sábado, 27 de fevereiro de 2021

Formula E: Vergne penalizado, Felix da Costa no pódio


Afinal, houve mais alterações na classificação geral depois da bandeira de xadrez antecipada devido ao acidente de Alex Lynn. Sem ter passado pela segunda vez no Attack Mode, Jean-Eric Vergne acabou por ser penalizado, ficando de fora dos pontos, e entregando o terceiro lugar conquistado na pista a António Félix da Costa, que depois de uma má corrida ontem, onde ficou à porta dos pontos, hoje acabou com um pódio, o primeiro do ano. 

Naturalmente satisfeito com este resultado, que lhe deverá garantir assim o quinto lugar da classificação geral, também faz com que a defesa do título se inicie da melhor forma.

"Bom pódio para vingar o dia de ontem,  recuperação de nono na grelha até quarto, e depois pódio com uma penalização. Não era um fim de semana fácil com o carro do ano passado, mas conseguimos trazer bons pontos para casa. Agora que venha Roma, já vamos ter o carro novo.", afirmou nas redes sociais.

Mais tarde, com calma, aproveitou para agradecer aos fãs os votos do "fanboost" que lhe valeram potência extra nas duas corridas da Arábia Saudita, algo que já acontece pela terceira temporada consecutiva.

"É incrível, nos últimos dois anos venci sempre o fanboost. Agradeço do coração este apoio dos portugueses, acreditem que sinto não só com a potência extra em pista, mas também a força e apoio de tanta gente, que está comigo nos bons e maus momentos. Estamos juntos e vamos lutar por trazer novamente este campeonato para Portugal!", concluiu.

A Formula E regressa à ação a 10 de abril, nas ruas de Roma. 

WRC 2021 - Arctic Rally (Dia 2)


Ott Tanak continua na frente do Arctic Rally, cumprido nas classificativas da Lapónia, com uma vantagem de 24,1 segundos sobre o Toyota de Kalle Rovanpera, enquanto Thierry Neuville está no lugar mais baixo do pódio, a 25,9 segundos do primeiro. 

Neste segundo dia, havia seis classificativas para serem realizadas, e a tarefa de Tanak era de aguentar os ataques dos Toyota, especialmente o de Kalle Rovanpera, o local que sabe alguma coisa sobre estas classificativas. Mas na primeira especial do dia, a primeira passagem por Mustalampi, Tanak e Neuville resolveram marcar posição, ficando com os dois melhores tempos, e Oliver Solberg até consegue o terceiro melhor tempo, na frente de Kalle Rovanpera, a 5,7 segundos.

"Esta manhã eu estava puxando bastante e às vezes batendo nos bancos [de neve]. É difícil, muito longe o gelo já está em algumas linhas e está mudando muito.", disse Tanak, no final da especial. 

A Toyota reagiu na especial seguinte, a primeira passagem por Kaihuavaara, com Elfyn Evans a ser melhor que Kalle Rovanpera, 1,2 segundos de diferença entre eles, enquanto Sebastien Ogier foi o terceiro, a 1,9, todos muito longe de Thierry Neuville, quarto a 4,5. Tanak foi oitavo, a 6,1. No final da manhã, na primeira passagem por Siikakämä, foi a vez de Tanak triunfar, com uma vantagem mínima sobre Evans, com Ogier em terceiro, a 1,1 segundos, e Oliver Solberg, a 1,9.

"Fizemos algumas mudanças no carro [e ele] estava se comportando muito bem. É tão difícil encontrar confiança, mas se você conhece esta etapa é uma das melhores.", disse o estónio, no final desta especial. 

Na parte da tarde, na segunda passagem pelas classificativas da manhã, começou com Tanak ao ataque, triunfando com uma vantagem de 0,2 sobre Neuville e 1,4 sobre Kalle Rovanpera. Evans foi apenas sétimo, perdendo 16,3 segundos, na frente de Ogier, perdendo 16,4. Rovanera reagiu, vencendo a sétima especial, com 1,7 segundos de vantagem sobre Tanak, e no final do dia, na segunda passagem por Siikakämä, Neuville arrasou, vencendo a especial com 12,3 segundos de vantagem sobre Ott Tanak, e 13,1 sobre Kalle Rovanpera.

A especial ficou marcada pelo despiste de Sebastien Ogier, que se despistou e ficou preso num banco de neve, atrasando-se irremediavelmente na geral. 

No final do dia, depois dos três primeiros, Craig Breen é o quartom a 53,4 segundos da liderança, com o terceiro Hyundai, e tem Elfyn Evans não muito longe, a 1.03,5. Oliver Solberg continua a deslumbrar, sexto no seu Hyundai, a 1.26,8, superando Katsuta Takamoto, a 1.34,4. Teemu Suninen é o melhor dos Ford, oitavo a 1.49,3, Gus Greensmith é o nono, a 3.01,8, e a fechar o "top ten" está Esapekka Lappi, o melhor dos WRC2, a 4.48,8.

O Arctic Rally termina amanhã com a realização das restantes duas especiais.

Formula E: Sam Bird foi o melhor na segunda corrida em Ad Diriyah


Sam Bird foi o melhor na segunda corrida do fim de semana em Ad Diriyah, numa corrida que acabou antecipadamente a dois minutos do final, após alguns acidentes. O piloto da Jaguar levou a melhor sobre Robin Frijns, no seu Virgin, e o DS Techeehah de Jean-Eric Vergne, que superou o seu companheiro de equipa, António Félix da Costa.   

Nos minutos antes da prova, a Venturi anunciou que o carro de Mortara não iria ficar pronto a tempo, logo, o piloto suíço iria ver a prova nas boxes. Outro que também não iria participar seria Andre Lotterer, com o chassis Porsche demasiadamente danificado depois do seu acidente nos treinos livres. Em suma, menos dois candidatos à vitória nesta prova.

Na patidam Frijns aguentou as investidas de Sam Bird, que conseguiu superar Sergio Sette Câmara na partida. Vergne era sétimo, com Félix da Costa logo a seguir, depois de passar Sebastien Buemi no final da primeira volta. Na quarta, Nico Muller passou Tom Blomqvist, que ficou com o quinto posto. E logo a seguir o britânico cometeu um erro, deixando passar Vergne. E perdeu mais um lugar para Félix da Costa, uma volta depois.

Na frente, Frijns mantinha a distância sobre Bird, que observava para ver onde ele o poderia passar, e ambos estavam já longe do Dragon de Sette Câmara, o terceiro. E o primeiro a ir para o Attack Mode foi Vergne, que perdia um lugar para o seu companheiro de equipa. O francês passou o português no final da volta seguinte, numa altura em que Turvey e Muller iam também ao Attack Mode, bem como Buemi, bem atrás. ette câmara foi na volta seguinte, mas nesta altura, nenhum deles conseguia apanhar Frijns e Bird, bem à frente deste pelotão. 

Com 14 minutos de corrida, Frijns e Félix da Costa foram ao Attack Mode, com o holandês a perder a liderança para Bird, enquanto o português caía para oitavo, atrás de Blomqvist. Dois minutos depois, foi a vez de Bird, que perdeu o comando para o holandês da Virgin. Com o final dos Attack Mode, os beneficiados foram os DS Techeetah, com Vergne na frente de Félix da Costa, quarto e quinto. Algumas voltas depois, Vergne passava Sette Câmara e era terceiro, ao mesmo tempo que Félix da Costa ativava o Attack Mode pela segunda vez, para ver se passava o brasileiro da Dragon. 

Mas quase ao mesmo tempo, Jake Dennis batia na parede, depois de um encosto por parte de Pascal Wehrlein. O piloto da BMW ficou parado na berma, e após alguns minutos de bandeira amarela, a decisão foi para Full Course Yellow, em vez do Safety Car. Antes disso, o português passara o brasileiro para ser quarto, e no recomeço, surpreendia Vergne e era terceiro, tentando apanhar os dois primeiros.

A 19 minutos do final, Frijns passara de novo Bird e estava na liderança, agora com os DS TEcheetah a espreitarem, ameaçadores. O português atacou britânico da Jaguar, mas não conseguiu, com Vergne a tentar aproveitar o erro do seu companheiro de equipa. Foi duro, com toques pelo meio, mas Vergne conseguiu o terceiro posto.

