sábado, 30 de abril de 2022

Formula E: Vandoorne foi o melhor no Mónaco



O belga Stoffel Vandoorne, da Mercedes, foi o melhor na corrida do Mónaco, conseguindo bater o Jaguar de Mitch Evans e o DS Techeetah de Jean-Eric Vergne, num duelo até à última curva. Já António Félix da Costa teve uma boa corrida, recuperando de décimo na grelha para o quinto lugar final, conseguindo mais dez pontos para o campeonato.

Na partida, Evans conseguiu largar melhor que Wehrelin, e lá se manteve nas voltas seguintes, sem alterações significativas na classificação geral, excepto Felix da Costa, que perdeu um lugar para Oliver Askew. Ao final de 13 minutos, os primeiros dos da frente vão para o Attack Mode, incluindo Felix da Costa.

Na frente, Wehrlein tentou passar Evans na travagem para a liderança, mas o neozelandês defendeu-se. Atrás, no Attack Mode, Vergne atacava Vandoorne e conseguiu passar antes da Subida do Casino, ao mesmo tempo que Frijns ia ao Attack Mode, em beneficio de Wehrlein. Vergne beneficiava também desta passagem do Attack Mode para ser segundo. Na volta seguinte, o piloto da Porsche ia para o mesmo lugar, e Vergne ficava com o primeiro lugar.

Agora, era o piloto francês que segurava Wehrlein, mas ele não tinha o Attack Mode, algo do qual os quatro pilotos seguintes tinham. 

A vinte minutos do fim, na zona da gancho do hotel Loews, Wehrlein teve dificuldades e caiu na classificação, acabando por parar na saída do túnel. Colocado naquela posição, a organização decidiu acionar o Full Course Yellow para tirar o piloto a Porsche na pista. Cinco minutos depois, a corrida recomeçou sem obstáculos.

Mas não durou muito tempo. Na travagem para Ste. Devote, André Lotterer e Oliver Rowland colidiram e acabaram no muro de proteção, acionando o Safety Car. Demorou algum tempo para tirar ambos os bólidos da pista, mas quando voltou, Frijs foi o primeiro dos da frente a ir ao Attack Mode pela segunda vez. A seguir, foi Felix da Costa e Mortara, perdendo ambos lugar para o neerlandês da Envision, que agora era quinto. Pouco depois, Mortara entrou na briga com Lucas di Grassi e acabou num incidente que o levou às boxes e não mais saiu dali.

Na parte final, Vandoorne afastou-se um pouco de Evans, enquanto Vergne segurava Frijns e Felix da Costa para o lugar mais baixo do pódio. O francês conseguiu o seu intento, mas perdia pontos para os seus concorrentes diretos. Lucas di Grassi foi o sexto.


No campeonato, Vandoorne comanda com 81 pontos, seguido por Vergne, com 75 e Evans com 72. Felix da Costa é décimo, com 30 pontos. A Formula E prossegue dentro de duas semanas para uma jornada dupla em Berlim.

Formula E: Evans consegua a pole mo Mónaco, Felix da Costa é décimo


O neozelandês Mitch Evans consegui a pole-positon para o ePrix do Mónaco, demonstrando a boa forma quer de si, quer do seu Jaguar, ele que triunfou na jornada dupla em Roma. Evans bateu no confronto final o Porsche de Pascal Wehrlein, deixando Stofel Vandoorne e o DS Techeetah de Jean-Eric Vergne na segunda fila. António Félix da Costa, que triunfou na edição anterior, irá largar da décima posição da grelha de partida.

Debaixo de tempo primaveril, a Formula E começou a qulificação monegasca com um grupo que tinha Max Gunther, Edorado Mortara, Stoffel Vandoorne, Sérgio Sette Câmara, Sebastian Buemi, Sam Bird, Dan Ticktum, assim como Jean- Eric Vergne, que tratou de fazer a volta mais rápidas nas primeiras tentativas. Lucas di Grassi foi o segundo, no seu Venturi, seguido por Nick Cassidy e Pascal Wehrlein.

Na segunda parte, Vergne começou mal a última volta e queimou a travagem para Ste. Devote, o que podia comprometer as suas aspirações. A seguir, Nick Cassidy bateu na escapatória da curva 1, acabando com as suas esperanças de passar à fase a eliminar. No final, foi Vandoorne o melhor, seguido de Wehrlein, Vergne e Di Grassi. Sam Bird, Edoardo Mortara e Sebastien Buemi foram alguns dos que ficaram de fora.

No Grupo 2, estavam os seguintes pilotos: Oliver Turvey, Robin Frijns, Mitch Evans, Félix da Costa, Nyck de Vries, Jake Dennis, Oliver Askew, Alex Sims, Oliver Rowland, André Lotterer e Antonio Giovinazzi. 

Aqui, as primeiras voltas rápidas deram Frijns na frente, seguido por Lotterer, Dennis e Félix da Costa. O veterano alemão da Porsche tentou aproveitar a parte final, mas o melhor foi Mitch Evans, com Nyck de Vries a ser segundo. Lotterer conseguiu o terceiro melhor tempo e o último lugar vago foi para Robin Frijns, à custa de Oliver Rowland e António Félix da Costa. 

