sexta-feira, 10 de junho de 2022

A imagem do dia


"10 de junho de 1973, 16h. A bandeira quadriculada tremula nas últimas 24 Horas de Le Mans em que a Ferrari entrou na classe principal. Quarenta e nove anos após essa data, a Ferrari revela os primeiros detalhes de seu Le Mans Hypercar com o qual competirá no Campeonato Mundial de Endurance da FIA a partir de 2023."

O carro, que começará seus primeiros testes de desenvolvimento nas próximas semanas, mostra fortes referências de design às características estilísticas que distinguem os modelos da linha do Cavalino Rampante. Faltando pouco mais de um ano para a edição centenária das 24 Horas de Le Mans, a contagem decrescente para o encontro com a história, 50 anos após essa última participação, começou oficialmente."

Este foi o comunicado no qual a Ferrari anunciou que o seu Hypercar já estará pronto, ou nas fases finais da sua montagem, e que andará em testes no mês que vêm, com os pilotos que fazem parte da AF Corse, como o britânico James Calado e os italianos Alessandro Pier Guidi e Antonio Fuoco. Mas como aconteceu em 1973, a Ferrari deverá tentar colocar gente da Formula 1 no dos seus Hypercars, tenho a certeza. Especialmente, se os calendários não coincidirem. Caso isso aconteça, provavelmente Maranello gostaria de ver Charles Leclerc, Carlos Sainz Jr ou Antonio Giovinazzi nos seus Hypercars a prestigiarem uma das edições mais interessantes de se ver. 

A Ferrari está de volta, e tem pergaminhos para defender. E dará tudo para voltar a triunfar. Afinal de contas, já passaram 57 anos desde que Masten Gregory e Jochen Rindt subiram ao lugar mais alto do pódio. É mais um motivo para seguir a Endurance nos próximos anos. Contudo, a concorrência é imensa, cada vez mais marcas juntam-se à competição e nenhuma delas está ali para passear os carros. Pretendem triunfar, e quantos mais se juntarem, a vitória será provavelmente mais saborosa.

Endurance: Apresentado o novo Cadillac de Hypercar


A Cadillac mostrou ontem ao mundo o seu Project GTP Hypercar, com o qual o fabricante norte-americano irá competir no Campeonato IMSA WeatherTech SportsCar e no Campeonato Mundial de Enduro da FIA WEC, incluindo o Le Mans 24 Horas em 2023. Co-desenvolvido pela Cadillac Design, pela Cadillac Racing e pela Dallara, este bólido, que competirá na classe Hypercar, irá incorporar as principais características de design da marca. Elementos do património da empresa, tais como a iluminação vertical, estão presentes e ligam o Project GTP Hypercar ao futuro da marca americana.

O carro será alimentado por um novíssimo motor V8 de 5,5 litros, que será acoplado a um sistema híbrido comum que cumpre os regulamentos LMDh.

"A Cadillac irá mais uma vez competir na cena mundial e estamos todos encantados por regressar a Le Mans 20 anos depois", disse Rory Harvey, vice-presidente da Cadillac.  “Ao competir nos campeonatos 2023 IMSA e WEC, a Cadillac Racing tem a oportunidade de demonstrar a sua capacidade, destreza e tecnologia”, continuou.


Laura Wontrop Klauser, responsável do programa de corridas da GM, competir pela vitória à geral será algo do qual todos estarão empenhados em trabalhar, especialmente para construir um legado que honre as cores da marca. "Competir pela vitória à geral em Le Mans com uma marca americana icónica como a Cadillac é uma honra. Toda a equipa está entusiasmada por continuar a construir o legado da Cadillac, competindo contra os melhores a nível internacional e na corrida mais dura do mundo”, revelou.

