sábado, 5 de julho de 2014

Formula 1 2014 - Ronda 9, Grã-Bretanha (Qualificação)

A chegada da Formula 1 à Grã-Bretanha significa mais um clássico no calendário da categoria máxima do automobilismo. O circuito de Silverstone situa-se naquilo que os entendidos chamam de "Motorsport Valley", dado que a esmagadora maioria das equipas, sejam elas de Formula 1, Endurance, GT's, categorias de acesso, entre outras, têm a sua sede. E Silverstone, que desde há muito é gerida pelo BRDC (British Racing Drivers Club), comemora este ano um numero redondo: a corrida numero 50 de Formula 1 no seu circuito (e não os 50 anos do circuito, como alguns foram levados a crer).

Mais do que saber se a Mercedes irá manter o seu dominio nesta temporada, o mais interessante será saber se Lewis Hamilton irá reagir depois de duas corridas em que as coisas não saíram bem ao piloto britânico. Mais susceptível do que Nico Rosberg, ele sabia que tinha de marcar presença para manter a sua corrida para o bicampeonato, que este ano é basicamente "uma corrida a dois" no qual a Mercedes deixa-os lutar dentro de certos limites, mostrando ao resto do mundo que podem alcançar o campeonato de construtores sem ordens de equipa nem procissões.

O tempo neste sábado era... britânico. À partida, esperava-se que a chuva poderia fazer parte do jogo, dado que os meteorologistas previam cerca de 70 por cento na hora da qualificação. E com isso em mente, tudo poderia acontecer. E foi o que aconteceu: a sessão começou com pista húmida, mas com tendência para secar, e isso fez com que os pilotos trocassem para pneus secos, depois de uma passagem com intermédios. Mas a três minutos do final da Q1, uma fina carga de água apanhou algos pilotos desprevenidos, entre os quais, Fernando Alonso, Kimi Raikkonen, Adrian Sutil e os pilotos da Williams, Felipe Massa e Valtteri Bottas. O resultado final foi escandaloso: Williams e Ferrari faziam companhia à Caterham, de fora da Q1. E Adrian Sutil, mesmo passando para a Q2, tinha acabado a sua sessão na gravilha, vítima dos caprichos meteorológicos britânicos.

Na Q2, com os dois Marussia presentes (pela segunda vez na história da marca!), os pilotos voltaram à pista com pneus intermédios, esperando que a pista secasse mais um pouco, porque entretanto, tinha deixado de chover. Timidamente, havia pessoal a entrar na pista, para ver as condições dela, e aos poucos, os tempos baixavam. Quando Max Chilton começou a entrara no topo da tabela, com os pneus secos, os outros entraram para saber se tinham tempo de entrar no "top ten".

No último minuto... as bandeiras amarelas. Pastor Maldonado (quem mais?) e Esteban Gutierrez tinham se despistado, em incidentes separados, fazendo com que os pilotos abrandassem. Mas isso não foi suficiente para mudar as coisas: para a Q3 foram os dois Mercedes, os dois Red Bull, os dois Toro Rosso, os dois McLaren e os dois Force India. Do outro lado, ficaram os dois Renault, os dois Marussia, os dois Sauber. No final da qualificação, descobriu-se que Maldonado não tinha a gasolina suficiente para a dita análise, e os comissários não hesitaram em exclui-lo.

Chegados à Q3, os pilotos aproveitaram a pista seca para tentar marca tempo, já que havia mais ameaças de chuva para os minutos seguintes. Todos fizeram os seus tempos e a chuva caiu, mas por pouco tempo. Com isso, os pilotos ficaram nas boxes até quando faltaram dois minutos para o fim.

E foi aí que as coisas começaram a ser espantosas. Primeiro, Sebastian Vettel faz o seu melhor e consegue o melhor tempo, deixando toda a gente de boca aberta. Mas logo a seguir, os tempos começaram a cair: primeiro Button e depois Nico Rosberg, mas apenas depois de... Lewis Hamilton ter abdicado de fazer uma volta, porque achava que as condições da pista não estavam próprias para uma tentativa. Resultado final? Nico Rosberg fez a pole, Lewis Hamilton fica com um lugar na terceira fila da grelha, com Vettel, Button, Hulkenberg e Magnussen entre eles.