A partir daqui, seguiram-se os duelos. Vandoorne eliminou Frijns, com Wehrlein a superar o seu companheiro de equipa, Lotterer. Vergne superou De Vries, mas nas meias finais, foi superado pelo neozelandês da Jaguar. Do outro lado, era Wehrlein o melhor, depois de passar Vandoorne. 

Na final, Evans começou, abrindo uma volta de 1.29,839, algo do qual o alemão da Porsche nunca conseguiu apanhá-lo, resolvendo a questão da pole-position a favor da Jaguar. 

O ePrix do Mónaco acontece pelas 14 horas de Lisboa, e será transmitida pela Eurosport 2.

sexta-feira, 29 de abril de 2022

WRC: Rali de Portugal com recorde de inscritos


O rali de Portugal terá um número mágico: cem duplas de pilotos e navegadores inscritos, de 25 nacionalidades. Na apresentação da prova, feita pelo Automóvel Clube de Portugal em Coimbra, o centro nevrálgico do rali, a organização está feliz por ter uma lista de inscritos de luxo, a começar pelas doze duplas na categoria Rally1. E na prova que o WRC escolheu para comemorar os 50 anos do Mundial.

A Exponor, em Matosinhos, acolhe o centro de operações e o parque de assistência das equipas participantes. É aí que tudo começa e acaba e onde os adeptos podem ver de perto os protagonistas do Vodafone Rally de Portugal. Na quinta-feira, 19 de maio, a prova começa com o Shakedown, em Baltar, Paredes. Ali, aqueles primeiros quilómetros oficiais em pisos de terra dos novos WRC serão também o derradeiro teste que pilotos e equipas têm para definirem ou corrigirem as afinações.

No final do dia, máquinas e pilotos rumam a Coimbra para a Cerimónia de Partida e a Super Especial. Uma estreia absoluta, com início marcado para as 19h03 com uma classificativa com três quilómetros de extensão, desenhada no perímetro urbano da cidade do Mondego e que promete proporcionar muito espetáculo para os espectadores e para a televisão.

Na sexta-feira, 20 de maio, disputam-se quatro das mais emblemáticas classificativas do Centro do País: Lousã, Góis, Arganil e Mortágua. Depois, a caravana ruma a Norte, onde, ao final da tarde (19h03), tem lugar a Super Especial de Lousada. Ali, serão disputados 122,88 quilómetros de troços, que vão ajudar a perceber a hierarquia dos pilotos nas diversas categorias.

Sábado, 21 de maio, há mais três duplas passagens pelas classificativas de Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Amarante, esta última com partida de Mondim de Basto. O final do dia fica marcado pela Super Especial do Porto, na Foz, com início previsto para as 19h03. Um total de 159,14 quilómetros cronometrados serão o desafio deste dia.

No domingo, 22 de maio, s concorrentes têm pela frente os troços de Felgueiras, Montim e Fafe, num total de 58,22 quilómetros. E, a exemplo dos últimos anos, a segunda passagem pela Especial de Fafe volta a ter o estatuto de Power Stage.

No total, a edição 2022 do Vodafone Rally de Portugal integra 21 classificativas, num percurso total de 1.535,35 quilómetros, 343,30 dos quais disputados ao cronómetro.

O retrocesso automóvel russo


Dois meses depois do inicio da guerra com a Ucrânia, e eles a sentirem fortemente o impacto das sanções ocidentais - o Banco Central Russo estima que a economia pode cair 12,5 por cento em 2022, e é uma estimativa... inicial - a industria automóvel de lá está a ser fortemente afetada porque os componentes eletrónicos são essencialmente dos Estados Unidos e da Europa.

Assim sendo, o governo decidiu fazer algo radical: recuar 30 anos em termos de "standards". Ou seja, nada de airbags, "cruise controls", travões ABS, catalisadores, e outros sistemas eletrónicos de estabilidade. A partir de agora, os novos carros, especialmente os Ladas, serão todos como eram no tempo da União Soviética. A legislação entrou em vigor no dia 1º de abril - não, não é mentira - e ficará em vigor até ao final do ano. Essencialmente, como esses componentes estão sujeitos às sanções, a melhor maneira de contornar será... não tê-los.

De acordo com o site motor.ru, as grandes empresas com mais de 5.000 funcionários, bem como fabricantes de semirreboques e autocarros elétricos podem começar a produzir veículos de todas as classes ambientais. Isso difere do atual padrão Euro-5, que a União Europeia introduziu em 2008 e que a Rússia adotou em 2016. Contudo, as marcas de camiões russas como a Kamaz e a GAZ disseram que não irão parar de vender os seus veículos Euro-5, apesar da própria Kamaz admitir que procura um fornecedor alternativo na Rússia, dado que os seus componentes elétrónicos vêm da Bosch. Até lá, há a chance de usarem veículos padrão Euro-2, com motores da família KAMAZ-740, que começaram a ser fabricados na década de 70 do século XX.

Esse tipo de veículos simplificados serão vendidos não só na Rússia como noutros países como a Arménia, Quirguistão, Bielorússia e Cazaquistão, onde serão exportados e onde a Rússia tem um acordo nesse sentido. Contudo, esses carros só poderão ir para esses mercados a partir de fevereiro de 2023.

