaçadamente na sua história. Foram e ainda são uma enorme minoria. Mas boa parte dessas poucas foram as que marcaram gerações, e uma delas tinha o carisma necessário para que uma geração de pessoas ficarem encantadas por ela. E ainda por cima, teve a sorte de nascer num dos circuitos mais carismáticos do mundo: Nurburgring Nordschleife.

A história de Sabine Schmitz é conhecida. Nascida em 1969, vivia perto do circuito e as dezenas de corridas, bem como as historias que ouvia à media em que crescia, faziam-na ficar fascinada pela pista. Começou a correr e os quilómetros acumulados faziam-a ser uma da maiores conhecedoras do circuito, ao ponto de a chamarem de "rainha". E foi mesmo, afinal de contas, venceu por três vezes as 24 Horas desse circuito. Mas para além disso, andou muito tempo a conduzir pessoas através do circuito de 23 quilómetros. Algo do qual ela costumava dizer que era "uma maneira divertida de assustar pessoas".

Depois, o seu carisma e as suas aparições televisivas fizeram o resto. E quando morreu, no passado dia 16 de março, aos 51 anos, e depois de uma longa batalha contra um cancro, todos sentiram a falta de uma mulher que representava um circuito e o amor pelo automobilismo. 

Agora soube-se esta sexta-feira que Schmitz, a rainha do Nordschleife, terá uma curva em seu nome. Será depois da chicane antes da reta da meta, na ligação entre o novo circuito e o velho. A cerimónia acontecerá a 11 de setembro, quando acontecer as Seis Horas locais, na categoria NLS. E o local não foi escolhido ao acaso: a algumas dezenas de metros estava a habitação onde ela cresceu, a admirar os automóveis que arriscavam a sua existência nas curvas daquele Inferno Verde que aprendera a admirar e depois, a domar. É uma forma de eternizar no asfalto uma mulher que ajudou a escrever a história do circuito e ganhou o respeito de todos os fãs. 

E isso não se vê todos os dias, num dos meios mais sexistas que se conhece. 

Noticias: Seidl não gostou das conclusões da Pirelli


As conclusões do inquérito da Pirelli aos incidentes que aconteceram em Baku continuam a causa ondas entre as equipas, a Andreas Seidl, o responsável da McLaren, afirma ter ficado desapontado com a falta de transparência acerca do que aconteceu realmente na prova azeri, onde os carros de Lance Stroll e Max Verstappen sofreram furos a alta velocidade, que poderiam ter sido graves. Apesar de ilibar a Pirelli nas responsabilidades, acusa a FIA de não ter nomeado e punido as equipas que não cumpriram os parâmetros estipulados.

Antes de mais, foi uma sequência muito interessante de eventos esta semana, com a diretiva técnica a sair e a ver as palavras cuidadosamente escolhidas nos comunicados de imprensa de todas as partes envolvidas. O que é um pouco dececionante para nós é que não há mais transparência no que realmente aconteceu porque foi um tópico crítico para a segurança. Normalmente, no passado, com casos como este, há transparência no que está a acontecer, e até agora não aconteceu, o que é um pouco dececionante", começou por dizer o diretor desportivo da marca nas vésperas do GP de França.

Do ponto de vista de McLaren, saudamos definitivamente a iniciativa do lado da FIA ao implementar mais verificações, mas não eram realmente necessárias. Os regulamentos eram claros antes. Há uma razão clara para recebermos as prescrições da Pirelli e para estes regulamentos estarem em vigor. Nós estamos conscientes disso e sabemos que temos de agir responsavelmente com os parâmetros fornecidos para garantir que não colocamos os nossos pilotos em risco”.

Há suposições sobre o que realmente aconteceu. Há muitas críticas em relação à Pirelli mas, no final, não é algo que apoiemos porque a Pirelli produziu um produto seguro para este ano. Em Baku, se estivesse a pilotar um carro dentro dos regulamentos e seguindo as prescrições da Pirelli, não haveria qualquer problema com os pneus. É por isso que sinto que seria importante para todo o paddock ter transparência na compreensão do que realmente aconteceu e do que estava a causar estas falhas no final”, concluiu.