No final desta qualificação, parece que o estofo de campeão é germânico... mas amanhã é dia de corrida e não se espera que chova. Com esta grelha "ao contrário", a corrida de domingo será o de uma tremenda movimentação, com os Ferrari e Williams a tentarem reduzir is prejuizos, e claro, Hamilton "com a faca nos dentes" para ver se ganha em casa. O chato é que têm cinco bons pilotos pela sua frente...

sexta-feira, 4 de julho de 2014

E nos Nobres do Grid deste mês...

(...) em 1914, a [Peugeot] era rei e senhor nas pistas mundiais. No ano anterior, tinham dominado a competição, tendo sido o primeiro construtor estrangeiro a ganhar as 500 Milhas de Indianápolis, através do francês Jules Goux. Para além dele, a equipa tinha outro francês: Georges Boillot. Os carros eram desenhados por uma equipa que incluía um emigrado italiano, Ettore Bugatti, que iniciava a sua carreira como engenheiro e construtor. Em maio de 1914, a Peugeot tinha voltado a Indianápolis, no sentido de tentar repetir a proeza, e conseguiram, batendo a concorrência americana. Mas carro vencedor não foi um carro oficial, mas sim a inscrição privada de outro francês, René Thomas (...)

(...) Por essa altura, o Automobile Club de France fazia a sua seleção para o lugar onde iria realizar o seu Grande Prémio. Tirando as edições de 1907 e 08, que repetiu em Dieppe, e a edição de 1909, que foi cancelada, devido à falta de inscrições, a corrida sempre andou de terra em terra, fixando-se na melhor oferta, devido à movimentação que o automobilismo trazia às cidades em questão. Para 1914, a escolha final, das dezenas de cidades candidatas, acabou por ser a de Lyon, pois estes concederam mais de 10 mil libras de subsídios, uma fortuna na época. Assim sendo, a data da corrida ficou marcada para o dia 4 de Julho. (...)

(...) A Alemanha representava-se pela Opel, que tinha Franz Breckheimer, Carl Jörns e Emile Erndtmann, mas o maior perigo vinha da Mercedes. Decidiram investir tudo nesta corrida, no sentido de repetir o feito de seis anos antes. Inscreveram cinco carros, quatro oficiais, para os alemães Max Sailer, Christian Lautenschlager e Otto Salzer, o francês Louis Wagner e o belga Theodore Pilette, que era o representante da marca no seu país. Durante a Primavera visitaram em detalhe o circuito, montaram o seu quartel-general na cidade e usaram profusamente os dois dias de treinos para afinar a melhor estratégia possível. Tinham até uma arma secreta: os novos pneus Continental, que eram bem mais resistentes do que os da concorrência, especialmente os Peugeot, que tinham pneus Dunlop. Chegou-se até a noticiar que a Mercedes colocou este aviso na ordem do dia:Por razões de propaganda, a Mercedes decidiu ganhar este ano o Grande Prémio” (...)

(...) o “Grand Prix de France” estava marcado para o dia 4 de Julho. Contudo, poucos dias antes, a 28 de Junho, a politica entra em cena: o Arquiduque herdeiro da Áustria, Francisco Fernando, é morto na cidade de Sarajevo pelo anarquista sérvio Gavrilo Princip. A partir de então, a crise instala-se na Europa e todos sabiam que caso o sistema de alianças então vigente entrasse em vigor, milhões de pessoas pegariam em armas numa questão de dias… Agora, já não era mais uma corrida, mas sim a primeira batalha de uma futura guerra europeia. (...)

Faz hoje precisamente cem anos. Nos arredores de Lyon, mais de trezentas mil pessoas esperavam por uma vitória francesa no seu Grande Prémio, contra a ameaça da armada Mercedes, que queria vencer "na casa do inimigo". A equipa de Estugarda tinha uma tática de "lebre", lançando um dos seus carros na frente no sentido de que os carros franceses o tentassem alcançar, destruindo-se pelo caminho. E foi o que aconteceu, quando Otto Salzer foi para a frente, com a armada Peugeot, liderada por Jules Goux e Georges Boillot a ir atrás deles, dando o seu melhor para o apanhar.

