sábado, 2 de agosto de 2008

WRC - Rali da Finlândia (Dia 2)

O segundo dia do Rali da Finlândia foi o prolongamento do duelo do dia anterior entre o francês Sebastien Löeb e o finlandês Mirko Hirvonnen, em Ford Focus. O francês conseguiu gerir a diferença sempre na casa dos 14 segundos, o que permitou aos adversários ganhar algfumas classificativas, como a Jari-Mari Latvala, que voltou às pistas graças ao sistema Super Rally.

Loeb e Hirvonen têm efectuado um rali aparte de todos os restantes, já que o terceiro classificado, o Subaru Impreza do australiano Chris Atkinson, está a mais de três minutos de Löeb. O australiano ganhou uma luta sem precedentes com o quarto classificado, o espanhol Dani Sordo. Logo a seguir surgem os irmãos Solberg, com Henning (Ford Focus) uma vez mais, está à frente do Subaru Impreza de Petter Solberg.

O dia de hoje foi marcado pelos abandonos do italiano Gigi Galli, no seu Stobart-Ford, que vinha fazendo uma excelente prova, ao despistar-se numa curva rápida na 16ªa especial, na qual também o Suzuki Swift do sueco Per-Gunnar Andersson abandonou, sensivelmente no mesmo local.

As ultimas classificativas serão disputadas amanhã.

GP2 - Hungaroring (Corrida 1)

A primeira corrida do fim de semana húngaro da GP2 terminou com a vitória do brasileiro Lucas di Grassi, a primeira desde o seu regresso à competição, onde bateu o austro-árabe Andreas Zuber e o seu compatriota Bruno Senna.



Para Alvaro Parente, é mais uma corrida para esquecer. Partindo do 15º posto, sabia-se que chegar aos pontos era uma tarefa difícil. Contudo, esteve perto de conseguir pontuar, caso não fosse uma má paragem nas boxes. E como um azar nunca vem só, um excesso fez com que tivesse que passar de novo pelas boxes, para um "drive-through", que o relegou para a última posição. No final, passou alguns adversários, mas teve de se contentar com o 16º posto final. Andy Soucek, colega de Parente, completou os lugares pontuáveis, no oitavo lugar.

Amanhã de manhã é dia da segunda corrida, a mais curta.

Formula 1 - Ronda 11, Hungaroring (Qualificação)

E é uma dobradinha McLaren! Lewis Hamilton e Heiki Kovalainen foram resprecivamente primeira o segundo na grelha de partida para o Grande Prémio da Hungria, que se disputa amanhã à tarde. Na segunda fila, o Ferrari de Felipe Massa vai fazer companhia ao BMW Sauber de Robert Kubica. Kimi Raikonnen foi só o sexto qualificado, pois foi ainda batido pelo Toyota do alemão Timo Glock.


Definitivamente, os McLaren estão na mó de cima, pois para a marca, esta é a terceira pole-position consecutiva para os comandados de Ron Dennis, e a segunda consecutiva para o piloto inglês. Isso já deve ter deixado em alerta geral a Ferrari, pois se Massa faz os o seu melhor, vê-se que existe algo que se passa no finlandês, para ser copiosamente batido não só pelos McLaren e por Massa, mas também por Kubica ou como hoje, por Glock!


Fernando Alonso portou-se bem em Budapeste e conseguiu o sétimo tempo para a corrida de amanhã, onde mais uma vez, os Renault entraram na Q3, ficando Nelson Piquet Jr. na décima posição. Entre eles estão o Red Bull de Mark Webber (um cliente habitual...) e o segundo Toyota de Jarno Trulli.


Surpreendente foi a não entrada de Nick Heidfeld na segunda fase, pois levou o seu BMW Sauber até somente ao 16º tempo. Mais tarde afirmou que ficou preso no trafego na sua volta mais rápida. Quem tembém ficou de fora desta segunda fase foi Rubens Barrichello, que luta contra um Honda pouco competitivo na pista húngara. Um pouco melhor fez Jenson Button, que foi 12º, um pouco atrás de Sebastien Vettel, que, resolvidos os problemas no seu carro, falhou por um triz a passagem para a Q3.


