sábado, 27 de janeiro de 2018

Youtube Rally Crash (II): O despiste de Esapekka Lappi... e outros


O rali de Monte Carlo continua a causar dificuldades para os pilotos que fazem as classificativas e que tentam escapar, principalmente, das armadilhas de gelo e neve que as estradas dos Alpes franceses proporcionam a eles.

Neste caso em particular, na 11ª especial do rali, Esapekka Lappi apanhou um senhor susto no seu Toyota Yaris WRC quando subiu uma colina onde estavam espectadores a presenciar a sua passagem...

WRC 2018 - Rali de Monte Carlo (Dia 3)

Sebastien Ogier continua a dominar o Rali de Monte Carlo, escapando às armadilhas que outros caíram ao longo do dia de hoje, nas seis especiais que constituíram este terceiro dia do primeiro rali da temporada. O piloto francês têm agora uma vantagem de 33,6 segundos sobre Ott Tanak.

Depois de Ogier ter tido algumas dificuldades no dia de ontem com o seu Ford, graças a alguns despistes, que permitiu a aproximação do Toyota de Ott Tanak, o dia de hoje começava com Andreas Mikkelsen - que voltara à ação graças aos "Rally2" - a ser o vencedor. O norueguês conseguiu vancer 22,2 segundos sobre Ogier, que partira uma jante. Contudo, conseguiu um avanço de um minuto e 18 segundos sobre Ott Tanak, que decidiu não arriscar, pois o asfalto estava muito escorregadio.

E também foi por causa disso que Dani Sordo se despistou, acabando na valeta...

Tanak recuperou e venceu na décima especial, a primeira passagem por Saint-Léger-les-Mélèzes-La Bâtie-Neuve, onde o piloto estónio conseguiu um avanço de 4,7 segundos sobre Ansdreas Mikkelsen e 15 segundos sobre Sebastien Ogier. O francês confessou que estava a "tirar o pé" para ver se chegava ao fim. “Sim, estou a ser cuidadoso, é muito complicado na ‘sopa’ [neve e gelo a derreter]”, comentou no final da especial.

Tanak foi o melhor na 11ª especial, a segunda passagem por Agnières-en-Dévoluy-Corps, conseguindo ganhar 15,2 segundos sobre Ogier, que foi segundo na especial, e 18,3 sobre Elfyn Evans. Thierry Neuville perdeu 26,6 segundos, depois de sofrer um despiste. Contudo, prosseguiu e na segunda passagem por Saint-Léger-les-Mélèzes-La Bâtie-Neuve, o belga da Hyundai acabou por vencer, conseguindo dois segundos de vantagem sobre Ott Tanak. Por sua vez, o piloto estónio conseguiu recuperar em oito segundos a diferença para Ogier, que gere a distância para o estónio da Toyota.

No final do dia, na segunda passagem por Bayons-Bréziers, Neuville voltou a vencer, com 2,1 segundos de vantagem sobre Elfyn Evans e 2,2 segundos sobre Craig Breen. Ogier perdeu 16 segundos e ficou atrás de Tanak, que "apenas perdeu dez segundos e fez reduzir a diferença para o piloto francês para os 33,5 segundos.

No terceiro posto está agora Jari-Matti Latvala, mas está a mais de um minuto sobre Tanak e um minuto e 33 sobre Ogier. Esapekka Lappi é o quarto, a quatro minutos e 38 segundos, depois de ter passado Kris Meeke na última especial.  Elfyn Evans era o sexto, a cinco minutos - e não está muito longe de Meeke e Lappi - enquanto que Thierry Neuville subiu ao sétimo posto, depois de passar o francês Bryan Bouffier. Craig Breen é o nono, a oito minutos e 49 segundos, e a fechar o "top ten" é o checo Jan Kopecky, a 14 minutos e quatro segundos, e o melhor dos WRC2.

O rali de Monte Carlo acaba amanhã, com a realização das últimas quatro especiais.

Youtube Rally Crash: O despiste de Dani Sordo em Monte Carlo

Dani Sordo até se dá bem em Monte Carlo, mas este não vai ser uma boa edição para o piloto espanhol da Hyundai. Terceiro classificado no final do segundo dia do rali, este acabou para ele e o seu navegador, Carlos del Barrio, na nona especial, vítimas de despiste por causa do gelo acumulado na estrada.

Deixei um pouco a linha e fui em frente. Tínhamos marcado nas notas que patinava, mas bastou uma roda sair da linha, para que eu não pudesse impedir mais nada", comentou, resignado.

Agora, Sordo voltará à ação no México, pois nesta temporada, o seu terceiro carro será partilhado com Hayden Paddon, e o neozelandês vai correr no Rali da Suécia.

Youtube Rally Video: O despiste de Sebastien Ogier no Rali de Monte Carlo

Sebastien Ogier está a dominar o Rali de Monte Carlo, mas na sexta especial, esteve prestes a deitar tudo fora quando se despistou com o seu Ford Fiesta. Apenas os espectadores é que o salvaram, mas o tempo perdido permitiu a aproximação de Ott Tanak na classificação geral.

Fiz um pião novamente num gancho e fiquei preso numa vala. Perdi cerca de 30 segundos, penso”, disse o piloto.