Contudo, nessa perseguição, os Peugeot destruiram-se e apesar dos esforços de Boillot, no final, a Mercedes monopolizou o pódio, com Christian Lautenschlager na frente, perante uma multidão em silêncio, não querendo acreditar na humilhação que tinham assistido. Mas também tinham assistido ao final de uma era: quatro semanas depois, a Europa estava a ferro e fogo.

Toda esta fascinante história pode ser lida agora no site "Nobres do Grid".

Youtube Motorsport First: a primeira partida da Formula E

A Formula E teve ontem a sua primeira sessão de testes, no circuito de Donington Park, e entre outras coisas, teve esta simulação de largada, a primeira que fizeram, claro. De facto, é completamente diferente ao que estamos habituados, e do qual os "fundamentalistas do motor a gasolina" gostam de dizer horrores...

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Youtube Motorsport Weirdness: Demolition Derby... no lugar errado

Esta vi no Flávio Gomes e é mais um exemplo de "MURICA!" que vemos por estes dias. E não é só os pilotos ficarem doidos, é o público que aplaude estas coisas. Aparentemente, estes dois senhores estão a arrefecer os ânimos na prisão...

Noticias: Ferrari e Haas anunciam parceria

A Ferrari anunciou esta tarde que a Haas Automation será o seu mais novo patrocinador, numa parceria que começará de imediato no Grande Prémio da Grã-Bretanha, em Silverstone. A empresa, que fabrica máquinas com controlo numérico computorizado nos Estados Unidos, tem como proprietário Gene Haas, que como se sabe, irá ter uma equipa de Formula 1 a partir da temporada de 2016, e que muito provavelmente terá motores Ferrari nos seus chassis. 

Marco Mattiacci, o chefe de equipa da Ferrari, explicou que “este acordo fortalece as nossas ligações existentes com os EUA, um mercado importante não só para a empresa como também para a Scuderia Ferrari, sendo um em que a equipa já beneficia de diversas parcerias importantes”.

O italiano acrescentou que “esta colaboração permitirá à Haas Automation reforçar a atenção da sua marca e promover os seus produtos e serviços ao redor do mundo, graças à atratividade da Scuderia Ferrari e ao alcance global da Formula 1. Em paralelo, mas com um projeto separado, a Haas está comprometida em entrar na Formula 1 com a sua própria equipa, um testemunho da atração do nosso desporto nos EUA e na sua frente, decorrem entre nós discussões técnicas”.

Os Pioneiros - Capitulo 32, o triunfo das pequenas viaturas

(continuação do capitulo anterior)


A SAÍDA DE CENA DAS GRANDES MÁQUINAS


No final de 1908, os construtores franceses pensaram seriamente sobre a ideia de continuar a investir no automobilismo, após as vitórias alemãs e italianas nas principais provas da especialidade, como o Grande Prémio de França ou a Targa Flório. Esses construtores, que alinhavam com carros pesados, sofriam nessa altura os efeitos de uma recessão na Europa, que afetava as vendas dos seus automóveis, e também afetava o dinheiro que investiam no automobilismo. Assim, algumas marcas decidiram que era tempo de abandonar a competição, como a Renault, e muitas outras queriam fazer o mesmo, mas receavam que isso significaria dar azo à concorrência, algo que não queriam.

Atento aos rumores, o ACF decidiu anunciar que iria fazer a sua edição de 1909 na cidade de Anjou, mas só iria para a frente caso tivesse um minimo de 40 carros inscritos. Ao saber disso, os construtores franceses decidiram abster-se de responder ao pedido do ACF Sobre se iriam participar ou não. Preparou-se um documento em relação a esse problema, do qual apenas a Fiat, a Itala e a Mors não assinaram. Contudo, outros doze construtores fizeram-no. A 31 de dezembro de 1908, quando a ACF descobriu que apenas nove carros estavam inscritos, decidiu cancelar o Grande Prémio.


O TRIUNFO DAS PEQUENAS MÁQUINAS: TARGA FLÓRIO


Sem as grandes máquinas por perto, as pequenas máquinas seriam os grandes impulsionadores das corridas na Europa. A AIACR decidiu mudar os regulamentos nesse caso, limitando o diâmetro e o curso do cilindro, no sentido de fazer motores multicilindricos. Mas os construtores não quiseram fazer isso nessta temporada, e logo apareceram carros com motores monocilindricos altos, chegando a medir... 90 centímetros.


