sábado, 4 de setembro de 2021

CPR 2021 - Rali Alto Tâmega (Dia 1)


Armindo Araújo lidera o Rali ao Alto Tâmega, um segundo à frente do Hyundai de Bruno Magalhães, cumpridas as três primeiras especiais desta prova, a contar para o Nacional de Ralis, cumpridas neste sábado. 

Um mês depois de terem corrido na Madeira, o CPR estava de volta, desta vez na zona de Amarante, onde os suspeitos do costume - Armindo Araujo, Bruno Magalhães, Ricardo Teodósio, José Pedro Fontes e outros - lutavam pela vitória. No Alto Tâmega, o piloto de Santo Tirso era o claro favorito. E a prova começou assim mesmo: Araújo triunfa na primeira passagem por Alto Tâmega, 1,6 segundos na frente de Bruno Magalhães, no seu Hyundai i20 Rally2. José Pedro Fontes foi o terceiro, a 3,6, e Ricardo Teodósio o quarto, a 5,6.

Magalhães reagiu e triunfou na segunda especial, o Termas de Chaves, 0,6 segundos na frente de Armindo, com Fontes o terceiro, a 2,5 e Teodósio, a 7,8.  No final do dia, na terceira especial, ambos, Armindo e Magalhães empataram, com Teodósio terceiro, a 1,2 e Fontes a dois segundos.

Na frente, Armindo tem uma vantagem de um segundo sobre Magalhães, 7,5 sobre José Pedro Fontes e 14 segundos sobre Ricardo Teodósio. Já mais distante está Pedro Meireles, quinto, a 30,5 segundos, um pouco na frente de Bernardo Sousa, a 33,4, e o espanhol Figuera Caamaño era sétimo, a uns distantes 56,3 segundos. Manuel Castro era oitavo, a 1.11,1, e a fechar o "top ten" estavam Carlos Fernandes (a 1.26,4) e Luis Delgado (a 1.29,8), ambos em Peugeot 208 Rally4.

O rali Alto Tâmega prossegue amanhã, com a realização das restantes seis especiais.   

W Series: Powell triunfa em Zandvoort


Alice Powell triunfou esta tarde em Zandvoort e passou para a frente do campeonato, batendo Jamie Chadwick e Emma Kimilainen, numa corrida sem grande história.

A corrida começou sem novidades na frente, com Kimilainen na frente de Powell e Chadwick, e as três começaram a afastar-se do resto do pelotão. Contudo, as três ficavam juntas, com Powell e fazer uma série de voltas mais rápidas, chegando-se à finlandesa. A 22 minutos do fim, em uma volta, primeiro Powell, depois Chadwick, passaram Kimilainen e esta caiu para o terceiro posto. 

Com o passar das voltas, ambas afastaram-se de Kimilainen e esta começou a ser absorvida pelo pelotão, parecendo ter problemas na velocidade do seu carro. Com Nerea Marti na sua cola, Kimilainen começou por ter problemas em aguentar a piloto espanhola, mas depois, as coisas estabilizaram, e não houve novidades. Na frente, Powell afastava-se de Chadwick para consolidar a liderança.

A única novidade na parte final foi a ultrapassagem de Abby Pulling sobre Belén Garcia para o sétimo posto. Na frente, Powell vencia tranquilamente, com Chadwick e Kimilainen nos lugares seguintes.

No campeonato, Powell e Chadwick tem agora 109 pontos, mas a primeira lidera porque tem mais vitórias, três contra dois. Kimilainen é a terceira, com 75 pontos. O campeonato prossegue dentro de mês e meio, a 23 de outubro, em Austin.

Formula 1 2021 - Ronda 14, Zandvoort (Qualificação)


Depois da farsa belga, por fim, o regresso a outro clássico. O circuito de Zandvoort recebeu, por fim, a Formula 1 que prometia desde 2019, mas para sermos honestos, era desde que Max Verstappen começou a sua carreira na Formula 1 e começou a encantar os autódromos do mundo e a encher as bancadas de uma tropa laranja, de fanáticos que acreditam ele ser o próximo campeão do mundo. 