CPR: Bruno Magalhães ambicioso para Castelo Branco


Bruno Magalhães quer triunfar em Castelo Branco, a fase de arranque para as etapas em asfalto do Campeonato de Portugal de Ralis, que arranca já nesta sexta-feira. Com o seu Hyundai i20 Rally2, ele espera que este ano tenha melhor daquilo que conseguiu no ano passado, quando foi segundo no Vinho da Madeira e triunfou em Chaves. 

Na antevisão da prova, demonstrou-se otimista com o desenho do traçado desta prova. “Normalmente, dou-me bem nos ralis com classificativas novas e, portanto, logo à partida agrada-me o desenho deste Rali de Castelo Branco.", começou por dizer. 

"Quanto ao resto, e falando de ambições, só penso em tentar vencer de novo com o Hyundai i20 N Rally2. Sinceramente, espero que a sorte mude, para poder traduzir em resultados o andamento demostrado tanto no Rally de Portugal como já antes. Portanto, só penso em atacar e vencer em Castelo Branco. Neste rali vamos regressar aos pisos de asfalto e fiquei satisfeito com os resultados dos testes de preparação efetuados no início desta semana”, referiu.

CPR: Teodósio moralizado para Castelo Branco


No ano em que ele foi correr para a Hyundai Portugal, Ricardo Teodósio, depois de um periodo de adaptação, encara este Rali de Castelo banco com maior confiança, porque sabe que bastará afinar o carro melhor para ter uma chance de vitória nesta prova, pois ele já triunfou por duas ocasiões e foi segundo classificado noutras duas. 

Nas vésperas da prova, afirmou o seu estado de espírito perante a sua máquina, o rali e a sua situação no campeonato. 

Senti-me bastante confortável a conduzir o Hyundai i20 N Rally2 no asfalto e gostei da forma como decorreu a jornada de preparação do próximo rali. Com a vitória na prova do CPR no Rally de Portugal sinto-me mais moralizado do que nunca. Em anos anteriores já ganhei uma vez em Castelo Branco e fui segundo classificado duas ou três vezes. Se for possível agora, é tempo de eu vencer de novo e repetir o resultado da prova anterior.”, comentou o piloto algarvio.

O Rali de Castelo Branco, com um total de 11 classificativas, com 102,90 quilómetros de troços cronometrados, divididos entre sábado e domingo, será totalmente em asfalto e apresenta este ano um itinerário completamente novo e que os pilotos do CPR vão percorrer pela primeira vez, o que não deixa de ser desafiante para máquinas e pilotos.

quinta-feira, 9 de junho de 2022

CPR: Armindo busca nova vitória em Castelo Branco


No rali de Castelo Branco, prova inaugural da temporada de asfalto do CPR, o Campeonato de Portugal de Ralis, Armindo Araújo chega como líder do campeonato e parte para esta prova com a forte ambição de conseguir um novo título absoluto e, por isso, empenhada em lutar pelas vitórias, Ainda por cima, ele triunfou por ali nas três últimas edições. 

E em caso de novo triunfo, a sua liderança sairá reforçada e um novo título nacional parecerá ser possível. 

 “Conseguimos vencer este rali nas últimas três edições e partimos para esta prova com o objetivo de chegarmos à quarta vitória consecutiva. Este ano teremos um rali completamente diferente dos anteriores e um desafio ainda maior pela frente. Particularmente sempre gostei muito das especiais da zona de Castelo Branco e estou convicto que estaremos na discussão do primeiro lugar final”, começa por dizer o piloto de Santo Tirso.

A partir daqui todas as provas que faltam disputar até ao final do campeonato serão em pisos de asfalto e é importante começarmos esta fase da melhor maneira possível. Acima de tudo queremos sair deste rali com a nossa liderança reforçada e tudo faremos para que isso aconteça. A nossa motivação, como sempre, está elevada e toda a equipa focada na luta pela vitória”, disse ainda Armindo Araújo.

O rali de Castelo Branco terá uma lista de 51 equipas inscritas, com 11 classificativas percorridas nos dias 11 e 12 de junho.