Apesar de alguns analistas afirmarem que "esta é uma solução aceitável", o ministro russo dos Recursos Naturais alertou para as consequências da queda temporária desses padrões, que acredita poder agravar os problemas de poluição nas maiores cidades do país, como Moscovo e São Petersburgo.

Em suma, os Ladas voltarão a ser a "lataria" que eram nos tempos da "gloriosa" União Soviética... aliás, por estes dias, a Renault vendeu a AutoVaz, que tem a marca Lada, pelo valor simbólico de... 1 rublo

Youtube Formula 1 Video: O infame GP dos Estados Unidos de 2005

Todos os que tem um canal de vídeo sobre Formula 1 terão sempre de fazer algo sobre o infame GP dos Estados Unidos de 2005, e o Josh Revell não foi exceção. Aqui conta-se a história da guerra dos pneus entre Michelin e Bridgestone, da batida do Ralf Schumacher, das ameaças e claro, da má comédia que foi aquele Grande Prémio, que foi o prego no caixão das corridas em Formula 1 no "Brickyard"... até à altura em que construíram o Circuito das Américas, em Austin, no Texas.  

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Formula E: Apresentado o chassis da Gen3

O novo chassis da Formula E foi revelado nesta quinta-feira no Mónaco. Um chassis mais angulado que o anterior, é também mais leve e potente, com uma capacidade máxima de 350kW, e uma velocidade máxima de 320 km/hora, terá duas unidades de potência, uma à frente e outra atrás, duplicando a sua capacidade regenerativa em relação ao Gen2.

Alejandro Agag, o fundador e presidente da Fórmula E, apresentou o chassis da seguinte forma: 

O Gen3 representa a ambiciosa terceira idade da Fórmula E e do Campeonato Mundial de Fórmula E ABB FIA. A cada geração de carros de corrida, aumentamos ainda mais os limites das possibilidades da tecnologia EV e o Gen3 é nosso projeto mais ambicioso até hoje. Os olhos do mundo estão voltados para o Principado para o E-Prix de Mônaco e estamos orgulhosos de revelar um carro que está sendo fabricado há dois anos na casa histórica do automobilismo. Meus agradecimentos vão para a grande equipe por trás disso na Fórmula E e na FIA - o futuro de todas as corridas elétricas é brilhante”.

Na apresentação do novo chassis, o CEO da Fórmula E, Jamie Reigle, diz que o carro de terceira geração “representa um salto em frente para o automobilismo e a mobilidade elétrica”.

Projetado para demonstrar que alto desempenho, eficiência e sustentabilidade podem ser combinados sem compromisso, o carro da Gen3 é o nosso carro de corrida mais poderoso, leve e rápido [fabricado] até hoje”, afirmou.


O presidente da FIA, Mohamed Ben Sulayem, tembém presente na apresentação, disse que o projeto estabelece novos padrões “tecnológicos e ambientais”.

Estou muito feliz em ver tantos fabricantes líderes já se inscreveram para a próxima era do campeonato e aguardam a estreia competitiva do Gen3 na nona temporada com grande expectativa”, acrescentou.


As equipas terão os novos chassis a partir da segunda metade do ano, para poderem colocar os seus sistemas de propulsão, para estarem prontos a tempo dos testes coletivos, que acontecem em Valencia, no final do ano, e antes da primeira prova do ano, a jornada dupla em Ad Diyriah, no final de janeiro de 2023. 

Noticias: Hakkinen já considera que Mercedes não conta para o campeonato


Bicampeão do mundo em 1998 e 1999, e com 53 anos, Mika Hakkinen não acredita na Mercedes a lutar pelo título mundial em 2022, a par da Red Bull e da Ferrari. Com um chassis W13 a não estar à altura das expectativas, acredita que, para este ano, o título já terminou, porque não há muito tempo para solucionar os problemas que aquele chassis têm.  

A Mercedes tem claramente problemas bastante complexos com o seu carro”, salientou Hakkinen na sua coluna de opinião no website da Unibet. “Parece incrível, mas os Campeonatos do Mundo já estão fora de alcance. Pela primeira vez em dez anos, nem a Mercedes conseguiu passar à Q3, o que é difícil de acreditar. Claramente o design do carro não está a funcionar em várias áreas. Ver Lewis Hamilton a ser dobrado por Max Verstappen após 41 voltas mostra o tempo difícil que ele e a equipa estão a passar. Eles compreendem os principais problemas, mas o tempo está a esgotar-se para encontrar soluções”, advertiu Hakkinen.

Sobre a vitória de Max Verstappen e da Red Bull em Imola, o antigo piloto finlandês realçou a importância desta conquista depois de ter assistido na berma a vitória contundente de Charles Leclerc na Austrália. 

Esta foi uma vitória realmente importante para Max. Os dois abandonos no Bahrein e na Austrália prejudicaram realmente o início da sua época, pelo que a vitória no domingo foi vital. Red Bull precisava de mostrar que tinham a velocidade e a fiabilidade necessárias para travar a luta com a Ferrari. A vitória na corrida sprint no sábado preparou-o bem e ele tomou o controlo total do Grande Prémio”, concluiu Hakkinen.