Deveria ter sido em 2020, em maio, mas dois meses antes, surgiu a pandemia e tudo ficou congelado. Os neerlandeses tiveram de esperar mais um ano para ver os carros no seu circuito e este regresso até surge numa boa altura, porque é no ano em que ele é candidato ao título, contra Lewis Hamilton.    

A manhã deste sábado começava agitada com a noticia de que Kimi Raikkonen tinha sido testado positivo para a CoVid-19, sendo imediatamente substituído pelo polaco Robert Kubica, o piloto de testes da marca, para o resto do final de semana. Quem também foi colocado fora de cena, mas por prevenção, foi Jost Capito, o diretor da Williams, porque tinha estado em contacto com o finlandês na sexta-feira, antes do resultado ter sido conhecido. Iria ficar isolado para o resto do final de semana.


Na FP3, outra contrariedade, quando Carlos Sainz Jr. bateu forte no muro de proteção, danificando fortemente o seu carro. 

A Q1 começou calmamente, sem grandes novidades. Os pilotos começaram a fazer as suas voltas, até ao momento em que Max Verstappen entrou na pista, pois foi aí que o autódromo foi abaixo, com uma chuva de aplausos. Outo que também deveria ter merecido uma chuva de aplausos foi Carlos Sainz Jr, porque o seu Ferrari conseguiu ficar pronto para esta qualificação. 

Com toda a gente em moles - menos a Mercedes, que prefere fazer os seus tempos em médios - os tempos lá começavam a ser marcados. A Ferrari mostrou o seu serviço, mas depois, o Red Bull de Max Verstappen e os Mercedes também. Atrás, Robert Kubica tentava entrar na Q2, com tempos decentes, mas entre os que estavam atrás dele, tinha gente como Nicholas Latifi e os Aston Martin de Sebastian Vettel e Lance Stroll. E surpreendentemente, o McLaren de Daniel Ricciardo.

No final da primeira parte, os que ficaram de foram, para além dos Haas, duas surpresas: o Red Bull de Sergio Perez, o Aston Martin de Sebastian Vettel. Robert Kubica fazia companhia a ambos, porque em contraste, Antonio Giovinazzi tinha feito o quarto tempo, na frente do Williams de Nicholas Latifi.


A Q2 começa com Max Verstappen a fazer 1.09,071, para logo depois, Charles Leclerc responder com 1.09,541. Parecia que a Mercedes esperava por melhor altura, porque andavam na quarta e quinta posições. Contudo, a pouco menos de quatro minutos do final, George Russell saiu de pista e bateu levemente na barreira, causando a amostragem das bandeiras vermelhas. 

Comissários a limparem a pista de detritos - porque Russel saiu dali e voltou às boxes pelos seus próprios meios - e após dez minutos de paragem, a qualificação recomeçou com menos de quatro minutos para o seu final. Mas durou menos de nada: o outro Williams de Nicholas Latifi bateu forte nos pneus e aí, o carro ficou bem danificado. Mas se havia alguma ideia de alguma teoria da conspiração, ela caiu por terra porque os comissários decidiram que a qualificação não recomeçaria, e para acompanhar os Williams, ficavam de fora da Q3 o McLaren de Lando Norris, o Aston Martin de Lance Stroll e o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda.

Já depois das quatro da tarde locais, começou a Q3, com os nerlandeses esperando por ver o seu piloto no lugar que todos queriam que estivesse. E Max não desiludiu: começou com 1.08,923 e as bancadas entraram em delírio. Hamilton não conseguia mais que 1.09,268, ficando até atrás de Valtteri Bottas, que conseguia 1.09,222. Atrás, Giovinazzi era oitavo, uma classificação digna.