A corrida começa amanhã, pela uma da tarde, hora de Lisboa.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

WRC - Rali da Finlândia (dia 1)

Cerca de dois meses após o último rali, o Mundial WRC está de volta, para desta vez ser corrida nas rápidas classificativas finlandesas, um palco que costuma ser domínio dos pilotos da casa. Mas parece que isso está a ser contestado este ano. E por quem? Ora, o suspeito do costume! Sebastien Löeb.


A vantagem do francês começou logo na especial de abertura, que o piloto francês ganhou. E prosseguiu nas primeiras classificativas, quando aumentou a vantagem sobre Jari-Mari Latvala, e depois sobre Mirko Hirvonnen. Porém, nas classificativas da tarde, o piloto do Ford Focus WRC conseguiu reagir e já não está muito longe do piloto do Citroen C4 WRC.

Contudo, nas duas penultimas especiais, Löeb foi mais rápido que Hirvonen, e colocou a diferença na casa dos dez segundos. Aliás, o piloto francês venceu sete dos nove troços deste primeiro dia...

A luta pela terceira posição continua animada com trocas sucessivas entre Henning Solberg, no seu Subaru Impreza, e Gigi Galli, no segundo Focus da Stobart, sempre separados por dois segundos. O estoniano Uumo Aava, em Citroën C4 WRC, desistiu quando era sexto, após um início de prova bastante promissor, em que chegou a ocupar o derradeiro lugar do pódio.

Dani Sordo, companheiro de Löeb, é quinto classificado, à frente da dupla da Subaru, com Petter Solberg a superiorizar-se a Chris Atkinson. Per-Gunnar Andersson é oitavo, seguindo-se Toni Gardemeister, no Suzuki Swift, e outro piloto local, Matti Rantanen.

O destaque negativo do dia foi Jari-Mari Latvala. O jovem finlandês desistiu no seu rali natal, devido ao toque numa pedra numa das primeira classificativas da manhã, algo que deixou muito irritado Malcom Wilson, o responsável para marca:

"Falei com o Jari-Matti, mas a conversa não foi longa. Ele bateu numa pedra que tinha "só" metade do tamanho do carro. Todas as outras equipas tinham a pedra bem marcada nas suas notas, mas o Jari-Matti, não. Ele continuou com a suspensão danificada e foi sair de estrada depois dum topo. Foi mais um ano perdido, se não conseguirmos colocar o carro amanhã na estrada com o Super Rally. É bom que ele saiba que este evento não se ganha sem experiência..."

Com as orelhas "queimadas", Latvala não podia fazer mais nada senão pedir desculpa pelo sucedido. "Lamento imenso pela equipa, pois não conseguiu ver a pedra que estava na sombra de uma casa. Pensei que fosse um furo, mas depois saímos de estrada. O carro capotou e ficámos de lado. Espero que possamos voltar amanhã para adquirir mais experiência. Sinto muito pela equipa...", referiu. O piloto finlandês da Ford vai voltar amanhã à estrada, graças ao sistema Super Rally.

GP2 - Hungaroring (Qualificação)

A qualificação desta tarde da GP2 deu bem para Romain Grosjean, e mal para Alvaro Parente. Se para o francês, a "pole-position" foi assegurada, batendo o austro-arabe Andreas Zuber e o brasileiro Lucas di Grassi, com Bruno Senna a não conseguir melhor do que o oitavo posto, atrás de Giorgio Pantano, para o piloto português, parece que voltou aos tempos de França e Inglaterra, onde as suas voltas foram feitas muito tarde, e prejidicadas por situações de bandeiras amarelas.


Parente não conseguiu mais do que o 15º tempo na qualificação, sendo até batido pelo seu companheiro, o espanhol Andy Soucek. A situação de bandeiras amarelas ocorreu quando Parente tinha um novo jogo de pneus e ia tentar uma nova volta rápida, e o carro do indiano Karun Chandook despistou-se, estragando a volta do piloto português.

A primeira corrida do fim de semana hungaro ocorre amanhã, a partir das duas da tarde, hora de Lisboa.