Na frente, Bird afastava-se de Frijns, depois de aproveitar a segunda passagem pelo Attack Mode, e a onze minutos do final, o carro de Sebastien Buemi estava parado na berma, para logo a seguir, entrar em Full Course Yellow, pois entretanto, Max Gunther e Mitch Evans batiam um no outro no final da reta da partida. Mas três minutos depois, a organização decidiu colocar o Safety Car na pista, juntando a todos. 


Mas com o cronómetro a esgotar, e a organização a ver que não teria tempo para tirar todos os carros que tinham batido, decidiu mostrar a bandeira vermelha, antecipando o final, num "anti-climax" de uma prova que foi emocionante. Frijns ficou atrás dele, com os DS Techeetah a seguir, e Sergio Sette Câmara no quinto posto, a sua melhor posição de sempre na competição.

Com o final desta jornada dupla, De Vries lidera o campeonato, com 29 pontos, contra os 25 de Sam Bird e os 22 de Robin Frijns. A Formula E regressa à ativa a 10 de abril em Roma.       

Formula E: Frijns foi o poleman na segunda corrida de Ad Diriyah


Um holandês ontem, outro hoje. Depois de Nyck de Vries, agora foi a vez de Robin Frijns a fazer a pole-position para a segunda corrida de hoje na pista de Ad Diriyah. Aliás, este dia está marcado pelos problemas que afetaram os Mercedes e os Venturi, que tiveram problemas nos travões e que levaram a um acidente forte por parte de Edoardo Mortara num dos treinos livres, fazendo com que o piloto suíço acabasse no hospital. Por causa disso, ambas as equipas não foram autorizadas a participar na qualificação, enquanto não se descobrisse a razão do acidente.

Com menos duas equipas, Frijns conseguiu levar a melhor sobre o Dragon de Sergio Sette Câmara e o Jaguar de Sam Bird, enquanto António Félix da Costa ficou melhor do que ontem, partindo da décima posição, mas atrás de Jean-Eric Vergne, que foi sétimo. 

Essa qualificação começou com todos os grupos a terem apenas quatro pilotos e logo no Grupo 1 - Mitch Evans (Jaguar) e René Rast (Audi), Oliver Rowland (Nissan) e Pascal Wehrlein (Porsche) - houve diversos equívocos porque saíram para a pista muito tarde para marcar uma volta completa. Wehrlein não conseguiu e caiu para o fundo da tabela, enquanto Rast e Evans marcaram, com Rowland também mas "in extremis". 

No Grupo 2, que agora tinha António Félix da Costa, Oliver Turvey, Alex Sims, Jack Dennis e Lucas di Grassi, o piloto do NIO foi o mais veloz, seguido pelo português da DS Techeetah, que perdeu algum tempo na fase final da volta, prejudicando as suas chances de ir para a SuperPole, mas ficou na frente de Sims e do brasileiro da Audi. Dennis era o último e não iria para a fase seguinte.

Com o Grupo 3 sem Andres Lotterer, que tinha o seu Porsche muito danificado devido a um acidente nos treinos livres e não iria participar, o resto do grupo, cheio de pesos-pesados - Sebastien Buemi (Nissan), Jean-Éric Vergne (DS Techeetah) , Robin Frijns (Virgin) e Tom Blomqvist (NIO) - todos eles marcaram tempos para ficar dentro do "Top Six", deixando o resto ou de fora, ou no limite.

A grande surpresa veio do Grupo 4. O Dragon de Sergio Sette Câmara conseguiu um tempo decente para passar à fase seguinte, acompanhado pelo seu companheiro de equipa Nico Muller, e pelo Jaguar de Sam Bird. Nick Cassidy e Alex Lynn "ficavam com a fava" e não passavam.

Assim sendo, para a SuperPole tínhamos Turvey, Muller, Bird, Blomqvist, Sette Câmara e Frijns.

A fase final começou com Nico Muller a entrar na pista, mas na sua volta de qualificação, errou e perdeu muito tempo, ficando definitivamente com o pior lugar. Mas Sam Bird, que saiu a seguir à pista, também errou e não teve o tempo que queria. Assim, a discussão ficou-se entre Sette câmara e Frijns, com o holandês a levar a melhor. Os NIO também estiveram bem, com o quarto e quinto tempo, para Oliver Turvey e Tom Blomqvist.

A corrida acontecerá mais logo pelas 17 horas de Lisboa.

The End: Hannu Mikkola (1942-2021)


O finlandês Hannu Mikkola, campeão do mundo de ralis de 1983, a bordo de um dos Audi Quattro, morreu na noite desta sexta-feira aos 78 anos. Um dos mais velozes a vitoriosos pilotos dos anos 70 e 80, triunfou em 18 ocasiões, entre 1974 e 1987, guiando máquinas como o Ford Escort 1800, o Toyota Corolla, o Peugeot 504 e o Mercedes 450 SLC 5.0. Entre as provas que venceu, contam-se o Rali dos Mil Lagos, o Rali de Portugal e o Rally RAC, múltiplo vencedor nessas provas. E também foi um dos originais, competindo no Rali de Monte Carlo de 1973, o primeiro a contar para o Mundial.

Nascido a 24 de maio de 1942 em Jonesuu, na Finlândia, começou a correr aos 21 anos, em 1963, num Volvo PV544. Em poucos anos, tornou-se num dos da frente na cena internacional, fazendo parte dos "finlandeses voadores", como Timo Makinen e Raulo Aaltonen. e em 1970, venceu o Rali Londres-México, a bordo de um Ford Escort 1800, a sua primeira grande vitória internacional. Dois anos depois, tornou-se no primeiro estrangeiro a vencer o Rali Safari, também a bordo de um Escort 1600.

Em 1973, Mikkola há tinha 30 anos quando a FIA começou a montar um Mundial de Ralis. Participou no Rali de Monte Carlo, prova de abertura do campeonato, com um Escort 1600, terminando na quarta posição, a sua primeira prova de relevo, antes de no ano seguinte, vencer pela primeira vez em casa, o Rali dos Mil Lagos, a bordo de mais um Ford Escort 1600. Em 1975, foi um dos melhores, com vitórias em Marrocos e nos 1000 Lagos. Mas nessa temporada, ele correu em três marcas diferentes: Fiat (124 Abarth), Peugeot (504 Coupé) e Toyota Corolla. Em Marrocos, triunfou com um pequeno francês como navegador chamado Jean Todt

Mas como apenas haveria campeonato de pilotos em 1978, esses resultados contam mais como individuais do que coletivos. Nesse ano, Mikkola era piloto oficial da Ford, e trinfou na última prova do ano, o Rally RAC, acabando com 30 pontos e o terceiro lugar do campeonato. Essa seria a primeira de 15 vitórias ao lado do seu navegador mais longevo, o sueco Arne Hertz. O ano de 1979 iria ser o mais produtivo, vencendo em quatro provas (Portugal, Nova Zelândia, RAC e Costa do Marfim, no icónico Mercedes 450 CLS 5.0), acabando como vice-campeão, perdendo o mundial a favor de Bjorn Waldegaard... por um ponto.


Em 1981, foi contratado pela Audi para desenvolver o seu modelo Quattro. A equipa era muito forte: para além de Mikkola, tinha o alemão Walter Rohrl e a francesa Michele Mouton. Mikkola venceu na Suécia e no RAC e acabou em terceiro lugar, sendo apenas batido pelo francês Guy Frequin e pelo campeão, o seu compatriota Ari Vatanen. Voltou a ser terceiro em 1982, batido apenas pelos seus companheiros da Audi, Rohrl e Mouton, e triunfando na Finlândia e na Grã-Bretanha.