Na parte final, com noa saída dos carros, Max consegue melhor, com 1.08,885, e Hamilton reage sendo... 85 centésimos mais lento. E quando a bandeira de xadrez foi mostrada, os gritos de delírio da bancadas foram ouvidos em Bruxelas, no outro lado do mar do Norte e em Aachen... verdade: pole-position para Max Verstappen, a primeira de um neerlandês na história de Zandvoort!  


E atrás, algumas surpresas, como o quarto posto de Gasly no seu Alpha Tauri e o sétimo de Antonio Giovinazzi, no seu Alfa Romeo. E foi assim a tarde de Zandvoort, onde todos sairam felizes com o desfecho. E com a estreiteza daquela pista, se calhar, teremos já encontrado o vencedor.   

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

W Series: Kimilainen é pole em Zandvoort


A finlandesa Emma Kimilainen fez a pole-position para a corrida da W Series em Zandvoort esta tarde, conseguindo bater as britânicas Jamie Chadwick e Alice Powell na qualificação neerlandesa. A qualificação ficou decidida no último momento, quando ela conseguiu uma volta perfeita e conseguindo o primeiro lugar pela primeira vez na temporada.

Uma semana depois das atribulações da corrida belga, com a carambola na qualificação que atirou Beitske Visser e Ayla Agren para o hospital, hoje, a qualificação atrasou-se por cinco minutos por culpa da Formula 1 e as suas constantes paragens. Depois, as coisas andaram normalmente... mas não por muito tempo, quando Fabienne Wohlwend bateu contra o muro, sem consequências físicas, mas com o treino paralisado com bandeira vermelha. 


Nessa altura, Jamie Chadwick estava no topo da tabela de tempos, mas pouco depois, Alice Powell superou-a. Os pilotos começavam a preparar-se para a parte final da qualificação quando surgiu nova bandeira vermelha, por causa de Sabré Cook, presa na gravilha depois de um despiste. 

Depois, foi a parte final, com o resultado a ser conseguido na última volta cronometrada. Para Kimilainen, é o culminar de um bom período, depois da vitória em Spa-Francochamps.

A corrida acontecerá amanhã à tarde. No campeonato, Chadwick está a liderar, com 91 pontos, contra os 84 de Alice Powell e os 60 de Emma Kimilainen.

Rumor do Dia: Albon pode estar de regresso


A noticia da retirada de Kimi Raikkonen, e a possível entrada de George Russell na Mercedes, poderão fazer com que Alex Albon regresse à Formula 1 em 2022, ele que este ano não conseguiu vaga e está neste momento no DTM, onde é quarto classificado. 

Com muitas hipóteses em cima da mesa quer na Williams, quer na Alfa Romeo, fala-se que a Red Bull quer colocá-lo numa dessas equipas para fazê-lo render, ainda por cima quando também se fala que a Alfa Romeo poderá querer mudar todo o "lineup" para a próxima temporada, sacrificando também Antonio Giovinazzi.

Penso que Alex merece um lugar na Fórmula 1 e há bastante interesse nele para o próximo ano. Faremos tudo o que pudermos para tentar permitir isso. Espero que nada o impeça de concretizar uma dessas oportunidades. Ele é um piloto talentoso e está sujeito à mudança de George [Russell], e agora o Kimi está a ‘reformar-se’, o que abre oportunidades. Tenho a certeza que será resolvido durante a próxima semana ou assim”, disse Christian Horner

Apesar de a Alfa Romeo ser a primeira chance, a Williams não está descartada, mas há a concorrência de Nyck de Vries, atual campeão da Formula E. 

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

WRC: Lappi regressa à Toyota na Finlândia


Esapekka Lappi vai voltar à Toyota no Rali da Finlândia, sendo um dos cinco piloto que andarão na marca na prova a contar para o WRC, dentro de um mês. Ao lado de Sébastien Ogier, Elfyn Evans, Kalle Rovanperä e Katsuta Takamoto, Lappi vai participar numa equipa que já conhece, e poderá ser o ensaio para um regresso a tempo inteiro, porque é considerado no lugar de Ogier para 2022.