Formula 1 - Ronda 11, Hungaroring (Treinos)

O fim de semana húngaro começou com algum equilibrio nos treinos livres de hoje. Se na primeira sessão o melhor foi Felipe Massa, no seu Ferrari, agora à tarde, foi a vez de Lewis Hamilton ficar no topo da tabela de tempos. Mas se achavam que isto seria uma dupla da McLaren na primeira fila, enganem-se: Nelson Piquet Jr, colocou o seu Renault na segunda posição, a pouco menos de 2 décimos de Hamilton. Fernando Alonso completou a coisa, ao fazer o quarto melhor tempo.


Os Ferrari de Kimi Raikonnen e de Felipe Massa não passaram da terceira fila, com o finlandês e actual campeão do munfdo a ser melhor do que o brasileiro, por apenas... um milésimo de segundo!


Na quarta fila ficaram os dois BMW, com Robert Kubica a levar a melhor sobre Nick Heidfeld, como é seu hábito, enquanto que Jarno Trulli, no seu Toyota, e Nico Rosberg, no seu Williams-Toyota, fecharam o "Top Ten".


No fundo da tabela está Sebastien Vettel, no seu Toro Rosso, mas o alemão teve problemas no seu carro, e rodou apenas por quatro voltas. Quem anda mau é a Honda, que até tem um dos seus pilotos, Rubens Barrichello, atrás dos... Force India! Amanhã será o dia da qualificãção.

IRL divulga o seu calendário para 2009

A IRL divulgou ontem à tarde no seu site oficial o calendário para 2009. Constituida por 18 provas, corre-se esmagadoramente nos Estados Unidos, com excepção de três corridas, duas no Canadá e uma na oval japonesa de Motegi (pertencente à Honda, a fornecedora de motores). Já agora, a IRL de 2009 começa e acaba na Florida: a primeira prova é nas ruas de St. Petersburg, a 5 de Abril, e acaba na oval de Homestead, a 11 de Outubro.

Se por um lado temos uma competição meramente americana (uma má imitação da NASCAR...), o calendário apresenta um maior equilibrio entre ovais e pistas convencionais ou citadinas: dez ovais e oito convencionais. No caso das convencionais, os ex-CART vão ter mais hipóteses de ganhar corridas. E já agora, destas 18 corridas, quatro delas acontecerão à noite.



Eis o calendário completo:

5 de Abril - St. Petersburgo (citadino)
19 de Abril - Long Beach (citadino)
26 de Abril - Kansas (oval)
24 de Maio - 500 Milhas de Indianápolis (oval)
31 de Maio - Milwaukee (oval)
6 de Junho - Texas Motor Speedway (oval)*
21 de Junho - Iowa Speedway (oval)
27 de Junho - Richmond Speedway (oval)*
5 de Julho - Watkins Glen (circuito)
12 de Julho - Toronto, Canadá (citadino)
26 de Julho - Edmonton, Canadá (citadino)
1 de Agosto - Kentucky Speedway (oval)*
9 de Agosto - Mid-Ohio (circuito)
23 de Agosto - Infineon Raceway (circuito)
29 de Agosto - Chicagoland Speedway (oval)*
6 de Setembro - Belle Isle (citadino)
19 de Setembro - Motegi, Japão (oval)
11 de Outubro - Homestead Speedway (oval)
* provas nocturnas

Campeões imortalizados em bronze

Agora que se aproxima o fim de semana hungaro, descobri isto no blog das meninas da Octeto: um parque dedicado aos campeões da Formula 1. Lá estão muitos dos pilotos que se tornaram campeões do mundo. Contudo, nas fotos, só vi a partir dos anos 70, com o Emerson Fittipaldi em primeiro lugar.

De resto, os outros andam por lá: Senna, Prost, Jacques Villeneuve, Keke Rosberg, Nelson Piquet, Kimi Raikonnen... o Fernando Alonso é diferente: um baixo relevo, que na minha modesta opinião, é muito feio!

Para o ano, é provavel que teremos o Lewis Hamilton a fazer-lhes companhia... ou então o Felipe Massa, não é?

