sábado, 9 de junho de 2018

A imagem do dia (II)

Este é o novo capacete que os pilotos irão usar em 2019. Fabricado pela Bell, a FIA pretende que ele seja resistente aos impactos, com materiais capazes de parar balas. Segundo a entidade máxima do automobilismo, ele terá maiores capacidades de absorver energia.

Também tem outros elementos de segurança, para cumprir os critérios impostos pela FIA, nomeadamente 

O capacete terá uma redução de dez milímetros na parte superior da viseira, de modo a ser possível a incorporação de uma proteção balística avançada, que visa oferecer muito maior proteção face ao possível impacto de detritos em pista, segundo dizem. As diferenças são visíveis, e faz relegar aos tempos dos finais dos anos 70, quando existiam uma variedade de capacetes que tentavam misturar segurança com estética, sendo os mais famosos os capacetes com uma "haste" no meio dos olhos - como tinham John Watson e Jacky Ickx em 1979 - e os Simpson Bandit, da mesma altura.

Em suma, não é um capacete totalmente novo, em termos estéticos, mas sim o reavivar de um estilo que existiu uma geração antes. Mas como estamos em pleno século XXI, o que interessa é a segurança dos pilotos.

WRC 2018 - Rali da Sardenha (Dia 2)

Sebastien Ogier continua a liderar o Rali da Sardenha após a realização de mais sete especiais. Contudo, está em duelo com o belga Thierry Neuville e no final deste dia, a diferença entre ambos é de 3,9 segundos. E isto é importante, pois não se trata apenas da liderança do rali, mas também da liderança do campeonato do mundo. Esapekka Lappi é o terceiro, e o único que está a menos de um minuto da liderança.

Com Ogier e Neuville separados por 18,9 segundos entre eles, o segundo dia começou com passagens duplas por Coiluna - Loelle, Monti di Alà e o famoso Monte Lerno, e uma curta passagem por Citta di Ittiri - Coros, o rali começou com Ott Tanak a tentar recuperar, batendo Thierry Neuville e Sebastien Ogier. Mas ali, o belga ganhou 1,2 segundos ao francês aproximou-se um pouco. 

Ogier venceu em Monte di Alá, batendo Ogier por 1,8 e voltou tudo à estaca zero. Mas Neuville saiu vencedor em Monte Lerno, com Ogier a perder 14,6 segundos, algo do qual o francês não sabia porquê. "É uma boa pergunta, provavelmente um ritmo errado. No final da fase eu tive muito sobreviragem. Vou ter que puxar mais esta tarde", disse o francês da Ford, no final da especial.

Do lado de Neuville, as coisas estavam mais tranquilas. "Eu tive um boa especial, mas nada diferente do que na anterior. É muito duro. Vamos continuar, queremos levar para casa um bom resultado para a equipa e o campeonato. Não sabemos o que [vai ser] a nossa estratégia esta tarde", disse.

A parta da tarde continuou com o duelo entra ambos, mas em Citta di Ittiri - Coros, o melhor foi Esapekka Lappi, com Neuville a ser terceiro, a 0,3 e Ogier a perder dois segundos, fazendo perigar a sua liderança para meros 1,9 segundos. Ogier reagiu e venceu na segunda passagem por Coiluna - Loelle, tirando 3,9 segundos a Neuville. Atrás, os Toyotas de Jari-Matti Latvala e Esapekka Lappi seguiam-os a 44,7 e 49,2, respectivamente.

Neuville venceu na segunda passagem por Monti de Alá, 2,5 segundos à frente de Ogier, e no final do dia, o belga foi o melhor, mas tirou apenas 0,4 segundos ao francês da Ford.  E no final, houve mais drama, quando o Toyota de Latvala ficou parado na ligação entre a especial e a assistência técnica. Ele tentou fazer as reparações, mas nada feito, caindo cinco lugares.

"Eu tento, mas não tenho certeza se foi o suficiente", começou por dizer Neuville. "Eu não sei por que eu estava reclamando da parte de trás. O desgaste dos pneus foi muito mau e, obviamente, não temos pneus sobressalentes", continuou.

"[Está] apertado. Foi uma tarde divertida. Na segunda especial não encontrei um bom ritmo. Neste, eu tive que puxar", retorquiu Ogier.

Depois dos três primeiros, Hayden Paddon é o quarto, a dois minutos de Ogier, mas com Mads Ostberg bem perto, a menos de dois segundos. Craig Breen é o sexto, no segundo Citroen, a três minutos e nove segundos. Jan Kopecky é o sétimo, e o melhor dos R5, enquanto Jari-Matti Latvala caiu para oitavo. Ott Tanak é o nono, na frente de Martin Prokop, no seu Ford Fiesta WRC.

O rali da Sardenha acabará amanhã, com a realização das últimas quatro classificativas. 

A imagem do dia

Há meio século, fazia-se história em Spa-Francochamps. E pela segunda vez seguida, diga-se. Os adeptos de Formula 1 viam pela terceira vez em quase dois anos, um piloto-engenheiro a vencer uma corrida no seu próprio carro, depois de Jack Brabham, em Reims, na temporada de 1966 e Dan Gurney a vencer em Spa no ano seguinte, a bordo do seu Eagle. 

Em 1968, Bruce McLaren assentava os primeiros alicerces da sua equipa, fundada em 1963 e que tinha construido o seu primeiro chassis em 1966. Depois de duas temporadas algo complicadas, em 1968 tinha partido com maior ambição. Os seus carros agora eram "papaya orange", tinha contratado o seu compatriota Dennis Hulme, campeão do mundo em título, e o seu carro, o M7A, era competitivo. Para além disso, rodeado de mecânicos e engenheiros competentes, como Tyler Alexander e Teddy Mayer, para além e um chefe mecânico na figura de Alistair Caldwell, também se tinham aventurado na Can-Am, com bastante sucesso. E dentro em breve, ainda iriam abrir um terceiro ramo, na USAC americana, a antecessora da IndyCar.

A corrida da Bélgica foi um duelo entre ele e Jackie Stewart, com Pedro Rodriguez à espreita no seu BRM. E o duelo decidiu-se porque os mecânicos da Matra calcularam mal a quantidade de gasolina no seu carro, e na última volta, esta acabou na pior altura possível.

Para Bruce, era a primeira vitória em seis anos, e de uma forma, o seu triunfo era duplo: que apostar na sua própria equipa tinha valido a pena, era mais um dos seus feitos do qual poderia ser medida a sua vida. E melhor ainda: era ele o primeiro vencedor da McLaren na Formula 1. O seu lugar na história da equipa e do automobilismo estava mais do que assegurado.

