sexta-feira, 15 de maio de 2020

Noticias: Existe um projeto de calendário para 2020

A pouco menos de dois meses de um eventual recomeço da Formula 1, em terras austríacas, surgiu ontem um possível calendário para o recomeço das atividades, e com o passar das horas, algumas destas hipóteses transformaram-se em certezas, como o acordo para que Silverstone receba duas rodas do calendário.

Segundo conta a Autosport britânica, seriam dezanove corridas, três delas rondas duplas: duas na Áustria (5 e 12 de julho), Grã-Bretanha (26 de julho e 2 de agosto) e Bahrein (29 de novembro e 6 de dezembro). A corrida de Espanha seria a 23 de agosto, entre os GP's da Hungria e o da Bélgica, Baku seria a 20 de setembro, antes do GP da Rússia, o GP da China seria a 4 de outubro e o GP do Vietname, que deveria ter acontecido a 5 de abril, agora seria a 22 de novembro.

Algumas destas provas terão corridas de Formula 2 e Formula 3, servindo como apoio à Formula 1, com a formula 3 a correr até Itália, e a Formula 2 a fazer provas até à Rússia, voltando para o "grand finale" em Shakir e Abu Dhabi, que aconteceria a 13 de dezembro. 

Entretanto, corridas como os da Bélgica poderão realizar-se, embora sem espectadores nas bancadas. Provas como os da Austrália, Holanda, Canadá, França e Mónaco, como é sabido, foram canceladas para 2020.

Eis o calendário provável:

5 de julho - Áustria (Red Bull Ring)
12 de julho - Áustria (Red Bull Ring)
26 de julho - Grã-Bretanha (Silverstone)
2 de agosto - Grã-Bretanha (Silverstone)
9 de agosto - Hungria (Budapeste)
23 de agosto - Espanha (Barcelona)
30 de agosto - Bélgica (Spa-Francochamps)
6 de setembro - Itália (Monza)
20 de setembro - Azerbeijão (Baku)
27 de setembro - Rússia (Sochi)
4 de outurbro - China (Xangai)
11 de outubro - Japão (Suzuka)
25 de outubro - Estados Unidos (Austin)
1 de novembro - México (Hermanos Rodriguez)
8 de novembro - Brasil (Interlagos)
22 de novembro - Vietname (Hanoi)
29 de novembro - Bahrein (Shakir)
6 de dezembro - Bahrein (Shakir)
13 de dezembro - Abu Dhabi (Yas Marina)

Youtube Formula 1 Video: A mudança de Sainz para a Ferrari

A noticia da saída de Sebastian Vettel da Ferrari e sua substituição por Carlos Sainz Jr não passou despercebida por ninguém, e claro, reações na internet não faltam. Mas acho que vale a pena ver este video sobre isso da parte do Josh Revell, que, no meio do bom humor e suas obsessões, até faz uma análise bem séria sobre esta mudança que vale a pena ver. 

quinta-feira, 14 de maio de 2020

As dificuldades entre o Reino Unido e a FOM, e a possibilidade portuguesa

A Formula 1 vai fazer de tudo para regressar e 2020. A ideia de um cancelamento da temporada está descartada, e a circulação de um calendário provisório indica que a 5 de julho, teremos Grande Prémio, neste caso, no Red Bull Ring, na Áustria, sem espectadores para manter o controlo sanitário e evitar o espalhamento do vírus e consequentemente, uma segunda vaga.

A razão porque escolheram a pista austríaca tem a ver com o calendário anterior, onde o GP da Áustria era para acontecer nesse final de semana. Agora, seria uma jornada dupla, nos domingos de 5 e 12 de julho, em Spielberg, antes de avançar para o Reino Unido, onde nos dias 26 de julho e 2 de agosto, poderia acontecer o GP britânico, em Silverstone. Contudo, nas últimas horas, surgiram noticias de que o governo britânico poderá estar a dificultar a tarefa das equipas de Formula 1 em termos de confinamento. É que o pelotão da competição está centrado no Reino Unido, mas apenas sete das equipas têm aí as suas sedes. Alfa Romeo Sauber, Alpha Tauri e Ferrari trabalham fora delas, duas delas em Itália e outra na Suíça.