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Noticias: Kovalainen confirmado na McLaren para 2009

A McLaren anunciou esta manhã, em Budapeste, que o finlandês Heiki Kovalainen se manterá na McLaren para a temporada de 2009. Em declarações ao site autosport.com, Martin Whitmarsh, o responsável máximo da McLaren, confirmou a noticia.

"Demos as boas-vindas a bordo ao Heikki no princípio do ano e vai continuar a pilotar para nós em 2009", comentou.


O finlandês de 28 anos está na sua segunda época na Formula 1, depois de uma primeira temporada ao serviço da Renault, onde conseguiu como melhor resultado um segundo lugar em Fuji, acabando a temporada no sétimo lugar, com 30 pontos. Este ano, transferiu-se para a McLaren, onde tem como melhor resultado um terceiro lugar na Malásia, uma pole-position e duas voltas mais rápidas. Neste momento, encontra-se na sexta posição do Mundial, com 28 pontos.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

GP Memória - Alemanha 1978

Quinze dias depois da Formula 1 ter corrido em Inglaterra, o pelotão estava agora no circuito alemão de Hockenheim, que agora era cada vez mais o palco definitivo do GP da Alemanha.


Como em todos os Grandes Prémios nesse tempo, haviam mudanças nos inscritos a cada corrida. Teddy Yip, o dono da Theodore, tinha comprado um velho chassis Wolf, e chamara de novo Keke Rosberg, que assim abandonava a ATS, substituido pelo francês Jean-Pierre Jarier. E a Ensign estava com dificuldades financeiras, pois tinha dispensado Derek Daly, por não poder pagár os salários. Para o seu lugar nesse dia, foi um jovem piloto brasileiro, então com 25 anos, que disputava a Formula 3 britânica, mas que iria deixar uma marca na Formula 1 na década seguinte. Era Nelson Piquet. O segundo Ensign foi alugado ao austriaco Harald Ertl, que tentava mais uma vez a sua sorte na Formula 1. Também quem voltava era René Arnoux, no seu Martini, e por causa disso, teve que se fazer uma pré-qualificação. Aí, Arnoux e o americano Brett Lunger, no seu McLaren privado, foram logo eliminados.


Nos treinos, os Lotus dominaram, com Mario Andretti e Ronnie Peterson a monopolizarem a primeira linha, com o americano a levar a melhor. Na segunda fila ficaram o Brabham-Alfa Romeo de Niki Lauda e o Wolf de Jody Scheckter, e na terceira fila estavam o segundo Brabham de John Watson e o Williams de Alan Jones. Os Ferrari estiveram mal nos treinos, com Carlos Reutmann em 12º e Gilles Villeneuve em 15º. Em contraste, Emerson Fittipaldi levava o seu Coprersucar à décima posição. Nelson Piquet conseguiu qualificar o seu Ensign na 21ª posição.


Os quatro pilotos que não se qualificaram foram o Suiço Clay Regazzoni, no seu Shadow, Arturo Merzário, no seu próprio carro, o Surtees de Rupert Keegan e o ATS de Jean-Pierre Jarier.


Na corrida, os Lotus partiram na frente, com Peterson a levar a melhor sobre Andretti. Scheckter atrtasa-se com problemas na bomba de combustivel do seu Wolf, enquanto que Lauda perdia a terceira posição a favor de Jones. James Hunt, no seu McLaren, era quinto, mas quando Lauda desistiu na volta onze, com uma falha no seu motor Alfa Romeo, o inglês herdava o quarto lugar.


Enquanto isso tudo acontecia, Peterson tinha cedido a liderança para Andretti, para obdecer às ordens de equipa de Colin Chapman. A dobradinha estava garantida, mas na volta 37, um problema na caixa de velocidades impedia que Peterson acabasse no pódio. Por esta altura, Scheckter tinha feito uma fabulosa recuperação, ultrapassando todo o pelotão até chegar ao terceiro posto, beneficiando também dos problemas de Hunt e de Jones.


Enquanto isso, Emerson Fittipaldi também fazia uma grande corrida, conseguindo levar o carro aos pontos, aproveitando as desistências, é certo, mas também ao ulttrapassar o Tyrrell de Didier Pironi, depois de uma luta acerrada.