CNR 2018 - Rali Vidreiro (Final)

Armindo Araújo foi o grande vencedor no Rali Vidreiro, marcado pelo acidente de Carlos Vieira. O piloto de Santo Tirso bateu Ricardo Teodósio por 27 segundos, com Pedro Meieles no lugar mais baixo do pódio, a um minuto e 22,9 segundos, batendo José Pedro Fontes, quarto classificado com o seu Citroen DS3 R5 (a um minuto, 43,2) e Adruzilo Lopes, quinto no seu Porsche GT, a dois minutos e 45,2 segundos.

Depois de ontem o rali ter sido marcado pelo acidente de Carlos Vieira na primeira especial, que levou ao seu anulamento - está em estado grave, colocado em coma induzido e foi operado em Coimbra para recuperar das suas fraturas na perna e nas costelas - Armindo partiu para as classificativas de hoje determinado a aumentar a sua liderança. E foi assim que na quarta especial, a primeira no Pinhal do Rei, venceu o primeiro troço do dia, batendo Ricardo Teodósio por três segundos exatos. 

Miguel Barbosa foi terceiro e cedeu mais 6,2 segundos para o piloto da Hyundai, enquanto Pedro Meireles foi quarto a 8,9. Vítor Pascoal colocou o seu Porsche 997 GT3 na frente de Adruzilo Lopes, também num Porsche.

Depois disto, foram para a zona de Pombal, onde fizeram as duplas passagens por Mata Mourisca e Assanhas da Paz. E logo na primeira passagem... houve problemas. Se Armindo voltou a vencer, batedo Teodósio por 3,1 segundos, já Miguel Barbosa teve dois furos no seu Skoda, perdeu 50 segundos e caiu para o quinto lugar. Para piorar as coisas, um acidente nessa especial, causada pelo Citroen DS3 R3T de Paulo Neto - sem consequências físicas para a dupla de pilotos - levou a nova neutralização e todos os que deveriam passar depois do Hyundai de Manuel Castro.

Mas isso não impediu a caminhada triunfal de Armindo. Venceu na sexta especial, com um avanço de 3,3 sobre Teodósio, com José Pedro Fontes a ser terceiro, a 8,3 segundos. Miguel Barbosa fez o quarto melhor tempo, a 8,6 segundos e na frente de Pedro Meireles, que cedeu 9,8 segundos para o piloto da Hyundai.

Nesta altura, o avanço de Armindo era já de 15,9 sobre Teodósio e 32,1 para Meireles, com Fontes em quarto, com 55,6 segundos de atraso e Miguel Barbosa em quinto, a um minuto e 5,7 segundos sobre a liderança. Por esta altura, já Vitor Pascoal, um dos pilotos que andava de Porsche no Vidreiro, já tinha abandonado o rali.

Na parte da tarde, Armindo prosseguiu a sua caminha triunfal, apesar de ter perdido para Ricardo Teodósio (por 0,5 segundos) na segunda passagem por Pinhal do Rei. Já na segunda passagem por Mata Mourisca e Assanhas da Paz, ele foi o melhor, batendo Miguel Barbosa por seis segundos e aumentando a sua vantagem sobre Ricardo Teodósio para 31 segundos. O rali ficou marcado por novo despiste, desta vez a Miguel Correia, que causou interrupção em ambas as especiais.

Na última especial, Adruzilo Lopes foi o melhor, batendo Teodósio por 1,6 segundos, e Miguel Barbosa por 2,6.

No final do rali, depois dos cinco primeiros, Miguel Barbosa foi o sexto, prejudicado pelos seus furos,acabando a dois minutos, 51,2, na frente de Pedro Almeida, sétimo no seu Ford Fiesta, um bom resultado, dada a sua provecta idade e o facto de estar a fazer a sua primeira temporada completa. Manuel Castro foi o oitavo no seu Hyundai i20, a quatro minutos, 50,9 segundos e a fechar o "top ten" ficaram Pedro Antunes, no seu Peugeot 208 R2 e o Skoda Fabia R5 de António Dias, a quase seis minutos do vencedor.

Agora, o CNR continua no final do mês nas estradas de Castelo Branco.

Formula 1 2018 - Ronda 7, Canadá (Qualificação)

Montreal é um lugar especial. O circuito é um lugar apertado, numa faixa de terreno limitada, e não há grande espaço para alargamento, apesar de ser uma ilha artificial, construída para a Expo 67, e depois usada para as provas de remo nos Jogos Olímpicos, nove anos depois.

Mas por causa da quantidade de incidentes que há neste lugar, no fim de semana do Grande Prémio, quero mais acreditar que por estes dias desce na pista o espírito de Gilles Villeneuve, que, divertido, decide baralhar e voltar a dar, só pelo divertimento. Claro que a realidade não é essa, mas entre a realidade e a lenda, queremos acreditar na lenda.

E a qualificação começou "em grande" com o motor de Romain Grosjean a rebentar em estilo. Nas boxes! O carro deitou tanto fumo que praticamente se vai tornar num dos momentos do fim de semana. E claro, para o francês, é um azar atrás do outro, porque na véspera, ele tinha atropelado uma marmota. E aposto que deve existir pessoal a dizer que é "a vingança"...

A Q1 prosseguiu com os Ferrari a conseguir os melhores tempos, com Kimi Raikkonen na frente de Sebastian Vettel, seguido dos Mercedes - apesar de Lewis Hamilton ter exagerado na sua primeira tentativa - e dos Red Bull. A meio da sessão, Marcus Ericsson tocou no muro na curva 6 e quase ia levando Max Verstappen - que ia devagar - com ele. O sueco era praticamente o segundo eliminado da qualificação canadiana, deixando três lugares em aberto para serem... evitados.

No final da Q1, os pilotos da Williams juntaram-se aos dois infelizes pilotos, bem como o Toro Rosso de Pierre Gasly, enquanto o seu companheiro de equipa, Brendon Hartley - que tem o seu lugar em risco - conseguira o oitavo melhor tempo, safando-se muito bem da Q2.

A Q2 começou com o duelo entre Ferrari e Mercedes, com Sebastian Vettel a ficar no topo da tabela, antes de ser batido por Valtteri Bottas, que era veloz em um centésimo de segundo. Mais tarde, os Red Bull foram para a pista, e se Ricciardo fez apenas o sexto tempo, já o holandês colocou a fasquia em 1.11,472, ficando na frente.

Na parte final, Vettel até ia para uma boa volta quando apanhou meio pelotão na reta antes da meta e abortou a sua oportunidade. Daniel Ricciardo melhora, fazendo 1.11,434, e fica com o melhor tempo enquanto atrás, Kevin Magnussen, Brendon Hartley, Charles Leclerc e os McLaren de Fernando Alonso e Steffel Vandoorne. Do outro lado, os Red Bull, Mercedes, Ferrari, Renault e Force India estavam na Q3.