Endurance: Peugeot apresenta os seus pilotos


Como é sabido, a Peugeot não estará em Le Mans, mas fará a estreia dos seus 9X8em Monza, dentro de um mês. Mas foi na cidade francesa que aproveitou para anunciar os pilotos que guiarão os seus carros: no 93 irão estar o escocês Paul di Resta, o francês Jean-Eric Vergne e o dinamarquês Mikkel Jensen. Para o carro 94, lá estarão o britânico James Rossiter, o americano Gustavo Menezes e o francês Loïc Duval.

Olivier Jansonnie, Diretor Técnico da Peugeot na Endurance, afirmou que as suas escolhas refletem a experiência que pretendem ter no desenvolvimento do carro rumo ao sucesso que ambicionam neste regresso ao Mundial de Resistência.

Concluímos a escolha das nossas duas formações para a corrida de estreia do 9X8, em Monza, após múltiplas sessões de teste e uma análise meticulosa de dados, estilos de condução e relações individuais. Ao longo do projeto e desenvolvimento do carro, a experiência, os inputs técnicos e o espírito de equipa trazidos para a mesa por todos os nossos pilotos foram absolutamente essenciais.

quarta-feira, 8 de junho de 2022

A imagem do dia


Brad Pitt a passear no paddock do circuito de La Sarthe antes das 24 Horas de Le Mans de 2016, onde ele esteve presente para agitar a bandeira francesa e assinalar a partida da corrida. Fala-se dele porque esta quarta-feira foi anunciado que ele será a estrela de um filme sobre a Formula 1 que terá um orçamento de 140 milhões de dólares, será financiado pela Apple, terá como realizador Joseph Kosinski, o mesmo de "Top Gun", e os produtores serão Pitt, Jerry Bruckheimer e Lewis Hamilton. E claro, ainda não tem título.

Bem sei que Bruckheimer e Kosinski andam nas nuvens depois do sucesso do novo "Top Gun", com o Tom Cruise, e francamente, até nem ficaria chocado se visse o próprio Cruise envolvido no filme, mas aparentemente, a ideia é o seguinte: um veterano é instado a regressar ao ativo a pedido de um dono de equipa. 

Soa familiar, não soa? Explico: era o enredo de "Driven", o infame filme do Sylvester Stallone, feito em 2001 para o campeonato CART. Aliás, era aquilo que deveria ter sido feito para a Formula 1, mas Bernie Ecclestone vetou. E neste campo... com alguma razão. O filme foi um fracasso de bilheteira e teve de passar mais de uma década até aparecer coisas como "Rush" e "Ford vs Ferrari" para a reputação do automobilismo nos filmes regressar ao lugar que merece.  

Nos tempos que correm, a Formula 1 está em alta. Agora pertence à Liberty Media, fizeram um programa de sucesso com o "Drive to Survive", que é um enorme sucesso na Netflix - ver isto nas mãos da Apple TV até tem o seu de irónico - e claro, o calendário tem agora um canto só para os americanos. Duas corridas em 2022, três a partir de 2023 e há quem ache que uma quarta corrida por aquelas bandas nem fazia mal algum. Qualquer dia, teremos um campeonato americano de Formula 1, e digo isto baixinho que é para não dar ideias...

Sou honesto em dizer que ter um filme sobre Formula 1 até nem é má ideia, num universo saturado de Marvel e DC, Star Wars, Parque Jurássico e Guerra dos Tronos, e nem falo de "remakes" de filmes com 20 ou 30 anos - 36, no caso do Top Gun - numa altura em que se nota a saturação de ideias e os estúdios só querem reaver o que investem. Não há ousadia ou o risco que existia 50 anos antes, com gente como Coppolla, Spielberg, Scorcese, Lucas e outros, no campo dos realizadores, e claro, os produtores, o pessoal que entra com o dinheiro. E isto é algo irónico, numa altura em que se muda a maneira como vemos cinema, largando as salas e passando a ficar no conforto do sofá de casa, gastando centenas de euros por ano para subscrever Netflix, Apple, Disney + e Amazon Prime... já pensaram nisso?