Assim sendo, o governo britânico quer impor uma quarentena de duas semanas a todos os que vêm de fora do país, mas a FOM tentava arranjar uma excepção às equipas. Contudo, queria colocar uma quarentena às três equipas que têm as suas sedes fora, e correr com apenas 14 carros em Silverstone por dois fins de semana consecutivos, não serve para eles e para a Liberty Media. Assim sendo, surgiram ontem à noite noticias de que Portimão estaria como reserva para o calendário, caso as negociações com o Reino Unido colapsem.

Como Portugal está em fase de desconfinamento, e com o número de casos a diminuir rapidamente - a fase dois desse desconfinamento vai acontecer na próxima semana, com a abertura de escolas e restaurantes, entre outros - poderão estar mais preparados que outros países da Europa em julho, e ainda por cima, seria uma jornada dupla, mesmo com a probabilidade de ser uma prova à porta fechada. Sabe-se que a FOM, FIA e FPAK, a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, estão em contactos uns com os outros sobre essa possibilidade. Ni Amorim, o presidente da Federação Portuguesa, contou à Agência Lusa que algumas equipas de Formula 1 perguntaram sobre a disponibilidade de Portimão os receber. 

Quando vi que o assunto estava a ficar complicado em alguns países na Europa, enviei uma carta ao Secretário-Geral da FIA, dizendo que tínhamos infraestruturas de exceção. Tínhamos acabado de ter homologação grau 1 de Portimão. Fruto dessa carta e do trabalho do Autódromo Internacional do Algarve, o assunto está em cima da mesa. Naturalmente, não poderia ser financiado pelo Estado, mas, neste caso, pelo promotor, pois não era uma prova nova, era apenas para lhes facilitar a vida”, explicou.

Como todos estão fechados em copas sobre essa situação, essa possibilidade poderá ser viável, dada a prioridade em ter localizações para viabilizar um calendário de uma temporada de Formula 1 numa altura absolutamente excepcional.

Também há outras localizações no calendário que estão a ser consideradas, como Hockenheim, na Alemanha, um país que está em fase de desconfinamento. Contudo, nesta semana, surgiram novos focos do coronavirus e o governo está a pensar sériamente em dar um passo atrás nesse campo, para conter uma possível segunda onda.

Nos próximos dias, veremos que tipo de decisões foram tomadas.   

Noticias: Sainz Jr. na Ferrari, Ricciardo na McLaren

Ferrari e McLaren não perderam tempo e anunciaram pilotos para a próxima temporada. Carlos Sainz Jr. será o substituto de Sebastian Vettel, enquanto Daniel Ricciardo irá para a McLaren, para substituir o piloto espanhol na equipa de Woking, depois de dois anos na Renault. O contrato com a Ferrari será de duas temporadas, a mesma extensão para o australiano.

Estou muito contente por rumar à Scuderia Ferrari em 2021 e estou entusiasmado com o meu futuro com a equipa, mas ainda tenho um ano importante pela frente com a McLaren Racing, equipa com que estou realmente ansioso por voltar a correr esta temporada”, disse o filho de Carlos Sainz.

Mattia Binotto, o director da equipa da Ferrari, fez as honras da casa a Sainz Jr., elogiando o seu talento: “Tenho o prazer de anunciar que o Carlos se vai juntar à Scuderia Ferrari a partir de 2021. Em cinco temporadas de Formula 1, o Carlos provou tem provado ser muito talentoso e mostrou que tem a capacidade técnica e os atributos certos para se encaixar perfeitamente na nossa família. Embarcámos num novo ciclo com o objetivo de voltar ao topo na Fórmula 1. Será um longo caminho, não sem dificuldades, mas acreditamos que esta será a melhor combinação possível para nos ajudar a alcançar os objectivos a que nos propusemos”, disse.


Já em Woking, Zak Brown deu as boas-vindas a Ricciardo e espera que esta chegada represente um salto em frente em relação ao que foi feito em 2019.

Assinar com o Daniel é mais um passo em frente no nosso plano a longo prazo e trará uma nova emocionante dimensão à equipa. Esta é uma boa notícia para a nossa equipa, parceiros e, claro, para os nossos adeptos. Também quero prestar um homenagem ao Carlos [Sainz Jr.] pelo excelente trabalho que tem vindo a fazer pela McLaren ao ajudar o nosso plano de recuperação de desempenho. Ele é um verdadeiro jogador de equipa e desejamos-lhe o melhor para o seu futuro depois da McLaren”, disse.