A parte final começou com Hamilton e depois Bottas, que fez 1.10,857, deixando o seu companheiro de equipa entre os Ferrari de Kimi Raikkonen. Depois, Sebastian Vettel fez 1.10,776 e consegue a pole provisória, com recorde da pista. Depois surgiram os Red Bull, com Ricciardo a não conseguir mais do que o sexto tempo, atrás de Verstappen, que conseguiu superar Hamilton, que tinha sido relegado para quinto.

A parte final aconteceu desta forma: Raikkonen não fez bem a sua volta, e acabou antes do tempo, mas Vettel melhorou o seu tempo em 12 milésimos de segundo, melhor que Bottas, e Max Verstappen, todos abaixo de 1,11. Hamilton acabou apenas no quarto posto, na frente de Raikkonen e Ricciardo. E os Renault alternavam com a Force India no final do "top ten". E Vettel fazia história, pois a Scuderia não partia na frente desde... 2001, graças a Michael Schumacher.

O alemão parecia estar em vantagem no fim de semana canadiano, mas outra coisa é a corrida. E ainda por cima, numa pista onde as provas, por norma... não são previsíveis. E essa é a magia do Circuit Gilles Villeneuve.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

A(s) image(ns) do dia (II)



Uma bancada com o nome de um piloto. Onde cada assento custa 600 dólares. Leva dez mil lugares... e está esgotada há muito tempo. Fantasia? Não. Como podem ver pelas fotos, é real, é em Montreal, no Canadá. No circuito Gilles Villeneuve.

Ter um canadiano na elite do automobilismo e não ter o apelido Villeneuve, é a primeira vez que eles vivem isso. E se é verdade que a familia Stroll é uma das mais ricas do país, isso não implica que não queiram ganhar dinheiro com isso. E também não quer dizer que todos os que vão sentar ali vão torcer por ele. Contudo, a Formula 1 no Canadá é popular e o circuito está no coração dos pilotos e adeptos. E se Lance Stroll puder tirar um coelho da cartola com o Williams deste ano, até será um grande momento...

Assim sendo, porque não aproveitar a ocasião? E toda esta gente não se importa que a Formula 1 seja cara. Se poupar cem dólares todos os meses, ao fim de um ano, pode gastar nesta ocasião única...

A imagem do dia

Os restos do Porsche de Ludovico Scarfiotti, no seu acidente fatal. Há 50 anos, enquanto o pelotão da Formula 1 se preparava para disputar o GP da Bélgica, Scarfiotti estava em Berchtesgarten, na Alemanha, numa subida de montanha, a bordo de um Porsche 910, algo do qual se dava muito bem, pois tinha sido campeão europeu por duas vezes. Tanto que decidiu vir ali em vez de disputar a corrida belga ao serviço da Cooper, onde tinha corrido nas primeiras duas corridas na Europa, obtendo em ambas um quarto lugar.

As circunstâncias do seu acidente mortal são simples de explicar. Travou corte numa curva mas não foi suficiente para ficar em pista. O carro ficou partido em dois e ele foi projetado, sendo encontrado cerca de vinte metros do carro, ainda vivo, mas gravemente ferido. Acabaria por morrer a caminho do hospital. Tinha 34 anos de idade.

A carreira (e vida) de Scarfiotti foi bem mais eclética. Neto de um dos nove fundadores da Fiat, nasceu a 18 de outubro de 1933 em Turim, viveu com carros à sua volta. Coreeu especialmente na Endurance, sendo piloto da Scuderia desde 1962, ao lado de Lorenzo Bandini e John Surtees, entre outros. Em 1963, foi o vencedor das 12 Horas de Sebring, ao lado de Surtees, e das 24 Horas de Le Mans, al lado de Bandini. E foi nesse ano que se estreou na Formula 1, num Ferrari. O seu melhor resultado foi um sexto posto, em Zandvoort.

O grande dia de Scarfiotti foi em 1966, em Monza. Nessa corrida, a Scuderia meteu três carros para Bandini, Scarfiotti e o britânico Mike Parkes. Ele foi o segundo na grelha, batido apenas por Parkes, que tinha feito a única pole-position da sua carreira, e na corrida, dominou a prova até à bandeira de xadrez, ainda por cima um italiano, num carro italiano. Era a primeira vez desde 1951, e depois disso, não mais um italiano venceu em Monza, quer corra num carro italiano... ou não.

Quando Lorenzo Bandini morreu no Mónaco, em 1967, Scarfiotti abandonou a Ferrari, porque não queria ser o próximo a morrer. Viu ainda Mike Parkes acabar a sua carreira num acidente de Spa-Francochamps, ao ficar gravemente ferido. Pretendeu pendurar o capacete, mas não resistiu muito tempo à vida tranquila. Correu pela Porsche, Eagle e Cooper, pensando que iria ser mais seguro que a Ferrari. Mas não escapou ao destino. E foi o terceiro dos pilotos a morrer em 1968, uma vez por mês. E os pilotos continuavam com receio. 

CNR 2018: Rali Vidreiro (Dia 1)

Armindo Araújo lidera o Rali Vidreiro, sexta prova do Nacional de Ralis e o primeiro em asfalto. O piloto de Santo Tirso está na frente com um avanço de 1,3 segundos sobre Miguel Barbosa, no seu Skoda Fabia R5. Pedro Meireles é o terceiro, a 4,9 segundos do líder.   

A prova ficou marcada marcada pelo acidente de Carlos Vieira, que fez interromper - e depois cancelar - a primeira especial da prova.

O rali começou com a especial de São Pedro de Muel, mas depois de passar Armindo Araújo e Miguel Barbosa, Carlos Vieira perdeu o controlo do seu Hyundai e embateu contra uma árvore, causando a interrupção da prova, para poder entrar os socorros. O navegador, "Jet" Carvalho, conseguiu sair e não tem nada grave, mas o piloto teve de ser desencarcerado. Transferido para Leiria, os exames revelaram fraturas na perna direita e nas costelas, com perfuração pulmonar, e por causa disso, foi transferido para os Hospitais da Universidade de Coimbra, onde será operado.

Nesse momento, Araújo era o mais veloz, um segundo na frente de Barbosa. Pedro Meireles estava na especial quando teve de parar por causa dos destroços do Hyundai. Com as operações de socorro a demorarem mais de uma hora, a organização acabou por cancelar a primeira especial.

Na segunda passagem por São Pedro de Muel, Armindo voltou a ser mais veloz, batendo Miguel Barbosa por 2,4 segundos, com Pedro Meireles a ser o terceiro, a 4,7, na frente de Ricardo Teodósio, quarto a 7,1 segundos.