A Formula 1 prossegue neste fim de semana em terras francesas.

WRC: Solberg vai correr no Safari


Depois de ter obrigado a se ausentar do Rali da Sardenha devido ao contacto com o seu pai, que contraiu CoVid-19, Olivier Solberg regressará aos ralis ao comando de um Hyundai i20 WRC no Rali Safari, que acontecerá na próxima semana, no Quénia. 

Solberg substituirá o francês Pierre Loubet, que decidiu tirar um tempo de pausa para ver se melhora as suas prestações, que tem sido marcadas por saídas de estrada e várias avarias mecânicas, que o tem impedido de marcar bons resultados nas provas em que tem participado. 

O piloto, que corre sob licença sueca, regressa a um carro WRC depois de ter participado num no Rali Artico, onde terminou na sétima posição. 

WEC: Fillon elogia Portimão


As Oito Horas de Portimão foram um sucesso, e a organização do WEC gostou de lá ter ido. Contudo, isso não é garantia de que possa haver um regresso em 2022, dado que isto foi uma solução de emergência pelo cancelamento da prova de Sebring. Mas Pierre Fillon ficou agradado com a corrida por lá.

É um lugar muito bom, uma pista boa, os pilotos adoram este lugar e fica na Europa”, disse.

Contudo, a adição de uma sétima prova no calendário da endurance em 2022 é uma chance que neste momento está a ser discutida pela ACO e a FIA. Apesar das vantagens acima referidas, uma prova de Endurance não é prova qualquer de automobilismo. Para se ficar com uma ideia, as 24 Horas de Le Mans é o equivalente a três corridas como a que foi realizada no Autódromo do Algarve, e quatro corridas de seis horas. E a Endurance quer voltar a Sebring, o palco original desta prova.

Para além disso, com a pandemia no horizonte, a hipótese de voltar a uma competição de oito provas, divididas em duas temporadas, espalhadas pelo mundo, ainda não pode ser considerada, especialmente com as dúvidas acerca das Seis Horas de Fuji, por causa da situação da pandemia em terras japonesas.

Contudo, mesmo que não haja regresso, Portimão tem um lugar garantido na Endurance graças à prova das Quatro Horas, que faz parte da ELMS, a European Le Mans Series. 

quinta-feira, 17 de junho de 2021

Youtube Motorsport Video: Cars 3, por Josh Revell

A coisa mais interessante que gosto de ver nos videos do Josh Revell tem a ver com as suas revisões de filmes cujo tema é o automobilismo. E como ele tirou uns tempos de férias, agora regressou nesta quinta-feira para rever o terceiro filme da saga "Cars", onde o Lightning McQueen, agora um veterano, luta contra uma nova geração e a perspetiva da sua retirada de cena... antes de ser empurrado. 

Confesso que nunca olhei para estes filmes com olhos de ver - aqui, os filmes de animação são dobrados e não legendados - mas ao reparar nestes videos e nas criticas ao filme, estive a ver que, por causa de uma irritação minha - nem tanto minha, é mais porque não me deram a chance de ver estes filmes na versão original - deixei escapar a oportunidade de ver algo que... é bom. 

Enfim, vejam por vocês mesmos.

Youtube Automobile Video: Os Automóveis Portugueses, Edfor

No quarto episódio da série "Automóveis Portugueses", fala-se da Edfor, provavelmente um dos carros ais elegantes da história do automóvel português. Edfor eram as iniciais de Eduardo Ferrerinha, mecânico e piloto, dono de uma garagem na cidade do Porto, e que pretendia criar um carro desportivo, com carroçaria em alumínio e motor Ford V8. 

O automóvel foi mostrado em 1937, no Salão Automóvel do Porto, e impressionou os entendidos da época, mas só foram construídos quatro chassis, dos quais apenas há um sobrevivente. E é a história desse carro que se conta por aqui.

A ambição americana do WRC


Qualquer grande competição mundial quer correr em dois mercados: Estados Unidos e China. E a razão é simples: são os dois mais populosos. E no caso do Mundial de Ralis, é uma ambição antiga, dado que já esteve em ambos os países no passado, mas nunca se amarrou completamente. No caso americano, houve o Rally Olympus, que aconteceu entre 1986 e 1988, no estado de Washington, e apesar das paisagens, nunca assentou definitivamente no calendário. 