Evidentemente, sou a favor de filmes sobre automobilismo. Aliás, já estou a ver o que Hamilton fará na sua reforma pós-Formula 1: produzir filmes, sobre carros ou não. Mas as minhas referências a "Driven" não são castelos no ar, é apenas o receio de alguém que gosta muito do assunto e olha com desconfiança esta gente nova que apareceu por aqui e quer aproveitar algo que chegou à ribalta. É só isso. 

Noticias: Steiner avisa os seus pilotos


Os violentos acidentes que os carros da Haas sofreram nas duas últimas corridas lançaram um alerta da parte de Gunther Steiner sobre a gestão financeira da equipa nesta época. Com duas corridas longe da fábrica, o diretor desportivo decidiu lembrar a Mick Schumacher e a Kevin Magnussen que agora, o mais importante é levar os carros até ao fim, evitando acidentes.

Os desafios são que se vai de um continente para outro, é uma longa viagem e a equipa está a trabalhar arduamente para conseguir fazer tudo isto”, disse Steiner antes do fim-de-semana no Azerbaijão, lembrando que a Formula 1 segue logo a seguir para o Canadá. 

É necessário ter uma boa equipa e trabalhar arduamente, mas é um desafio, uma vez que têm apenas alguns dias para se prepararem de novo e voltarem a correr para a próxima corrida. Se tivermos danos nos carros, torna-se mais difícil, por isso esperamos não ter qualquer problema em Baku”, disse ele.

A Haas F1 conseguiu pontuar nesta temporada, graças aos 15 pontos conquistados por Kevin Magnussen em três das quatro primeiras corridas, mas não marcam nada desde a corrida de Imola.

Endurance: Lamborghini e Ligier unem-se para construir o seu protótipo


A Lamborghini só entrará no WEC em 2024, mas aproveitou a semana das 24 Horas de Le Mans para anunciar que chegou a uma parceria com a Ligier para construir o chassis para a classe LMDh e competir quer no WEC, quer na americana IMSA.

Estamos extremamente orgulhosos por a Lamborghini ter selecionado a Ligier Automotive para o seu programa LMDh”, diz Jacques Nicolet, Presidente da Ligier Automotive. “O compromisso de alcançar objetivos determinados em tempo recorde é uma prioridade para todo o nosso pessoal. A Ligier é uma empresa em expansão, e esta decisão da Lamborghini honra-nos e confirma a nossa direção estratégica em França e nos Estados Unidos”.

Este sentimento é mútuo para a construtora italiana.

Temos o prazer de anunciar a parceria técnica com a Ligier no projecto LMDh”, declarou Giorgio Sanna, Lamborghini Chefe da Motorsport. “Tal como na Lamborghini Squadra Corse encontrámos em Magny Cours uma equipa de pessoas jovens, competentes e motivadas. Já nos sentimos como uma equipa e aguardamos com expectativa os próximos desafios que se nos deparam”.

Com a Lamborgihini, o xadrez da Endurance para 2023-24 parece compor-se, com a Porsche a ter como parceira a Multimatic, com o chassis que usará no IMSA e no WEC, a BMW mostrou recentemente o seu novo LMDh, construído em parceria com a Dallara e que usará, em principio, apenas na IMSA, acompanhados por Toyota, Ferrari, Peugeot e Glickenhaus que usarão na WEC.

Curiosamente, Ligier e Lamborghini já estiveram juntos no passado. Foi em 1991, quando a equipa francesa estava na Formula 1, com os italianos a fornecerem um motor de 12 cilindros, e os carros eram pilotados por Thierry Boutsen e Eric Comas.  

terça-feira, 7 de junho de 2022

A(s) image(ns) do dia



As imagens do que irão ser os carros e os pilotos das 24 Horas de Le Mans de 2022, nas vésperas da sua realização, dos treinos, a qualificação, e no fim de semana, a corrida. O número parece ser impressionante, porque referimos quatro categorias: os Hypercars, os LMP2, os GTE-Pro e os GTE-Am. 