Com isto, agora, Ogier partirá para as classificativas de sábado com 14,3 segundos sobre o estónio da Toyota, e caberá ao piloto francês ver se aguenta os seus ataques... e claro, evitar novas armadilhas no asfalto.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

WRC 2018 - Rali de Monte Carlo (Dia 2)

Sebastien Ogier domina o Rali de Monte Carlo de 2018, cumpridas estão as primeiras oito classificativas desta prova. O piloto da Ford tem uma vantagem de 14 segundos sobre o Toyota do estánio Ott Tanak, depois do piloto francês ter perdido alguns segundos devido a um despiste na sétima especial. Dani Sordo é o terceiro classificado, a quase um minuto da liderança, num rali onde já viu Andreas Mikkelsen a retirar-se devido a problemas no seu alternador.

Com seis classificativas pela frente nesta sexta-feira, o dia começou com Ott Tanak ao ataque, ao ser o melhor na terceira especial, a primeira passagem por Vitrolles-Oze. O estónio da Toyota conseguiu uma vantagem de 3,9 segundos, e 5,4 sobre Elfyn Evans. Contudo, alguns pilotos tiveram a vida (ainda) mais infernizada, pois Thierry Neuville teve um furo e perdeu 35 segundos, enquanto que Andreas Mikkelsen perdeu 21 segundos - e o segundo lugar para Dani Sordo - depois de ter saído em frente num cruzamento. 

Craig Breen perdeu um minuto por ter ficado sem travões, depois de ter batido numa pedra.

Ogier continuou a vencer na quarta especial, a primeira passagem por Roussieux-Eygalayes, ganhando 1,9 segundos sobre Thierry Neuville, e quatro segundos sobre Ott Tanak. Numa classificativa onde os pneus sofreram muito devido às características mais abrasivas da estrada, ficou marcado pelo abandono de Andreas Mikkelsen, que viu o seu alternador avariar antes da especial e sair de cena. Apenas na sua quarta especial, a Hyundai via dois dos seus três carros de fora da luta pela vitória.  

Craig Breen perdeu mais tempo por causa dos seus travões que não funcionam como queria.

Elfyn Evans acabou por ser o vencedor da última especial da manhã, a primeira passagem por Vaumeilh-Claret, conseguindo um tempo 0,3 segundos melhor do que Ott Tanak e 0,7 sobre Thierry Neuville.

Na parte da tarde, Tanak, agora segundo (então a 40 segundosde Ogier), partiu ao ataque, vencendo na segunda passagem por Vitrolles-Oze e conseguindo uma vantagem de 6,5 segundos sobre Ogier e 6,7 sobre Neuville. Dani Sordo, agora o melhor dos Hyundai, perdeu 27 segundos e agora era ameaçado por Esapekka Lappi, no segundo Toyota.

Evans voltou a vencer na sétima especial, a segunda passagem por Roussieux-Eygalayes, com o galês da Ford a conseguir um segundo de vantagem sobre Thierry Neuville e vinte segundos sobre Ott Tanak. Nessa especial, Ogier apanhou um susto e ficou preso numa vala, perdendo à volta de 30 segundos nesse incidente. O francês necessitou da ajuda dos fãs que aí se encontravam para voltar ao troço. Manteve a liderança, mas agora, Tanak estava a meros 19,3 segundos.

O final do dia ficou marcado pela vitória de Thierry Neuville, conseguindo uma vantagem de 7,4 segundos sobre os Toyotas de Jari-Matti Latvala e Ott Tanak, enquanto que Sebastien Ogier perdeu mais 12,5 segundos, vendo a sua liderança reduzida a meros 14 segundos, com Ott Tanak em perseguição.

No final do dia, Dani Sordo é o único piloto que está a menos de um minuto da liderança. O espanhol é o terceiro classificado do rali no final deste segundo dia, e claro, o melhor dos Hyundai. Esapekka Lappi é o quarto, a um minuto e nove segundos, que está a ser assediado por Jari-Matti Latvala, quinto neste final do dia, a menos de um segundo.

Kris Meeke é o sexto e melhor dos Citroen, a dois minutos e 45 segundos da liderança, quase cinquenta segundos na frente de Bryan Bouffier, no terceiro Ford. Elfyn Evans é o oitavo, ameaçado por Thierry Neuville, enquanto que Craig Breen fecha o "top ten", no segundo Citroen, a mais de cinco minutos da liderança.

O Rali de Monte Carlo continua amanhã com a realização de mais cinco especiais. 

Youtube Monte Carlo Rally: As cinco primeiras especiais de 2018

O Rali de Monte Carlo está a todo o vapor - disso falarei mais tarde - mas já houve grandes acontecimentos. O asfalto congelado já fez das suas e se uns se safaram bem, como Sebastien Ogier, outros acabaram mal, como Thierry Neuville, que logo na primeira especial, perdeu mais de quatro minutos, caindo imenso na geral, por exemplo.

Ainda falta mais as classificativas da tarde para dar como concluido o segundo dia desta prova, mas por agora, fiquem com o resumo das cinco primeira especiais da edição de 2018 deste rali.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A imagem do dia

Pedro Lamy ao lado de Fernando Alonso, sorridentes, no "banking" de Daytona. Vai ser um fim de semana bem interessante, com o Rali de Monte Carlo em paragens europeias, ao mesmo tempo que acontecem as 24 horas de Daytona, na amena Florida. 

Ambos vão guiar carros diferentes nesta edição. Se Lamy andará ao lado de Paul della Lana e Matthias Lauda no Ferrari numero 51, com chances de vitória na categoria, já Fernando Alonso poderá ter mais chances de ganhar à geral no LMP2 que vai guiar, ao lado dos britânicos Lando Norris e Phillip Hanson, num Ligier JS P217 da United Autosports.