No final da corrida, Andretti ganhava pela quinta vez naquele ano, depois de Argentina, Belgica, Espanha e França. Scheckter levava o seu Wolf ao melhor resultado do ano, no segundo posto, e Jacques Laffite fechava o pódio com o seu Ligier. Fittipaldi era quarto com o Copersucar, batendo Pironi, e a fechar os pontos estava o Lotus privado de Hector Rebaque, na primeira vez que um mexicano chegava aos pontos em sete anos.


Fontes:

http://www.grandprix.com/gpe/rr308.html
http://en.wikipedia.org/wiki/1978_German_Grand_Prix

http://jcspeedway.blogspot.com/2008/07/histria-30-anos-do-grande-prmio-da.html

terça-feira, 29 de julho de 2008

A polémica do KERS

Por estes dias fala-se muito do novo sistema KERS, que permite recuperar alguma da energia cinética produzida pelos travões dos carros de Formula 1 para outros usos.

As polémicas das últimas semanas tem a ver com a sua segurança, pois sucederam vários incidentes, como os acidentes sofridos pela Red Bull, primeiro, quando a sua fábrica sofreu um pequeno incêndio, e na semana passada, pela BMW, em Jerez de la Frontera, quando um mecânico levou um choque electrico, deixaram algumas rugas de incerteza nas mentes dos engenheiros e, de uma forma geral, em todas as equipas.

Contudo, há outras equipas que confiam que os problemas serão ultrapassados em breve e que o sistema estará devidamente testado e pronto a tempo da sua estreia, na tremporada de 2009. Uma dessas equipas é a Toyota, que pela voz do seu engenheiro, Luca Marmorini:

"O sistema tem potencial para provocar uma melhoria dos tempos por volta. Por isso, estamos a trabalhar a toda a velocidade para podermos aproveitar ao máximo esta vantagem" disse ao site inglês Autosport. Quanto à segurança do sistema, foi categórico, ao afirmar que "para 2009, as regras dizem que o KERS será facultativo, não obrigatório."

O responsável aproveitou ainda os objectivos dos testes do KERS na marca japonesa: "A prioridade da Toyota é garantir que o sistema seja seguro., Os nossos sistemas que temos nos nossos carros de estrada híbridos provaram que são seguros em absoluto e fiáveis. Não há dúvidas sobre isso, portanto em termos tecnológicos, não vemos nenhum problema."

Uma coisa é certa: nunca a chegada de um elemento novo às máquinas de formula 1 causou tanto falatório!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Historieta da Formula 1 - Roberto Moreno na Lotus

Acho que não deve haver adepto da Formula 1 que não sorria ao falar do nome de Roberto Moreno. Parece que não, mas ele teve uma longa carreira na Formula 1, que começou em 1982, quando correu... ma Lotus. Sim, na Lotus! O que será que o mítico Colin Chapman viu nele?




Mas a história começa um bocadinho antes, no final de 1981. Em Silverstone, o piloto brasileiro tem o seu primeiro contacto na Formula 1 através dos carros pintado a ouro e negro. Mas ele usou... o capacete do seu grande amigo dos tempos de Brasilia, Nelson Piquet.


Chapman gostou dele e foi contratado como piloto de testes. Mas nesse tempo, eles não eram muito usados, e Moreno não rodou muito, embora tenha feito um teste em Paul Ricard. contudo, teve uma boa chance na Holanda, quando substituiu um lesionado Nigel Mansell. Contudo, a sua estreia na Formula 1 não passou da qualificação, onde fez o penultimo tempo... só voltou a tentar a sorte cinco anos depois, na AGS...


Já agora, esta é mais uma historieta vinda do Rianov Albinov, do blog F1 Nostalgia.

Mais um Nakajima a caminho!

Quem o diz é o pai Satoru. Em entrevista aos suiços do Motorsport Aktuell, o ex-piloto da Lotus e da Tyrrell afirmou que Daisuki Nakajima, o seu filho mais novo, é ainda mais rápido que Kazuki Nakajima, que actualmente está na Williams, e a fazer uma temporada regular.