Apesar de tudo, este irá ser o último ano... desinteressante. Com a chegada dos LMDh em 2023, ora para os IMSA, ora para a WEC, com as diversas marcas a mostrarem os seus novos carros nesta semana - e a Peugeot a decidir correr o 9X8 em Monza, dentro de um mês, com o objetivo de se preparar para a temporada de 2023 - a sensação que tenho é que esta é uma temporada de antecipação, com os carros que estão a ser apresentados e construídos. Um bom exemplo é a Lamborghini ter hoje anunciado que o seu carro, que correrá em 2024 e cujo chassis será construído pela Ligier. 

Claro, pergunta-se: como serão as coisas este ano, quando é apenas a partir da próxima temporada que isto é que aquecerá? Bom, espero que seja tão emocionante como as anteriores Eu tenho essa certeza. 

Hamilton não pensa na retirada


Lewis Hamilton não está a ter uma grande temporada - esta é provavelmente a sua pior desde 2009 -mas ele continua a insistir e a confiar que a marca irá regressar aos triunfos. E não pensa na retirada, apesar de já ter 37 anos e estar na sua 16ª temporada na Formula 1. “A resiliência está dentro de cada um de nós. Nunca desista. Se caímos, temos de nos voltar a levantar. A meditação ajuda-me”, começou por dizer o piloto britânico, numa entrevista que deu ao jornal italiano Corriere della Sera. 

Para além disso, o piloto britânico confia na Mercedes para dar a volta à situação e para voltar a ter um carro capaz de o ajudar a lutar pelo oitavo título: “Estou com estes tipos há dez anos. Sei como eles trabalham e a sua cultura: sem julgamentos, ganhamos e perdemos juntos. Eles estão altamente motivados, dão corpo e alma para nos trazerem de volta ao topo. Claro que acredito [no oitavo título]. Não se trata apenas de recordes, mas também de títulos desportivos. Quero ganhar para continuar todo o trabalho nos bastidores para a igualdade. A Formula 1 não é o que costumava ser: costumávamos montar garagens, correr e depois regressar a casa.", continuou.

Hamilton aproveitou para elogiar a nova Formula 1, especialmente a figura de Stefano Domenicalli, o atual diretor. "Agora [a Formula 1] é inspiradora, ajuda a formar opiniões. E está em boas mãos graças a um grande italiano. Stefano é o motor da mudança. Há uma necessidade de pessoas abertas como ele, ele compreende tudo e todos”.

Quando ao que irá ser o resto da temporada, parece estar conformado com o facto de não ser candidato, mas isso não implica que pense na retirada.

Vamos aproveitar esta época: provavelmente não vou ganhar o título, mas sinto o mesmo prazer nas corridas que senti quando comecei. Porque deveria parar? Talvez um dia não consiga aguentar mais a pressão, estarei cansado, mas esse dia ainda não chegou”, insistiu ele.

Vettel prefere Bathurst a Las Vegas


As preferências clássicas de Sebastian Vettel já não surpreendem muita gente. Instado a falar por estes dias sobre o regresso da Formula 1 a Las Vegas, o piloto alemão, campeão do mundo por quatro ocasiões, ele referiu que existem melhores lugares onde competir do que em mais uma corrida na América. 

Já lá estive, e não gostei muito. Acho que está demasiado cheio e as pessoas portam-se mal”, começou por dizer acerca da capital do jogo americana. “Não há nada contra o mau comportamento, desde que não se exagere. Las Vegas parece ser um ponto quente para as pessoas que vão longe demais quando já não é divertido”, continuou.