Contudo, a primeira grande prova do ano, a Targa Flório, iria ter ambos os carros na corrida principal. Mesmo com a recessão e um grave tremor de terra em dezembro de 1908, que tinha devastado parte da ilha, matando quase 200 mil pessoas, apareceram carros para ambas as corridas: a Taça das Pequenas viaturas, em Madoine, onde apareceram seis carros: os Peugeot profissionais de Georges Boillot e Jules Boux, mais giosue Giuppone, e três amadores, em De Dion. No final, Goux foi o melhor, seguido por Nornan Olsen, no De Dion, depois de Giuponne ter sido penalizado por ter reabastecido fora da área regulamentada.

Na corrida principal, a 2 de maio, apenas onze carros participaram, e aqui foi a primeira prova de um Lancia, com Vicenzo Lancia a sair da Fiat e a construir do seu próprio carro de corridas, inscrito para Guido Arioldi. Vicenzo Flório alinhava com um Fiat, enquanto que havia um Itala para Giuseppe Seta, dois SPA para Mário Cortese e o Barão Francesco Ciuppa, para além de dois Berliet para Antonio Ribolla e pelo senhor Scaletta. Para finalizar, quatro De Dion, guiados por Giovano Stabile, Norman Olsen, Giuseppe Baldoni e Salvatore Giaconia.

Nesse ano, decidiu-se que apenas uma volta seria feita à pista, e a corrida foi bem disputada entre Flório, Ciuppa e Arioldi. O Barão levou a melhor no seu SPA, com um avanço de doze minutos sobre o Fiat de Flório e o Lancia de Arioldi.


A COPA CATALUNYA


A 26 de maio, mais uma corrida para as Pequenas Viaturas iria ocorrer, mas ao contrário do habitual, não seria em Itália, França ou Alemanha, mas sim em Espanha. A localidade catalã de Stiges iria acolher a Copa Catalunya, num circuito de 17,5 quilómetros, que seria completada em 13 voltas. A Lion-Peugeot levava cinco carros, para Goux, Boillot, Giuppone, Dessy e Foval, enquanto que a Sizaire-Naudin tinha Georges Sizaire, a De Dion tinha Marsans e uma nova marca, a Hispano-Suiza tinha o italiano Paolo Zucarelli e o francês Louis Pilleverdier como pilotos.

A corrida começou com os Peugeot na frente, primeiro Goux e depois Boillot. Mas na terceira volta, Zucarelli passa Boillot e fica com o comando nas três voltas seguintes, até que a embraiagem do Hispano-Suiza se quebrou, acabando por abandonar. Com isso, Goux ficou com a liderança, aproveitando a quebra de uma das rodas do Sizaire e do capotamento do seu companheiro Boillot, sem consequências.

No final, Goux foi o vencedor, com uma hora de avanço sobre Sizaire, enquanto que o De Dion de Marsans ficou no lugar mais baixo do pódio, na frente de Pilleverdier, no Hispano-Suiza sobrevivente.


A TAÇA DAS PEQUENAS VIATURAS


Sem o Grande Prémio, o grande acontecimento automobilistico do ano em França acabou por ser a Taça das Pequenas Viaturas, marcado para o dia 20 de junho, em Boulogne, nos arredores de Paris. As quarto grandes marcas acabaram por ser a Lion-Peugeot, com Jules goux a guiar o novo motor de dois cilindros em V, enquanto que Boillot e Giuppone ficavam-se pelos monocilindricos; a Hispano-Suiza apresentou os seus carros com motores de quatro cilindros, guiados por Zucarelli, Pilleverdier e Derny; enquanto que a britânica Calthorpe inscrevia os seus carros com Leslie Porter, Fred Burgess e Ivan Wiedmann. Maurice Fournier aparecia num Werner, René Thomas num Le Gui; Masson, Lamaque e Lenoire apareciam num FIF.

A corrida começou com Zucarelli a ser o primeiro a passar no inicio da segunda volta, mas na realidade, o líder era Goux, seguido por Boillot. Na quinta volta, este teve de ir às boxes para trocar de velas, e para fazer voltar a colocar o motor a funcionar, necessitou de vinte minutos, logo, atrasou-se imenso na luta pela vitória.