Estou muito feliz e grato por regressar à linha de partida de uma prova do Mundial de Ralis, na Finlândia, num Yaris WRC. Faremos o nosso melhor com o Janne [Janne Ferm, o seu navegador]", começou por escrever Lappi na sua página oficial no Facebook.

É ótimo voltar ao Mundial de Ralis e trabalhar com a Toyota Gazoo Racing. Tivemos ótimos momentos juntos, pelo que parece que estou de volta a casa. Muito obrigado por esta oportunidade, aos meus patrocinadores, ao meu ‘management’ e à equipa. Vemo-nos em Jyväskylä", acrescentou.

Lappi já guiou para a Toyota Gazoo Racing em 2017 e 2018, conseguido ali a sua única vitória no WRC, no Rali da Finlândia de 2017.


Noticias: Miami já tem nome


Miami já batizou o circuito que anda a construir à volta do estádio dos Dolphins. Irá chamar-se de Autódromo Internacional de Miami e tudo está agora a ser feito no sentido de receber o segundo Grande Prémio em solo americano em maio de 2022.

Tenho o prazer de revelar que o nome oficial do nosso circuito é o Autódromo Internacional de Miami”, adiantou Tom Garfinkel, gestor do evento e CEO da equipa de futebol de Miami. “Temos trabalhado arduamente para criar um circuito que crie grandes corridas e múltiplas oportunidades de passagem. Além disso, estamos a trabalhar para inovar a experiência dos fãs em todo o campus desportivo e de entretenimento do estádio Hard Rock em Miami Gardens, experiências que refletem como Miami se tornou um curador internacional da cultura através da comida, arte, moda, música e desporto”, concluiu.

O circuito terá 5410 metros de extensão, foi desenhado por Hermann Tilke e será o segundo circuito americano no calendário desde 1983, altura em que a Formula 1 foi a Detroit e Long Beach.


Formula E: Max Gunther vai ser piloto da Nissan


Max Gunther vai ser piloto da Nissan a partir da próxima temporada. O piloto alemão irá para a sua terceira equipa na Formula E, depois de passagens pela Dragon e pela BMW Andretti, onde esteve nas duas últimas temporadas. Ele irá substituir Oliver Rowland, que tudo indica, será piloto da Mahindra, onde anda a fazer voltas no simulador da equipa indiana.

No momento do anuncio, Gunther afirmou estar muito feliz por trabalhar com eles e espera contribuir para o sucesso do projeto.   

Faz-me sentir muito orgulhoso de fazer parte da família Nissan e.dams. A equipa tem grandes ambições na Fórmula E e eu estou cheio de motivação para contribuir para o sucesso deste projeto. Competir para um dos maiores fabricantes de automóveis do mundo é uma honra e um novo e grande passo na minha carreira. Estou ansioso por esta excitante aventura”, afirmou o piloto alemão, no comunicado oficial da sua contratação.

Gunther, de 24 anos, vai para a sua quarta temporada na Formula E, onde já venceu três provas na sua carreira, a primeira das quais em 2019, em Santiago do Chile. 

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Noticias: Raikkonen anuncia a sua retirada


Kimi Raikkonen anunciou esta quarta-feira que se retirará da Formula 1 no final desta temporada. O piloto de 41 anos, agora na Alfa Romeo, aproveitou a sua página no Instagram para fazer este anuncio, depois de vinte anos de automobilismo.