Do lado da Renault, Cyril Abiteboul não ficou lá muito satisfeito com a saída do piloto australiano, depois de duas temporadas, embora esse era a duração do contrato que foi assinado entre ambas as partes. O diretor desportivo da marca deixou no ar um pouco de falta de lealdade para com a equipa.

Dentro do contexto sem precedentes da temporada 2020, as discussões realizadas com Daniel Ricciardo sobre a renovação de seu contrato após o final de 2020 não foram bem-sucedidas. No nosso desporto, e particularmente na atual situação, confiança, união e compromisso recíprocos são, mais do que nunca, valores críticos para uma equipa de trabalho.", começou por dizer.

Estou confiante de que a temporada 2020 nos permitirá fazer ainda mais juntos. A nossa ambição e a estratégia da Renault DP World F1 Team permanecem inalteradas.”, concluiu.

Numa aparente indiferença, Ricciardo agradeceu à Renault pela oportunidade concedida pela marca do losango e espera ter um 2020 ainda melhor.

Sou muito grato pelo meu tempo na Renault F1 Team e pela maneira como fui recebido na equipa. Mas ainda não terminamos e mal posso esperar para voltar à pista este ano. Meu próximo capítulo ainda não começou, então vamos terminar em força. Merci!

quarta-feira, 13 de maio de 2020

A imagem do dia

Os carros da Alfa Romeo alinhados no paddock de Silverstone, palco do GP da Grã-Bretanha de 1950.
 
Há precisamente 70 anos, em Silverstone, começava a Formula 1. E foi o culminar de um longo caminho que tinha começado algum tempo antes. Mais de uma década antes, para ser mais preciso. Em 1938, a CSI, a Comission Sportive International, decidiu criar um regulamento para as "voiturettes", que tinam uma motorização de 1.5 litros sobrealimentados. A Alfa Romeo reagiu, criando o 158 Alfetta (traduzido: Pequeno Alfa) carro estreou-se na Coppa Acerbo de 1938, às mãos de Emilio Villoresi, e parecia que estaria ali protegido dos dominantes carros alemães da Mercedes e Auto Union. Quando a 10 de junho de 1940, a Itália declarou guerra à França e Grã-Bretanha, o automobilismo ficou congelado por seis anos, e os Alfettas foram para um celeiro para se abrigarem das bombas aliadas.

Em 1946, no final da guerra, o automobilismo voltou e os regulamentos foram mudados para permitir carros de até 4,5 litros aspirados, e a Alfa Romeo aproveitou bem para desenvolver os seus motores para ter cerca de 300 cavalos, dos 200 iniciais. Tornou-se na máquina mais vitoriosa dos Grandes Prémios que tinham renascido do pós-guerra, nas mãos de pilotos como Villoresi, Giuseppe "Nino" Farina e Achille Varzi. Este último morreu nos treinos do GP da Suíça de 1948, e cedo foi substituído pelo argentino Juan Manuel Fangio.

Sem rivais à altura - a Alemanha só foi autorizada a voltar a competir em 1950 e alguns dos seus chassis Mercedes e Auto Union ficaram no lado soviético - esta estava pronta para correr no GP da Grã-Bretanha de 1950. Havia a concorrência da Ferrari, que tinha sido estabelecida em 1947, mas ainda não era uma ameaça latente, e também havia a Maserati e as francesas Talbot-Lago e Simca-Gordini, mas eram atores secundários, ainda a lamberem as feridas do pós-guerra. E a britânica BRM era uma operação bem recente. Mas a ideia que se passa é que como uma formula desenvolvida há mais de uma década serviu para uma marca se preparar para uma competição do qual nem sequer tinha sido pensada. E quando a ocasião aconteceu, dominou os eventos até aparecer uma nova formula de motores, do qual a Alfa Romeo aproveitou para ir embora da competição e apenas regressar um quarto de século depois.

Rumor do Dia: Ricciardo a caminho da McLaren?