Ora, nestes últimos tempos, o WRC voltou-se a interessar pelas paragens americanas. Yves Matton, representante da FIA, afirmou esta semana que se prepara um evento a partir de 2022 que sirva de ensaio geral para o regresso da competição às terras do Tio Sam, e não tem de ser necessariamente o Olympus Rally. 

"[Existem] várias coisas [em cima da mesa]. Podemos ter um roadshow, um evento candidato ou qualquer tipo de evento que seja o primeiro do WRC na América do Norte sem fazer parte do campeonato como um rali tradicional.", começou por dizer. E claro, a ideia é fazer algo que agrade à Ford, uma das marcas que investe na competição. 

"Para todos os envolvidos no campeonato é importante ir para a América do Norte como é importante ir para países como a China ou a Russia.", concluiu Matton.

Já Richard Millener, responsável da M-Sport, que é a preparadora da Ford, assume acreditar que "um evento na América do Norte é parte da razão pela qual a Ford quer estar envolvida" no mundial de ralis. "tudo na América é sempre em grande e tem de ser melhor que qualquer outra coisa, por isso adoraria ir lá, e sendo a casa da Ford acho que seria mesmo importante.", comentou.

De facto, neste momento há a aposta do WRC em ralis em paragens americanas, mas é no sul, com provas no México, Argentina e Chile. Com calma, a FIA está decidida em recuperar algumas das proas do passado, como o Safari, que regressará na semana que vêm, e uma prova em paragens norte-americanas poderá ser algo que faça despertar ainda mais a curiosidade local. 

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Noticias: Pirelli divulgou motivo dos furos em Baku


A Pirelli divulgou nesta quarta-feira a razão pelos quais os seus pneus tiveram furos a alta velocidade no circuito de Baku e causaram os abandonos de Max Verstappen e Lance Stroll. Se inicialmente, a marca italiana acreditava que tinha a ver com destroços na pista, afinal de contas, a rupturas dentro da circunferência dos pneus, e mandou o seu relatório às equipas, com a recomendação para seguir um novo conjunto de protocolos em relação a pressuras e temperaturas máximas nos cobertores de aquecimento.

As causas das duas falhas dos pneus traseiros esquerdos nos Aston Martin e Red Bull foram claramente identificadas. Em cada caso, isto deveu-se a uma ruptura circunferencial na parede lateral interior, que pode estar relacionada com as condições de funcionamento do pneu, apesar de terem sido seguidos os parâmetros de arranque prescritos", começa-se a ler no relatório.

A FIA e a Pirelli acordaram um novo conjunto de protocolos, incluindo uma diretiva técnica atualizada, já distribuída, para monitorizar as condições de funcionamento durante um fim-de-semana de corrida, e irão considerar quaisquer outras ações apropriadas”, acrescentou.

Contudo, se esta é a versão oficial dos furos a alta velocidade, a imprensa local fala mais algumas coisas. O Corriere dello Sport fala que as equipas "encontram uma forma de correr com pressões de pneus mais baixas do que as prescritas. É grave que as equipas joguem com segurança em circuitos como Baku”. Ou seja, não é a Pirelli a grande culpada, mas sim as equipas, que arriscam fortemente, usando a pressão dos pneus para serem mais eficazes em pista. 

E entre as soluções que a marca disse ter enviado às equipas poderá ser a remoção da humidade do gás de enchimento, enquanto outra poderia ser a forma como os pneus são aquecidos antes do teste de pressão dos pneus antes da corrida, acrescentando ainda que são as equipas que desenvolvem os sensores, o que significa que cada equipa se verifica a si própria. Algo que será mudado em 2022, quando estes sensores serão distribuídos pela FIA.

Contudo, há quem tenha dúvidas sobre essa parte. Um deles é Jenson Button, que foi particularmente ácido no Twitter, ao afirmar que a cauda dos pneus deve ter sido "vodu". "Aston [Martin] e Redbull cumpriram aos limites estabelecidos, sem cortes nos pneus a partir de detritos e sem defeitos ou falhas da Pirelli? Penso que foi magia voodoo, então.