"É agora. Esta vai ser a minha última temporada na Formula 1. Foi uma decisão que tomei no último inverno. Não foi uma decisão fácil mas depois desta temporada é tempos de coisas novas. Apesar da temporada ainda está a decorrer, quero agradecer à minha família, todas as equipas [por onde passei] todos envolvidos na minha carreira automobilistica e especialmente todos os meus fãs que apoiaram ao longo deste tempo. A Formula 1 chega ao fim para mim, mas há mais coisas na vida que pretendo experimentar e gozar. Ver-nos-emos por aí!", disse no seu anuncio oficial.

Na Formula 1 entre 2001 e 2009, de 2012 até 2021, Kimi passou pela Sauber, McLaren, Ferrari, Lotus, e Alfa Romeo, que não é mais do que a nova roupagem da Sauber, correu em 341 Grandes Prémios, conseguindo 21 vitórias, a primeira em 2003, na Malásia, e a última em 2018, em Austin, nos Estados Unidos, conseguiu 18 pole-positions e 46 voltas mais rápidas, no total de 103 pódios. 

Para além da Formula 1, Raikkonen também teve uma passagem pelo WRC, onde correu por duas temporadas, com o melhor resultado um quinto lugar no Rali da Turquia de 2010.

Com este anuncio, é provável que a vaga aberta seja altamente cobiçada, pois alguns nomes andam a ser perfilados desde há alguns dias, desde Alexander Albon, que procura por vaga em 2022, até Valtteri Bottas, que poderá sair da Mercedes para colocar George Russell, vindo da Williams. 

Formula 1: Parabólica de Monza rebatizada


O GP de Itália será daqui a semana e meia, mas quando os pilotos e as equipas chegarem, saberão que Monza terá uma novidade: a Parabólica terá outro nome, em homenagem a um dos seus filhos automobilísticos: Michele Alboreto, morto há vinte anos durante uma sessão de testes em Lausitz, na Alemanha.

A cerimónia contará com a presença da sua família, do presidente do Automobili Club d'Itália, Angelo Sticchi Damiani e o CEO da Formula 1, Stefano Domenicali, também antigo diretor desportivo da Ferrari.


Vice-campeão do mundo em 1985, participante em 215 Grandes Prémios entre 1981 e 94 por Tyrrell, Ferrari, Larrousse, Arrows, Scuderia Itália e Minardi, Alboreto venceu por cinco vezes entre 1982 e 85. Depois disso, venceu as 24 horas de Le Mans em 1997 e as 12 Horas de Sebring em 2001, um mês antes do seu acidente fatal. Em termos de palmarés, o seu melhor resultado foi um segundo lugar na edição de 1988, fazendo dobradinha com o austríaco Gerhard Berger, o vencedor daquela corrida. 

Noticias: DRS fechado na última curva


O organização decidiu mexer nas zonas do DRS nas curvas 10 e 13 do circuito de Zandvoort, reduzindo a área na última curva, a do banking, por razões de segurança. Por causa disso, ultrapassar na pista será bem mais difícil, pelo menos até ao final da reta da meta, quando os carros abordarem a curva Tarzan.

Numa altura em que as previsões de chuva para domingo se dissiparam, a favor de um tempo nublado e com algum vento sobre a pista nos arredores de Amsterdão, a chance de ver uma corrida relativamente aborrecida - a pista é mais estreita que o habitual - poderá querer dizer que o que acontecerá na qualificação, logo, na definição da grelha de partida para a prova do dia 5 de setembro, poderá ser decisiva. 

 

terça-feira, 31 de agosto de 2021

A imagem do dia


O cartoon têm seis meses, e de uma certa forma, poderemos falar que ele tinha humor negro. Mais do que o bom gosto - ou a falta dela, se quiserem - este era o tipo de humor que Jean-Louis Fiszman tinha. 

Confesso que gosto dos cartoonistas que gostam de automobilismo. Convivi com muitos deles e sou amigo de alguns. Mas Fiszman, francês de nascimento, nascido em 1953, começou a desenhar desde o final dos anos 80, na Auto Plus e na Auto Hebdo, os seus cartoons parodiavam os pilotos e dirigentes da Formula 1, mas também fazia para ralis, Endurance e outra modalidades. 