Depois da saída de Sebastian Vettel e da possibilidade de Carlos Sainz Jr. estar a caminho da Ferrari como seu substituto, fala-se agora que Daniel Ricciardo poderá estar a sair da Renault e ficar com o lugar do espanhol, e correr ao lado de Lando Norris. O jornalista italiano Leo Turrini afirmou à Radio 24 Itália que Daniel Ricciardo deverá ser substituto de Sainz. Ao comentar a ida de Sainz para Maranello, Turrini revelou que Ricciardo já terá acordo com a equipa de Woking:

Sainz é um piloto sólido ”, começou por dizer. “Mas também é preciso dizer que em vários anos ele alcançou apenas um pódio, mesmo que nunca tenha tido grandes meios à sua disposição. Não é o nome que aquece o coração. Ricciardo? Parece que ele já assinou contrato com a McLaren.”, concluiu.

Se for o australiano de 30 anos o escolhido, ele sairia da equipa francesa sem qualquer pódio na temporada de 2019, sido apenas nono classificado, com 54 pontos e um quarto posto em Itália como o melhor resultado. O seu contrato com a marca do losango termina no final de 2020.

Caso todas estas movimentações sejam verdadeiras, isso significa que a Renault deixa uma vaga aberta para quem queira preencher. Com Esteban Ocon como piloto principal, a segunda vaga pode ser preenchida por alguém que seja interessante para guiar, provavelmente tão jovem quanto esta geração, mas não se pode descartar algum veterano que fique com a vaga, como por exemplo, Fernando Alonso. Mas o espanhol terá 40 anos em 2021 e não sei se estaria disposto a ser "humilhado" pela nova geração.

terça-feira, 12 de maio de 2020

Formula 1: Leclerc agradece a Vettel

A noticia do final da relação entre Sebastian Vettel e a Scuderia Ferrari causou diversas reações no meio, sendo que a mais relevante foi a de Charles Leclerc, o seu companheiro de equipa. O monegasco de 22 anos, que chegou em 2019 na Scuderia, vindo da Alfa Romeo, causou um impacto imediato, nem sempre foi fácil a partir da segunda metade da temporada, com os casos entre ambos a surgirem com mais frequência, especialmente em Interlagos, no Brasil.

Leclerc usou as redes sociais para agradecer pela sua convivência e por tudo o que aprendeu com ele.

“Foi uma grande honra para mim ser teu companheiro de equipa. Tivemos alguns momentos tensos na pista. Alguns muito bons e outros que não terminaram como nós dois queríamos, mas sempre houve respeito, mesmo que não fosse percebido dessa maneira do lado de fora. Nunca aprendi tanto como aprendi contigo como meu companheiro de equipa. Obrigado por tudo Seb.

Leclerc chegou à Ferrari e no seu primeiro ano terminou na quarta posição, com duas vitórias, uma em Spa-Francochamps e outra em Monza, complementando com mais cinco pole-positions, dez pódios e quatro voltas mais rápidas. E o provável substituto de Vettel poderá ser o espanhol Carlos Sainz Jr, cujo anuncio oficial poderá ser feito no final da semana.


Noticias: Vettel abandona a Ferrari

Sebastian Vettel
e a Ferrari anunciaram esta terça-feira o seu divórcio para o final desta temporada. Depois de cinco anos de bons serviços, ambas as partes decidiram que 2020 será o final desta associação do qual não deu títulos, e na última temporada tinha sido tumultuosa devido à chegada do monegasco Charles Leclerc.

O meu relacionamento com a Scuderia Ferrari terminará no final de 2020. Para obter os melhores resultados possíveis neste desporto, é vital que todas as partes trabalhem em perfeita harmonia. A equipa e eu percebemos que não há mais um comum desejo de permanecer juntos até o final desta temporada. Os assuntos financeiros não tiveram parte nesta decisão conjunta.Não é assim que penso quando se trata de fazer certas escolhas e nunca será.", começou por dizer o piloto alemão no comunicado oficial.

"O que está a acontecer nos últimos meses levou muitos de nós a refletir sobre quais são nossas verdadeiras prioridades na vida. É preciso usar a imaginação e adotar uma nova abordagem para uma situação que mudou. Eu próprio reservarei o tempo necessário para refletir sobre o que realmente importa quando se trata do meu futuro.", continuou.