Apesar das conclusões e das medidas que a equipa prometeu implementar a partir de agora, as dúvidas sobre a durabilidade dos pneus italianos continuam no ar, pois este não é e não será o último episódio polémico envolvendo a marca de pneumáticos.  

IndyCar: Magnussen correrá pela McLaren em Road America


O dinamarquês Kevin Magnussen correrá neste final de semana pela Arrow McLaren Schmidt, em substituição do sueco Felix Rosenqvist, que sofreu um forte acidente na corrida da semana passada em Detroit, na primeira corrida do circuito de Belle Isle. A equipa médica da IndyCar Series ainda não deu alta ao piloto sueco, logo, recorreu ao seu antigo piloto de Formula 1 em 2014 e 2015 para preencher o lugar neste final de semana.

Será assim, a estreia dele na categoria. A sua chamada acontece depois de o piloto que substituiu Rosenqvist, Oliver Askew, terá de correr pela Ed Carpenter Racing depois do seu piloto titular, o neerlandês Rinus Veekay, se ter lesionado na clavícula depois de um acidente de bicicleta. 

Curiosamente, não será uma estreia absoluta de um dinamarquês na IndyCar: o seu pai, Jan Magnussen, correu duas temporadas parciais em 1996 e 1999, a primeira pela Penske e a segunda pela Patrick Racing, conseguindo como melhor resultado um sétimo lugar em Vancouver, na temporada de 1999.

Formula E: Félix da Costa quer aprender o circuito


No regresso da Formula e a paragens mexicanas, mas a estrear o Autódromo de Puebla, António Félix da Costa, piloto da DS Techeetah e recente vencedor do ePrix do Mónaco, pretende aprender o mais rapidamente possível o novo circuitos para poder aproveitar ele. Em grande momento de forma, depois de ter ganho o ePrix monegasco e na semana passada ter conseguido uma vitória na categoria LMP2 nas Oito Horas de Portimão, acredita que está em igualdade com o resto do pelotão, mas quer faer um bom resultado para poder lutar pelo título. 

Depois da vitória no Mónaco, todos na equipa estamos muito motivados para voltar ao México. Puebla trata-se de um circuito novo para todos mas fizemos muito trabalho de simulador para preparar bem as duas corridas deste fim-de-semana.", começou por dizer. 

"Tratando-se de um circuito fixo e não citadino, acreditamos que as diferenças entre os grupos na qualificação não sejam tão elevadas como costume, no entanto há que entrar em pista bem concentrado para aprender rapidamente o circuito e as referências em cada curva, para na qualificação estar confiante e atacar ao máximo. Entramos na segunda metade do campeonato e há que trazer o maior número de pontos para casa para nos mantermos na luta do título!”, concluiu.

À partida para a jornada dupla da Formula E em Puebla, o campeonato é liderado pelo neerlandês Robin Frijns, seguido pelo seu compatriota Nyck de Vries. O piloto português é quinto, a dez pontos da liderança. 

terça-feira, 15 de junho de 2021

Rumor do dia: Bottas de saída para a Alfa Romeo?


No fim de semana do GP de França, o pelotão da Formula 1 agita-se devido a rumores sobre o estatuto de Valtteri Bottas dentro da Mercedes. Fala-se que o finlandês não ficará em 2022 e será substituído por George Russell, e o finlandês poderia ver como saída um ingresso na Alfa Romeo Sauber.

O site italiano Sky Sports Italia dá nesta terça-feira como certa a troca de Bottas por Russell, algo do qual Helmut Marko corroborou afirmando que a ida de Russell para a Mercedes seria uma questão de tempo. “Não se pode continuar a amarrá-lo [à Williams], caso contrário, financiar a carreira dele já não faz sentido, mesmo que Hamilton não fique contente.”, afirmou o austríaco ao site F1 Insider.