Noticias: Vettel já pensa no pós-Formula 1


A caminho dos 35 anos, e com uma carreira que vai na sua 16ª temporada, Sebastian Vettel já pensa na sua vida para além da Formula 1. Numa entrevista ao jornal "Bild", o piloto alemão  reconheceu que já pondera o que irá fazer quando sair da Formula 1, ainda por cima, quando o seu contrato com a Aston Martin termina no final de 2022. Os desafios são muitos, mas ainda não há decisões.

O meu contrato é até ao final do ano. Ainda não foi tomada uma decisão. Depende de quão forte é o carro, como a equipa se desenvolve e como correm as coisas. Mas eu não tenho de mentir – o meu futuro é um assunto que está a vir na minha direção. E eu estou a lidar com isso”, comentou. “A verdade é que tenho muitas ideias, falo com muitas pessoas e sou facilmente inspirado. Mas não me estou a colocar sob qualquer pressão para criar amanhã a carreira subsequente perfeita”, continuou. 

Não quero criar expectativas sobre como encontrar o que é perfeito. Encontrei algo na Fórmula 1 em que sou muito bom. Algo em que posso competir com os melhores do mundo. O que vier depois disso, o tempo dirá. Eu disse há dois anos: ‘Vou pilotar durante mais dois anos’. Mas não penso na vida depois disso todos os dias”.

Desde 2021 na Aston Martin, ao lado de Lance Stroll, conseguiu ao todo um pódio e 47 pontos, os últimos quatro alcançados no domingo, em Imola.

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Formula 1: Diretores de corrida com CoVid


Niels Witich e Eduardo Freitas estão em sarilhos. Segundo conta esta quarta-feira o jornal Daily Telegraph, ambos estão com CoVid-19 e não há garantia de que eles poderão ter um teste negativo a tempo do GP de Miami, no próximo dia 8. Sem esse teste negativo, ambos não podem entrar nos Estados Unidos e fazerem o seu trabalho. 

Não se sabe qual será o plano B, caso nenhum deles esteja disponível a tempo, há uma chance real de chamarem de novo Michael Masi, o comissário australiano que estava na torre de controlo até ao final polémico do GP de Abu Dhabi, onde Max Verstappen acabou por triunfar sobre Lewis Hamilton, acabando por conquistar o título de 2021. Neste momento, Masi está na "prateleira" e Mohamed bin Sulayem disse que o queria colocar numa nova posição dentro da FIA, do qual nada se sabe. 

Todos acreditam que ambos poderão estar em Miami, mas é bom ter um plano B nas mãos.

Youtube Formula 1 Video: Os onboards de Imola

Quarta corrida do ano, com a dobradinha da Red Bull como destaque, e a má prestação da Ferrari e de Lewis Hamilton, houve contudo mais coisas de interesse nesta fim de semana, com provam estes onboards escolhidos pela Formula 1.

Formula E: Felix da Costa quer tem um bom fim de semana no Mónaco


António Felix da Costa é o atual vencedor do ePrix do Mónaco, e neste fim de semana de uma temporada cujas expectativas nem sempre tem corrido como desejava, gostava de deixar para trás os maus resultados e repetir o bom resultado de 2021, ainda por cima, no ano em que a corrida volta a ser realizada no traçado integral da Formula 1.

Para este fim-de-semana, o piloto da DS Techeetah irá tentar aplicar na pista o intenso trabalho que andou a fazer no simulador em conjunto com a equipa. 

"Trabalhámos muito em conjunto para entendermos os pontos que temos de melhorar. Estão identificados e nada melhor que voltar ao Mónaco para regressarmos aos lugares da frente. Já fui muito feliz aqui com a vitória no ano passado e acredito que podemos voltar a ser. O campeonato é longo, mas honestamente, nesta altura, mais do que pensar em campeonato, quero sim voltar a estar forte e competitivo para lutar por vitórias. Vamos com tudo este fim-de-semana!", afirmou.

O programa do fim de semana desenrola-se todo no sábado, com duas sessões de treinos livres, seguida de qualificação. A corrida, com duração de 45 minutos mais uma volta, realiza-se partir das 14h00 e terá transmissão na Eurosport 2.

terça-feira, 26 de abril de 2022

Noticias: FIA e equipas aprovam seis corridas sprint em 2023


Seis corridas sprint a partir de 2023, redução dos jogos de pneus de 13 para 11, câmaras para capacete e algumas alterações nas unidades motrizes. Contudo, o aumento das corridas "sprint" causou celeuma na FIA, pois Mohamed Ben Sulayem vetou essa chance, justificando o aumento de custos. Resolveu-se que este tópico seria investigado e discutido numa ocasião mais tardia.

Nesta terça-feira, a reunião entre ambos os lados falou sobre todos estes tópicos. Sobre as unidades motrizes a partir de 2026,  o que ficou combinado foi que elas tem de combinar critérios o do desempenho - semelhante ao dos modelos atuais, utilizando motores de combustão interna V6 de alta potência e de alta rotação - o da competitividade - ser atrativo para os recém-chegados aderirem ao desporto a um nível competitivo, e isso tem a ver com os projetos da Audi e da Porsche, que estão a chegar - e o da sustentabilidade - utilizará um combustível cem por cento sustentável e 50 por cento de potência vinda de unidades elétricas.