A temporada de 1983 foi diferente. Num duelo contra a Lancia, que conseguiu Rohrl, o campeão, a correr a seu lado, para se juntar a Markku Alen, Mikkola, que agora era o piloto numero um, apesar do sueco Stig Blomqvist e de Michele Mouton serem seus rivais internos. Começou com um quarto lugar em Monte Carlo, antes de triunfar na Suécia e em Portugal, e ser segundo no Rally Safari. Com a entrada em cena da versão S2, na Córsega, as coisas não correm bem, acabando por desistir, e o resultado será o mesmo na Grécia e na Nova Zelândia. Mas as vitórias na Argentina e na Finlândia o colocam na luta pelo campeonato, e dois pódios na Costa do Marfim e no RAC foram suficientes para bater Rohrl e Alen, 125 contra os 102 do alemão e os 100 do finlandês. A Lancia consolou-se com o título de Construtores. 


Mikkola recebeu Rohrl de volta à Audi em 1984 e ao lado de Mouton e Blomqvist, entre outros, acabou por andar na luta pelo título com o sueco, que venceu cinco ralis, contra um único triunfo, no Rali de Portugal. Mas a sua regularidade - oito pódios - foi o suficiente para ser vice-campeão do mundo. Mas no final desse ano, entraram em cena os 205 Ti16 e os Audi focaram para trás em relação às máquinas francesas. Um terceiro lugar no Rali de Monte Carlo de 1986 e a vitória no Rali Safari de 1987, mais um podio no Rali da Acrópole desse ano foram os seus últimos resultados de relevo, antes de passar para a Mazda em 1988, ficando até 1991, a tempo inteiro, e correndo pela última vez no Rali da Finlândia de 1993, aos 51 anos de idade, a bordo de um Toyota Corolla 4WD oficial, terminando no sétimo posto, correndo contra uma nova geração de pilotos.

Desde então, participava em Ralis históricos, desde as reedições do Londres-México até ao Forest Stages Rally, organizado na Escócia em honra de Colin McRae, e em 2011 foi induzido no Rally Hall of Fame, ao lado de Walter Rohrl. Ars lunga. vita brevis, Hannu.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

WRC 2021 - Rali do Artico (Dia 1)


Ott Tanak é o primeiro líder do Arctic Rally, com uma vantagem de 16,2 segundos sobre Craig Breen, noutro Hyundai. Nas duas primeiras classificativas desta sexta-feira, o piloto estónio sempre foi o mais rápido, aproveitando o seu melhor conhecimento das classificativas geladas. Kalle Rovanpera é o melhor dos Toyota, sendo terceiro classificado, a 20,4 segundos.

O primeiro dia constituía em duas passagens pela especial de Sarriojärvi, com 31,05 quilómetros de extensão, e na primeira passagem, Ott Tanak conseguiu ser o melhor, no seu Hyundai, 3,6 segundos na frente de Craig Breen, enquanto Kalle Rovanpera foi o melhor dos Toyota, em terceiro, a 10,6. Thierry Neuville foi o quarto, a 12,4, noutro Hyundai, enquanto Elfyn Evans foi o quinto, a 16,7. Sebastien Ogier foi mais cauteloso e apenas conseguiu o nono tempo, a 22,7.

Na segunda passagem, Tanak voltou a vencer, desta vez com 9,8 segundos de vantagem sobre Kalle Rovanpera e 12,6 segundos sobre Craig Breen, noutro Hyundai. De forma surpreendente, Oliver Solberg foi quarto, a 14,8, no Hyundai privado - e a primeira vez que participa num rali num carro WRC - seguido pelo Toyota de Elfyn Evans, a 15,3. 

"Foi muito difícil no escuro porque você está totalmente de lado e não sabe no que vai bater! Estou realmente começando a entender tudo agora, então foi muito agradável e ótimo dirigir nestas classificativas.", disse o piloto sueco.

Depois dos três classificados, Thierry Neuville é o quarto, a 29,8, na frente do Toyota de Elfyn Evans, a 32 segundos. Sexto é Teemu Suninen, a 34,5 segundos, e o melhor dos Ford, na frente de Taamoto Katsuta, noutro Toyota, a 38,8 segundos. Olivier Solberg é o oitavo, a 45,9, e a fechar o "top ten" está Sebastien Ogier, a 49,8, e Gus Greensmith, a 1.05,8.

Amanhã, o rali do Artico continuará em mais seis classificativas. 

Formula E: De Vries foi o vencedor na primeira corrida de Ad Diriyah


Nyck de Vries conquistou em Ad Diriyah, na Arábia Saudita, a sua primeira vitória na Formula E, e segunda da Mercedes na competição, na frente do Venturi de Edoardo Mortara e do Jaguar de Mitch Evans. António Félix da Costa, o campeão em título, acabou à porta dos pontos, na 11ª posição, o melhor dos DS Techeetah, e penalizado pela má qualificação que tinha tido horas antes. 

Com a Formula E a ir para a sua primeira corrida noturna de sempre, a expectativa era de saber como seria esta prova com um asfalto novo e algo escorregado por causa da areia que por vezes sopra naquele local. E na qualificação, Nyck de Vries estava também numa posição bem privilegiada, ao partir da pole-position, com Pascal Wehrlein, no seu Porsche, e René Rast (Audi) logo a seguir.

Em termos de circuito, o Attack Mode estava agora na curva 19, num lugar relativamente complicado de se passar por ser estreito e a saída para a reta da meta coloca os carros logo em cima da trajetoria ideal em poucas dezenas de metros.

Na partida, De Vries fugiu do resto do pelotão, com Wehrlein a aguentar os ataques de Rast e Mortara. Atrás, Jean-EricVergne e Sergio Sette Câmara superaram Félix da Costa, e ele andava na 20ª posição. Nas voltas seguintes, o holandês tentava afastar-se do alemão da Porsche, mas este reagia e fazia voltas mais rápidas. No fundo do pelotão, Robin Frijns e Nick Cassidy foram os primeiros a ir para o Attack Mode, quando faltavam 37 minutos para o final da corrida. E logo a seguir, Tom Blomqvist era penalizado por usar demasiado a energia durante a regeneração, caindo ainda mais para o fundo do pelotão.

Poucos minutos depois, Sam Bird conseguiu passar Alex Lynn e era agora o sexto classificado, na mesma altura em que Félix da Costa ia para o Attack Mode para tentar subir na geral. E a seguir, De Vries e Wehrlein iam passar pelo Attack Mode, este último quando René Rast travou mais tarde para passar o seu compatriota da Porsche. Nesta altura, boa parte do pelotão ia para a sua primeira passagem ao Attack Mode.

Wehrlein tentava apanhar Rast com o Attack mode ligado, mas não coseguia apanhar o piloto da Audi, enquanto De Vries estava na frente, também com a potência extra do Attack Mode. Quando acabou, o holandês tinha 1,8 segundos de vantagem sobre Rast. Wehrlein era pressionado pelos carros da Jaguar, e pouco depois, perdeu dois lugares para Edoardo Mortara e Mitch Evans, onde apenas o piloto suíço tinha o Attack Mode ligado. 

Mas no minuto 20, Alex Lynn e Sam Bird colidem, quando o piloto da Jaguar queria passar o da Mahindra. Lynn quebrou a direção e a desistir. Bird atrasou-se, foi às boxes para reparar o carro, mas estava no fundo do pelotão. Por causa disso, Safety Car entrava inevitavelmente na pista para recolher dos destroços, e com quase toda a gente ainda com um Attack Mode na manga. 

No regresso à bandeira verde, De Vries manteve a liderança, Rast aproximou-se e tentava atacar o holandês quando atrás, Max Gunther batia no muro e largava destroços pela pista. Safety Car de novo na pista, na precisa altura em que De Vries, Rast e Evans tinham usado o Attack Mode. Faltavam menos de dez minutos para o final da corrida. 


O novo recomeço da corrida aconteceu e pouco mais de cinco minutos do final, com De Vries a aguentar os ataques so Venturi de Mortara. Este foi ao Attack Mode, perdeu um lugar para Rast, atacou o alemão e passou-o na meta, regressando ao lugar que tinha Rast ainda iria perder um lugar para Evans, no seu Jaguar. E no meio disto tudo, De Vries fugia de todos, ganhando três segundos e com a vitória aparentemente na mão. 

E foi o que aconteceu, com o holandês na frente de Mortara, que aguentou os ataques de Evans e Rast, terceiro e quarto classificado. Wehrlein foi quinto.

Amanhã é a segunda corrida do fim de semana saudita na competição elétrica.   