À noite, nas ruas da Marinha Grande, Miguel Barbosa foi o mais veloz, com 0,5 segundos de vantagem sobre Ricardo Teodósio, enquanto Armindo foi o terceiro, a 2,1 segundos. José Pedro Fontes foi o quarto, a 2,2.

No final do dia, depois dos três primeiros, Teodósio era o quarto, a 6,5, na frente do Porsche de Adruzilo Lopes, a 16,2. Segue-se Pedro Almeida, sexto e o melhor dos Ford, a 20,1, na frente de José Pedro Fontes, a 22,9 segundos. Vitor Pascoal, noutro Porsche, é o oitavo, a 23,8 e a fechar o top ten está o Hyundai i20 R% de Manuel Castro e o Citroen DS3 R3T de Paulo Neto.

O Rali Vidreiro prossegue amanhã, com a realização das restantes seis classificativas. 

WRC 2018 - Rali da Sardenha (Dia 1)

Sebastien Ogier lidera o Rali da Sardenha, cumpridas que estão as primeiras nove especiais da prova. O piloto da Ford tem uma vantagem de 18,9 sobre Thierry Neuville, num duelo que é também pela liderança do campeonato, enquanto o terceiro posto é ocupado pelo finlandês Jari-Matti Latvala, a 37,2 segundos do primeiro.

Depois de Ogier ter sido o mais veloz na classificativa inicial, em Allegro, o dia começou com Andreas Mikkelsen a ser o melhor, conseguindo um avanço de 9,1 segundos sobre Mads Ostberg, e 9,7 sobre Jari-Matti Latvala. Ogier não era mais que sexto, a 12,7 segundos, e perdia a liderança para o piloto norueguês.

Mikkelsen continuava a distanciar-se da concorrência, vencendo a segunda especial, a primeira passagem por Castelsardo. Ganhou 0,8 segundos sobre Teemu Suninen. Ogier perdeu mais 9,1 segundos, e caía para sexto, a 21,7 segundos, enquanto Esapekka Lappi furou. A seguir, na primeira passagem por Tergu - Osilo, Ott Tanak conseguiu ser superior a Mikkelsen por 1,4 segundos, enquanto Ogier perdia mais 3,9 segundos... mas subia um lugar, às custas de Ostberg, que perdia 7,9 segundos.

Neuville foi o vencedor na primeira passagem por Monte Baranta, com Ogier a ser segundo, a três segundos e Mikkelsen em terceiro, a 4,2. Ott Tanak a ceder 6.4 segundos e o segundo lugar da geral para Thierry Neuville.

A parte da tarde foi diferente. Ogier venceu e subiu para a liderança, a 3,5 segundos de Mikkelsen, com o norueguês a ter problemas na sua caixa de velocidades. Acabou em sexto e perdeu 26,5 segundos. Thierry Neuville também perdeu tempo, com o belga a fazer um pião e perder 17,5.

Foi duro, havia muita água na estrada, tinha muita água nas trajetórias. Fiz um pião, tive que fazer marcha atrás”, disse o piloto belga.

Quanto a Ogier, estava mais tranquilo. "Não erramos, mas não é possível dar mais. É escorregadio. Eu vi a linha de Neuville, parecia que ele tinha atingido um banco, mas não há danos ao seu carro, ao que parece."

Os receios de Mikkelsen confirmaram-se na especial seguinte, onde a caixa cedeu no quilómetro dez e o norueguês acabou por desistir. Teemu Suninen foi o vencedor nesta especial, e Neuville era agora o segundo da geral, a 10,9 segundos de Ogier. Ele venceu na oitava especial, mas Ogier perdeu apenas 0,4 segundos, com Tanak a ser teceiro, a 1,6 segundos. O piloto estónio parecia estar a consolidar o terceiro posto, mas na última especial do dia, saltou mal e quebrou o radiador, comprometendo o seu rali. Jari-Matti Latvala, que tinha sido o vencedor da especial, herdou o terceiro posto.

Quem também saiu de prova foi Teemu Suninen que sofreu um despiste com o seu Ford.

No final do dia, depois dos três primeiros, o quarto posto pertence a Esapekka Lappi, noutro Toyota, a 41,6 segundos, não muito longe de Latvala. Mads Ostberg é o quinto, a 58,3, seguido pelo Hyundai de Hayden Paddon, a um minuto e 1,5 segundos. Craig Breen é o sétimo, noutro Citroen, com Stephane Lefebvre a ser o oitavo e o melhor dos R5, seguido de Jan Kopecky, nono no seu Skoda. Outro francês, Nicolas Ciamin, num Hyundai i20R5, fecha o "top ten".

O Rali da Sardenha prossegue amanhã, com a realização de mais sete especiais. 

quinta-feira, 7 de junho de 2018

A imagem do dia


No meio de todas as polémicas no qual Michael Schumacher se viu envolvido, uma delas aconteceu há precisamente vinte anos, em Montreal. A história explica-se de forma simples: durante uma passagem do Safety Car, o piloto alemão aproveitou para reabastecer, e na saída, ele meteu-se imediatamente na pista, e na frente do Williams de Heinz-Harld Frentzen. O piloto da Williams ficou entre a espada e a parede e acabou por se despistar, abandonando a prova.

Patrick Head ficou fulo e foi ter a Jean Todt, exigindo que fosse responsabilizado pelo incidente. Os comissários de pista decidiram que o piloto da Ferrari iria ter um "stop and go" de dez segundos nas boxes. Contudo, isso não o impediu de vencer uma corrida onde aproveitou o mau dia dos McLaren, que desistiram. Aliás, o alemão foi acompanhado no pódio pelo Benetton de Giancarlo Fisichella e pelo outro Ferrari do seu companheiro, Eddie Irvine.

Poderemos dizer que Schumacher teria pressa em voltar à pista, para aproveitar a situação, e estava tão concentrado nisto que não viu Frentezen a aproximar-se, ficando o seu carro num "ponto cego". Ou que o alemão da Williams não reparou que o seu compatriota iria sair ao seu lado e tinha pressa, ao ponto de ser apertado e acabar na gravilha. De qualquer forma, foi mais uma das polémicas que Schumacher se viu envolvido. Ainda por cima, meses depois do que fizera com Jacques Villeneuve, em Jerez, e numa altura em que muitos não se tinham esquecido do incidente em Adelaide, três anos e meio antes.

No final do dia, por muito que louvemos os feitos do piloto alemão, a história nunca será completamente escritas sem este seu lado... obscuro. E mesmo que não tenha havido intencionalidade e tenha cumprido os castigos inerentes, para o mal e para o bem, estes incidentes fazem parte da carreira do piloto alemão.

Formula E: Felix da Costa quer ser feliz em Zurique

A formula E viaja até Zurique, na Suíça, naquilo que irá ser uma prova histórica, pois pela primeira vez desde 1954 que a nação helvética verá uma prova de automóveis nas ruas da cidade. Com isso em mente, António Félix da Costa quer que esta prova signifique o seu regresso aos pontos.