Por uma vez, Fiszman não fez cartoons: foi no fim de semana do GP de San Marino de 1994, devido aos acidentes mortais de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna. Por respeito a ambos, o seu espaço na revista ficou em branco. De resto, cartoonizava os pilotos nas suas características principais, como o bigode, no caso do Nigel Mansell, o kilt, no caso de David Coulthard, o hábito samurai, para Kamui Kobayashi, o sombrero, para Sergio Perez, com uma garrafa de vodka, no caso de Kimi Raikkonen, ou um gato negro - simbolo do azar - quando o assunto era Giancarlo Fisichella.

Ao longo de uma geração, Fiszman entreteve os amantes de automobilismo, e as suas criticas ácidas eram signas de aparecer num Charlie Hebdo da vida. 

Fiszman morreu este domingo aos 68 anos. O seu derradeiro cartoon foi o da vitória de Thierry Neuville no rali de Ypres, há duas semanas. De certeza que teria sido muito ácido em relação ao que aconteceu em Spa-Francochamps. 

Youtube Formula 1 Video: É a altura de mudar Eau Rouge?

Ao longo do fim de semana caótico da Formula 1, e antes do que aconteceu no domingo, falou-se ao longo do fim de semana sobre Eau Rouge-Radillon e o facto dos acidentes a alta velocidade terem mostrado que aquela parte do circuito estava a colocar os pilotos em risco de vida. E durante sexta e sábado, houve discussões sobre aquela curva ser modificada.

Será que merece isso? Para já, há planos para alargar a área de escape, que poderá ser o suficiente para evitar o ricohete que muitas das vezes acontece nesses acidentes a alta velocidade. Mas poderá ser suficiente? Bom, é isso que descobri neste video que faz a pergunta sobre se chegou a altura dessa curva ser modificada. 

E a resposta é... ambigua.

Youtube Automobile Video: A escassez de carros novos

Ter um carro é uma das grandes conquistas do século passado. A capacidade da pessoa ser dona da sua própria mobilidade é algo do qual os nossos atepassados só poderiam sonhar, e quando aconteceu, apenas as elites tinham acesso a ela. Agora, no século XXI, essa mobilidade está a ser modificada, mas em muitos aspectos, é para manter as coias na mesma, pelo menos na transição para os carros elétricos.

Mas muitos dos carros que são comprados aos concessionários são para as "frotas", ou seja, veículos comerciais para as multinacionais - ter um carro da companhia está nos contratos de muita gente - e também para os veículos de aluguer. Só que em 2021, num mundo que está a ver o pior da pandemia do CoVid-19 a ficar para trás, há um problema: há uma escassez de carros novos. 

As razões? Algumas, sobretudo a escassez de componentes eletrónicos para os fabricar, e o facto de boa parte das marcas usarem o "just in time", um sistema mais eficiente na montagem de veículos na linha de produção. Sem peças a aparecem a tempo de serem montados nos carros, as usinas estão a colocar os seus trabalhadores em "lay-off", num extremo, e isto poerá continuar nos próximos 12 a 18 meses, até as coisas regressarem ao normal. E em compensação, os carros usados sofrem uma procura bem grande, fazendo aumentar os preços. 

E é sobre isso que o Nolan Sykes fala no seu mais recente video no Donut Media. 

Noticias: Prevê-se chuva em Zandvoort


Se o fim de semana em Spa-Francochamps foi um inferno aquático e houve a "corrida" que todos nós vimos, com a consequente polémica e chamadas para que as regras sejam mudadas... parece que a semana que vêm poderá ser mais do mesmo. É terça-feira, mas parece que domingo, em Zandvoort, será... de chuva. E para piorar um pouco as coisas, terá vento misturado.