Formula E: De Vryes dá pole à Mercedes em Ad Diriyah


Nyck De Vries, piloto holandês da Mercedes, conseguiu a primeira pole-position do ano em Ad Diriyah, na prova inaugural da nova temporada da Formula E, batendo o Mahindra de Pascal Wehrlein por sete décimos de segundo, e o Audi de René Rast. António Félix da Costa, que começa a defender o título do ano passado, só arranca de 18º na grelha, prejudicado por andar no Grupo 1 e pela estratégia adotada pela DS Techeetah.

Com os grupos definidos pelas classificação do mundial do ano passado, Félix da Costa e Jean-Eric Vergne sairiam juntos nesse primeiro grupo, mas nao só abrir a pista é dificil por causa da sua escassa aderência, como a estratégia de sair tarde para a pista prejudicou-os. Ficaram com os dois piores tempos, o português na frente do francês. E nesse grupo, o melhor foi Oliver Rowland, no seu Virgin, seguido pelo Mercedes de Stoffel Vandoorne.

No segundo grupo, já havia um piloto que não iria participar, o holandês Robin Frijns, que tinha tido um acidente no segundo treino livre e o seu carro não ficou reparado a tempo. E foi aí que todos tiraram tempos competitivos, com Nyck de Vries a ser o mais veloz, seguido por Max Gunther, André Lotterer, Mitch Evans e Sam Bird

Para o Grupo 3, constituido por Edoardo Mortara, René Rast, Alex Lynn, Pascal Wehrlein, Alex Sims e Oliver Turvey as condições de pista melhoraram o suficiente para que apenas Sims e Turvey não terem conseguido tempo para conquistarem um lugar na decisão final. No último grupo, o despiste do Dragon de Sergio Sette Câmara deu trabalho aos comissários e alguns pilotos marcaram tempo com o carro do brasileiro parado na pista.  Nico Muller, Tom Blomqvist e Nick Cassidy foram penalizados por terem melhorado o seu registo com bandeiras amarelas em pista, ficando de fora da decisão final.

Para a SuperPole entraram de Vries, Mortara, Wehrlein, Rast, Lynn e Mitch Evans, surpreendido por ter conseguido um tempo para a fase final. E deve ter sido por isso que o piloto da Jaguar, o primeiro a sair, se despistou e perdeu a chance de fazer um bom resultado. Quando a pista esteve livre, Lynn saiu para a pista marcando o melhor tempo, mas depois foi superado por Wehrlein, com 1.08,821 mas De Vries, o último a sair para a pista, fez um tempo espectacular de 1.08,157, quase sete décimos melhor que o do piloto alemão.

Definida a grelha, agora é a altura da corrida, a primeira noturna de sempre na competição elétrica, que acontecerá pelas 17 horas, horário de Lisboa.


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Youtube Formula 1 Video: O que se passa com a Rich Energy?

Como sabem, William Storey, o barbudo da Rich Energy que tem mais lábia que substancia, está de volta, afirmando que irá regressar à Formula 1 com patrocinador principal de uma equipa do atual pelotão em 2022, depois desta fora comprada por "um amigo nosso". Como toda a gente sabe, a Rich Energy esteve como patrocinadora da Haas F1 Team em 2018, acabando a meio da temporada com brigas de parte a parte, e passando a ideia de que tudo isso não passa de fumo. "Smoke and mirrors" como dizem nas britanias.

Pois bem, o Josh Revell resolveu escavar um pouco mais fundo e fez este video sobre quem ele é, o que a Rich Energy andou a fazer desde então - patrocinou algumas pessoas e tentou comprar um clube de futebol! - e aparentemente, esta nova aparição tem a ver com uma possível compra de uma equipa de Formula 1 num futuro próximo e claro, o Barbas de ocasião poderá ser visto de novo nos "paddocks" da categoria máxima do automobilismo.

E se calhar, poderá ser mais do que um regresso...

WRC: As expectativas dos pilotos da Toyota para o Arctic Rally


Na véspera da primeira edição do Arctic Rally, dos dos pilotos da Toyota, o local Kalle Rovanpera e o francês Sebastien Ogier, tem expectativas diferentes sobre a prova que se estreia no Mundial de Ralis, no lugar do cancelado Rali da Suécia. Para Rovanpera, que competiu no ano passado com o Yaris WRC, apesar do percurso ser um pouco diferente, a pressão é mais no sentido da excitação, ansioso por começar a prova e mostrar que não só tem máquina, como capacidade para estar nos lugares da frente da prova.  

Será bom estar de novo a competir na Lapónia. Disputei aqui o rali uma vez antes, no ano passado, no meu primeiro evento com o Yaris WRC. Com certeza, essa experiência vai ajudar um pouco. Mas haverá alguns troços onde nunca conduzi antes ou serão na direção oposta, por isso não creio que seja uma grande vantagem." começou por dizer o jovem piloto. 

"Nos nossos testes, a maior preocupação foi encontrar a configuração certa para o novo pneu, pois o estilo do pneu é diferente do que tínhamos antes, mas a sensação tem sido boa. Para mim há um pouco mais de pressão do que o normal, mas eu diria que é mais excitação do que pressão, especialmente dos finlandeses, uma vez que todos me seguem mais do que em outras provas”, concluiu.

Já da parte de Sebastien Ogier, ele normalmente não tem bons resultados na neve pura, como costuma ser a Suécia, e mais pura será nas classificativas da Lapónia a meio de fevereiro. Para piorar as coisas, a neve solta não é bom para quem abre a estrada, mas seria pior quem vem atrás do líder. Tudo depende da meteorologia, que por estes dias, irá estar favorável. 

Vamos ter boas condições para o Rali Ártico Finlândia, o que contrasta bastante com o que temos visto na WRC nos últimos anos. Quando testei na zona à volta de Rovaniemi, gostei muito: Senti-me feliz com o carro e penso que estamos prontos. Só temos de esperar e ver como estão as condições ao abrirmos a estrada, pois isso pode desempenhar um grande papel em ralis de neve como este.", começou por comentar.

"Depois do ano passado, sei esperar uma dura competição dos meus companheiros de equipa nestas condições – estou certo de que Elfyn [Evans] estará muito motivado e Kalle [Rovanpera] provavelmente ainda mais em casa – mas também das outras equipas também. Portanto, espero que seja um rali difícil de vencer, mas estou pronto para o desafio”. 

Youtube Motorsport Video: Os treinos livres de Ad Diriyah

A Formula E começa este final de semana em terras sauditas - e a corrida é noturna, a primeira de sempre nesta competição - e nesta nova temporada, o pessoal da competição está a transmitir algumas sessões ao vivo no seu canal oficial no Youtube. Logo, eis o link para verem em direto, em inglês. 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

A imagem do dia


Na foto, Jacky Ickx rolando com o seu Ferrari 312PB-73 na zona das Hunaudrieres. Fazendo dupla com o britânico Brian Redman, desistiram com a meta a vista devido a um problema de motor. Esta foi a última vez que a Scuderia lutou realmente pela vitória na prova, num duelo contra a Matra que acabou favorável às cores francesas. Henri Pescarolo e Gerard Larrousse foram os melhores, batendo o carro de Arturo Merzário de José Carlos Pace, com seis volta de diferença entre eles. Jean-Pierre Jabouille e Jean-Pierre Jassaud, noutro Matra, ficaram com o lugar mais baixo do pódio.

Pouco depois deste resultado, e da competição de Endurance onde lutou com a Matra, Porsche e a Alfa Romeo para o titulo, investindo consideravelmente no desenvolvimento do 312PB, a chegada de Luca de Montezemolo fez priorizar a Formula 1 em detrimento da Endurance e essa parte da história foi encerrada, julgando-se para sempre. Pois bem, depois de muitas ameaças, a Scuderia anunciou nesta quarta-feira que iriam voltar a La Sarthe, meio século depois desta aventura. 

Não é um regresso inocente, nem circunstancial. 2023 é o ano do centenário da prova, e os novos regulamentos dos Hypercar e dos LMDh com os devidos limites nos custos fizeram com que as marcas corressem para ali como um carreiro de formigas. A maneira como as coisas foram feitas fizeram com que marcas como Porsche, Peugeot e Acura, decidirem correr ali, juntando-se à Toyota para uma das duas classes, e tento também as equipas mais pequenas como a ByKolles e a Glickenhaus. 