"Ele é muito rápido, talvez até mais do que Kazuki", assume Nakajima-san, mostrando esperança de que o filho mais novo possa também chegar à categoria máxima do desporto automóvel.




Daisuki é actualmente piloto da formula 3 japonesa.

A face cruel do automobilismo

É só amanhã, mas como vou estar fora todo o dia, decidi colocar isto hoje, pois é para vos lembrar que este desporto que amamos, o automobilismo, tem também a sua face cruel. E na minha modesta opinião, o momento mais simbólico dessa crueldade aconteceu, faz amanhã 35 anos.


Já falei em pormenor, no ano passado, sobre o acidente mortal de Roger Williamson, mas hoje em dia, cada vez mais, acho que é importante lembrar das circunstâncias, de tudo o que aconteceu, do gesto nobre de David Purley, que sem querer receber nada em troca, desistiu da corrida para tentar salvar o amigo. Uma tentativa inutil, mas aquilo foi visto por milhões de pessoas, que naquela tarde solarenga de Domingo, viram aquele drama a passar em directo pela televisão.


Não há muito tempo, contei o número de pessoas conhecidas que tinham morrido em competição. Uma hora depois, tinha chegado a 57.”

Dan Gurney, 1970, explicando a sua retirada da competição como piloto.

Certo dia, li uma frase que afirmava que a Formula 1 é o desporto que é ao mesmo tempo épico, emocionante e cruel. A competição automobilística, em si, tem mais de 100 anos, e a Formula 1 existe, pelo menos oficialmente, há 58 anos. Os mais novos conhecem a face mais profissionalizada e tecnológica deste desporto, mas provavelmente não sabem que, para esta competição ter chegado a este ponto, muitas vidas se perderam. Os que morreram não tinham distinções de classe ou competitividade: tanto eram campeões do mundo ou pilotos do fundo do pelotão. Será que os mais leigos ainda sabem que a Formula 1 já coroou um campeão do mundo depois de morto?


Nesse tempo, podia-se morrer em provas ou treinos, mas também se morria em coisas tão banais como testes ou noutras competições, de outras categorias, pois nesse tempo os pilotos não estavam amarrados em exclusivo a uma competição. O profissionalismo e os contratos milionários são um fenómeno muito recente. Até há cerca de 20 anos, não era raro ver pilotos de Formula 1 activos a correrem nas 24 Horas de Le Mans, por exemplo.

Outra coisa que deve ser referida: a segurança das pistas e dos carros, há 30 ou 35 anos atrás, era mínima. Podia-se dizer que era demasiado fácil morrer nesses carros. Os pilotos entravam no carro, confiantes na sorte, e não deixar que o medo os dominasse. Eles estavam preparados para tudo: para competir, para ganhar… e para morrer.

O mais curioso é que nessa altura, todos eles eram amigos uns dos outros, tinham uma entreajuda formidável, umas amizades indestrutíveis, para a vida e para a morte. Pareciam alunos de um colégio elitista. Não era raro vê-los juntos, em convívio, na piscina do hotel, a jogar às cartas ou outra coisa qualquer. Mas sabiam que aquele fim-de-semana poderia ser o último de algum deles. Era uma espada de Dâmocles que pairava nas suas cabeças, mas sabiam que o risco compensava. Prémios monetários, capas dos jornais do dia seguinte… nesse tempo, a glória era irmã da tragédia.

Eram raros os que tinham uma carreira superior a sete anos. Ou morriam pelo caminho, ou tinham algum acidente incapacitante, ou então, chegavam a um ponto em que tinham atingido o limite e decidiam retirar-se enquanto estavam vivos. Foi por isso que o recorde de títulos de Juan Manuel Fangio aguentou tanto tempo, ou que o recorde de 176 Grandes Prémios de Graham Hill demorou 11 anos para ser igualado, e mais três para ser superado.


No início dos anos 70, as chances de sobrevivência eram de 1 para 7, ou seja, em cada temporada morriam em média três pilotos. Era como fazer parte de uma esquadrilha de aviões de caça durante a II Guerra Mundial.”