De acordo com o boletim meteorológico previsto para este final de semana na localidade neerlandesa, nos arredores de Amsterdam, se sexta e sábado prevê-se nuvens e sol, com algum vento, já no domingo, as chances de chuva na hora da corrida (14horas) aumentam para 40 por cento, com ventos médios na ordem dos 19 km/hora. E aumentará até ao final do dia. A temperatura do ar será de 23ºC.

Como não haverá tempo para mudar as regras de uma semana para a outra, com o que aconteceu na pista belga, a chance de ver os carros parados ou com constantes amostragens da bandeira vermelha, será bem elevada. Não é uma boa maneira de receber de volta a Formula 1 nos Países Baixos, depois de 36 anos de ausência.

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Rumor do dia: Kimi Raikonen substiutido por Valtteri Bottas em 2022?


O Canal + francês anunciou esta segunda-feira que Kimi Raikkonen poderia anunciar em Monza a sua saída da Alfa Romeo, e consequentemente, da Formula 1. Para o seu lugar poderia ir Valtteri Bottas, embora também se fale que a equipa italo-suíça possa anunciar uma dupla totalmente nova para 2022. 

A edição turca do Motorsport.com fala que a Red Bull poderá estar a falar com a própria Alfa Romeo no sentido de colocar Alexander Albon num lugar na próxima temporada - pois vai manter os seus pilotos em 2022 - mas também com a Williams, pois Toto Wolff já decidiu que George Russell irá para a Mercedes, no lugar de Bottas, e o lugar que vazará será bem cobiçado. 

Sobre isso, Christian Horner disse recentemente: "Alex continua sendo uma parte importante de nossa equipa. Ele desempenhou um papel importante nesta temporada e continuará a desempenhar essa função até o final do ano. No momento, estamos procurando ver se há outras opções para a competição da próxima temporada. Mas se ele não puder competir na próxima temporada, ele assumirá o mesmo papel que desempenhou para nós este ano [o de piloto de testes e desenvolvimento].”

A Williams pode não ter só Albon e Bottas como possível candidato ao lugar: o neerlandês Nyck de Vries, atual campeão da Formula E, e o chinês Guanyou Zhou, da Formula 2, são outros candidatos. 

Noticias: Formula 1 disposta a rever regras


Os eventos de Spa-Francochamps e consequente tempestade de criticas ao facto de terem sido atribuídos metade dos pontos a uma "não-corrida", apesar de ter sido previsto nos regulamentos, fizeram com que hoje, a Liberty Media esteja agora disposta a rever as regras para evitar situações embaraçosas como aquela. 

Michael Masi disse hoje ao site racefans.net que irá falar com as equipas nesse sentido. 

Depois deste fim-de-semana e na nossa próxima reunião, vamos olhar para uma série de coisas, para ver o que todos querem. A FIA trabalha com as 10 equipas da Formula 1 para desenvolver o regulamento e por isso vamos percorrer todos os vários cenários e ver o que todos pensam relativamente a eles. Qualquer alteração das regras poderá entrar em vigor no próximo ano, desde que as equipas estejam de acordo. Há muita colaboração e vontade de melhorar por parte de todos os envolvidos”, disse.

Com apenas três voltas debaixo do Safety Car, e a corrida interrompida com uma bandeira vermelha, o GP da Bélgica de 2021 tornou-se na corrida mais curta de sempre, quase 30 anos depois da realização do recordista anterior, o GP da Austrália de 1991, que durou apenas 14 voltas.  

domingo, 29 de agosto de 2021

Formula 1 2021 - Ronda 12, Bélgica (Corrida)


Crónica de uma prova que não aconteceu.

Como falar sobre algo do qual não havia condições para acontecer? E num circuito desafiante, do qual certas curvas, à chuva, são perigosas? E também, como dizer às pessoas que foram à pista, passaram todo o dia encharcados que nem pintainhos, que todo aquele dinheiro, do qual muitos juntaram o ano inteiro para ir lá, acabou dessa forma?