No final, a Endurance tornou-se no lugar onde todos querem estar naquele ano. E claro, vencer aquela edição do centenário - não a centésima edição, pois não aconteceu em 1936 e entre 1940 e 48 - seria fantástico para a imagem do "win on sunday, sell on monday". E se forem híbridos ou elétricos - e ainda temos a hipótese do hidrogénio! - melhor ainda.

Mas também há outro motivo pelo qual temos alguém como a Ferrari por ali. Primeiro que tudo, o dinheiro. Com o teto orçamental a ser colocado na Formula 1, já não se justifica gastar 350 ou 400 milhões de dólares para conseguir vitórias pontuais, numa era de domínio da Mercedes. Agora com essa folga, pode-se pensar em outras aventuras. E a Endurance foi a decisão natural, depois de terem recusado a chance de irem para a IndyCar.

Mas também poderá haver outra coisa. Enzo Ferrari dizia sempre que o segredo do sucesso dos seus carros de estrada é de construir sempre um carro a menos que o necessário. É outra maneira de vencer no domingo para vender na segunda-feira, porque falamos de hipercarrros. E se o carro, que será apresentado dentro de algum tempo, tiver uma versão de estrada, e se tornar vencedor, podem imaginar a longa fila de espera para ter um à porta de Maranello, não é?

Em suma, estar em Le Mans a meio de junho de 2023 vai ser um lugar muito cobiçado.   

Noticias: Formula 1 e W Series conversam sobre futura expansão


A W Series terá em 2021 oito provas, todas fazendo parte do calendário de Formula 1, e a organização espera aumentar o numero de corridas a partir de 2022, com a benção da própria competição maior, no sentido de formar uma geração da mulheres piloto. As conversações estão a acontecer e esperam que cheguem a bom porto dentro em breve.

W [Series] é uma série fantástica e estamos realmente orgulhosos de tê-los como nosso parceiro este ano em oito corridas”, disse Chloe Targett-Adams, diretora global da Formula 1 para a promoção de corridas, num encontro virtual organizado pela BlackBook Motorsport. “Já estamos conversando com eles potencialmente sobre o crescimento disso na próxima temporada.

Ela espera que a série, expandida, veja mais raparigas a caminho do topo da pirâmide automobilística.

No final das contas, espero que W Series participe em mais corridas com a gente e acabe levando a mais mulheres na Fórmula 1”, concluiu.

A competição arranca a 22 de junho, em Paul Ricard, e termina no fim de semana do GP do México, a 30 de outubro.

Endurance: Ferrari anuncia o seu regresso


A Ferrari vai regressar à Endurance e as 24 Horas de Le Mansem 2023 através da categoria principal, meio século depois da última vez. O anuncio foi feito esta tarde através de um comunicado de imprensa por John Elkann, o presidente da marca, e o regresso da Scuderia de Maranello ao Mundial de Endurance, depois da sua última presença em 1973, é mais um anuncio de um grande fabricante a entrar na competição, juntando-se à Toyota, Peugeot, Scuderia Cameron Glickenhaus e ByKolles no desenvolvimento de um LMH. Audi, Porsche e Acura confirmaram os programas da LMDh, até agora.

Em mais de 70 anos de corridas, em pistas de todo o mundo, levámos os nossos carros de rodas tapadas às vitórias, explorando soluções tecnológicas de ponta: inovações que surgem da pista e tornam extraordinários todos os carros de estrada produzidos em Maranello. Com o novo programa Le Mans Hypercar, a Ferrari afirma mais uma vez o seu empenho desportivo e determinação em ser protagonista nos grandes eventos automobilísticos mundiais”, afirmou o presidente da Ferrari, John Elkann.

Já do lado da FIA, o seu presidente, Jean Todt, ficou satisfeito por esta noticia do regresso da Scuderia à Endurance como equipa oficial.  

O anúncio do compromisso da Ferrari com o Campeonato Mundial de Enduro da FIA com uma entrada em Le Mans Hypercar a partir de 2023 é uma grande notícia para a FIA, a ACO e o mundo mais vasto do desporto automóvel. Acredito no conceito de Hipercarros relevantes para as estradas que competem no Mundial de Endurance da FIA e nas 24 Horas de Le Mans. Estou ansioso por ver esta lendária marca a assumir este ambicioso projeto”.

Vencedor nas 24 Horas de Le Mans por nove vezes, a primeira das quais em 1954, com o argentino José Froilan Gonzalez e o francês Maurice Trintignant, tornou-se no terceiro construtor mais triunfador de sempre, mas a sua última vitória aconteceu em 1965, através do americano Masten Gregory e o austríaco Jochen Rindt, que finalizou um período de seis vitórias consecutivas, desde 1960. A última tentativa séria de vitória aconteceu em 1973, com o 312PB-73, conseguindo como melhor resultado um segundo lugar, através do italiano Arturo Merzário e do brasileiro José Carlos Pace.  

Conheçam Guilherme Oliveira


Durante muito tempo, parecia que Portugal tinha fechado a torneira em relação a pilotos de automóveis, pelo menos os que pretendiam dar o pulo para fora das nossas fronteiras. Se bem que gente como António Félix da Costa, Filipe Albuquerque, Henrique Chaves, Álvaro Parente ou até Tiago Monteiro sejam gente que prestigie as nossas cores no automobilismo, o mais novo deles todos está perto dos 30 anos, e o karting não está a produzir gente capaz de dar o salto e ir para as categorias de acesso aos monolugares. 

Só que as coisas poderão mudar dentro em breve. A Formula 4 espanhola terá este ano dois pilotos portugueses, bem adolescentes, nomeadamente Manuel Espirito Santo e Guilherme Oliveira, mas este último é destaque porque hoje foi confirmado que guiará na FA Racing by Drivex, a equipa de Formula 4 construída por Fernando Alonso. E terá como companheiro de equipa, nada mais, nada menos em Enzo Trulli, filho de Jarno Trulli.

Nascido e criado em Vila Nova de Gaia, nas últimas cinco temporadas no karting nacional conquistou quinze títulos, algo bem raro e demonstrando que tem talento a sair pelos poros. E no final do ano passado, foi convidado pela Drivex para fazer uma ronda isolada da Formula 4 espanhola, em Jarama, onde pontuou em todas as corridas, acabando com um quarto lugar como melhor resultado. E cedo foi assessorado e aconselhado pela Synergy Driver Performance, empresa fundada por Duarte Félix da Costa e Gonçalo Gomes, que se encarrega da gestão de carreira e "driver coaching" de jovens pilotos.

Para o jovem piloto, tudo isto trata-se de: “um sonho tornado realidade. Nos últimos anos tenho trabalhado arduamente e conseguido bons resultados no karting, sempre com o objetivo de dar este salto para a Formula 4, e fazê-lo com a FA Racing Team é espetacular. O Fernando Alonso sempre foi o meu ídolo, aliás sempre fui o nº 14 por inspiração nele. É para mim um grande orgulho representar as cores Nacionais ao serviço da equipa FA Racing Team by Drivex e quero agradecer esta grande oportunidade ao próprio Fernando Alonso, ao Miguel Angel de Castro e à Synergy, que gere a minha carreira. Estou motivado e com toda a vontade de começar os testes de preparação.

Miguel Angel de Castro, proprietário da equipa Drivex e representante da FA Racing Team, propriedade de Fernando Alonso, mencionou que “este namoro com o Guilherme começou já o ano passado, o ADN da FA Racing Team é cem por cento vencedor e vimos no Guilherme essa mesma forma de estar, pelo que tanto eu como o Fernando Alonso identificámos de imediato como uma prioridade contar com ele. Estou muito contente por termos conseguido garantir o Guilherme na nossa equipa e mal pudemos esperar pelo inicio do campeonato e ver o que ele é capaz de fazer com as cores da nossa equipa.