Quanto ao circuito, afirma que preferiria que a Formula 1 fosse a Bathurst, na Austrália, palco de uma das provas mais importantes do automobilismo local, os 1000 km. 

Eu preferia ir a Bathurst. Poderia levar o dinheiro investido para Las Vegas a outros grandes circuitos que já existem. Seria um verdadeiro desafio. Também porque penso que essa pista é monstruosa. Nunca lá estive, mas um dia espero poder experimentá-la”.

De facto, não era uma má ideia. A Formula 1 não tebe impacto quando foi à "Sin City" no inicio dos anos 80 do século passado, mas agora com o "Drive to Survive" e o facto da Formula 1 pertencer à Liberty Media, uma empresa americana que quer ter uma data de pistas nos Estados Unidos, pesou na decisão. E também, provavelmente, a chegada da Formula 1 de uma pista como aquela iria desvirtuar um excelente circuito, desenhado no Mount Panorama. Para piorar as coisas, o facto de termos cangurus a aparecerem no meio da pista, muitas das vezes, interrompendo corridas, também não seria uma excelente publicidade ao local...

segunda-feira, 6 de junho de 2022

Youtube Motoring Vídeo: Dois pneus colados um ao lado do outro

Dos mesmos que meteram pneus de Formula 1 num Caterham e num Toyota MR2... agora decidiram colar dois pneus em vez de um, acabando com oito, pensando que assim, teriam mais tração no asfalto. Com essa ideia em mente, colaram os pneus uns aos outros, calçaram-nos num Caterham e... eis o resultado.


No Nobres do Grid deste mês...


"Sempre que Enzo Ferrari era entrevistado e questionado sobre os melhores pilotos que tinha visto, ele era um dos que sempre referia. Mesmo em idade avançada, e quando Gilles Villeneuve corria na sua equipa, não o comparava a Tazio Nuvolari, mas a outro piloto que surgiu nesse tempo, mas que teve uma carreira meteoricamente curta, quando como se fosse um “flash” de luz numa noite de absoluta escuridão. Isto porque ele teve apenas quatro anos para se mostrar ao mundo, até acabar tudo abruptamente numa corrida, como acontecera a muitos. 

Ferrari teve-o como piloto e sempre o elogiou pela sua velocidade e ousadia. Mas hoje em dia, se falar em Guy Moll, já ninguém sabe, porque ninguém está vivo para poder falar dos seus feitos. Contudo, este francês, nascido na Argélia, foi um dos mais velozes e ousados do seu tempo. 

Nascido a 28 de maio de 1910 em Argel, filho de pai espanhol e mãe francesa, começou a correr aos 20 anos, a bordo de um Lorraine-Dietrich, em provas na sua terra natal. Os seus resultados chamaram a atenção de outro piloto, Mercel Lehoux, que tinha uma companhia de importação e exportação, que lhe emprestou um Bugatti para correr em provas em Oran e Casablanca, onde acabou por dar nas vistas – liderou ambas as provas antes de se retirar. Estávamos em 1932 e Lahoux o convidou para uma terceira corrida, no GP de Marselha, no seu Bugatti. Ali, as coisas correram bem e acabou no lugar mais baixo do pódio, apenas batido por Nuvolari, o primeiro, e Raymond Sommer. 

Convencido que tinha um tesouro por polir, Lehoux arranja um segundo carro para 1933 e no Grande Prémio de Pau, corrido nas sinuosas ruas daquela cidade francesa... e debaixo de uma tempestade de... neve, Moll é segundo atrás de Lehoux, e logo que nada conhecia da pista." (...)

Tebe uma carreira meteóricamente curta e um final trágico - morreu em 1933, com 23 anos - mas a sua velocidade foi mais tarde comparada a gente como Gilles. Contudo, o franco-argelino Guy Moll mostrou ter o potencial para ser um dos melhores pilotos da sua geração, a par com Tazio Nuvolari e os alemães como Rudi Caracciola ou Bernd Rosemeyer.