Para além disso, os carros terão mais algumas modificações, nomeadamente a simplificação de componentes estrategicamente selecionados para efeitos de redução de custos, uma redução nas dimensões dos carros e da massa do carro, ou sejam serão mais pequenos e mais leves.

Outro tópico que também foi falado tem a ver com a data vaga a 25 de setembro. Depois de se ter falado do Qatar, isso aparentemente já caiu por causa das altas temperaturas nessa altura do ano. Agora, a hipótese de uma segunda corrida em Singapura está em cima da mesa, com a diferença a poder ser o horário - este não seria uma corrida á noite, mas sim de dia - e também por causa das facilidades logísticas apresentadas.

Rosberg afirma que Hamilton teve culpa no fim de semana de Imola


Campeão do mundo de 2016, agora comentador na cadeia de televisão Sky Sports, Nico Rosberg conhece bem o ambiente da equipa onde esteve durante sete épocas e afirma que estão a passar por um momento difícil. Afirma também que parte da culpa se deve a Lewis Hamilton, por não reagir como queriam, e para piorar as coisas, observa o seu companheiro de equipa, George Russell, a sair-se melhor que o esperado, pelo menos, na maneira como encara as dificuldades do W13 em relação à concorrência.

É definitivamente uma situação muito, muito dura para Lewis”, começou por dizer Rosberg à cadeia de televisão britânica. “Ganhou uma corrida em cada ano da sua carreira e parece que este pode ser o ano em que poderá não ganhar. Pode ver-se como a tensão está a aumentar. Vimos como Toto [Wolff], na minha opinião, estava zangado com Lewis [depois da qualificação], porque talvez Lewis tenha criticado a equipa de forma um pouco dura demais na rádio interna da equipa sobre algo que eles fizeram. A tensão está a subir, e isso é natural, e Lewis começará obviamente a mostrar um pouco dessas emoções. No entanto, com a experiência que tem, penso que acabará por conseguir manter essas emoções sob controlo”, continuou.

Foi difícil ver Lewis naquele estado, ele está realmente em baixo, o que é compreensível. É uma longa temporada, mas eles não estão em lado nenhum com aquele carro; eles nem sequer vão poder lutar por vitórias assim. Por isso, é difícil para Lewis manter a sua motivação elevada. Penso que ele vai conseguir, porque é realmente um lutador e há sempre aquela coisa que ele ainda quer vencer o seu companheiro de equipa. Isso é muito, muito importante para ele. Com George a atuar tão bem, isso poderia ser a maior motivação para o Lewis continuar e continuar a lutar”.

E sobre a luta interna, Rosberg afirmou esperar que Toto Wolff não tenha esquecido da luta interna que ele e Hamilton tiveram entre 2014 e 2016 e de como conseguiu lidar entre ambos os egos, que em certas ocasiões resultaram em colisões, como aconteceu no GP de Espanha de 2016.

Penso que Toto também aprendeu tanto com a luta que Lewis e eu tivemos, e a gerir-nos, e isso está agora a ajudá-lo a gerir a entrada de George na equipa. É muito difícil, não quer cortar-lhe as asas completamente, mas quer dizer-lhe, ‘não choques com o Lewis’. Portanto, é uma linha muito ténue, mas penso que Toto está a conseguir isso de forma brilhante neste momento”.

Hamilton é agora sétimo no campeonato, com 28 pontos, a 21 de Russell, que é o quarto, com 49. A Formula 1 regressa à ação no fim de semana de 7 e 8 de maio em Miami, na Florida. 

segunda-feira, 25 de abril de 2022

A(s) image(ns) do dia




Há 40 anos, a Formula 1 via uma corrida com um pelotão encurtado devido a um boicote. Em Imola, apenas 14 carros estavam presentes: as equipas Turbo - Ferrari, Renault, Toleman - e as restantes equipas não britânicas - ATS, Osella, Alfa Romeo - e a Tyrrell, que tinha um patrocinador italiano. Apesar de estar a menor quantidade de carros desde 1969, viu-se uma excelente corrida, com o público, a encher o Autódromo de Imola. Mas os "tiffosi" encheriam aquele circuito, mesmo se só corressem os carros de Maranello.

Foi uma corrida decidida cedo. Os Renault foram para a frente, mas os seus motores explodiram nas primeiras voltas, primeiro com Alain Prost, na volta 6 e depois, René Arnoux, na 44º passagem para a meta. Nessa altura, a 16 giros da meta, os Ferrari estavam sem concorrência, pois Michele Alboreto, o terceiro classificado, estava bem longe. Os Ferrari nos dois primeiros lugares, deu-se a ordem de equipa: debagar, mantenham as suas posições. Ali, Gilles Villeneuve estava na frente de Didier Pironi, e o canadiano julgava que era assim até à meta. 