Para quem não sabe o que é a Formula 4, é uma competição de entrada aos monolugares feita pela FIA, com chassis Tauutus feitos de fibra de carbono, e no caso da versão espanhola, apresentam um motor 1.4 turbo Abarth, com 160 cavalos de potência. Os regulamentos e custos são regulados e espera-se que a passagem destes pilotos dos karts para os monolugares seja o mais suave possível. 

A Formula 4 espanhola terá em 2021 sete jornadas triplas, começando em Jarama, entre os dias 10 e 11 de abril, e acabando em Barcelona, no fim de semana de 13 e 14 de novembro. Pelo meio haverá passagens por Spa-Francochamps, nos dias 24 e 25 de abril, e Portimão, a 17 e 18 de julho.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Noticias: Ferrari correu com "handicap" em 2020


A Ferrari correu com uma mistura de combustível menos rica que a concorrência em 2020. Essa foi a penalização que a FIA deu à equipa por ter tido um motor irregular em 2019, sentença essa que tinha sido deixada em segredo devido a um acordo entre a marca e o organismo liderado por Jean Todt. Contudo, recentemente, o ex-piloto finlandês Mika Salo revelou qual foi a penalização que a marca de Maranello e as outras equipas que têm o mesmo motor - Alfa Romeo Sauber e Haas F1 - sofreram na temporada passada.

Numa conversa que aconteceu no seu canal pessoal da rede social Twitch, Salo referiu sobre isso quando comentou sobre as chances de Kimi Raikkonen nesta temporada. 

"A equipa sofreu com a ilegalidade da Ferrari em 2019. Eles foram forçados a usar menos combustível, então a Alfa Romeo pode estar em uma boa posição se conseguirem dar o seu melhor na corrida nesta temporada", explicou. “Não sei se eles terão um novo motor para 2021. Mas pelo menos a Alfa Romeo poderá usar toda a potência. Não foram permitidos no ano passado por causa da Ferrari”, insistiu o nórdico.

Salo foi piloto da Scuderia no verão de 1999 devido ao acidente de Michael Schumacher durante o GP da Grã-Bretanha. Nessas seis corridas, conseguiu dois pódios e dez pontos no total. 

A(s) image(ns) do dia





Não passou despercebido o facto de ontem ser o que teria sido o 72ª aniversário de Niki Lauda. Mas o mais surpreendente dos seus tributos ao piloto morto em 2019 foi a apresentação de... um carro. E não é um carro qualquer, é uma versão de corrida do T.50 da Godon Murray Automotive, carro projetado por Gordon Murray, que já por si é um carro radical, devido ao imenso efeito-solo do bólido. 

Segundo fala a marca, o carro terá 852 quilos, 38 mais leve que a versão e estrada, e tem 1200 kg de força no solo - e ainda atingiu 1500 no banco de ensaios! - e a ideia é de passar ao seu piloto "uma experiência de pista como nunca tenha sentido". Pudera! Já viram os difusores duplos que saem da sua traseira? 

O carro será vermelho - a cor do capacete e do seu chapéu - e claro, serve para homenagear a sua vitória no GP da Suécia de 1978, o único triunfo do Brabham "fancar". E serão produzidos apenas 25 exemplares, precisamente um para cada vitória do piloto austríaco na Formula 1, custando 3,1 milhões de libras por cada exemplar.

E claro, o seu criador promete uma experiência única:

O T.50 é o supercarro definitivo para as estradas, mas sempre sonhei em dar um passo adiante... construir uma versão que proporcione uma experiência de direção na pista como nenhum outro carro na história”, começou por dizer.

Para o T.50, nossa meta era clara, fazer o melhor carro de pista para a estrada. Com o T.50s Niki Lauda era igualmente claro torná-lo o melhor carro de piloto para a pista. Eu estabeleci alguns parâmetros para criar o carro do motorista definitivo e experiência na pista: uma posição de condução central, um V12 logo atrás, acelerando a mais de 12.000 rpm, produzindo mais de 700 cavalos de potência e com um tempo de resposta ainda mais rápido. Na minha opinião, não fica melhor do que isso e está guiando-o na sua forma mais pura. O T.50s Niki Lauda dará uma conexão visceral entre o piloto, o carro e a pista, algo que nunca foi experimentado até agora.

Sem dúvida, este é um supercarro ainda mais radical. Digno do piloto que dá o seu nome. Os exemplares começarão a ser produzidos em 2023, mas acho que todos eles já estão vendidos...

Formula E: Felix da Costa motivado para a nova temporada


António Félix da Costa começa este final de semana a defesa do seu título mundial na Formula E. Em Riad, na capital da Arábia Saudita, numa jornada dupla, o piloto de Cascais está ansioso por voltar a correr e lutar por pódios e vitórias, consciente de que é o piloto do qual todos pretendem bater, a começar pelo seu companheiro de equipa, Jean-Eric Vergne.

Finalmente chegou a hora de voltar a correr. Foi em Agosto que me sagrei campeão da Fórmula E, mas a verdade é que a vontade de voltar é muita.", começa por dizer, no seu comunicado oficial. "Trabalhámos intensamente durante todos estes meses para chegar a esta primeira prova bem preparados e julgo que fizemos bem o nosso trabalho de casa.", continuou, falando depois sobre o carro que vai usar em pista na ronda dupla saudita. 

"Apesar de ainda não trazermos o carro novo este fim-de-semana, por razões de garantia de fiabilidade, sabemos que o carro de 2020 é rápido, eficiente na gestão de energia e  permite-nos estar confiantes, mesmo sabendo que algumas equipas trazem já para esta primeira prova o novo carro. Já venci há dois anos aqui em Riade e vou entrar em pista com a vontade e determinação de sempre em lutar pelos pódios e vitórias, sabendo bem que a tarefa não é fácil, com muitas equipas e pilotos capazes de lutarem connosco. Sou o atual Campeão e sei que sou o alvo a abater mas isso dá-me ainda mais motivação!", concluiu.

As duas provas acontecerão esta sexta-feira e sábado, serão ambas noturnas, e começarão pelas 17 horas, no horário de Lisboa.

Apresentações 2021 (4) O Red Bull RB16B


A evolução do Red Bull de 2020 foi hoje apresentado virtualmente, e espera-se, que nesta última temporada de colaboração com a Honda, o carro possa ser ainda mais competitivo que na temporada passada. Com um corte de 10 por cento na aerodinâmica para recuperar terreno para os Flechas de Prata da Mercedes, espera que o chassis desenhado por Adrian Newey, e guiado este ano por Max Verstappen e Sérgio Perez seja ainda mais vencedor do que acabou por ser na temporada passada.

Neste último ano da Honda na Formula 1, o construtor nipónico de motores também quer deixar a competição em alta e têm trabalhado arduamente na nova unidade motriz, que se espera possa trazer mais competitividade aos energéticos. Por seu lado, em Milton Keynes, a Red Bull começou a reorganizar-se internamente, com a criação de um novo departamento responsável pelos motores da equipa de 2022 até 2025, altura em que a Honda cederá a propriedade intelectual do seu motor.

Espero que Sergio Pérez consiga garantir que tenhamos dois carros próximos da Mercedes com frequência, desempenhando um importante papel na equipa”, afirmou Christian Horner. “Vai ser difícil para ele [Pérez] atingir o desempenho ideal porque só vai ter só um teste, mas ele tem a vantagem da experiência. Nós esperamos que Pérez seja capaz de desafiar o companheiro, assim como tivemos com Ricciardo e Verstappen durante três temporadas”, seguiu.

O Red Bull RB16B estará amanhã em Silverstone para fazer o seu "shakedown".

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

A imagem do dia


“Não me sinto um super-herói, me sinto como um pai que fez o que tinha que fazer para voltar a ver os seus filhos.”
Romain Grosjean.

Eu vi esta imagem ontem ou anteontem no Twitter do pessoal do podcast Bandeira Amarela, e ao ver aqueles nomes, pensemos naqueles que morreram para salvar outros. E isso tudo veio na sequência do video que passou no fim de semana da animação do acidente do piloto francês em Shakir, no Bahrein, onde o carro se quebrou em dois e o depósito de gasolina rompeu, pegando fogo. Ao ler todos esses nomes, também temos de pensar em todos os inovadores que modificaram os chassis para sempre, dos médicos que ajudaram a organizar e melhorar os procedimentos de segurança nos circuitos. Tecnicamente, todos aqueles carros em fibra de carbono, os "crash-tests", e no final, o "Halo", a coisa do qual muitos criticaram por ser... feio. 