Contudo, a liderança caiu nas mãos de Giuppone, e foi assim até que obteve a bandeira de xadrez, com seis minutos de avanço sobre Goux e mais de 18 minutos sobre o Le Gui de Thomas, seguido por Boillot. O melhor dos Hispano-Suiza foi o carro de Louis Pilleverdier, a mais de meia hora do vencedor.


(continua no próximo episódio)

Formula E: Dragon confirma Mike Conway como piloto

António Félix da Costa não foi o único anuncio feito hoje em relação a pilotos na novata Formula E. A americana Dragon Racing confirmou esta tarde que o britânico Mike Conway será um dos seus piloto para a sua equipa de Formula E, que vai arrancar em setembro, nas ruas de Pequim.

"É com enorme prazer que eu vou estar ao volante do carro da Dragon Racing na temporada inaugural do Campeonato FIA de Fórmula E", disse Conway. "Eu tenho estado muito interessado na Fórmula E desde que foi anunciado e eu estou orgulhoso de estar envolvido, tanto com Jay, como a Dragon Racing, em que eu acredito que está desbravando novos caminhos no automobilismo. Estou muito confiante de que podemos conseguir grandes resultados durante esta primeira temporada.", concluiu.

Já Jay Penske, o proprietário da Dragon Racing, afirmou: "Eu sempre fiquei impressionado com seu talento, inteligência e desempenho na Indy Car Series, e nós sentimos que a combinação dessa experiência, bem como a sua tenacidade e habilidades de condução será um ponto forte, no Campeonato FIA de Formula E."

Aos 30 anos de idade, Conway têm experiência na GP2 e na IndyCar Series, onde lá está desde 2009, vencendo já três corridas na sua carreira em terras americanas. Contudo, a sua passagem ficou marcada por um acidente bem forte durante as 500 Milhas de Indianápolis de 2010, que o colocou fora de combate para o resto daquela temporada, o que faz com que não queria correr nas ovais, por achar serem demasiado perigosas.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Noticias: Caterham vendida, Albers é diretor desportivo

Como já se falava desde há alguns dias, a Caterham anunciou hoje que foi efetivamente vendida à um consórcio do Médio Oriente, que terá como conselheiro Colin Kolles e terá como diretor desportivo o ex-piloto holandês Cristijan Albers, com efeito imediato.

"Estamos cientes do enorme desafio que temos pela frente, dada a extrema luta que é o campeonato, mas a nossa meta é terminar 2014 no décimo lugar do Mundial", disse Albers, que competiu na Formula 1 em 45 Grandes Prémios entre 2005 e 2007, primeiro ao serviço da Minardi, e depois pela Midland/Spyker. "Estamos comprometidos com o futuro da equipa e vamos certificar que possuimos os meios para a fazer crescer", concluiu.

O nome permanecerá o mesmo, pelo menos até ao final do ano, e irão se manter nas instalações de Leafield, perto de Silverstone. Quando ao comando da equipa, Cyril Abiteboul regressará à Renault, sendo substituído por Manfredi Ravetto, ex-HRT.

Curiosamente, apesar de Kolles ter ajudado na aquisição da equipa - cujos valores não foram revelados - ele não está dirtetamente envolvido no projeto, o que pode mostrar que ele estará ainda envolvido no projeto romeno da Forza Rossa, que tenta entrar na Formula 1 em 2016.

A Caterham surgiu em 2010, primeiro como Lotus Racing, com o malaio Tony Fernandes ao leme, no âmbito das quatro equipas que Max Mosley queria colocar na Formula 1 como forma de cortar nos custos. Contudo, apesar de trazer um nome sonante de volta (a Lotus, que tinha saido de cena em 1995) a permanência na categoria máxima do automobilismo ficou marcada pela frustração e pela controvérsia. Em 2012, acabou por ceder o nome à Lotus Cars, na altura dirigida por Dany Bahar, para logo a seguir, adquirir a Caterham Cars.

Apesar da passagem de pilotos sonantes - Jarno Trulli, Heiki Kovalainen, Vitaly Petrov e agora, Kamui Kobayashi e Marcus Ericsson - a equipa não conseguiu alcançar um unico ponto e viu um dos seus rivais, a Marussia, conseguir um nono lugar no GP do Monaco, às mãos do francês Jules Bianchi. Isso, aliado aos custos cada vez mais elevados em manter uma equipa de Formula 1, fez com que tomasse a decisão de vender a sua equipa e concentrar-se nos seus negócios na Air Asia e na Caterham Cars, bem como o seu clube de futebol Queen's Park Rangers, que no final desta temporada subiu à Premiership.