Moll apareceu no limiar dos Flechas de Prata alemãs - Mercedes e Auto Union - mas sempre que os enfrentou, conseguiu andar a par desses carros, porque a Alfa Romeo era a sua maior rival, e mesmo nas grandes corridas, ainda teve tempo para se destacar, nomeadamente na Targa Florio. Infelizmente, não teve tempo para mais.

Sobre ele, a sua carreira e muito mais, pode ler este mês no site Nobres do Grid.  

WEC: BMW apresenta o seu novo LMDh


A BMW apresentou nesta segunda-feira o seu novo chassis para a classe LMDh do campeonato IMSA, bem como o Mundial de Endurance. Em parceria com a Dallara, o protótipo BMW M Hybrid V8 foi apresentado com as míticas cores branca e azuis da divisão M da marca germânica, sendo ainda uma pintura provisória.

Michael Scully, Diretor Global Automotive do BMW Group Designworks, aforma sobre o projeto:

O trabalho da minha equipa foi fazer com que o BMW M Hybrid V8 parecesse um BMW, e aproveitar todas as oportunidades de o ser também em pista”, começou por dizer. “O design está enraizado no ADN da BMW de desempenho propositado e eficiente, e o caráter arrojado e determinado do exterior invoca os BMW turbo, agora unida com um motor elétrico híbrido otimizado. A pintura celebra os 50 anos do M, comemorando os grandes carros da história da BMW no IMSA, enquanto ‘escondem’ de forma única a geometria e as tecnologias exteriores do BMW M Hybrid V8 viradas para o futuro durante a fase crítica de desenvolvimento em pista do projeto. Se olharmos de perto, vamos descobrir vários vencedores das 24 Horas de Daytona, bem como o primeiro carro GTP no IMSA construído propositadamente desde 1981, o BMW M1/C”, concluiu.


O agora apresentado BMW M Hybrid V8 vai disputar a nova classe GTP do IMSA, enfrentando os novos LMDh da Cadillac, Acura e Porsche, para além da Lamborghini em 2024. E claro, também poderá fazer a sua aparição no Mundial de Endurance a partir dessa altura. 

domingo, 5 de junho de 2022

Noticias: Oliveira não confirma ida para a Gresini


No dia do GP da Catalunha, onde Miguel Oliveira conseguiu chegar à meta na nona posição, o piloto português teve de ir a terreno falar sobre os possíveis rumores da sua transferência para a Gresini em 2023, algo do qual o canal de desporto português Sport TV falou ontem, após a qualificação.

Para já, estou a explorar as minhas opções, não tenho nada assinado, estamos simplesmente a procurar o melhor projeto, o melhor sítio, a equipa com que mais me identifico e veja que faça sentido para o meu futuro. O objetivo é claro, é estar a disputar pódios e vitórias”, disse.

Com noticias e imagens de Oliveira e do seu pai - e empresário - nas boxes da Gresini no final da qualificação de ontem, e sabendo que não ficará na equipa KTM no final de 2022, especula-se muito para saber onde andará na próxima temporada. Com o piloto ambicioso para ser o melhor, por agora, a Gresini, que corre com Ducatis e onde alinha o italiano Enea Bastitiani, é aquela do qual mais se fala, neste momento.  

WRC 2022 - Rali da Sardenha (Final)


No final, Ott Tanak conseguiu levar a melhor e triunfou no Rali da Sardenha. E melhor ainda: para além de ser a primeira vitória do piloto estónio desde o Rali da Catalunha de 2021, acabou por ser um dominio dos Hyundai, pois apesar de ter acabado com mais de um minuto de vantagem para o Ford de Craig Breen, ficou um pouco mais longe (1.33,0) sobe o outro Hyundai do espanhol Dani Sordo

O piloto estónio era alguém muito feliz, no final deste rali, ao alcançar a sua primeira vitória nos Rally1, de um carro que nasceu mal. 