Pode ser feio, mas sem ele, já teríamos tido duas mortes na Formula 1. E nem falo só do Romain Grosjean, ou por acaso já esqueceram do Charles Leclerc, na partida do GP de Bélgica de 2018, onde levou com um pneu do McLaren de Fernando Alonso, arrancando a pintura do Halo do piloto monegasco?

Percebo perfeitamente que existem as pessoas que gostariam de regressar a um passado que só existe nas suas cabeças, mas no passado, os chassis eram de aluminio, os depósitos de gasolina estava ao lado dos pilotos, no cockpit, e todos os pilotos pensavam o seguinte no inicio da temporada: "quantos de nós estarão mortos no final do ano?"

E essa gente tinha familia, pais, mães, mulheres e filhos. E não tinham qualquer vontade de morrer. queriam competir e ganhar. Porque, sobretudo, a adrenalina os fazia sentir vivos a 320 km/hora. E tudo o que foi feito foi para mostrar que poderiam continuar a ter esse sentimento, sem ter de pagá-lo com a sua própria vida. E ao ver todos aqueles nomes, podemos ver que a segurança da Formula 1 não aconteceu só com os inventores, as firmas que constroem e tecem os materiais que protegem os pilotos. Foi também com pilotos que pagaram um preço elevado, incluindo aqueles que, como Niki Lauda, carregaram no corpo as consequências de um acidente. E no final, eram todos humanos.

IndyCar: 500 Milhas de Indianápolis terão numero limitado de espectadores


As 500 Milhas de Indianápolis terão fãs na próxima edição, no dia 30 de maio. Apesar de não haver números, na realidade serão limitados o numero de bilhetes emitidos para a edição numero 105 da competição no Brickyard. O anuncio foi feito esta tarde por um porta-voz do Indianápolis Motor Speedway (IMS), que garantirão divulgar mais pormenores dentro de algum tempo.  

“Planeamos receber os fãs no Indy 500 e continuaremos trabalhando nos detalhes específicos em consulta com as autoridades de saúde estaduais e locais”, disse um porta-voz da IMS ao site racer.comÀ medida que o acesso à vacina aumenta e as taxas de positividade diminuem, a lista de grandes eventos esportivos que recebem os espectadores está crescendo. Isso inclui o Super Bowl e o Daytona 500 entre outros. Ainda faltam mais de três meses, então há tempo para continuar monitorizando e coletando informações. Forneceremos uma atualização para os fãs na primavera.”, concluiu.

As 500 Milhas de 2020, inicialmente marcada para o final de maio, foram adiadas para agosto, e depois de se ter anunciado que teria um número limitado de espectadores, acabou por não haver ninguém devido ao agravamento da pandemia no verão. 

O inicio da temporada está marcado para o dia 18 de abril, no circuito de Barber, no Alabama. 

WRC: Latvala lida com a pressão "caseira"


Jari-Matti Latvala é um homem satisfeito com o começo de temporada da Toyota no WRC. Depois de uma dobradinha em Monte Carlo, o ex-piloto finlandês espera que o pessoal da Toyota Gazoo Racing consiga outro resultado forte no Rali Ártico/Finlândia, a sua prova "caseira", pois é ali onde está a sede da preparadora que ajuda a construir e desenvolver os chassis da marca japonesa para o Mundial de Ralis.

Na semana em que se estreia o Rali Ártico, substituto do Rali da Suécia, cancelado este ano, Latvala sente a pressão caseira, mas acha que poderão lidar perfeitamente com isso.

O nosso resultado no Rali de Monte-Carlo foi um início de temporada muito especial. Fiquei feliz por ver como a equipa estava a trabalhar bem em conjunto. Agora, estamos ansiosos pelo Rali do Ártico/Finlândia. Ao longo dos anos tem-se falado muito sobre como o evento poderia ser fantástico como uma ronda do WRC, com a neve garantida e este ano surgiu subitamente a oportunidade. Todos os envolvidos fizeram um grande trabalho para que isso acontecesse num espaço de tempo muito curto. Tenho a certeza que vai ficar fantástico na televisão com a neve branca pura e o sol a brilhar.", começou por dizer.

"O que é típico na Lapónia são curvas muito longas e rápidas, onde se pode perder muito tempo se não se sentir confiante, por isso a estabilidade do carro é muito importante. Para nós, provavelmente haverá um pouco mais de pressão do que o habitual, porque é um acontecimento doméstico e o nosso carro foi desenvolvido em estradas finlandesas com este tipo de condições. Mas estou confiante de que podemos lidar com isso”, concluiu.

O rali do Ártico acontecerá neste final de semana.

As expectativas técnicas do chassis C41 da Alfa Romeo


Na apresentação do chassis C41 da Alfa Romeo Sauber, Jan Monchaux, o Director Técnico da Alfa Romeo Racing, deu um pouco mais de luz sobre as novidades do novo carro, especialmente na parte do fundo plano e do difusor traseiro, pois foram as áreas onde a equipa andou mais a mexer no chassis, mais invisiveis ao olho nu. Sem poder mexer muito nos regulamentos, devido à pandemia, que os obrigou a que as equipas concordassem entre si para haver um congelamento das evoluções, para aplicarem a fundo nos novos regulamentos para 2022, o novo carro espera que seja um "velho conhecido, logo, já sabem mais ou menos onde andam a concorrência. 

E mesmo assim, esperam que isso sirva para subir mais na classificação de Construtores, onde foram apenas oitavos classificados, e fiquem um pouco mais perto do meio do pelotão.

O C41 é o resultado duma situação bastante invulgar: este ano, de facto, o regulamento da Fórmula 1 impediu-nos de desenvolver um carro completamente novo. Por esta razão, o modelo 2021 tem muitos componentes em comum com o C39, exceto aqueles que os regulamentos nos obrigaram a alterar: como o fundo plano do carro e o nariz, em cujo desenvolvimento decidimos investir.", começou por dizer. 

"Isto significa que, quando testarmos, conheceremos o carro muito melhor do que o habitual, mas ainda assim será essencial aproveitar ao máximo os três dias de testes disponíveis para verificar se a realidade corresponde às nossas expectativas e para nos familiarizarmos com os novos pneus. Estamos prontos para a nova época e mal podemos esperar para ver o nosso novo carro bater na pista”, continuou.

Pelo regulamento não pudemos mudar as partes estruturais do carro. Investimos no desenvolvimento aerodinâmico na frente do carro, com um novo nariz, além de termos revisto de forma profunda a suspensão dianteira e a asa da frente, assim como todos os apêndices aerodinâmicos na frente do carro. O resto do trabalho foi feito no fundo plano e no difusor de forma a recuperar todo o apoio aerodinâmico que perdemos com o novo regulamento. O chassis é o mesmo, tal como a caixa de velocidade, a suspensão traseira também é praticamente a mesma. Usamos tudo o que podíamos do carro do ano passado para concentrarmos o trabalho nas zonas em que podíamos ter mais retorno imediato.


Moncheaux acabou por dizer que o maior foco está na temporada de 2022, que será um ano de grande importância para a equipa.

2022 vai ser uma nova era para a Formula 1 e é uma grande oportunidade para nós, como equipa pequena que somos, tentar recuperar a desvantagem que temos. Será um ano crucial para nós e com a imposição do limite orçamental, teremos de equilibrar o desenvolvimento deste carro e do carro de 2022. Todas as equipas irão tendencialmente terminar o desenvolvimento do carro de 2021 mais cedo que o habitual, para apostar tudo na época seguinte. Não significa que não desenvolvemos o carro. Levaremos melhorias nas primeiras corridas, há ainda trabalho a ser feito no túnel de vento e depois veremos como a época se desenrola, se somos forçados a trabalhar mais neste carro ou se podemos parar mais cedo e trabalhar no próximo. Será este equilíbrio que será feito por nós e por todas as equipas que devido ao limite orçamental não poderão desenvolver dois carros em simultâneo. “, concluiu.