Quanto à possiel saída para a Alfa Romeo, explica-se pelo facto de ser a única equipa que tem um lugar disponível, já que a grande maioria das equipas já terem um lugar competitivo preenchido. E na Alfa Romeo, ainda não se sabe muito bem se Kimi Raikkonen ainda fica mais um ano ou pendura de vez o capacete. Mas isso faz parte de um panorama geral, dado que o patrocínio da Alfa Romeo termina no final da temporada, e não há sinais da sua continuação. Caso não continuem, voltam a ser Sauber e é provável que fiquem com dois veteranos finlandeses na equipa... ou não.  

Russell já afirmou que pretende tratar o seu futuro no final deste mês para poder se concentrar para 2022, onde acontecerão novos desenvolvimentos nos chassis dos carros, e como Toto Wolff gere, de uma certa forma, a carreira do britânico de 23 anos, tudo indica que o destino será Brackley, apesar das reticências de Lewis Hamilton em tê-lo na equipa. 

Nesta altura do campeonato, Bottas é apenas sexto classificado, terminando três das seis corridas do campeonato nos pontos, apenas com 47 no campeonato, bem distante que os 101 que o seu comanheiro, Lewis Hamilton, detêm neste momento. 

Noticias: Organização confiante que haverá espectadores do GP britânico


Os organizadores do GP da Grã-Bretanha, em Silverstone, esperam que o anuncio vindo do governo britânico não afete a quantidade de espectadores que pretendem receber no fim de semana de 18 de julho. Isto no dia em que Londres anunciou o adiamento por quatro semanas do levantamento de todas as restrições do confinamento, marcado para o dia 21 de junho, depois de um aumento de casos da variante indiana. 

Numa mensagem enviada a todos os detentores de bilhetes na sequência do anúncio do governo, a organização do Grande Prémio afirma que "continua confiante de que os fãs estarão de regresso para o Grande Prêmio da Grã-Bretanha de Fórmula 1 de 2021. Nossas discussões em andamento com o Departamento de Digital, Cultura, Media e Desporto, bem como com a Saúde Pública do Reino Unido, são positivas”, afirmaram.

Iremos comunicar todos os detalhes assim que os tivermos.

A organização do GP britânico esperava receber cerca de 140 mil espectadores nos três dias do Grande Prémio, e esses números irão certamente ser alterados. Mas eles esperam conseguir uma excepção nas restrições ditadas pelo governo local.

Em 2020, Silverstone recebeu duas provas: o GP britânico e o comemorativo dos 70 anos da Formula 1, e ambos não tiveram espectadores.

segunda-feira, 14 de junho de 2021

A imagem do dia


Por incrível que pareça, este homem não morreu, mas quem viu o que tinha acontecido ao vivo, ficou convencido que o pior tinha acontecido. Desde o piloto que o atropelou, que ficou traumatizado com o que tinha acontecido, a alguns dos pilotos, que queriam parar a corrida para socorrer o mecânico e acalmar as coisas. No meio disto tudo, um milagre porque o carro bateu num ângulo certo.

Já contei a história há cerca de um mês, e não vou repetir, podem ler por aqui. Mas posso hoje falar sobre a pessoa que foi atropelada, e que viveu para contar a história. E a sua longa história no automobilismo.

David Luckett era um americano de Connecticut que começou no automobilismo graças à Shadow. Primeiro na Can-Am, no inicio dos anos 70, e depois transferiu-se para a Formula 1, na mesma equipa. E em 1978, seguiu pessoal como Alan Rees, Jackie Oliver, Tony Southgate e Franco Ambrosio, entre outros, para formar a Arrows. E em 1981, era o chefe dos mecânicos.

Anos depois, em 2010, contou ao site australiano Speedcafe que "não me lembro do impacto, só sei que acordei no hospital", mas sobre o que se passara antes, as recordações tinham sido fortes.

Tudo começou na sexta-feira, quando um dos mecânicos de Osella caiu no asfalto e foi atingido pela Williams de Carlos Reutemann”, começou por contar Luckett. “Ouvimos dizer que ele estava mal e realmente morreu no sábado à noite. Todos os mecânicos se reuniram na frente da grelha para um minuto de silêncio e alguns dos pilotos vieram [ter connosco] e se juntaram a nós.