Com Stéphane Sarrazin a voltar a ser companheiro de equipa de AFC, o piloto de Cascais deseja chegar aos pontos nesta estreia na competição.

"Será um fim-de-semana interessante para todas as equipas, uma vez que é uma estreia absoluta da Fórmula E neste circuito citadino de Zurique. Fizemos o nosso trabalho de casa o melhor possível, com sessões bastante produtivas no simulador. Mesmo sabendo das nossas limitações face às equipas oficiais, penso que poderemos ter uma oportunidade de chegar aos pontos aqui na Suíça, para isso é importante não cometermos erros e maximizar ao limite o potencial do nosso carro. Só assim poderemos surpreender os nossos adversários!", comentou.

O e-prix de Zurique acontecerá no domingo - e não no sábado, como habitualmente - terá 2460 metros de comprimento e a corrida terá 39 voltas, começando pelas 17 horas de Lisboa, com transmissão em direto em Portugal pela Eurosport.


CNR: Barbosa deseja vencer no Vidreiro

Miguel Barbosa deseja vencer no Rali Vidreiro, mas tem a consciência que não se preparou devidamente para esta prova. Ciente das suas possibilidades, o piloto afirma que há de contar com adversários de grande valor e extremamente motivados, como ele, não só na luta pela vitória neste rali, mas também na luta pelo título nacional, nas provas de asfalto, que irão acontecer até ao final da temporada. 

"Vamos entrar num novo ciclo do campeonato para o qual, infelizmente, não nos foi possível preparar da forma que desejaríamos. O problema que nos afetou no derradeiro troço do Rali de Portugal implicou uma reparação mecânica mais prolongada e só agora vamos poder fazer os primeiros testes em asfalto, onde já não disputo uma prova há cerca de oito meses. Isso não impede, contudo, de nos mantermos muito motivados e focados no objetivo da luta pelo título e naturalmente também da vitória nesta prova", salienta Miguel Barbosa.

O Rali Vidreiro começa amanhã e termina no sábado, com a realização de nove especiais de classificação.

Formula E: Aprovado o calendário provisório da próxima temporada

Saiu esta quinta-feira o calendário provisório da próxima temporada da Formula E. Essa vai ser onde se estreará o Gen2, o novo carro que será mais potente e terá uma bateria mais duradoira que a atual, e descartará a troca de carros a meio da corrida. Aliás, esta será uma das muitas mudanças que a Formula E sofrerá a partir de dezembro deste anos.

Em termos de calendário, serão treze provas em doze localizações um pouco por todo o mundo. A abertura será na capital saudita, em dezembro, e vai ser também a primeira grande prova automobilística naquele sítio. Vai-se ver também a entrada de uma segunda prova na China, mas ainda não se sabe da sua localização. Falava-se inicialmente de uma pista na ilha de Hainan, mas atrasos na sua construção poderão levar ao seu cancelamento. A prova em aberto será na América do Sul e poderá ser de novo em Santiago do Chile, descartando quer a prova em Punta del Este, quer em São Paulo. 

Para além disso, a Formula E regressa ao Mónaco, que poderá usar o mesmo traçado da Formula 1.

A nova temporada vai ter mais dois carros na grelha de partida, com a chegada da HWA, a equipa satélite da Mercedes, que irá preparar a entrada da marca de Estugarda na competição elétrica. E por causa disso, a entrada na SuperPole será alterada, colocando agora os seus melhores tempos, em vez dos atuais cinco. 

Em relação às marcas, com a conversão da Andretti na equipa oficial da BMW, estarão sete marcas na competição: Audi, DS, Jaguar, NIO, Nissan - que assume o lugar da irmã Renault - e Venturi. 

Outra medida interessante será a distância da corrida. Deixará de ser um número pré-deterimado de voltas para passar a ser feita em termos de tempo. O limite será de 45 minutos mais uma volta até chegar à bandeira de xadrez. E o prémio para a volta mais rápida não será para o tempo puro, mas sim pontos atribuídos ao piloto mais eficiente que ficar nas cinco primeiras posições. Ou será, será recompensado o piloto que usou a menor quantidade de energia.

Eis o calendário provisório:

15 de dezembro de 2018 - Arábia Saudita - Ad Diriyah *
12 de janeiro de 2019 - Marrocos - Marraquexe 
26 de janeiro de 2019 - TBA - TBA 
16 de fevereiro de 2019 - México - Cidade do México 
10 de março de 2019 - China - Hong Kong 
23 de março de 2019 - China - TBA 
13 de abril de 2019 - Itália - Roma 
27 de abril de 2019 - França - Paris 
11 de maio de 2019 - Mónaco - Mónaco 
25 de maio de 2019 - Alemanha - Berlim 
9 de junho de 2019 - Suíça - Zurique ** 
13 de julho de 2019 - EUA - Nova Iorque
14 de julho de 2019 - EUA - Nova Iorque 

* Sujeito à homologação de circuito
** sujeito à homologação e aprovação final do circuito

GP Memória - Canadá 1998

Duas semanas depois de terem corrido no Mónaco, a caravana da Formula 1 atravessava o Atlântico para fazer o GP do Canadá, em Montreal. Poderia não haver alterações no pelotão, mas os rumores corriam céleres na boxe da Stewart, pois dizia-se que Jan Magnussen tinha o lugar em perigo devido às suas prestações, e que esta poderia ser a sua última corrida ao serviço da equipa.

De resto, tudo normal, com os fãs a quererem saber até que ponto os McLaren iriam dominar o fim de semana, como estavam a dominar a temporada até então.

No final da qualificação, David Coulthard foi o melhor, na frente de Mika Hakkinen, numa primeira fila dominada pela Ferrari. Michael Schumacher foi o terceiro, na frente de Giancarlo Fisichella, no seu Benetton-Playlife. Ralf Schumacher, no seu Jordan, foi o quinto, na frente dos Williams de Jacques Villeneuve e Heinz-Harald Frentzen, com Eddie Irvine a largar do oitavo lugar, no segundo Ferrari. A fechar o "top ten" estavam o Sauber de Jean Alesi e o segundo Jordan de Damon Hill.

A partida foi caótica. Se nos primeiros metros, Michael Schumacher conseguiu passar Mika Hakkinen para ficar com o segundo posto, atrás foi o caos, particularmente na primeira curva. Alexander Wurz trava tarde e bater forte no Prost de Jarno Trulli e no Sauber de Jean Alesi. A organização mostrou a bandeira vermelha, interrompendo a corrida e os três pilotos voltaram às boxes para tentar recomeçar com os seus carros de reserva. 