Emerson Fittipaldi, 1989, recordando os seus tempos na Formula 1

Esta semana faz 35 anos que a Formula 1 deve ter assistido ao seu momento mais cruel. Não tanto no acidente fatal, mas sim na coragem de um outro piloto, que altruisticamente, sem pedir nada em troca, abandonou o seu carro e foi a correr, para tentar salvar um companheiro seu. E os comissários não o deixaram, por uma sucessão de equívocos que, caso acontecesse hoje, os familiares não hesitariam em processar os organizadores do circuito de homicídio por negligência, e os comissários de pista por omissão de auxilio.


Hoje em dia, recordamos Roger Williamson e David Purley como os intervenientes de um episódio trágico e cruel. Ver um piloto a morrer diante dos nossos olhos por si, já é mau, mas saber depois que ele poderia ter sido salvo e não o foi, por desconhecimento ou negligência grosseira, quase nos dá vontade de chorar e bater nas pessoas que o podiam ter salvo, mas não o fizeram.

Ambos eram ingleses e jovens. Williamson era considerado como uma das jovens promessas do automobilismo, pois tinha ganho a Formula 3 inglesa no ano anterior e seguia os mesmos passos de outros pilotos, como James Hunt e Tom Pryce. David Purley era o típico herdeiro rico que decidiu correr na Formula 1, comprando o seu chassis March. Ambos tinham se estreado na prova anterior, em Silverstone, e tinham safado de boa de um gigantesco acidente na segunda volta, causado pelo McLaren de Jody Scheckter, que sete anos depois seria campeão do mundo pela Ferrari…

O acidente ocorreu na sétima volta. Não estava a disputar nenhum lugar em particular, mas um pneu furado fez com que perdesse o controlo, batesse no “guard-rail” e ficasse de cabeça para baixo. A corrida prossegue, com os comissários somente a assinalar o local com bandeira amarela, mas ele não tinha morrido com o choque. O mais incrível no meio disto tudo: estava preso no carro, sem nenhum arranhão. Consta-se que Williamson, ao ver Purley a empurrar o carro, disse: “Pelo Amor de Deus, tira-me daqui!”

Dois anos mais tarde, o inquérito às circunstâncias da morte afirmou, preto no branco, que a organização do circuito era o primeiro responsável pela morte do piloto inglês. Ed Swarts, o director da prova daquele ano, tentou anos depois justificar o injustificável: “Foi tudo uma terrível má interpretação do que estava a acontecer.”

Purley ficou desolado por não o ter salvo. Mas o seu gesto fez com que fosse condecorado com a George Medal, a condecoração mais alta de Inglaterra por bravura. E recebeu mais doze prémios semelhantes… As fotografias do acidente, e subsequente tentativa de salvamento, foram tiradas pelo holandês Cor Mooij, que recebeu o prémio World Press Photo desse ano.

Fazer algo bem vale tanto a pena que morrer tentando ainda melhor não pode ser loucura. A vida é medida em realizações, e não em anos.”

Bruce McLaren, 1964.

Como disse atrás, a glória era irmã da tragédia. Mas vivia-se intensamente aquele tempo. As recompensas eram muitas, e por vezes os pilotos eram elevados a mitos. E acho que o melhor exemplo é o de Emerson Fittipaldi. Foi graças a ele que o Brasil se apaixonou definitivamente pela Formula 1, e inspirou as carreiras de dezenas de pilotos, desde Nelson Piquet a Felipe Massa, passando por Ayrton Senna e Rubens Barrichello. Por todo o lado existem circuitos baptizados com os nomes de pilotos desaparecidos em combate, sendo o mais famoso deles todos o Circuito Gilles Villeneuve, na cidade canadiana de Montreal, baptizado em honra do seu herói local, de pilotagem espectacular, e cuja morte violenta, em 1982, causou ondas de choque no mundo inteiro, semelhantes ao que aconteceu com Ayrton Senna e Roland Ratzenberger, doze anos mais tarde.