Apresentações 2021 (3) - O Alfa Romeo C41


O Alfa Romeo Sauber C41 foi esta manhã apresentado em Varsóvia, a capital da Polónia, com Kimi Raikkonen, António Giovinazzi e Robert Kubica na cerimónia. Com uma nova frente, não há muitas mais alterações aparentes no bólido, que à partida, não deverá ser um carro totalmente novo, pois como é sabido, o desenvolvimento dos chassis foi congelado para esta temporada por causa da pandemia.

Para Kimi Raikkonen, que este ano comemora o vigésimo aniversário da sua estreia na Formula 1, espera que o novo carro seja melhor que o do ano passado, e que tenha melhores resultados do que em 2020, onde conseguiram ser apenas antepenúltimos na classificação dos Construtores. 

É sempre bom sentarmo-nos num carro novo, há algumas mudanças nas regras, e agora resta esperar para perceber como vai ser o impacto dessas regras. Espero que estejamos melhor que o ano passado e isso é algo que vamos já perceber nos testes e depois na primeira corrida, dentro de um mês. Faremos o melhor independentemente onde estivermos!

Já Antonio Giovinazzi, que vai para a sua terceira temporada na equipa, elogiou o visual do carro, esperando que este seja competitivo desde o primeiro teste, que acontecerá no Bahrein, no mês que vêm. E a confiança no novo carro é tal que já fez uma aposta com Frederic Vasseur: raspa o cabelo caso chegue ao pódio.

Todas as épocas quando vemos o carro pela primeira vez é sempre emocionante, mas este é provavelmente o mais bonito dos três carro que vi aqui na Alfa Romeo. Esperemos que seja também o mais rápido. E estou ansioso pelo primeiro teste e ver qual a performance do carro para entender como poderá ser a época.

Fiz uma aposta com Frederic Vasseur: quando chegar ao meu primeiro pódio, ele pode rapar-me o cabelo. Frederic ocasionalmente brinca sobre rapar-me o cabelo, pelo que eu posso imaginar a sua cara quando finalmente rapar o meu cabelo. Eu próprio ficarei satisfeito com esta época se o meu cabelo estiver curto no final do ano, porque isso significa que estive no pódio em 2021. Isto diz algo sobre o quanto quero estar no pódio, porque estou muito apegado ao meu cabelo comprido”, gracejou.


Frederic Vasseur, o diretor desportivo, afirmou que o lançamento de um novo carro como este é o resultado de meses de trabalho, e espera que em 2021, consigam terminar num resultado melhor do que alcançaram na temporada passada. Mas tem também a consciência que todas as equipas tem expectativas bem elevadas neste campo.

Para todos, o lançamento de um novo carro é sempre um momento emocionante, o culminar de meses de esforço na fábrica e o início de uma nova aventura. Penso que a filosofia por trás da equipa é sempre a mesma: o trabalho que fazemos amanhã tem de ser melhor do que o que estamos a fazer hoje. Terminámos a época passada em oitavo, em 2021 temos de visar um resultado melhor mas, para sermos bem sucedidos, temos de continuar a melhorar em todos os departamentos, na pista e na fábrica. Todas as equipas da grelha têm expetativas muito elevadas neste momento. Todas as equipas tentam fazer um bom trabalho no inverno para estar numa boa posição para a primeira corrida, mas em breve teremos todos de jogar bem as nossas cartas”, comentou.

O carro começará a ser testado no mês que vêm, em Shakir, nos testes colectivos de pré-temporada.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

WRC: Hyundai quer ganhar no Ártico


Na semana em que se estreia o Arctic Rally no Mundial de Ralis WRC, a Hyundai está sobre brasas. Sem ainda a aprovação para 2022 em relação aos carros "Rally1", e com um resultado medíocre em Monte Carlo, onde apenas Thierry Neuville conseguiu um terceiro posto, numa prova vencida por Sebastien Ogier, no seu Toyota Yaris, numa dobradinha da marca japonesa.  

Andrea Adamo está consciente do peso que cai na equipa, se quiser a continuar a poder desafiar a Toyota. "Não é segredo que a nossa temporada não correu como planeamos em Monte Carlo. O Artic Rally Finland dá-nos a oportunidade de rectificar isto. Os nossos três pilotos já terminaram no pódio em provas de inverno anteriores, por isso sabemos que são capazes de ter grande velocidade em condições difíceis. É um rali novo e aliciante, mas não há tempo para descansar nos louros."

O responsável transalpino mostra-se ambicioso e assume que "teremos de estar no topo nos três dias, nada abaixo da vitória será um bom resultado.", concluiu. Para além de Neuville, alinhará com Ott Tanak e Craig Breen.

Começando pelo próprio Tanak, que não marcou nada em Monte Carlo, não entra em objectivos de resultado concreto no Árctico. O piloto estónio espera "começar o nosso campeonato como um arranque adequado depois da desilusão de Monte Carlo, apostando num resultado mais representativo para nós e para a equipa." Já Breen assume ser importante começar a temporada "da maneira correcta," mas vai avisando que "iremos precisar de um bocado para entrarmos no ritmo."

O Arctic Rally, cujo centro será em Rovaniemi, no norte da Finlândia, acontecerá no próximo fim de semana.

As aspirações de António Félix da Costa


Falta uma semana para o começo da nova temporada da Formula E, que acontecerá na Arábia Saudita, com uma jornada dupla. E o atual campeão da competição, António Félix da Costa, falou sobre o que poderá ser a nova temporada, quer em termos de carro, calendário e outros assuntos. 

Em termos de bólido, o DS Techeetah começará a nova temporada com a unidade motriz da temporada passada, mas a marca afirma que a nova unidade estará pronta para se estrear em Roma, na ronda italiana do campeonato. Apesar desta novidade, Félix da Costa afirma que as modificações não vão ser significativas.

A cada ano tentamos encontrar mais performance, mas todos estão já tão perto do limite que é impossível dar um salto grande", começou por dizer. "A maioria das unidades motrizes operam já com eficiência acima dos 99 por cento. Mesmo que digamos que fizemos grandes avanços, falamos de diferenças de 0,1 ou 0,2 por cento, o que é ótimo mas não traz diferenças significativas. Melhoramos a nossa eficiência na nova unidade, o que implica mais potência recuperada e tentamos sempre tornar a unidade mais leve.", continuou. 

"Os regulamentos mudaram e agora temos um peso mínimo para os pilotos, o que significa que terei de colocar lastro no topo do assento, o que não é ideal pois antes podíamos colocar o lastro mais abaixo. Há pilotos que estão a tentar perder peso como o Lucas Di Grassi e o André Lotterer, eu estou a tentar ganhar peso. A DS já provou que sabe fazer unidades motrizes muito fortes e pelos testes que fizemos é sem dúvida um passo em frente.

Num ano cujo calendário está sujeito a modificações de última hora, novas oportunidades podem surgir. Esta temporada, é sabido que tem mostrado flexibilidade nos seus planos e irá ter uma ronda num circuito “tradicional”, em Valência, para além da ida ao Mónaco, usando o mesmo circuito da Formula 1. Contudo, outros circuitos permanentes poderão entrar nas contas, e o piloto de Cascais gostava de correr... no seu quintal, ou seja, uma ronda da Formula E no Estoril.

Gostaria que o Estoril fosse adicionado. Seria fantástico e os responsáveis da pista ligaram-me para que dissesse à Fórmula E que o circuito está pronto para receber a prova, se houver um problema de última hora. Creio que eles têm estado em contacto, mas não acredito que vá acontecer este ano. Quanto a uma prova em Lisboa, houve discussões também, mas como estamos em ano de eleições é complicado assumir um compromisso.", começou por dizer.  

"Do meu lado tento ajudar com o que posso, mas tento não estar muito envolvido, embora seja claro que gostaria de ter uma corrida em casa. Vou correr em Portimão no WEC por isso terei hipótese de correr em casa pelo menos uma vez, algo que já não acontece há quatro ou cinco anos. Creio que vamos até Valência, há conversas para irmos a Vallelunga. A Fórmula E tem um bom plano de reserva se for necessário.”, concluiu.