Na segunda partida, Schumacher largou mal e foi passado por Fisichella. Hakkinen ficou com caixa de velocidades e andou alguns metros antes de abandonar, mas atrás havia nova confusão, com Ralf Schumacher a despistar-se e acabar na berma. Já Jean Alesi viu Jarno Trulli entrar carro dentro e ambos abandonaram na hora. Outro que também teve de parar foi Toranosuke "Tora" Takagi, que viu a sua transmissão se quebrar no seu Tyrrell.

Por causa dos destroços, a organização decidiu chamar o Safety Car e lá ficou na pista até à sexta volta, altura em que regressou às boxes, com Coulthard na frente e Schumacher, que passou Fisichella para ser segundo. Nas voltas seguintes, Coulthard e Schumacher afastaram-se do pelotão, liderado por Fisichella, mas na volta 13, o Safety Car entrava de novo em ação, devido ao Arrows de Pedro Diniz, que se despistou. Cinco voltas depois, no recomeço da corrida, o escocês da McLaren tinha um problema no acelerador e abandonava. 

Contudo, o Safety Car entrava em ação pela terceira vez quando Mika Salo e Johnny Herbert colidiram e os destroços precisavam de ser limpos da pista. Michael Schumacher aproveitou para reabastecer na volta 20, mas quando voltou à pista provocou ainda mais confusão ao entrar no meio da pista no preciso momento em que passava o Williams de Frentezen. Ele assustou-se virou o volante à direita e bateu na barreira de pneus, acabando a sua corrida por ali. Patrick Head, furioso, foi tirar satisfações a Jean Todt, afirmando que o seu piloto tinha tirando Frentzen da corrida de propósito.

No recomeço, Fisichella liderava a corrida, seguido por Villeneuve, Schumacher, Hill e o Prost de Shinji Nakano. Villeneuve tentou passar o italiano, mas a ultrapassagem foi mal calculada e acabou com a asa traseira danificada. Acabaria por perder seis voltas e cortaria a meta no último lugar.

Pouco depois, por causa do incidente com Frentzen, Schumacher teve de cumprir uma penalização de dez segundos, que o fez na volta 35. Voltou à pista em terceiro, atrás de Damon Hill, mas cedo passou-o e foi em busca de Fisichella. Passou-o na volta 45, quando Fisichella parou para reabastecer.

A partir dali, Schumacher teve uma corrida tranquila até à meta, vencendo com 16 segundos de avanço sobre o piloto italiano. Eddie Irvine foi o terceiro, e nos restantes lugares pontuáveis ficaram o segundo Benetton de Wurz e os Stewart de Rubens Barrichello e Jan Magnussen. Para o piloto dinamarquês, seria, irónicamente, a sua última corrida na Formula 1, pois seria despedido por Jackie Stewart e substituido por Jos Verstappen.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

CNR: Teodósio confiante na sua estreia em asfalto

Ricardo Teodósio vai fazer no Rali Vidreiro a sua estreia no Skoda Fabia R5 em superfície de asfalto. Contudo, o piloto algarvio está um pouco receoso acerca do seu carro, que nunca foi testado em condições de asfalto - aliás, este é a primeira temporada do piloto num carro R5 - mas depois de alguns dias de testes, ele poderá estar mais confiante num bom resultado nas estradas marinhenses.

Falta-me mais rodagem e talvez mais coragem para as zonas rápidas. Preciso conhecer os meus limites, pois vai ser a primeira vez que estou ao volante do Skoda neste tipo de pisos. Ficámos muito agradados com o primeiro teste feito para asfalto, mas vamos voltar a testar”, começou por declarar o piloto algarvio.

Porém, o piloto está confiante pois o desempenho do carro nos treinos o deixou satisfeito. 

Em relação ao que experimentei, gostei bastante. O Skoda ficou mais à minha medida, e essencialmente, gostei de sentir que posso acreditar. O carro a curvar é fabuloso. Agora só tenho de descobrir a minha própria fronteira”, começou por dizer.

Vamos mudar as notas para este rali. Se os outros concorrentes mudam as notas, acho que também temos de mudar o nosso sistema. Para este rali gostava de fazer no mínimo, o mesmo resultado de Mortágua, embora a nossa aposta seja sempre o pódio. Vamos ver se tudo corre bem… com calma”, concluiu.

O Rali Vidreiro vai acontecer nos dias 8 e 9 de junho, e terá nove especiais de classificação.

Formula 1: McLaren rejeitou oferta da Toro Rosso por Norris

A McLaren rejeitou por estes dias uma oferta da Toro Rosso para ficar com Lando Norris. A equipa B da Red Bull anda insatisfeita com Brendon Hartley e deseja substitui-lo por outro piloto mais capaz, logo abordou a McLaren para ficar com o britânico de 18 anos e que corre atualmente na Formula 2. Mas Zak Brown rejeitou a oferta, afirmando que não pretende que Norris queime etapas.

"Não ficamos surpresos quando outras equipas abordem nossos pilotos. Eles claramente acreditam que são tão talentosos quanto nós", afirmou um porta-voz da marca. A Toro Rosso não comentou sobre a noticia.

Norris poderá ter mais um chance de chegar à Formula 1 em 2019, caso Fernando Alonso decida abandonar a competição e tentar a sua sorte na IndyCar. Como Zak Brown pretende fazer regressar a equipa à competição - de onde não está desde 1978 - ele poderá querer manter Alonso como trunfo para uma parceria com uma das grandes equipas da IndyCar, como a Andretti ou a Rahal Racing.

Já em relação a Hartley, que pilotou na Porsche no ano passado, em termos gerais tem sido constantemente batido pelo seu companheiro de equipa, o francês Pierre Gasly, que já deu à equipa um quarto lugar no Bahrein e um sétimo no Mónaco, enquanto ele só conseguiu um décimo posto em Baku, o primeiro resultado de um neozelandês desde 1976. 

Nascido a 13 de novembro de 1999, a filho de Adam Norris, dono de uma firma de investimentos que lhe dá uma fortuna pessoal de 200 milhões de libras, é piloto de densenvolvimento da McLaren desde 2017, quando estava na Formula 3 europeia, competição que acabaria por vencer. Neste momento, pilotando pela Carlin, lidera o campeonato, com 98 pontos.

CNR: Armindo Araújo quer continuar na liderança

Armindo Araújo, atual líder do campeonato nacional e voltou a pegar num carro de ralis depois de cinco anos de ausência, afirma estar confiante com o carro e pretende vencer o Rali Vidreiro. Após os testes realizados nas últimas semanas com as novas especificações, o piloto de Santo Tirso admite que está mais confiante com o carro: 

O Hyundai i20 R5 deu-nos excelentes indicações e mostrou ser um carro muito rápido no asfalto. Apesar de já não competir em asfalto há muito tempo, as sensações foram também muito positivas e espero estar num bom ritmo face aos meus adversários. Tal como na primeira prova do ano, não tenho nenhum termo de comparação para conseguir perceber em que posição nos podemos situar e até ao inicio deste rali há, por isso, algumas incógnitas”, começa por dizer o piloto do Team Hyundai Portugal. 