Formula E: Félix da Costa correrá na Aguri

Inesperadamente, a Formula E vai ter um piloto português: António Félix da Costa anunciou esta tarde que será piloto da Amlin Aguri, e irá correr ao lado da piloto Katherine Legge na competição de carros elétricos que arrancará a 13 de setembro em Pequim.

"Estou muito contente pela oportunidade de disputar a FIA Formula E nesta temporada inaugural e representar Portugal ao mais alto nível num campeonato que vai marcar o virar de uma importante página no automobilismo Mundial." começou por dizer o piloto de Cascais na sua página de Facebook. "Sem dúvida alguma estamos a dar um passo enorme em termos de inovação e tecnologia e é um grande orgulho para mim ter sido escolhido pela Amlin Aguri Formula E Team , uma equipa com grande historial que está a apostar muito na Fórmula E. Aqui a tecnologia será fundamental, a Amlin tem essa experiência na analise de dados e vamos utilizar esse know-how para produzir estratégias que me vão ajudar em pista. Estou ansioso por dar ínicio a este novo desafio com a minha nova equipa neste novo campeonato, o campeonato do futuro!", concluiu.

Assim sendo, Félix da Costa estará nos testes coletivos que a Formula E irá fazer a partir de amanhã no circuito de Doningtoin Park, pois os seus compromissos com o DTM só acontecerão na semana seguinte, no autódromo de Moscovo. 

O campeonato de Formula E começa a desenhar-se em termos de pilotos, quando faltam cerca de dois meses do seu inicio, a 13 de setembro, em Pequim, numa competição com dez provas que decorrerá até junho de 2015, com o seu fim em Battersea Park, em Londres.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Rumores do dia: Caterham com novo dono, Lotus com Mercedes em 2015

Primeiro rumor: A Caterham têm novo dono.

Todos sabem desde sexta-feira que Tony Fernandes decidiu vender a sua equipa de Formula 1. Já era algo esperado, depois dos avisos feitos no inicio do ano, em que investiu mais de cem milhões de euros desde 2010, sem ver qualquer ponto. Os maus resultados no inicio da temporada, a par do que aconteceu à Marussia no Mónaco, onde alcançou os seus primeiros pontos, com o nono lugar de Jules Bianchi, foram a "gota de água" para Fernandes, que decidiu então virar-se para o futebol, onde o "seu" Queens Park Rangers subiu no final da última temporada à Premiership.

Para além disso, a queda do negócio com a Renault, que tinha feito uma parceria com a Caterham para fazer reavivar a Alpine, também contribuiu para o final do negócio. Assim sendo, o Joe Saward fala no seu blog que o novo comprador poderá ser de origem suiça, com o capital vindo do Médio Oriente. Por lá também se fala que poderá ser contratada uma equipa técnica "de emergência" com o objetivo imediato de alcançar o nono lugar do campeonato de Construtores, que pertence agora à Marussia.

Uma coisa é certa: o anuncio será feito esta quarta-feira. E que o negócio só envolverá a equipa de Formula 1, já que Fernandes manterá o negócio dos carros de estrada.

P.S: Surgiu agora um "tweet" afirmando que a pessoa que dará a cara por este consórcio será o ex-piloto holandês Christijan Albers. A ser verdade, quero acrescentar que grande parte da sua carreira automobilistica foi associado a outra personagem da Formula 1: Colin Kolles. Que se fala estar por trás do projeto romeno da Forza Rossa. Nunca se sabe...

Segundo rumor: a Lotus vai trocar os Renault pela Mercedes

Os maus resultados desta temporada por parte dos motores Renault fizeram com que a Genii Capital procurasse uma alternativa mais barata - e mais competitiva - para a temporada de 2015, e parece que já conseguiram: a Mercedes irá equipar os carros de Enstone a partir da próxima temporada. Eles vão ficar com o lugar da McLaren, que como sabem, terão motores Honda no ano que vêm.

O anuncio poderá acontecer no fim de semana britânico, e a acontecer, significará que a Renault ficará reduzida à Red Bull, Toro Rosso e Caterham.