Houve atrasos no regresso dos pilotos para os carros, então foi tudo uma confusão, na verdade”, continuou. “Normalmente voltávamos para as garagens, mas ficamos no muro das boxes e então Riccardo travou o carro. Eu pulei o muro com a máquina e então [o semáforo] ficou verde. Siegi [Stohr] foi por uma brecha no trânsito e correu direto para Riccardo e me pegou. Eu realmente não me lembro do impacto - apenas acordei no hospital. Fiquei bastante maltratado, incluindo uma perna quebrada, braço e perdi a ponta do dedo mínimo”, disse ele.

Fiquei algumas semanas no hospital na Bélgica e depois voltei para o Reino Unido. Depois de algumas semanas, eles me trouxeram de volta à oficina de muletas e disseram que queriam que eu fosse para a próxima corrida para ajudar a animar os meus colegas!”, concluiu.

Luckett dizia que só se lembrava de Zolder nas noites frias de inverno por causa do dedo mindinho que ficara encurtado. Mas depois desse incidente, ele Trabalhou por mais de três décadas no automobilismo, não só na Arrows, como também na Lola e Simtek, trabalhando em carros de gente como Gerhard Berger e Alan Jones. Depois da Formula 1, foi para a Endurance, trabalhando por muitos anos na Highcroft Racing.

No passado sábado, dia 12, Dave Luckett foi vitima de um ataque cardíaco fatal. A sua longa carreira como mecânico vai sempre ficar marcada por aquele domingo de maio em Zolder, é verdade, mas foi muito mais do que isso. Ars longa, vita brevis

Formula E: Puebla vai ter um Joker Lap


Quem for ao Attack Mode em Puebla vai ter de andar mais alguns metros. É que os organizadores do ePrix de Puebla, que vai substituir o da Cidade do México, decidiram instalar um Joker Lap semelhante ao que existe em Vila Real, para o WTCR, e no Rallycross. Essa zona encontrar-se-á na curva 8 da oval, e terá uma penalização de três a quatro segundos. 

O circuito desenhado para esta prova terá uma extensão de 2980 metros e 15 curvas, será mais um desafio para engenheiros e estrategas, bem como aos pilotos, sobre a melhor altura para fazer o carregamento de mais 35 kW, que terão de fazer por duas vezes na prova.

A jornada dupla de Puebla acontecerá no próximo fim de semana no Autódromo Miguel E. Abed, e será a primeira passagem da competição em terras americanas. 

As incertezas do calendário de 2021


No fim de semana em que a Formula 1 está de regresso, correndo em paragens francesas, o calendário continua indefinido. Com o cancelamento do GP de Singapura, previsto para meados de setembro, ainda não existe um substituto, e mais corridas continuam em cirda bamba devido aos avanços da pandemia em alguns desses países, como o Brasil e o México. Mas claro, há mais lugares em perigo, como o Japão e a Austrália, que já foi adiada de março para novembro. 

Se no caso japonês, tudo depende de como acontecerão as coisas em julho, com os Jogos Olímpicos, nos casos brasileiro e mexicano, as coisas andam complicadas por conta da curva de infectados anda a ter nesses países. Ainda por cima, as instalações do autódromo Hermanos Rodriguez estão a ser usados como centro de triagem e de vacinação pelas autoridades locais. Segundo conta a publicação alemã Auto Motor und Sport, se São Paulo poderá não ter substituto, o cado mexicano poderá ter como substituto outra prova americana, e essa corrida poderia ser... Indianápolis.

"O planeamento está mais difícil do que no ano passado. As regulamentações de viagens [e a] quarentena estão mudando constantemente", afirmou Stefano Domenicali, presidente e CEO da Fórmula 1.

Outras alternativas estão a ser consideradas para o caso australiano, a meio de novembro. Mas isso é um "tandem" com as provas de Mexico e Brasil, pois a Austrália está a colocar fortes restrições aos que vêm de fora, e mesmo que a Formula 1 garanta bolhas, testes rápidos de forma constante, o facto de terem recusado uma oferta de vacinas por parte do Bahrein no inicio do ano, fez com que haja desincentivos para o recebimento da comitiva em Melbourne. E se essas três provas forem canceladas, haverá um buraco de quatro semanas que tem de ser preenchido, antes dela rumar de novo ao Médio Oriente, para as corridas na Arábia Saudita e em Abu Dhabi, na primeira quinzena de dezembro.