Mas Pironi não quis. Quando soube que as boxes ordenavam aos carros da Ferrari para abrandarem o ritmo, este acelerou e foi para o comando, resultando num duelo inesperado entre eles. Villeneuve alinhou com o jogo, julgando que no final, a vitória seria dele. Mas no inicio da última volta, Pironi acelerou e ficou com a vitória. No pódio, Pironi comemorou, mas Villeneuve estava furioso, porque estava convencido que lhe tinham roubado uma vitória que deveria ser sua.

Mas mais do que furioso, o canadiano sentia-se traído. E ele não admitia atitudes dessas. Sempre foi leal para toda a gente. Aliás, quando três anos antes, ele teve de ceder para Jody Scheckter na luta pelo título, tinham-lhe prometido que da próxima, seria campeão. E ele julgava que era o primeiro piloto, agora que tinham carro para ganhar.

E claro, para ele, Pironi era o traidor, ele era o inimigo. E iria ser o seu alvo. Apesar da Ferrari ter depois criticado o piloto francês pela sua atitude, o mal estava feito: quando Nigel Roebuck, jornalista britânico, ligou para a casa de Gilles, no Mónaco, alguns dias depois de Imola, este sentenciou: "não falo mais com ele outra vez. Agora, é guerra."

O primeiro capitulo desse duelo fratricida iria acontecer em Zolder, na Bélgica, a 9 de maio. Isto... se a Formula 1, entretanto, se salvasse de mais uma crise entre a FISA e a FOCA.

O ponto de situação da Mercedes


Quatro corridas no campeonato de 2022, e a Mercedes está muito longe dos lugares da vitória. Batido por Ferrari e Red Bull, o seu terceiro lugar nos Construtores está ameaçado pela McLaren, que conseguiu um terceiro lugar ontem em Imola, e mesmo na hierarquia atual, o seu lugar é ameaçado pela McLaren, que conseguiu ontem o seu primeiro pódio, com um terceiro lugar por parte de Lando Norris

Para piorar as coisas, dentro da hierarquia da equipa de Brackley, Lewis Hamilton está desanimado. Não teve um bom desempenho, e a sua atitude o deixou fora dos pontos, na sua pior corrida desde 2009, e uma das piores da sua carreira, em contraste com George Russell, que tem andado consistente, tendo saído de Imola na quarta posição do campeonato, e já teve um pódio em Melbourne. 

Com os sinais de alarme a soarem em Brackley, Andrew Shovlin, o diretor de engenharia da marca, já admitiu: se não forem encontradas soluções nas próximas duas corridas em relação ao chassis W13, a Mercedes fica arredada do título de pilotos e Construtores.

Sabemos onde estamos no desempenho neste momento e sabemos para onde precisamos de ir. No entanto, há algumas questões importantes com o carro que, se conseguirmos corrigir, podemos encontrar muitas dessas lacunas muito rapidamente, mas o tempo está a tornar-se crítico agora. Precisamos avançar nas próximas duas corridas se quisermos manter os líderes dentro de qualquer tipo de alcance este ano”, começou por dizer, antes de referir as prestações de ambos os pilotos.

Foi uma grande corrida do George [Russell] com um bom quarto lugar. De outra forma teria sido um fim-de-semana completamente dececionante. Começou muito bem e geriu muito bem a transição para o seco. Tivemos um problema com os reguladores da asa da frente na paragem nas boxes e ele acabou por conduzir o stint seco com o equilíbrio aerodinâmico para o molhado. Foi um esforço impressionante manter Valtteri [Bottas] atrás, mas a subviragem impediu-o de conseguir encurtar as diferenças para o Lando [Norris], pelo que teve de se contentar com o quarto”, comentou.

Lewis teve um fim-de-semana duro do princípio ao fim, sem culpa própria”, acrescentou Shovlin. “A partida foi OK e ele tinha subido para 11º depois do incidente entre Daniel [Ricciardo] e Carlos [Sainz], mas fomos prejudicados na mudança de pneus por um par de carros, perdemos um pouco de tempo com uma paragem lenta e depois para Esteban [Ocon], que foi libertado no caminho de Lewis quando saíram das boxes. As 44 voltas seguintes foram muito frustrantes, pois estava preso num comboio DRS e era impossível passar”, concluiu.


Contudo, sobre a última parte, Nico Rosberg tem outra ideia: o ex-campeão do mundo de 2016 afirma que não passa de um jogo mental, para, por um lado tirar pressão sobre Hamilton, e por outro, para fazê-lo estimular, lutar por cada posição, porque ele afirma que o britânico baixou os braços neste seu primeiro grande obstáculo. Pelo menos em Imola. 

Aqui, Toto estava a jogar o jogo mental que é muito inteligente”, começou por dizer o alemão. “Assumindo a culpa e tentando realmente apoiar Lewis mentalmente. Levantá-lo e dizer que não foi culpa do Lewis, é culpa é da equipa. É muito inteligente porque não é bem a verdade e não esqueçamos que Russell foi quarto com aquele carro, por isso Lewis teve culpa no resultado deste fim-de-semana.

A Formula 1 regressa à acção dentro de duas semanas em Miami, a 8 de maio. 