Os Pioneiros - Capitulo 31, as origens de Indianápolis

(continuação do capitulo anterior)


1909: O COMEÇO DE UMA LENDA AMERICANA


As coisas no inicio de 1909, nos Estados Unidos - ao contrário da Europa - eram de prosperidade e explosão para a nascente industria automóvel americana. Dezenas de companhias automobilísticas nasciam um pouco por todo o lado, e as corridas de automóveis viviam um autêntico "boom", graças aos sucessos da Vanderbilt Cup e do Grande Prémio da América. Um dos sítios onde existiam várias companhias automóveis era a cidade de Indianapolis, no estado do Indiana, a meio caminho entre Cleveland e Chicago, um importante entroncamento ferroviário.

Entendendo que ter uma pista permanente poderia servir quer para proporcionar entretenimento, quer para desenvolver automóveis e os seus componentes, alguns dos principais industriais da cidade decidiram constituir a 9 de fevereiro desse ano a Indianápolis Motor Speedway Corporation. Quatro homens contribuiram para a sua construção: Carl Fisher, James A. Allison, Arthur Newby e Frank Wheeler.

Fisher, então com 35 anos, era um visionário. De Greenberg, no Indiana, e filho de um pai alcoólico e sofrendo de uma forma severa de astigmatismo na sua infância, abandonou a escola aos doze anos e tinha sido um entusiasta de ciclismo no final do século, tendo começado a abrir um loja de reparação de bicicletas em Indianápolis. Em 1904, foi aproximado por uma pessoa que tinha a patente da lâmpada de acetileno, que serviria para iluminar os automóveis à noite. Ele adquiriu a patente e com o seu sócio James A. Allison, constituiram a Prest-O-Lite, que os fez milionários e com contactos na industria automobilística, entre os quais o piloto Barney Oldfield.

Isso fez com que Fisher fizesse aquilo que foi depois considerado como o primeiro concessionário de automóveis do mundo, vendendo carros de marcas como Packard, Stoddard-Dayton, Reo, Oldsmobile, Stutz, entre outros. Para os publicitar, chegou a colocar um Stoddard-Dayton num balão de ar quente e o pairou sobre a cidade, para admiração de toda a gente. O que ninguém sabia é que tinha tirado o motor para facilitar as coisas...

Quanto a Arthur Newby, era o presidente de uma das marcas de automóveis que era construída naquela cidade, a National, e tinha começado a converter alguns dos seus modelos para as corridas automobilísticas um pouco por toda a América, como a Vanderbilt Cup e o Grande Prémio da América. Já Frank Wheeler, era o proprietário dos carburadores Wheeler-Schreiber também situados em Indianápolis.

Estes quatro homens tinha conseguido juntar 250 mil dólares para o projeto, e rapidamente, Fisher encontrou um lugar nos arredores de Indianápolis para construir o seu circuito, uma oval - na realidade, um rectângulo de quatro curvas - com duas milhas e meia de comprimento (4023 metros) que ficou completo em poucos meses depois, de março a julho de 1909. Mais de 500 trabalhadores, 300 mulas e várias máquinas ajudaram a compactar a terra que ficou completada com uma camada de asfalto misturado com brita. O projeto era a concretização de um desejo que Fisher tinha desde que visitara o circuito de Brooklands, dois anos antes.

Contudo, a prova de inauguração, a 19 de agosto, foi um desastre. A prova, ocorreu num dia de grande calor e a superficie quebrou-se, causando vários desastres. O mais grave de todos foi quando o canadiano Wilfred Bourque perdeu o controlo do seu Knox e despistou-se, causando a sua morte e a do seu mecânico, Harry Holcomb. Outro mecânico e mais dois espectadores morreram, vitimas de vários acidentes. O grande vencedor foi Louis Schweitzer, que ganhou uma medalha, mas no final, o evento foi um fracasso. Para além dos acidentes, a superficie estava arruinada e a AAA, quer tinha supervisionado o evento, decidiu que iria boicotar o evento, caso não se fizessem modificações significativas.