É certo que cada um tem objetivos diferentes, mas daqui a cinco meses eles poderão estar de novo juntos, a tirar fotos noutro lugar: Le Mans. Ambos poderão estar nas 24 horas, também em carros totalmente diferentes. No caso de Alonso, poderá ser um dos pilotos oficiais da Toyota na clássica de La Sarthe.

Interessante ver um piloto tão consagrado num palco destes. E ao ver o seu interesse nisto, depois de vermos o que fez no ano passado com o carro da IndyCar, só demonstra algo que não existe em muitos pilotos: ser versátil. Ver que o automobilismo é muito mais do que Formula 1, também existem outros palcos, outro tipo de carros, outras maneiras de os guiar. E em 2018, iremos ver Fernando Alonso a andar em carros que estarão a correr ao máximo durante um dia inteiro, algo completamente diferente de uma corrida de duas horas.

Tenho de tirar o chapéu em relação à cultura automobilística do piloto das Astúrias. não é qualquer um que está disposto a isso. E não podemos dizer que é porque as coisas na Formula 1 estejam más. Este ano, eles andam de motor Renault, bem diferente da Honda...

WRC 2018 - Rali de Monte Carlo (Dia 1)

Sebastien Ogier saiu do primeiro dia do Rali Monte Carlo na liderança, depois de realizadas as duas primeiras classificativas da competição. O piloto da Ford conseguiu um avanço de 17,3 segundos sobre  Andreas Mikkelsen.

Com o sol a pôr-se nos Alpes franceses, máquinas e pilotos começavam o Mundial de 2018 do WRC em estradas com neve e gelo. Os pilotos atacaram a estrada esperando serem melhores uns dos outros, tentando escapar das armadilhas que os locais proporcionavam. No final da primeira especial, Ogier conseguiu ser o melhor, ganhado 7,7 segundos sobre Andreas Mikkelsen... mesmo que o piloto da Ford tenha pedido tempo por causa de um pião quando pisou em gelo no asfalto. 

"Perdemos algum tempo devido a um pião. Sabíamos que iria ser complicado, portanto não nos surpreende que alguns pilotos tenham tido problemas por aqui!", disse o piloto francês.

O norueguês teve problemas com os travões no seu Hyundai, mas ele conseguiu ficar com o segundo melhor tempo. "Não foi fácil ter confiança na descida quando perdi os travões”, contou o norueguês.

Esapekka Lappi, no seu Toyota, acabou por ser terceiro, a 19,4 segundos dos líderes: “A parte de asfalto foi boa, mas tenho algumas coisas a aprender. No gelo andei muito devagar, não sei como se anda mais depressa ali. Penso que se trata somente de minimizar os erros. Estou satisfeito. Não me ralo com o tempo foi um bom começo”, contou.

Logo na primeira especial, houve problemas entre os da frente. Vimos o pião de Ogier, mas para Elfyn Evans, companheiro do francês na Ford, era a voz da desilusão, depois de perder quase quatro minutos por causa do seu furo. "Tivemos um furo ao 12º quilómetro da classificativa. Tivemos de parar e trocar de pneus, e foi um drama no gelo. Não foi o começo que esperávamos", comentou.

Mas pior foi Neuville, que agora está dependente de outros para conseguir um bom resultado. “Fiquei preso num banco de neve. Puxei o travão de mão mas isso bloqueou as quatro rodas e saímos em frente. havia pouca gente ali portanto levou algum tempo até que conseguíssemos recuar. Faz parte do jogo”, comentou.

Na segunda especial, a de Bayons - Bréziers, Ogier conseguiu ser de novo o melhor, conseguindo uma vantagem de 1,4 segundos sobre Neuville. Ott Tanak foi o terceiro, no seu Toyota, a 4,5 segundos. 

"Foi complicado. Na primeira especial, sabíamos que seria difícil atravessar a seção gelada com pneus escorregadios e, na verdade, fizemos pião. Felizmente não perdemos muito tempo. Muitas mudanças de aperto e lugares húmidos, muitas seções sujas também na segunda especial", começou por dizer.

"O carro estava bem, eu fiquei feliz. Nessas condições, você precisa estar confortável atrás do volante. Ainda é muito difícil julgar o aperto e saber se você pode empurrar ou não. Estou feliz por estar aqui, ainda algumas pequenas coisas para melhorar, mas não é um mau começo!" concluiu.

Depois destas duas especiais, Ogier tem uma vantagem de 17,3 segundos sobe Mikkelsen, enquanto que Dani Sordo, noutro Hyundai, é o terceiro, a 25,6, depois de ter passado o Toyota de Esapekka Lappi, que agora está a 42,4 segundos. Jari-Matti Latvala é sexto, a 55,4 segundos, a frente de Craig Breen, o melhor dos Citroen, a um minuto e dois segundos, apesar de ter caído na valeta na segunda especial e perdido dois lugares.

Bryan Bouffier é o oitavo, no terceiro Ford oficial, na frente de Kris Meeke e Eric Camili, o melhor dos WRC2. Thierry Neuville, a recuperar do despiste na primeira especial, é o 17º, a quatro minutos e 18 segundos.

O rali de Monte Carlo continua amanhã, com a realização de mais seis especiais.

Noticias: Tesla vai construir sete pontos de carregamento em Portugal

A Tesla já tem dois pontos de carregamento em Portugal, em Fátima e em Montemor o Novo, mas quer construir mais cinco ao longo de 2018, juntando-se assim a uma rede mundial de carregadores da marca. 