WRC: Ogier irá participar no Rali de Portugal


Já era esperado, depois do anuncio da participação de Sebastien Loeb: Sebastien Ogier competirá no Rali de Portugal, que acontecerá entre os dias 19 e 22 de maio. O piloto francês, atual campeão do mundo e que esta temporada fará uma participação parcial, correrá a bordo do Toyota Yaris WRC e claro, espera-se um grande duelo com Loeb e o atual líder do campeonato, o finlandês Kalle Rovanperä, bem como os Hyundai de Ott Tanak e Thierry Neuville.

A prova portuguesa irá marcar a estreia dos novos Rally1 em pisos de terra, depois de duas probas em asfalto, em Monte Carlo e agora na Croácia, e uma na neve, na Suécia.

Com isto, resta saber quantas mais provas fará nesta temporada, pois o piloto francês têm intenções de fazer pelo menos quatro ralis, desde que sejam competíeis com o seu programa na Endurance, que este ano corre na LMP2 pela Richard Millie Racing. Em principio, a Nova Zelândia será uma delas.

domingo, 24 de abril de 2022

WRC 2022 - Rali da Croácia (Final)


E no final, Kalle Rovanpera aguentou os ataques de Ott Tanak e triunfou em terras croatas. O piloto finlandês da Toyota triunfou na Power Stage, e a diferença foi pouco mais do que a mínima: 4,2 segundos. Thierry Neuville ficou com o lugar mais baixo do pódio, noutro Hyundai, mas a mais de dois minutos e 21 segundos do piloto triunfador.

Com quatro especiais até ao final do rali, este dia foi inesperadamente especial. Com Rovanpera a ter pedido algum tempo no dia anterior, o estónio da Hyundai decidiu aproveitar este dia para um ataque decisivo para a liderança do rali. Mas logo de inicio, na primeira passagem pelo troço Trakošćan - Vrbno, Esapekka Lappi foi o melhor, com Rovanpera a 0,8 e Tanak a 12 segundos, vendo escapar o finlandês. 

"Os pneus não estão a funcionar. Está bastante seco. Estávamos muito assustados com a possibilidade de chuva e agora está bastante ensolarado, mas tivemos que arriscar.", disse Tanak no final da especial.

Na primeira passagem por Zagorska Sela - Kumrovec, era Neuville o melhor, 4,8 segundos sobre Tanak, enquanto Rovanpera perdia 7,5 segundos. "Na primeira especial, a escolha de pneus foi boa, mas nesta o [composto] macio seria melhor. Estou feliz por não termos perdido muito tempo para Ott [Tanak], mas tivemos uma corrida limpa em um ritmo bastante bom. É bom."


Mas na 19ª especial, o susto. Uma má escolha de pneus numa especial em que choveu e os pneus que levava eram completamente errados. Foi apenas oitavo, perdeu meio minuto e a liderança! "Eu não sabia de onde veio esta chuva. Não tínhamos ideia de que ia chover e não podemos fazer nada com esses pneus. Os duros não estavam funcionando e não há muito mais que possamos fazer.", disse o finlandês.

Em contraste, Tanak não se mostrava exultante. Pelo contrário, demonstrava admiração por Rovanpera pelo que fazia no rali. "Kalle é um bom piloto e está se esforçando muito. Lá estava mais sujo, então vamos ver. Pelo menos passamos em segurança."

E tudo se resumia à Power Stage. No final, Rovanpera foi o melhor, 5,7 segundos melhor que Ott Tanak, o segundo. E ambos deram muito tempo a Elfyn Evans, 21,9 segundos, e a bater por pouco Craing Breen, quarto, a 22,2. Neuville sofreu um acidente e arrastou-se até ao final, não perdendo o terceiro posto. 

"Eu tinha a certeza de que não poderíamos ser tão rápidos com esses pneus, mas foi incrível. Nós forçamos muito e acho que merecemos este fim de semana. Com certeza, foi a vitória mais difícil da minha carreira.", disse o finlandês no final da Power Stage.

"Não arrisquei, mas Kalle obviamente fez uma boa pilotagem. Estávamos lutando pela vitória, mas apenas por causa de decisões inteligentes e escolhas de pneus.", reconheceu Tanak.

Depois dos três primeiros, Craig Breen conseguiu ficar com o quarto posto, a 3.07,3, não muito longe de Elfyn Evans, a 3.46.0 minutos, no segundo Toyota. Katsuta Takamoto, noutro Toyota, foi o sexto, a 8.08,5, muito distante num rali complicado para os menos experimentados. Yohan Rossel foi o sétimo, a 10 minutos do bencedor (10.01,0), e o melhor dos Rally2, na frente de Kajetan Kajetanowicz, a 11.01,2, no seu Skoda Fabia Rally2, e a fechar o "top ten" ficaram o finlandês Emil Lindeholm (a 11.11.9) e Nikolay Gryazin, a 11.48,5.

Agora o WRC regressa à ação nas estradas portuguesas, entre os dias 19 e 22 de maio, dentro de quatro semanas.