"Vamos para o Rali Vidreiro com a mesma determinação que tivemos desde o inicio da temporada e procurar lutar pela vitoria. Estamos na liderança do campeonato e queremos sair da Marinha Grande nessa posição. Vencemos as duas últimas provas, mas isso não significa que o nosso principal objetivo, que é chegar ao título absoluto, seja uma tarefa fácil. A primeira fase da temporada já ficou para trás e agora temos um novo desafio pela frente e os nossos adversários estarão certamente muito fortes”, concluiu.

O Rali Vidreiro acontece entre os dias 8 e 9 de junho, na Marinha Grande, é a primeira prova de asfalto do Nacional de Ralis e terá nove especiais de classificação.

terça-feira, 5 de junho de 2018

A(s) image(ns) do dia





Desde domingo que é dia de testes preparatórios para as 24 Horas de Le Mans, mas no dia anterior aos testes, tiraram estas fotos para apresentar os bólidos presentes na edição de 2018. E entre estas fotos e o momento em que escrevo estas linhas, já a policia local fechou as estradas à volta de La Sarthe, que farão parte das 24 Horas, a corrida mais longa do ano.

Engraçado saber que neste ano, a prova vai ser a primeira de... duas edições de uma super-temporada que terminará em junho de 2019, pois querem fazer como os campeonatos de futebol. Veremos no que isto vai dar, numa edição onde os Toyota tem tudo para ganhar em termos de fábrica. Mas... com toda a sinceridade, só acredito nisso quando cruzarem a meta.

Por agora, poderemos dizer que "a barraca está montada". Agora, que comece o espectáculo.

Formula 1: Ricciardo vai ser fortemente penalizado

O GP do Canadá poderá ver o vencedor do GP do Mónaco, Daniel Ricciardo, partir... do último lugar. Isto porque a Red Bull disse esta terça-feira que irá substituir a unidade MGU-K, que falhou durante a corrida do Mónaco. Por causa disso, irá ter uma penalização de dez lugares.

"Ele definitivamente vai tomar algumas penalizações em Montreal, não sabemos no momento quantas", disse o diretor técnico da Red Bull, Adrian Newey, à Reuters.

"Uma das coisas [que temos de saber] é se a bateria foi danificada ou não no Mónaco, então até não obtivermos uma resposta da Renault, não sabemos exatamente o que estamos enfrentando. O K é definitivamente uma penalidade."

A Renault vai estrear uma nova evolução do seu motor, e por agora, isso não vai afetar em termos de penalizações. Contudo, a mudança de mais componentes poderá fazer com que penalize até 15 lugares, o que poderá dizer que tem muitas chances de partir no último lugar na grelha canadiana.

CNR: Rali Vidreiro vai ter 92 inscritos

O Rali Vidreiro, a primeira prova em asfalto no Campeonato Nacional de Ralis (CNR), terá 92 pilotos inscritos, dos quais, dez serão em R5. Armindo Araújo, José Pedro Fontes, Ricardo Teodósio e Miguel Barbosa são alguns dos presentes.

A prova vai contar não só para o CNR, mas também para a Taça FPAK de Ralis, o Campeonato Nacional de Clássicos e o CCR Challenge 1000, este último com o maior número de inscritos: 40 carros.

No caso do CPR, para além dos carros R5, também estarão dois carros da classe RGT, nomeadamente os Porsche de Adruzilo Lopes e de Vitor Pascoal.

O Rali Vidreiro acontecerá nos dias 8 e 9 de junho, com a realização de nove especiais em São Pedro de Muel, Pinhal do Rei, Mata Mourisca e Assanhas da Paz.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

A imagem do dia

O episódio do Pace Car acidentado ontem em Detroit pode ter sido cómico (e foi), mas isso remeteu a um incidente que aconteceu 47 anos antes, nas 500 Milhas de Indianápolis, e levou a alterações. Um episódio sério, mas não trágico, do qual vale a pena recordar e a razão pelo qual hoje em dia temos pilotos profissionais a guiar carros destes na Formula 1, por exemplo.

Até 1971, quem guiava o Pace Car era alguém dos concessionários locais, que prestigiavam a corrida com os seus carros. Na era dos Big Three, dos "muscle cars", GM, Ford e Chrysler gostariam de ter um dos seus modelos para valorizar a marca e fazer que alguns dos 300 mil espectadores - e dos milhões que viam na TV - a entrar nos seus concessionários no dia seguinte e comprar um Mustang, Corvette ou um GTO.

Nesse ano, o carro escolhido foi um Dodge Challenger, mas ao contário do habitual, não foram as marcas a fornecer uma série de carros - a era dos "muscle cars" estava a chegar ao fim, apesar do primeiro choque petrolífero acontecer dois anos depois - mas som uma série de concessionários da zona de Indianápolis a fornecer o carro. Quem o guiava era Eldon Palmer, o chefe de um desses concessionários, um amador.

Para se preparar para a corrida, colocou um cone laranja para ter referências de travagem no fundo das boxes. Contudo, no dia da corrida, ele não existia, e sem saber Palmer passou nesse local a 125 milhas por hora (quase 190 km/hora)... e não travou. Pior: ele levava como passageiros Tony Hulman, o presidente do circuito, o astronauta John Glenn (segundo americano no espaço e o primeiro em órbita) e o jornalista da ABC, Chris Schenkel.

Palmer carregou nos travões - que eram de tambor e não de disco, muito mais eficientes - e o carro se despistou, contra um palanque cheio de fotógrafos, ferindo 29 deles. Felizmente, não morreu ninguém, apesar de haver alguns feridos graves. Dos passageiros no carro, apenas Hulman ficou magoado no tornozelo.

A administração tomou medidas para evitar que a condução do Pace Car fosse feita por amadores. A partir dali, os pilotos teriam de ser ou ex-pilotos ou alguém com experiência no automobilismo. Troy Hulmann, que vencera em 1952, foi o primeiro piloto a guiar o carro, uma tradição que depois foi seguida por outros como Mário Andretti e Emerson Fittipaldi

Quanto ao carro, foi restaurado no inicio do século, pertence a um coleccionador particular e é exibido ocasionalmente.

Electric GT está receptiva a "outras marcas"

A Electric GT está receptiva a outras marcas, desde que cumpram os critérios existentes. Quem o disse foi o presidente da competição a poucos meses da sua prova inaugural, no final deste ano. "Outras marcas serão bem-vindas", afirmou Mark Gemmell, o presidente da Electric GT, ao site e-racing365.com.