"A Scuderia Ferrari ocupa um lugar especial na Fórmula 1 e espero que obtenha todo o sucesso que merece. Finalmente, quero agradecer a toda a família Ferrari e, acima de tudo, aos seus “tifosi” em todo o mundo, pelo apoio que eles me deram ao longo dos anos. O meu objetivo imediato é terminar a minha longa jornada com a Ferrari, na esperança de partilhar mais alguns momentos bonitos juntos, para adicionar a todos aqueles que desfrutamos até agora“, concluiu.

Já do lado da Ferrari, Mattia Binotto agradeceu o profissionalismo do piloto alemão e louvou as suas contribuições para a equipa.

"Sebastian já faz parte da história da Scuderia, com as suas 14 vitórias, tornando-o o terceiro piloto mais bem-sucedido da equipa, enquanto também é o piloto que marcou mais pontos. Nos nossos cinco anos juntos, ele terminou entre os três primeiros do campeonato de pilotos por três vezes, dando uma contribuição significativa à presença constante da equipa nos três primeiros da classificação dos construtores."

"Em nome de todos na Ferrari, quero agradecer ao Sebastian pelo seu grande profissionalismo e pelas qualidades humanas que demonstrou nestes cinco anos, durante os quais partilhamos tantos grandes momentos. Ainda não conseguimos conquistar um título mundial juntos, o que seria um quinto para ele, mas acreditamos que ainda podemos tirar muito proveito desta temporada incomum de 2020 “, declarou.

Ainda não se sabe quem é o seu sucessor, mas em Espanha, avança-se que Carlos Sainz Jr. irá para o seu lugar na temporada de 2021. 

Já em relação ao futuro do piloto de 32 anos, tetracampeão do mundo, especula-se que poderia estar a caminho da McLaren, mas também a ideia de uma retirada da Formula 1 não está colocada de parte. Desde meados do ano passado que Vettel se tem vindo a manifestar algum descontentamento com os rumos da Formula 1, especialmente com os novos regulamentos e a motorização híbrida. Mas a ideia de continuar a carreira na McLaren, especialmente numa altura em que a marca de Woking está a expandir as suas operações para outras áreas como a Endurance e a IndyCar, poderá atrair o piloto alemão para ser mais versátil nas suas opções.

Veremos no que ele irá decidir. 

Noticias: Formula 1 não será sujeita a medidas de quarentena na Grã-Bretanha

Com a Formula 1 ainda à espera do calendário definitivo da temporada - apesar de se saber que começará a 5 de julho em Red Bull Ring, na Áustria - surgiu esta segunda-feira a noticia de que quando chegarem à Grã-Bretanha, os mecânicos, engenheiros e demais membros das equipas de competição não serão sujeitos às medidas de quarentena. A revelação surgiu na Reuters, graças a uma fonte do governo britânico, onde na sequência do anuncio de uma quarentena de 14 dias a todos os que entrassem no país após o fim de maio, existirá uma exceção para o desporto, incluindo, claro está a Formula 1, que tem previstas duas corridas em Silverstone, para lá de albergar sete das 10 equipas do atual pelotão. Ambas as partes estariam a negociar essa excepção.

Apesar de tudo, Ross Brawn, Diretor-Geral da Formula 1, continuará a implementar medidas para as corridas de abertura da época no sentido de eitar espalhar o irus no pelotão e evitar criar uma segunda onda: 

Todos serão testados e existirá uma autorização antes de entrarem no paddock. Depois, de dois em dois dias serão testados enquanto estiverem no paddock e isso será feito com uma autoridade autorizada e consistente. Vamos ter ainda restrições na forma como as pessoas se deslocam e temos de criar um ambiente que, em si mesmo, seja efetivamente uma pequena bolha de isolamento. As equipas ficarão dentro dos seus próprios grupos e não se misturarão com outras”, disse.

Em principio, o GP da Grã-Bretanha acontecerá a 19 de julho, depois de duas provas na Áustria, marcadas para os fins de semana de 5 e 12 de julho. Ainda aconteceria uma segunda corrida em solo britânico até voltarem à Europa continental, onde eventualmente correriam uma nova jornada dupla em terras húngaras.  


segunda-feira, 11 de maio de 2020

Endurance: Brabham quer ir a Le Mans em 2023

A Brabham, que recente voltou a ser construtora, vê com bons olhos colocar o seu Brabham BT62 na edição de 2023 das 24h de Le Mans. David Brabham, o seu diretor desportivo, disse que os novos regulamentos ajudam a pensar na ideia de competir na maior corrida da Endurance como forma de regressar às pistas, quase três décadas depois de deixarem de competir na Formula 1.