"Tem sido muito desafiador, especialmente desde o início desta geração [híbrida]. Estamos definitivamente muito felizes, especialmente pelos mecânicos - eles fizeram um esforço incrível durante todo o ano passado e no início deste ano. Este rali não foi fácil e eles fizeram um bom trabalho para manter o carro funcionando. Demos alguns bons passos. Em Portugal, estávamos realmente lutando e na verdade conseguimos melhorar. Sem dúvida, se a confiança estiver lá, podemos fazer um bom trabalho. Precisa continuar a ser trabalhado.", disse Tanak no final.


Com um avanço já significativo sobre Breen, Tanak decidiu que o melhor seria levar o carro até à meta, e quem sabe, levar alguns pontos na Power Stage. Na primeira passagem por Cala Flumini, Tanak foi o melhor, 1,7 sobre Lappi e 3,7 sobre Breen. Neuville triunfou em Sassari - Argentiera 1, 2,4 segundos sobre Elfyn Evans e 3,7 sobre Lappi. Tanak foi apenas quinto debido a uma escolha mais prudente de pneus.

"Peguei dois pneus duros no carro porque precisamos levá-lo até o final e basicamente, minimizar o risco de furos. O carro está funcionar bem, mas mais tarde, este vai ser muito complicado.", disse o piloto estónio.

Tanak triunfou na segunda passagem por Cala Flumini, e na Power Stage, acabou por ser sexto, a 13,2 segundos do seu vencedor, Thierry Neuville. Kalle Rovanpera foi o segundo, a 2,3 e Elfyn Evans ficou em terceiro, a 3,1. E por fim, as três marcas já triunfaram na edição de 2021 do Mundial WRC. 

"Com certeza, o mais importante é que conseguimos mais pontos do que Thierry. Esta foi uma etapa complicada - eu não podia fazer mais com o carro e estava lutando muito com ele o tempo todo. Não foi uma fase agradável.", disse Kalle Rovanpera, no final da especial.

Depois dos três primeiros, Pierre-Louis Loubet foi o quarto, com o seu Ford Puma Rally1, e no seu melhor resultado da sua carreira, a 2.09,4. Quase um minuto atrás ficou Kalle Rovanpera, que apesar do seu resultado menos conseguido, manteve a grande vantagem que tem no campeonato. Katsuta Takamoto acabou em sexto, a 4.02,6, mais de um minuto na frente de Gus Greensmith, noutro Ford Rally1, a 5.23,6. O russo Nikolay Gryazin foi o melhor dos Rally2, a 7.37,7 e a fechar o "top ten" ficaram os carros do catalão Jan Solans, no Seu Citroen C3 Rally2, a 8.05,7, e o Ford Fiesta Rally2 de Jari Huttunen, a 8.10,8.

O WRC continua dentro de duas semanas, nas paisagens quenianas.

Rumor do dia: Miguel Oliveira assinou para a Gresini


Miguel Oliveira irá ser piloto da Gresini em 2023, andando numa Ducati. O anuncio foi feito este sábado pela Sport TV portuguesa, e provavelmente ele irá para o lugar atualmente ocupado pelo australiano Jack Miller. Este estaria de saída... para a KTM. O seu companheiro de equipa poderá ser o italiano Enea Bastianini, que triunfou por três ocasiões nesta temporada.

Já se sabia, desde a semana passada, que Miguel Oliveira não iria ficar na KTM, depois desta lhe ter pedido para que rumasse à Tech3, a equipa-satélite, na temporada de 2023, o que ele recusou. Tinha dito à imprensa que iriam ter novidades em breve, mas já neste sábado, o jornalista Simon Patterson colocou nas redes sociais uma imagem do piloto português, juntamente com o seu pai, Paulo Oliveira, a entrar na garagem da Gresini em Barcelona, onde a caravana da MotoGP está a competir no GP da Catalunha.

Resta agora esperar pela reação oficial do piloto e da marca, confirmando o acordo.