E pior ainda: num tempo onde há gente que acha que as corridas tem de acontecer, dê por onde der, porque "são pagos por isso", entre outras coisas, como lidar com pessoas que querem ter razão, mesmo que não tenham? Eu já disse de minha justiça: há gente por aí que sofre de alguma psicopatia e necessita de ir ao psiquiatra "para ontem".

Mas bem vistas as coisas, isto era algo do qual se esperava. Choveu desde sexta-feira e iria ser assim por todo o final de semana, domingo incluindo. O que se calhar poucos previam eram as núvens baixas, que afetavam a visibilidade na pista. E também, com aquilo a ser no meio das Ardenas, não ajuda muito...

Antes da corrida, houve avisos, quando Sergio Perez bateu em Les Combes quando ia para o seu lugar na grelha. A Red Bull recebeu o carro nas boxes e começou a correr contra o tempo para o ter pronto na grelha. Ainda antes disso, Lando Norris, por causa dos danos de ontem, teve a sua caixa de velocidades substituida, e com isso, foi penalizado em três posições. E pensando que poderia haver corrida, Kimi Raikkonen decidiu largar das boxes era Kimi Raikkonen, porque substituiu a sua asa traseira, mais adaptada às condições de chuva. 


A poucos minutos da corrida, o aviso que todos esperavam: a corrida iria começar atrás do Safety Car. Mas o que também souberam foi que a corrida não seria às duas em ponto, porque a organização disse logo que seria dez minutos mais tarde, porque logo naquele momento, a chuva apertou. apenas pelas 15:25 locais é que a corrida começou, atrás do Mercedes vermelho. E com noticias que a chuva voltaria em força... dentro de 15 minutos. Estava a acontecer o que todos temiam: uma corrida condicionada pelo tempo. 

Mas por agora, era o Safety Car que liderava, e o resto ia atrás, Com os carros a chegar a Les Combes, Max Verstappen diz que a visibilidade é reduzida e a pista é muito escorregadia. Lando Norris queixava-se também de "acquaplanning", e parecia que não havia condições para termos uma prova propriamente dita. E claro, com estas condições, a bandeira vermelha foi inevitável. 

Quando aconteceu, passava pouco das 15:30 locais. a partir dali, houve uma espera de quase duas horas para que as condições do tempo melhorassem e tivéssemos uma corrida decente. Havia o tempo a ser contado para o limite das três horas, mas quando os ponteiros chegaram às 17 horas locais, Michael Masi decidiu que o relógio seria parado, alegando "força maior". Ou seja: enquanto tivesse luz, haveria corrida.  

E quando chegou às 18 horas locais, 17 horas nestas bandas, o aviso: a corrida recomeçaria dentro de um quarto de hora. O paddock agitou-se, os espectadores aliviaram-se, e as pessoas nas casas, por fim, iriam ver aquilo que queriam ver nas televisões. Só que quando os carros já iam sair das boxes, a chuva voltava a cair na pista. E pior: iriam ter uma hora de corrida. Uma Sprint Race improvisada, e de novo atrás do Safety Car.

Mas ao fim de três voltas, os carros recolheram às boxes e Michael Masi deu a prova por terminada. Pódio para as televisões, era um facto, mas ninguém estava feliz. E a palavra "farsa" ouvia-se de boca em boca, mas Lewis Hamilton era o que falava mais claramente.


E então, o que dizer? Não muita coisa. Adiar é complicado porque a logística é de loucos, num campeonato de 22 corridas - e iam ser 23, lembro-vos - e os regulamentos previam este tipo de farsa. E se fosse cancelado, os promotores teriam de devolver o dinheiro aos espectadores, não a Liberty Media, não a Formula 1. E sabem quem dá o dinheiro à FOM para ter a Formula 1 nos seus quintais? Na sua esmagadora maioria, são os estados, dinheiro público. 

Em suma, foi mau, mas podia ter sido bem pior.