De acordo com a marca, embora não haja ainda uma localização exacta, as estações a abrir até ao final do ano vão estar nas regiões de Braga, Vila Real, Guarda, Castro Verde e Faro, reforçando a conexão com a rede disponível em Espanha. Em relação aos modelos existentes, a marca afirma que o Model 3, o carro que pretendem vender a 35 mil dólares no mercado americano, só estará disponível na Europa a partir do segundo semestre deste ano.

Por agora, os utilizadores que adquirirem um carro da marca, terão carregamento gratuito, mas isso acabará no final deste mês, quando começarão a pagar 23 cêntimos por kw/hora. Mas isso acontece apenas aos utilizadores fora de Portugal, porque a marca ainda não está habilitada a fazer cobranças no mercado nacional, pelo que se desconhece a data concreta em que os condutores irão passar a pagar por estes recarregamentos no nosso pais.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

WRC: O que pensam os pilotos antes de Monte Carlo

A poucas horas do inicio do WRC, em Monte Carlo, os pilotos falaram sobre os objetivos da temporada 2018, numa competição que promete ser bem mais equilibrada do que nos anos anteriores. Quase todos eles tem algo em comum: um misto de fascinio e terror por Monte Carlo e pelas suas classificativas de alcatrão disputadas debaixo de neve e gelo.

Quando todos partirem para a competição, eles estarão de olho em Sebastien Ogier, considerado como um dos "reis" de Monte Carlo, porque ele vence sem cessar desde 2014 e em 2018, será o favorito para um eventual quarto título consecutivo, a bordo do seu Ford Fiesta WRC.

Começamos a nova temporada com um evento que é sempre muito importante para mim – o Rali de Monte Carlo. É o meu evento caseiro, vou dar sempre o meu melhor e lutar por bons resultados. O ano passado começámos algo especial aqui e quero tentar o mesmo em 2018. Vamos ter de trabalhar muito porque vai ser uma competição muito apertada", começou por afirmar.

Ogier fala da concorrência com respeito: "Todas as equipas têm um carro vencedor e, pelo menos, um piloto vencedor, por isso temos de estar muito atentos desde o início. Vai ser um início muito desafiante. Nós, no último teste, enfrentámos condições muito extremas, desde começar com asfalto seco e terminar com gelo e neve, no mesmo troço. Não é fácil, mas é o que torna uma vitória aqui tão especial. O rali começa com o que será talvez o maior desafio, Sisteron, no sentido inverso, e no escuro. É sempre um desafio e este ano começa logo na primeira especial”, concluiu o francês, agora pentacampeão do mundo.

Mas há outros pilotos pelo qual Monte Carlo significa azar. Por exemplo, para Thierry Neuville, 2018 terá de ser uma chance de redenção para aquilo que fizeram no ano passado, onde lideravam o rali por quase um minuto quando na 13ª especial, um despiste o colocou fora da competição.

A emoção para esta temporada WRC está no auge. O evento de lançamento decorrido em Birmingham colocou-nos a todos num estado de espírito positivo e prontos para atacar este ano. O Rali de Monte Carlo é muito especial, na qual o mais pequeno erro pode representar o final do rali. Vimos isso mesmo no ano passado, na qual lideramos de forma confortável o rali até ao penúltimo dia, onde um pequeno erro colocou-nos de fora de uma maneira frustrante. O Rali de Monte Carlo representa uma forma difícil de iniciar o ano. Pretendemos ter em consideração todas as lições aprendidas nas nossas participações nas recentes edições com vista a não repetir os mesmos erros e a obter ainda melhores resultados”, disse.

No lado da Toyota, numa temporada que poderá ser de ascensão para eles, o grande desejo é serewm competitivos e lutarem pela vitória, não só aqui, como no campeonato. Pelo menos, é o que diz Jari-Matti Latvala, nas vésperas deste rali.

Aprendemos muito o ano passado, no nosso primeiro ano como equipa. Descobrimos onde precisamos de melhorar e estamos prontos para o nosso segundo ano e penso que seremos muito competitivos. Temos muito bons pilotos, todos nós vencemos em 2017 e todos nós queremos repetir isso em 2018, o que só pode ser bom para a equipa. Já conseguimos um bom resultado em Monte Carlo, na estreia do Yaris WRC, o ano passado, terminando no segundo lugar, o que é o meu melhor resultado aqui. É muito importante fazer um rali limpo, mas também queremos ter uma boa velocidade”, afirmou o finlandês.

Na Citroen, embora pareçam estar um pouco fora desta luta, os pilotos não pretendem baixar os braços neste duelo ao sol para ver quem será o melhor deles todos. E o irlandês Craig Breen está confiante de que alcançará um bom resultado.

"Monte Carlo é um rali que adoro, um desafio único que nenhum outro rali no calendário oferece. Até ao ano passado, ainda não tinha estado suficientemente confiante nestas condições escorregadias e de constante mudança, mas, nesta edição de 2017, ainda com o carro anterior, surpreendemo-nos a nós mesmos. Com um extra de potência, poderia apontar a um lugar no pódio, pelo que isso leva-me a ter mais confiança este ano: quero acreditar que posso fazer o mesmo, mesmo que não conte com a mesma experiência de outros. À luz das conquistas de 2017, abordamos esta prova bem mais preparados, com um C3 WRC ainda mais versátil”, declarou.

CNR: Cinco espanhóis no Serras de Fafe

O Serras de Fafe acontecerá dentro de quatro semanas, mas vai ter concorrentes estrangeiros. Até agora, cinco pilotos foram confirmados que irão concorrer no primeiro rali da temporada. Um deles será um R5 e o resto andará em R2.