As alternativas em cima da mesa são muitas, que passam pelo regresso da Turquia e da Malásia ao calendário, nova visita ao Bahrein, numa nova versão do circuito de Shakir, ou até uma visita ao circuito de Losail, no Qatar, naquilo que seria uma estreia absoluta desse circuito na Formula 1. Mas neste momento, com tudo incerto nos próximos meses, e a Formula 1 ainda agarrado à ideia de um calendário de 23 corridas, resolver este problema será bem mais complicado que se julga. 

domingo, 13 de junho de 2021

A imagem do dia


Há precisamente 45 anos, pela primeira e única vez, a Formula 1 celebrava a vitória de um carro de seis rodas. Graças a Jody Scheckter e à Tyrrell, o modelo P34 conseguiu aquilo do qual tinha sido projetado: triunfar em corridas ao mais alto nível. E o feito, que acontecera no circuito de Aderstorp, na Suécia, foi total, pois acabou em dobradinha, com o segundo posto do seu companheiro de equipa, Patrick Depailler.

O mais espantoso dessa vitória é que eles conseguiram triunfar sobre a máquina mais veloz aquela temporada, o Ferrari 312T guiado por Niki Lauda. Ou seja, não triunfaram porque a concorrência desistiu, mas sim por mérito próprio. Que se sabia da potencialidade do carro, estreado no GP de Espanha, dois meses antes, apesar da ideia muito radical de colocar duas rodas pequenas, de de polegadas cada uma, só para ganhar maior superfície de contacto e evitar a subviragem.

Curiosamente, Scheckter, o único que venceu com este carro, odiava-o. Chamava-o de pedaço de sucata, mas com o tempo, deve ter mudado de opinião, porque tem um P34 na sua coleção particular, na sua quinta inglesa... 

A razão porque o P34 alcançou o que alcançou em terras suecas foi porque era um carro bem adaptado a aquele circuito. Tinha curvas grandes, asfalto suave, e conseguia ser veloz. Scheckter fez a pole, enquanto Depailler dividia a segunda fila com o surpreendente Ensign do veterano Chris Amon. Contudo, e no meio deles estava o Lotus de Mário Andretti, que queria impressionar. E conseguiu, ficando na frente dos Tyrrell logo na primeira curva.

Só que depois descobriu-se que a grande arrancada do italo-americano... tinha sido uma falsa partida. E nesse tempo, qualquer falsa partida significava 30 segundos de penalização. Quando soube, Andretti andou ainda mais veloz, porque queria dar uma volta a toda a gente. E quando ele estava prestes a alcançar o objetivo... o motor explodiu, na volta 46. 

Mas, mais do que reparar na súbita descrição de Lauda e  James Hunt, era a corrida que Amon fazia a bordo do seu Ensign. O velho, mas bem feito carro da equipa de Mo Nunn, o N175, guiado pelo veterano neozelandês, estava a fazer uma boa primeira parte da temporada, já tendo pontuado em Jarama com um quinto lugar.  E parecia que as coisas iriam correr tão bem para uma equipa que contava os tostões para fazer um bom trabalho, mas na volta 48, um os braços da suspensão cedeu, e um pódio quase certo fora por água abaixo. E o beneficiado foi Lauda, que herdou o terceiro posto.

Aquela vitória, mais do que assinalar um feito único, também representou o final de uma sequência. Até ali, a Ferrari tinha ganho as nove corridas anteriores, e aquele triunfo do Scheckter mostrava que por fim, os Ferrari não eram invencíveis, e que Lauda não iria passear assim tão facilmente. Pelo menos, era o que se pensava naquele momento de festa para Tyrrell. Mas naqueles tempos, o automobilismo era mais perigoso que o sexo, e bastou mês e meio para aquele mundo ficar de cabeça para baixo, e as certezas virarem dúvidas.  

Noticias: Esperados 15 mil espectadores no GP de França


Com o passar das semanas da Formula 1 em palcos europeus, e com cada vez mais gente vacinada, a organização do GP de França anunciou este domingo que deixarão entrar até 15 mil espectadores nas bancadas por dia ao longo do fim de semana da Formula 1, que acontecerá no próximo fim de semana. Será a terceira corrida com espectadores nesta temporada, depois dos mil autorizados em Barcelona e dos 7500 no Mónaco.