Sim, a Formula 1 é glória. Mas não se esqueçam que também houve tragédia ao longo dos tempos, e foram os sacrifícios supremos destes pilotos que ajudaram a evoluir a competição em todos os aspectos, para que isto se tenha transformado no desporto de hoje: altamente profissionalizado, mediatizado, milionário e elitista…

domingo, 27 de julho de 2008

A capa do Autosport desta semana

Em altura de férias, fala-se do assunto da semana, sobre o novo estilo de condução que Lewis Hamilton adaptou, e que aparentemente é o segredo do seu sucesso, pelo menos a contar com o que aconteceu no último GP, na Alemanha. "A Arma de Hamilton" é o título de capa do Autosport desta semana.


De resto, sem novidades no WTCC (as coisas correram mal para os nossos lados...) passa-se para o Open GT em Valencia, na inauguração do novo circuito citadino, que acolherá a Formula 1 dentro de quatro semanas, onde os pilotos portugueses Manuel Gião e Pedro Couceiro subiram ao pódio.

IRL - Ronda 13, Edmonton

A IRL deu a sua segunda saltada para fora dos Estados Unidos, ao ir para o circuito desenhado no aeroporto de Edmonton, no Canadá, uma das três provas que estavam no calendário inicial da agora extinta CART. E aqui, Scott Dixon deu um passo decisivo para a conquista do título da IRL, quando faltam apenas quatro provas para o final do campeonato.

Aqui, o grande dominador da prova foi o brasileiro Helio Castroneves, mas foi também o grande perdedor. E porquê? Partindo da pole-position, o piloto da Penske dominou grande parte da corrida, até que uma situação de bandeiras amarelas eliminou os quase dez segundo de diferença que tinha sobre Scott Dixon. E quando os carros foram para a sua última paragem nas boxes, o piloto da Chip Ganassi passou para a frente, e não mais a largou até à meta, com Castroneves na segunda posição.

A fechar o pódio ficou o inglês Justin Wilson, que aproveitou a sua experiência nos circuitos de rua para conseguir um lugar no pódio, e o veterano canadiano Paul Tracy, que regressou à competição depois da extinção da CART, foi o quarto classificado. Aliás, mesta corrida, entre os seis primeiros, quatro eram da antiga competição.

A próxima prova do campeonato será na oval de Kentucky, a 9 de Agosto.

WTCC - Brands Hatch (corrida)

A jornada dupla do WTCC no circuito inglês foi boa para Jorg Muller e Rob Huff, respectivamente da BMW e da Chevrolet, respectivamente. Mas para Tiago Monteiro, isso significou desastre, pois nunca esteve em posição de fazer algo, não indo além do 16º lugar na primeira corrida, e do 15º na segunda.

Na primeira corrida, os BMW dominaram á vontade, com Muller a bater à vontade o francês Yvan Muller, com mais sete segundos de diferença, com o segundo BMW, do inglês Andy Prilaux, a ser terceiro classificado. O "poleman" Augusto Farfus não concluiu esta corrida, e Monteiro teve um despiste no inicio da prova, perdando várias posições. Quanto ao outro português na grelha, Lourenço Beirão da Veiga, fez uma prova de aprendizagem, e foi vigésimo classificado.

Na segunda corrida, o suiço Alain Menu obteve a sua segunda vitória do ano, e ofereceu a terceira vitória do ano à Chevrolet, com o espanhol Félix Porteiro, no seu BMW320i, a ser segundo, na frente do BMW do italiano Alex Zanardi. Quanto a Tiago Monteiro, não foi mais feliz na segunda corrida, ao ser apenas 15º, pois apesar de ter recuperado posições, inicialmente, viria a cometer um erro que o fez perder o terreno ganho. O melhor Seat foi o do Gabriele Tarquini, que foi quinto classificado. Quanto a Augusto Farfus, depois da desitência na primeira corrida, fez uma prova de recuperação, terminando na sexta posição.



Melhor esteve Lourenço Beirão da Veiga, que ao obter a 19ª posição na corrida, equivalente ao sétimo lugar entre os Independentes, conseguiu três pontos para o Troféu dos Independentes. No total das duas corridas, três pontos para o pecúlio.