Segundo conta o site revistascratch.com, o nome sonante será Alex Villanueva, o campeão nacional de terra, que estará presente com um Skoda Fabia R5 da ARVidal Racing. O carro estreou-se no ano passado, no Rallye Costa Tropical, onde terminou na segunda posição. Villanueva vai fazer companhia a Gustavo Sosa, que tinha confirmado dias antes a sua presença do rali.

Também em Fafe estarão quatro carros, todos Peugeot 208 R2. Efrén Llarena, Sara Fernández, David Nafría e Joan Vidal estarão presentes para fazer os primeiros quilómetros de 2018 e ganhar quilómetros para a próxima temporada da competição.

O rali da Demoporto, prova de abertura do Campeonato Nacional de Ralis, acontecerá no fim de semana de 18 e 19 de fevereiro.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Ralis: Volkswagen já tem 15 clientes para o seu Polo R5

Portugal terá um Volkswagen Polo R5 para estrear nas classificativas nacionais a partir de meados do ano. Pelo menos é isso que está na lista de clientes divulgada hoje pela Volkswagen Motorsport.

"Estamos impressionados pelas reacções positivas do Polo GTI R5. A procura dos potenciais clientes é enorme," referiu Sven Smeets, o responsável da marca alemã.

Segundo a lista publicada no site Sportmotores.com, dos 15 carros que já foram encomendados, um é português. O seu destinatário é desconhecido. O país aparece ao lado da Áustria, Paraguai e da Bélgica, com três carros cada um, dois para a Itália e a Finlândia, e um para a Suécia. Os carros serão entregues a partir do meio de 2018, e será interessante saber quem ficará com esse carro.

A Volkswagen andou a desenvolver o seu Polo R5 depois de abandonar os ralis no final de 2016.

Youtube Motorsport Presentation: A primeira saída do Ginetta LMP1

A Endurance vai ter uma "super-temporada" que vai começar em maio, com as Seis Horas de spa-Francochamps, e irá acabar em junho de 2019, com as 24 Horas de Le Mans. E na classe principal, a LMP1, muitos pensavam que iria ser um sitio solitário com a saída da Porsche e a permanência da Toyota. Contudo, outras construtoras mais pequenas avançaram para essa categoria, uma delas a Ginetta, que nesta segunda-feira, mostrou imagens do seu carro, o G60-LT-P1.

O "shakedown" foi no Leeds East Airport, no centro da Grã-Bretanha, onde rodou por algumas vezes de forma a testar os sistemas da máquina. Segundo os responsáveis da marca, o carro está agora pronto para passar à segunda fase, em que a máquina será afinada até ao mais ínfimo pormenor. O programa de testes é extensivo e deverá ser feito no sul da Europa.

Por agora, apenas a Manor tem um carro confirmado, mas aparentemente, há outras marcas interessadas em correr na classe LMP1. Por agora, eis o video do "shakedown".

Vende-se: McLaren MP4/8

Aos milionários que andam por aí que gostariam de ter um pedaço da história na sua garagem, eis a vossa chance de ter um. E não é um carro qualquer, é o McLaren MP4/8A, o carro usado por Ayrton Senna para vencer o GP do Mónaco de 1993, aquela que acabou por ser a sua sexta vitória no Principado, um recorde que se mantêm até aos dias de hoje. 

O chassis numero seis estreou-se no GP de Espanha, uma corrida antes, terminando no segundo posto, atrás do vencedor, Alain Prost, e fez com que ele corresse por seis provas, sem vencer mais qualquer corrida nesse ano, a última dos quais no GP de Itália, quando abandonou depois de uma colisão com o Ligier de Martin Brundle. Nas corridas do Japão e Austrália, onde Senna acabou por vencer, esse chassis foi usado como reserva.

O leilão, organizado pela casa Bonhams, descreve o bólido num estado “surpreendentemente bem preservado” e “pronto para ser utilizado”. Não há estimativas para o preço de venda, mas a casa de leilões espera que seja vendido na casa dos sete dígitos. 

Mark Osborne, especialista global em automobilismo da Bonhams, disse: “Ayrton Senna foi o piloto mais carismático da era moderna, e o MP4/8A foi o carro com o qual sua equipa, a McLaren, ultrapassou a Ferrari como a equipe mais bem sucedida da história da Formula 1.

Este chassis em particular, o número seis, cimentou a lenda do rei de Mônaco. Nós, da Bonhams, estamos honrados e empolgados para poder apresentar um dos carros mais importantes de todos os tempos”, concluiu.

O leilão acontecerá a 11 de maio, no Mónaco.

WRC: O que vêm aí em 2018

E depois do Dakar, vamos para monte Carlo. O Mundial de Ralis de 2018 vai começar esta semana com as mesmas quatro marcas de 2017, e mais algumas modificações em relação ao ano anterior, especialmente na parte dos privados. Contudo, numa temporada em que todos estão contra Sebastien Ogier, mais do que ver o que Thierry Neuville pode fazer para quebrar a hegemonia dos "Sebastiões", existente desde 2004, é ver até que ponto é que este campeonato será equilibrado ou não, ou se teremos uma marca que dominará todos, como aconteceu com a Volkswagen no tempo de Ogier, entre 2013 e 2016.

Para além disso, o WRC verá algumas coisas interessantes como o regresso parcial de Sebastien Loeb, três anos depois do seu último rali do WRC. 