A prova irá assinalar o regresso da competição a Paul Ricard após a não realização da corrida em 2020 à conta da pandemia.

CPR: Armindo Araújo triunfa em Castelo Branco


Armindo Araújo triunfa em Castelo Branco, depois de um duelo com Ricardo Teodósio pela vitória no rali. Ambos ficaram separados por 6,4 segundos e deixaram José Pedro Fontes no terceiro posto, a 17,7 segundos. 

"Levamos daqui uma vitória, que era o nosso grande objetivo. Nós acho que tivemos uma boa postura durante toda a corrida, tivemos sempre na liderança ou muito perto da liderança. Ele [José Pedro Fontes] estava a fazer uma excelente prova mas teve um azar que poderia ter acontecido a mim, e as corridas são assim. Em relação a nós, foi um fim de semana em cheio e foi muito importante para o campeonato.", contou o piloto de Santo Tirso no final da prova. 

Com a super-especial de sábado à noite anulado por causa das restrições da pandemia, o dia seguinte começou com José Pedro Fontes de volta ao asfalto e a vencer, 0,3 segundos na frente de Armindo Araújo e de Ricardo Teodósio, que terminaram empatados. Bruno Magalhães era quarto, perdendo mais 5,1 segundos.


Teodósio respondeu na sexta especial com um triunfo, 1,4 segundos na frente de Ricardo Teosódio, mas José Pedro Fontes atrasa-se devido a um pião, perdendo 19,6 segundos e o comando do rali para o piloto de Santo Tirso. Para melhorar as coisas, Armindo tinha já uma vantagem de 12,1 segundos sobre o piloto algarvio, mas este não iria baixar os braços.

E foi assim na sétima especial, onde Teodósio levou a melhor, mas apenas tirou 1,7 segundos a Armindo, que fora terceiro atrás de José Pedro Fontes, segundo a 1,4. Não iria ser fácil para apanhar, porque a diferença era de 10,8 segundos, e havia apenas a Power Stage pela frente. 

Mas Teodósio não se intimidou e venceu a última especial, com uma vantagem de 3,2 sobre Bruno Magalhães e quatro segundos para Armindo, insuficiente para o bater, dando ao piloto de Santo Tirso o triunfo. Mas mesmo assim, Teodósio sentiu que o segundo posto tinha sabor a vitória.

"Ganhamos hoje os três últimos troços e no primeiro, só fizemos um tempo 0,3 segundos menos veloz que o José Pedro Fontes e só igualamos o tempo do Armindo. Foi um dia positivo, só foi pena o rali ter começado ontem, porque tivemos umas quantas peripécias pelo caminho", contou o piloto algarvio.


Já José Pedro Fontes estava triste pelo terceiro lugar e por aquilo que tinha passado na sexta especial, mas afirmou que ainda falta muito campeonato pela frente. 

"Tivemos muito competitivos, tínhamos um excelente carro, os pneus funcionaram bem, estava uma luta ao décimo, tinhamos de arriscar, aquele troço estava muito traiçoeiro, com a água que caiu ontem à noite. Fiz um erro, e os erros pagam-se caro. O Armindo conseguiu evitar e foi um justo vencedor. É a única coisa que devo dizer, parabéns ao Armindo, fez um excelente rali, triste com o que aconteceu, mas com um sentimento de dever cumprido", contou.  

Depois dos três primeiros, Bruno Magalhães ficou em quarto a 26,7 segundos, na frente de Miguel Correia, quinto a 55,8, no seu Skoda Fabia Evo2. Pedro Meireles foi o sexto, a 1.17,5, longe do carro de Paulo Neto, sétimo a 3.41,3, e na frente do Peugeot 208 Rally4 de Carlos Fernandes, a 3.57,0, e a fechar o "top ten" ficaram os carros de Gil Antunes, no Dacia Sandero R4, a 4.26,2 e Ricardo Sousa, no Peugeot 208 Rally4, a 4.42,5.