Os progressos realizados pela Brabham Automotive são uma grande satisfação minha. O meu pai venceu o Grande Prémio da Grã-Bretanha em 1966 num Brabham, e aí fizemos história. Competir e vencer as 24h de Le Mans com um Brabham é algo que queremos fazer.”, afirmou.

O modelo que a Brabham quer levar do BT62 para as pistas é o Ultimate Track, que desenvolve 700 cavalos de potência, com um motor V8 de 5,4 litros, naturalmente aspirado. Resta saber em que categoria iria cair, embora o mais adequado seria o GTE-Pro, caso montem uma equipa oficial no WEC. 

domingo, 10 de maio de 2020

Youtube Motorsport Video: Dez momentos de desportivismo


Nestes 70 anos de Formula 1, houve sempre momentos de desportivismo, com pilotos a tentarem salvar outros de uma morte certa. Sem olharem para a sua própria saúde, muitos desses momentos foram captados em câmara. Nestes dez exemplos, metade deles foram de salvamento, sendo o mais conhecido o de Niki Lauda em Nurburgring, onde foi salvo por quatro pilotos: o americano Guy Edwards, o italiano Arturo Merzário, o britânico Guy Edwards e o alemão Harald Ertl.

Ali, há outros, desde as tentativas de salvamento de Ronnie Peterson e Roger Williamson, até ao salvamento de Clay Regazzoni no GP da África do Sul de 1973, tirado das chamas pelo Surtees de Mike Hailwood. E também o dia em que Ayrton Senna salvou Eric Comas da morte, nos treinos do GP da Bélgica, em Spa-Francochamps.

A(s) image(ns) do dia


Hoje passa meio século sobre este momento. Um duelo a dois entre alguns dos melhores pilotos do pelotão de então, e que acabou na última curva da última volta, algo que só se voltará a ver 38 anos depois, no GP do Brasil de 2008, ainda por cima, essa prova era a última dessa temporada e decidiria um título mundial.

Neste 10 de maio de 1970, nas ruas de Monte Carlo, Jochen Rindt e Jack Brabaham lutavam pela vitória na terceira corrida dessa temporada. Brabham tinha vencido na Africa do Sul, aos 44 anos de idade, e em Espanha, fora Jackie Stewart a triunfar, com o seu chassis March. Ele tinha feito a pole-position nas ruas do Principado, mas na volta 27, um problema com o seu motor, que começou a trabalhar mal, o obrigou a abandonar a prova, deixando Brabham no comando. 

Parecia que o australiano ia a caminho da sua segunda vitória no campeonato, provavelmente, lançando-se a caminho de um quarto titulo mundial. Contudo, o Lotus de Jochen Rindt estava no seu encalço. Depois do fracasso que foi a apresentação do modelo 72, em Jarama, Rindt ficou com o 49 para esta prova, e depois de largar da oitava posição, aproveitou as desistências para chegar ao segundo lugar, na volta 62, para começar a aumentar o seu ritmo e assediar o velho Brabham. 

No inicio da última volta, parecia que Brabham iria levar a melhor. Rindt não se aproximava o suficiente para elaborar manobras de ultrapassagem, e parecia tudo decidido. Mas nos metros finais, o australiano tentava se defender uma uma manobra do austríaco, mas ele escorregou numa parte pouco usada e acabou por bater num conjunto de fardos. Rindt passou-o calmamente, e a manobra tinha sido tão inesperada, que o comissário que segurava a bandeira de xadrez deixou-o passar porque esperava Brabham! 

Pouco depois, o erro foi corrigido e Rindt, depois de ser abraçado por Colin Chapman e Nina, a sua mulher, foi levado para o pódio, onde recebeu os louros e ouviu o hino. O que ninguém sabia é que esta seria a última vitória do chassis 49, e a primeira de uma temporada de sonho para o austríaco. Que acabaria subitamente, menos de quatro meses depois.