Mas a grande novidade vai ser na organização: para além da FIA ter um novo representante dos Ralis, na figura de Yves Matton, ex-diretor-desportivo da Citroen, eles irão fornecer o live-streaming de todas as classificativas dos ralis desta temporada, a começar por, claro, Monte Carlo. No final, serão 25 horas de cobertura contínua através do seu canal WRC+

Os adeptos do WRC terão agora a escolha e a flexibilidade de assistir à ação em qualquer momento das provas, em qualquer rali, durante um fim de semana. Os adeptos podem escolher o que querem ver, quando e onde estiverem” revelou Oliver Ciesla, Promotor do WRC. “O WRC All Live é o passo lógico do desenvolvimento do WRC+. Será também uma ferramenta importante para jornalistas, equipas, organizadores e Delegados de Segurança que trabalhem no WRC”, continuou.

Mas agora, vamos a ver o que as equipas tem prontas para a temporada que aí vêm.

CITROEN RACING - Citroën C3 WRC
Kris Meeke / Temporada completa
Craig Breen / 10 ralis
Stéphane Lefebvre / WRC2 – Citroën C3 R5
Khalid Al-Qassimi / Programa reduzido
Sébastien Loeb / México, Córsega e Espanha
Mads Ostberg / Suécia

A Citroen Racing está em agitação. Se o C3 WRC está a ter as suas "dores de crescimento", dentro da estrutora de pilotos, as coisas andam agitadas. Kris Meeke teve uma temporada agitada, onde as suas duas vitórias contrastaram com um resto de temporada cheia de baixos, e uma estrutura agitada, onde as trocas de pilotos foram uma constante.

E este ano, ainda é uma armada bem grande que a marca francesa vai ter nas estradas: seis pilotos, embora não terão todos esses carros ao mesmo tempo. Em Monte Carlo, por exemplo, eles terão Meeke e Breen, com Lefebvre a andar no WRC2. Mas entre os seus carros terão o regressado Sebastien Loeb, que estará ali para ajudar a equipa a melhorar as performances do C3 WRC, pois vai andar concentrado na sua campanha no WRX.

Para além disso, houve alterações na estrutura: Yves Matton saiu da marca, para ser o novo responsável dos ralis dentro da FIA, sendo substituido por Pierre Budar. E foi ele que disse quais serão os novos objetivos da marca para 2018: 

A nova temporada está mesmo a chegar, o que significa, quer alegria, quer incerteza, depois do segundo lugar na Alemanha e de vencer em Espanha, na segunda metade de 2017, o que confirmou o crescimento da equipa. Estou determinando em continuar o trabalho iniciado pelo Yves Matton, pelo que vamos continuar no ponto onde terminámos o ano passado. O C3 WRC melhorou ainda mais durante o inverno, devido ao muito trabalho. O Kris Meeke tem a experiência necessária para lutar pela vitória neste evento único, como mostrou em 2016, enquanto o Craig ganhou muita confiança o ano passado e está determinado em terminar numa boa posição. Ambos sabem, também, que não se pode preparar este rali da mesma maneira do que os outros: é preciso tratar todas as especiais com todo o respeito que merecem, para evitar ser apanhado nas suas armadilhas”, comentou.


HYUNDAI MOTORSPORT - Hyundai i20 WRC Coupé
Andreas Mikkelsen / Temporada completa
Thierry Neuville / Temporada completa
Dani Sordo / 7 ralis
Hayden Paddon / 7 ralis

A Hyundai pretende alcançar em 2018 ambos os títulos. Está com o i20, modificado e aprefeiçoado para a nova temporada, e de uma certa maneira, manteve o alinhamento do final do ano passado, depois da entrada de Andreas Mikkelsen, que os ajudou nos quatro ralis finais de 2017. Agora, a marca coreana vai apostar a tempo inteiro com dois carros, um para Thierry Neuville, que irá apostar para o título mundial, e para o norueguês ex-Volkswagen, que acha que também têm potencial para vencer o campeonato.

Quanto ao terceiro carro, será dividido entre o neozelandês Hayden Paddon e Dani Sordo, e fala-se que a merca coreana poderá alinhar com quatro carros no Rali de Portugal, em maio. Mas por agora, não passa de conjetura.

Quanto aos objetivos, Michel Nandan é especifico: fazer melhor do que em 2017:

Estamos a entrar no nosso quinto ano no WRC e temos a ambição clara de lutar pelos títulos, depois da nossa boa participação em 2017. A última temporada foi o nosso ano mais competitivo, mas queremos ser ainda melhores em 2018 – faltou-nos alguma consistência e vamos tentar melhorar isso. Desde a vitória na Austrália, em novembro, o nosso i20 Coupe WRC esteve em testes na França e em Espanha, estamos tão preparados quanto possível. Monte Carlo é indescritível, vamos ter de fazer bem o nosso trabalho para estar no topo”, disse. 


M-SPORT - Ford Fiesta RS WRC
Sébastien Ogier / Temporada completa
Elfyn Evans / Temporada completa
Teemu Suninen / 8 ralis
Bryan Bouffier / Monte-Carlo e Córsega


Malcom Wilson, o homem por trás, e uma pessoa satisfeita, pois conseguiu em 2017 ambos os títulos, os de pilotos e de construtores. E a sua estrutura é semi-oficial teve algumas modificações em relação à temporada passada, pois Ott Tanak rumou para a Toyota, e para substitui-lo, decidiu "promover" Elfyn Evans, que venceu no Rali de Gales do ano passado.