Formula 1 2022 - Ronda 4, Imola (Corrida)


Por fim, a Formula 1 chegou à Europa, com os Ferrari mais dominadores que nunca. Duas vitórias em três possíveis para Charles Leclerc, os Red Bull a serem irregulares, tudo isto parecia ser um cartaz, não diria histórico, mas quase perfeito. Pelo menos, os "tiffosi", que tinham acorrido a Imola, em números históricos, estavam convencidos que era isso que iria acontecer, apesar de na véspera, os Red Bull triunfaram, passando Charles Leclerc na penúltima volta. Mas pensavam que isso tinha sido por ser uma corrida "sprint", e hoje, a irregularidade dos carros energéticos viria uma vez mais ao de cima, em seu beneficio. 

Mas havia mais um fator: a chuva. Era verdade que já tinha parado na hora da corrida, mas o asfalto continuava molhado, o suficiente para que os pilotos irem para a pista de intermédios, para poderem encarar a corrida, esperando que a pista secasse até ao final da proba e beneficiar alguma coisa disto. Mas em casa da Ferrari, e depois da Red Bull ter mostrado ao que ia, poderia ser que, se os energéticos tiverem resolvido os seus problemas, poderiam dar mais luta para a Ferrari.

Contudo, o que os tiffosi queriam era ver os seus na frente, a dominar. Fizesse chuva ou sol, porque estão convencidos que este será "o ano". 


A partida começou com os Red Bull a saírem muito bem, ficando com os dois primeiros lugares, deixando os Ferrari para trás. E pior, foram passados pelo McLaren de Lando Norris. Daniel Ricciardo queria fazer a mesma coisa, mas na Tamburello, ele tocou em Carlos Sainz Jr. e ambos foram para a gravilha. O madrileno abandonou, e o australiano continuou, com dificuldade, porque tinha caído para o fundo do pelotão. Magnussen, com isso era quinto, e os Mercedes tentavam também aproveitar a situação. Mas era George Russell, que tinha uma grande partida, subindo de 11º para sexto, porque Lewis Hamilton estava no meio do pelotão, cinzento como o carro e lutando para fazer o seu carro mais competitivo que era naquela tarde. 

Mas o Safety Car tinha entrado para que tirassem o Ferrari da gravilha e apenas na volta quatro que esta retomou. Nas voltas seguintes, a pista secava e os Red Bull começavam a afastar-se do pelotão, com Norris e Leclerc os únicos a segui-los. Quando terminava a corrida mais cedo era Fernando Alonso, vitima de um toque com Mick Schumacher. Com os energéticos a irem embora, Norris tentava aguentar Leclerc para o terceiro posto, mas na oitava volta, o monegasco ficou com o terceiro posto.

Tudo isto na altura em que a pista secava e o pessoal que tinha os intermédios começava a ter dificuldades. Pelo menos, a partir da volta 15, quando Daniel Ricciardo foi o primeiro a meter médios para ver se tentava aproveitar da situação. A reação foi imediata e praticamente todos os carros entraram para trocar de pneus.

A partir daqui, as coisas se acalmaram. A pista secava, Leclerc tentaba não deixar escapar os Red Bull e havia duelos no meio do pelotão. 

E na 40ª volta, algo simbólico: Lewis Hamilton recebeu bandeiras azuis para deixar passar o líder Verstappen, uma situação que deve ter afetado o sete vezes campeão do mundo. Para terem uma ideia, a última corrida onde o britânico andou muito mal em termos de classificação foi o GP da Grã-Bretanha... de 2009, nos seus tempos da McLaren. 


A 15 giros do final, mudança de estratégia: Leclerc caminha para as boxes no sentido de trocar de pneus, macios e provavelmente para a volta mais rápida. No regresso, era P4, atrás de Norris, mas ele esperava que o apanhasse rapidamente. A Red Bull reagiu fazendo a mesma coisa, com Verstappen a colocar macios. E quase ao mesmo tempo... Leclerc despistava-se na Variante Alta e os tiffosi passavam por um calafrio. Caía para quase fora dos pontos, e o monegasco lá tinha de fazer uma corrida de recuperação para minorar os prejuízos. E a Red Bull? A ter um fim de semana perfeito. 

O monegasco lá foi minorar os prejuízos, passando carros atrás de carros. No inicio da última volta, ele já era sétimo, a ia atrás de Yuki Tsunoda, para tentar conseguir o sexto posto. Mas de uma certa forma, qualquer resultado que alcançasse, era sinal de fracasso, porque poderia ter conseguido muito mais. E para piorar as coisas, caíam umas pingas de chuva na pista... daria para incomodar? 


Não deu para prejudicar ninguém, foi o que aconteceu, quando mostraram a bandeira de xadrez. Na corrida que a Red Bull queria que fosse perfeita, o neerlandês conseguiu o primeiro lugar, na frente de Sergio Pérez. Lando Norris subia ai lugar mais baixo do pódio, dando o primeiro resultado relevante para a McLaren, na frente de Russell, que tinha aguentado nas voltas finais o Alfa Romeo de Valtteri Bottas. 

E na parte final, os Aston Martin também tinham uma boa tarde, porque ambos os carros pontuavam: Vettel era oitavo, Stroll, décimo, com Kevin Magnussen a conseguir mais dois pontos para a Haas, entalado entre os carros verdes. Agora, a Formula 1 ia atravessar o Atlântico, para a primeira corrida de sempre em Miami.