"Esta não é uma corrida de Teslas. A marca está a dar-nos um bom nível de suporte e os carros são obviamente os únicos no mercado que podem atuar em circuitos. Assim que existir outro carro de produção que possa correr em um circuito em níveis similares aos da Tesla, gostaríamos de ver o carro na série. Esta é uma série aberta. O nome diz tudo, são carros de produção elétrica”, continuou.

Apesar dessas declarações, é provável que a grelha de partida da primeira temporada da competição seja um troféu monomarca. Apesar da Jaguar ir fazer um troféu com o seu I-Pace e esta ser uma corrida que fará parte da Formula E, estes carros não estarão prontos no final deste ano, quando começar a competição.

"Teríamos muito prazer em ver o I-PACE competir. Eles posicionaram corretamente como um concorrente para o SUV da Tesla. Seria injusto lançar um "saloon car" contra um SUV, mas se existir apetite da Jaguar para a competição, teríamos muito prazer em recebê-los. Se qualquer equipa estivesse disposta a preparar um I-Pace, como seria capaz de competir, ficaríamos muito satisfeitos em ver isso também", começou por dizer Gemmell.

Eu acho que os prováveis competidores serão um pouco mais em um formato de carro [esporte], onde eles teriam um centro de gravidade levemente mais baixo, com uma relação de peso-potência um pouco melhor", continuou.

"Dito isso, o campo é razoavelmente aberto e, por todos os meios, é possível que a Jaguar ou qualquer outro fabricante possa competir e ficaríamos muito felizes em vê-los", concluiu.

A primeira temporada do Electric GT começará a 4 de novembro em Jerez e terminará em Portimão em novembro do ano seguinte.

Formula 1: Rodas de 18 polegadas prováveis em 2021

A Formula 1 poderá ter rodas maiores em 2021. A FIA e a Liberty Media estão receptivos à ideia e as equipas também, e caso aconteça, fará que abandonem as rodas de 13 polegadas usadas atualmente. Este tipo de rodas são usadas na WEC - Endurance - e na Formula E, e estão de acordo com a tecnologia usada nos carros de estrada.

Charlie Whitting disse que é uma chance real: "É algo do qual está no pacote atual", disse, afirmando que tem a ver com as medidas que a Liberty Media quer implementar em 2021.

O CEO da Pirelli, Marco Tronchetti Provera, disse no fim de semana do GP do Mónaco que a empresa italiana está pronta para fazer a mudança. "Estamos abertos. Eles precisam encontrar o regulamento certo e ter as equipes prontas para adotá-lo", começou por dizer.

"Há uma série de questões de aerodinâmica, de suspensão e assim por diante. Quando as equipes estiverem prontas, estamos prontos. Para nós, é sempre tecnologia. Estamos felizes [quer] com [os pneus de] 13 polegadas, estamos felizes com 18 polegadas. Quanto maiores eles são, melhor é. Mas os desafios tecnológicos são diferentes", concluiu.

O grande argumento contra esse tipo de rodas e a manutenção dos de 13 polegadas tem a ver com o redesenhamento dos braços da suspensão, o que poderia aumentar os custos, mas as equipas estão dispostas a receber o novo tipo de rodas. Algumas até queriam que isso acontecesse em 2020, mas depois decidiram em consenso que isso deve acontecer no ano seguinte, como fazendo parte das mudanças que a Liberty Media pretende fazer em 2021.

Contudo, o contrato com a Pirelli termina em 2019 e não se sabe se a Liberty Media vai acabar com o monopólio ou estender por um ano o contrato com a montadora italiana. Se isso acontecer, a marca que virá teria de fazer rodas de 13 polegadas por uma temporada antes de fazer a mudança.

"No momento ainda não discutimos os detalhes disso", começou por dizer Mário Isola, o chefe da Pirelli F1, à Autosport britânica. "Não são apenas os regulamentos de pneus que estão faltando, mas todos os regulamentos. Dissemos [à Liberty Media] que estamos prontos para fazer o que eles pedirem, com o tempo e testes adequados. Temos que fazer um plano adequado", continuou.

"No passado, fizemos pneus diferentes, pneus mais largos, estamos sempre tentando seguir os requisitos da Formula 1. Mas vamos precisar de um carro adequado para testar. É uma situação semelhante a de 2016, quando tivemos de testar os pneus mais largos", concluiu.

A Pirelli fez um teste em 2014 com os pneus de aro 18, a bordo de um Lotus guiado por Charles Pic, mas a FIA decidiu manter os pneus de 13 polegadas. 

Youtube Racing Crash: O acidente... do Pace Car em Detroit

Como contado ninguém acredita, é melhor mostrar as imagens. 

Mas deve dar para dar uma rápida explicação: nas voltas que antecederam a segunda corrida em Belle Isle, em Detroit, o Corvette que serve de Pace Car perdeu o controlo e bateu no muro de proteção, obrigando a interrupção da corrida... ainda antes de começar. O piloto da ocasião era um dos vice-presidentes da GM, encarregado do desenvolvimento dos veículos de performance, como o Corvette. Ou seja... deveria saber da coisa, mas se calhar exagerou.

O carro foi retirado e a corrida recomeçou, com a vitória da Ryan Hunter-Reay, da Andretti Autosport.

domingo, 3 de junho de 2018

A(s) image(ns) do dia

Foi um bom dia para as cores portuguesas. Miguel Oliveira foi o melhor na Moto2, vencendo em Mugello, no GP de Itália, enquanto Bruno Magalhães foi o melhor no Rali da Acrópole, no Europeu de ralis.

Bem sei que não é no WRC ou na MotoGP, mas temos de dizer que são provas internacionais, perante concorrência internacional, e com máquinas tão boas ou superiores a aquelas usadas pelos seus adversários. Lutaram, ousaram, tiveram sorte e foram felizes, com vitórias merecidas. 

No caso do Miguel, partir de 11º na grelha e subir lugar após lugar nas 21 voltas que teve na pista italiana demonstra a sua capacidade de condução e determinação em vencer. No caso de Magalhães, foi um caso de sorte e resistência, ser veloz quando tinha de ser e cauteloso quando deveria. E claro, ter a sorte no seu lado. Não furou, não quebrou rodas, não teve avarias, correu tudo bem. 

E agora, com ambos no pódio e a ouvir o hino nacional, ambos partilham outras coisas: foi a primeira vez que venceram nas suas temporadas, e agora são os segundos classificados na geral, sendo os maiores adversários dos atuais comandantes dos campeonatos.

Mesmo que no final isso possa não resultar em títulos, temos de dizer que em termos de duas e quatro rodas, foi um bom dia para quem vibra pelo verde e vermelho da bandeira, mais a esfera armilar.