O finlandês Teemu Suninen, que deu nas vistas em alguns ralis de 2017, terá um 2018 mais alargado, tendo em mãos oito provas do mundial, enquanto que o veterano piloto francês e especialista em asfalto estará presente nas provas francesas: Monte Carlo e Córsega.

Num Ford Fiesta que está a ser constantemente melhorado, e apesar de haver promessas de que haverá um maior envolvimento da Ford no desenvolvimento da máquina, ainda não terá o apoio oficial que tem as outras marcas. 

Contudo, Malcom Wilson, o diretor da M-Sport, está esperançado que a nova temporada seja uma repetição de 2017.

 “O ano passado foi o nosso ano com mais sucesso e queremos prolongá-lo para 2018. O trabalho não parou e queremos todos garantir os títulos deste ano. Realizámos duas sessões de testes e o sentimento dentro da equipa não podia ser melhor. Pode não ser possível melhorar muito mais o carro devido aos regulamentos, mas trabalhamos com os nossos parceiros para tornar o carro ainda mais forte. Acho que todas as equipas vão estar ainda mais próximas este ano e todas serão capazes de ganhar. É impossível dizer quem vai ganhar e esta é a beleza do desporto. O Sébastien, o Elfyn e o Bryan são três pilotos muito competentes e inteligentes e qualquer um deles pode vencer em Monte Carlo. Este é o nosso objetivo e esperemos que aconteça”, disse.


TOYOTA GAZOO RACING - Toyota Yaris WRC
Jari-Matti Latvala / Temporada completa
Esapekka Lappi / Temporada completa
Ott Tänak / Temporada completa

Este é o segundo ano da Toyota no seu regresso às classificativas, e dificilmente eles terão um ano melhor, depois das três vitórias em 2017, devido à concorrência que tem pela sua frente. 

A grande novidade é a chegada de Ott Tanak, que veio da Ford, depois de ter sido terceiro classificado no Mundial, e que se juntou a Jari-Matti Latvala e a Esapekka Lappi. Tanak substituiu Juho Hanninen, e ele espera ter um melhor carro em 2018, depois de se ter queixado de que na equipa de Malcom Wilson, ele não ter um carro igual a Sebastien Ogier, logo, não tendo lutado de igual para igual para o campeonato do mundo.

Quanto a objetivos, Tommi Makkinen, o dono da Toyota Gazoo Racing, espera ser mais consistente a interferir na luta pelo título mundial.

Por essa altura, o ano passado, nós não sabíamos como estávamos, uma vez que era a nossa estreia. Nesta temporada de 2018, acho que poderemos ser mais consistentes, que é o que precisamos para poder lutar pelos títulos. Este é o nosso desejo depois de um ano de aprendizagem. A pausa desde o Rali da Austrália não foi muito longa, mas estivemos sempre muito ocupados a tentar tornar o nosso carro ainda melhor. Monte Carlo é sempre um evento peculiar e difícil de prever. Apesar de o ter vencido por quatro vezes, enquanto piloto, nunca o preparei muito bem, nem pensava muito nos ralis, passava mais tempo a esquiar. Os nossos três pilotos estão a preparar-se muito melhor, com muitos testes e esperamos ter um bom resultado”, comentou.

PRIVADOS
Jourdan Serderidis / 3 ralis (Citroën C3 WRC ou Ford Fiesta WRC)

Os carros privados vão andar por aí em 2018. Por agora, são poucos os que estão inscritos para esta tarefa, mas esta é uma grande vitória, pois os que gostariam de andar de igual para igual com os carros de fábrica, vão ter uma hipótese, quando antes não o tinham, limitando-se a andar com os carros da classe R5, um pouco inferiores. 

Para já, apenas o grego Jourdan Serderidis está confirmado, para pelo menos três provas, mas é provável que outros pilotos, como Mads Ostberg ou Nasser Al Attiyah poderão tentar a sua sorte em alguns ralis do campeonato, com WRC's vindos de fábrica e fazendo alguns ralis do campeonato, nunca fazendo a tempo inteiro. E alguns dos que têm temporadas parciais, agora, em carros oficiais, poderão também tentar a sua chance num WRC privado.

E eis o que vêm aí para a temporada que vai começar.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A imagem do dia

Na Dallara, um chassis está a ser construído para o futuro. Depois de quatro temporadas, a Formula E está a construir um carro para a nova geração de baterias e motores, capazes de darem mais energia e prolongarem por mais tempo, de preferência toda uma corrida.

As baterias vão ser providenciadas pela McLaren, e à partida, vão ser mais potentes do que são agora. Quanto ao aspecto, nada se sabe, mas até pode ser pouco convencional, como é atualmente o carro da Roborace. Isso terá de se ver, mas de uma certa maneira, aos poucos, o futuro desenha-se e claro, será algo do qual que povoará os pesadelos dos petrolheads que acham que o automobilismo só poderá ter motor de combustão interna.

O chassis deverá ser mostrado mais tarde na temporada, provavelmente na primavera ou verão. Veremos que tipo de carro ele será.

Noticias: Sainz Jr. vai experimentar em Monte Carlo

Filho de peixe pode saber nadar, embora noutras águas. Carlos Sainz Jr. é um piloto de Formula 1 em ascensão na Renault, mas os ralis não andam muito longe do pensamento. Tanto que neste Rali de Monte Carlo, que se vai iniciar no final da semana, ele será o piloto de um dos "carro zero" que a organização irá providenciar.

Sainz Jr. estará ao volante do novo Renault Mégane R.S., durante a Power Stage, em La Cabanette-Col de Braus, no domingo, com a partida a ser dada a 1400 metros de altitude, nos Alpes Marítimos, com vista para o Principado do Mónaco. A rota perderá, depois, altitude, através de uma série de curvas apertadas, antes de regressar às altas montanhas, para terminar no Col de Braus.

Estou ansioso pela minha primeira experiência no Rali de Monte Carlo. O meu pai fala sobre isto com muita frequência: quão difíceis são as especiais, como as condições podem oscilar entre neve, chuva ou sol muito repentinamente, já para não falar na necessidade de ter nervos de aço para enfrentar todas as dificuldades. Será um verdadeiro prazer participar num evento tão lendário ao volante do novo Renault Mégane R.S., que estará equipado com pneus de neve para que eu possa sentir ainda mais as sensações do rali nessas estradas”, disse o piloto espanhol.

"Eu pratiquei muito com meu pai - temos um carro de rali na nossa casa de campo, então fizemos muitas classificativas de terra com o carro e continuo a aprender muito", acrescentou Sainz Jr.

"Eu ouvi muito sobre isso [Monte Carlo Rally] do meu pai: a dificuldade das classificativas, como as condições podem mudar em um instante da neve para chuva ou luz do sol a brilhar no asfalto e, claro, como você precisa de ter nervos de aço para algumas dessas classificativas de montanha e os ganchos".

O palmarés do seu pai em Monte Carlo é rico e extenso, tendo vencido por três vezes: em 1991, a bordo de um Toyota Celica, em 95, num Subaru Impreza e em 98, num Toyota Corolla.

domingo, 21 de janeiro de 2018

CNR: Carlos Martins de DS3 R5 no Serras de Fafe

Depois de em 2017 ter mudado para o Grupo N, onde andou em duelo com Ricardo Teodósio, Carlos Martins disse que irá participar num Citroen DS3 R5 no Nacional de Ralis de 2018, pelo menos no Serras de Fafe, mas afirmou que esta participação será decidida "rali a rali".

Numa entrevista a Gonçalo Sousa Cabral, do 16 Valvulas, o piloto disse que vai pilotar o DS3 R5 que é preparado pela Sports & You, mas não confirma que vai andar a temporada toda, por causa da sua vida profissional. 

No campo das passagens nas classificativas antes dos ralis, Martins defende que os pilotos deveriam fazer pelo menos mais uma passagem, para além das duas que todos são obrigados a fazerem por uma questão de confiança. "É uma questão de duas [passagens] obrigatórias, por uma questão de segurança, para 'limpar a nota', e o mesmo critério é para todas as provas".

Quanto aos troféus, Martins quer fazer como "ultima opção. Não penso nessa perspectiva. Um troféu requer trabalho que não tenho a nível profissional, e se não fizer R5, prefiro fazer regional", comentou.

CNR: Teodósio vai correr com R5 em Fafe

Ricardo Teodósio, piloto algarvio conhecido por ter uma condução espectacular, irá estar presente na primeira prova do campeonato nacional de ralis, o Serras de Fafe, desconhecendo-se em que máquina, mas que será um R5 preparado pela ARC sport. E o objetivo imediato dele é ganhar o primeiro troço de 2018, depois de ter ganho o último troço de 2017, no Rali do Algarve.

Na entrevista que deu a Gonçalo Sousa Cabral, do podcast 16 Valvulas, Teodósio revelou que este ano, ele têm uma estrutura a trabalhar para ele, e irá apenas se preocupar em conduzir. Mas por agora, só tem o Serras de Fafe confirmado. "A única coisa que posso garantir agora é que iremos estar à partida do Rali Serras de Fafe", afirmou.

Quando ao carro, ele não abre o jogo nesse campo, mas afirma que será "um carro totalmente novo para eles." Fala-se que poderá ser um Skoda Fabia R5.

Em relação ao campeonato, Teodósio afirma que não vai ser fácil para eles. "Se o carro foi bom e fiável, mesmo com uma estrutura pequena se consegue lutar pelos cinco primeiros. Nao acredito pelos três primeiros, porque a concorrência poderá estar forte e não vai ser fácil lutar. Mas não há impossíveis".




Formula E: Gary Paffett deseja estar no projeto da Mercedes

Aos 36 anos de idade, o britânico Gary Paffett ofereceu-se para correr no projeto da Mercedes na Formula E. O piloto da DTM, mas com imensa experiência como piloto de testes da McLaren e da Williams na Formula 1, deseja estar no projeto da HWA, que quer montar uma equipa na próxima temporada, ou de entrar na Venturi, que tem uma parceria com a marca alemã.  

Quando a Mercedes anunciou que ia entrar na Fórmula E, deixei claro a eles e à HWA que eu gostaria de ver se é possível para mim e que é algo que quero fazer. Eles sabem desde o início que é algo que quero fazer. O [projeto da Mercedes no] DTM está a chegar ao fim, e ainda estou à procura de algo para fazer a tempo inteiro – a Fórmula E pode ser a solução para isso. A Mercedes está a chegar à categoria, sou piloto da Mercedes há muito tempo e continuar com a Mercedes é algo que gostaria de fazer, se possível”, disse Paffet.

Paffett, que nunca correu na Formula 1, est´no DTM desde 2003, tendo sido campeão em 2005, sempre ao serviço da Mercedes. Em 166 participações no campeonato de turismos alemão, conseguiu vinte vitórias, 12 pole-positions e oito voltas mais rápidas bem como 38 pódios.