Sem hesitar, em setembro desse ano, Fisher foi ter com os sócios e decidiu que iria cobrir aquela superficie com tijolos. Arranjou 3,2 milhões de tijolos, vindas de cinco fábricas de Indiana, e colocou-os à volta do circuito. No final, convidou o governador do Indiana para colocar um tijolo especial, feito de ouro. Nessa altura, os habitantes locais começavam a apelidar o circuito com o nome que o tornou famoso: "The Brickyard", e os primeiros testes com a nova superficie começaram e dezembro desse ano, com os carros a alcançarem confortavelmente a velocidade de 180 quilómetros por hora, o que deixou todos felizes. E à medida que 1910 se aproximava, Fisher pensava numa grande corrida para aquela pista, capaz de atrair os melhores construtores do mundo.

(continua no próximo episódio)

Youtube Video Presentation: a Formula E nas ruas de Londres

Tem apenas um minuto, mas podemos ver os carros da Formula E a desfilarem nas ruas de Londres, diante do Palácio de Westminster e do Big Ben. Faltam pouco mais de dois meses e meio para o inicio do campeonato e parece que a expectativa de uma competição bem interessante está alta...

Veremos. 13 de setembro é a data da prova inaugural, em Pequim.

Formula 1 em Cartoons - Austria (Riko Cartoon)

A famosa frase do meio da corrida, onde a Ferrari e o Kimi Raikkonen dialogaram sobre o facto do piloto finlandês poder tirar mais duas décimas ao seu tempo e do qual teve mais uma resposta "Raikkoniana" foi mais do que suficiente para que o Frederico Ricciardi (Riko) fazer este desenho acerca da lista de queixas que o piloto finlandês têm para fazer acerca do seu carro...

"... e esta é uma pequena lista das coisas que deveriam servir-me!...", diz um Kimi zangado, a sair do carro.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Formula E (II): Segunda mulher-piloto é anunciada

No dia em que a Formula E fez mais uma ação de charme, desta vez em Londres, a equipa Trulli GP anuncia que terá como piloto... uma mulher. A italiana Michela Cerruti, de 26 anos, irá pilotar o carro ao lado de Jarno Trulli, que também é o co-proprietário da equipa, e será a segunda mulher da série, depois de Katherine Legge, anunciada há alguns dias.

"Estou muito satisfeito por me juntar à TrulliGP e estou muito honrado de fazer parte do Campeonato FIA de Fórmula E. Eu realmente acredito que esta série pode ajudar a atrair as pessoas a usar veículos elétricos e ajudar a cuidar do futuro do meio ambiente. Agora estou ansioso para testar o carro para começar este novo desafio", afirmou a piloto italiana.

Já Jarno Trulli, piloto e proprietário da equipa, elogiou as qualidades de Cerruti: "Michela é uma piloto muito talentosa, com uma habilidade natural. Fiquei impressionado com seus resultados recentes, considerando o tempo muito limitado que ela passou nos monolugares. Estou extremamente feliz em partilhar a minha longa experiência na Fórmula 1 com Michela para tornar a nossa equipa numa de sucesso. Estou convencido de que Michela é uma estrela ascendente para esta temporada e para o futuro", comentou.

Cerruti, nascida a 18 de fevereiro de 1987 em Roma, é filha de Aldo "Baronio" Cerruti, e começou a correr em 2008, depois do seu pai lhe oferecer um curso de condução defensiva na escola do seu amigo Romeo Ferraris. Guiando em carros de Turismo, foi terceira no campeonato CTE em 2008, a bordo de um Alfa Romeo 147, antes de conduzir um Abarth 500 no ano seguinte. Em 2010 passou para a Italian Supercar Series, a bordo de um Mercedes C63 AMG, onde em 2011, surpeeendeu no primeiro fim de semana duplo de Monza, sendo segunda na primeira corrida e tendo vencido a segunda.

Em 2013, depois de passagens pela Formula 3 Open, esteve em duas corridas da AutoGP, conseguindo cinco pontos, antes de este ano, ao serviço da SuperNova, ter conseguido dois pódios, uma delas uma vitória na segunda corrida de Imola, estando agora no sexto lugar da geral, com 85 pontos. Para além disso, corre nos GT's italianos, a bordo de um Ferrari.

Michael Schumacher, seis meses depois

Primeiro que tudo, um aviso aos frequentadores deste canto: isto não passa mais do que um artigo de opinião sobre o piloto, logo, isto não é uma noticia e nem deve ser tratada como tal. Só toco neste assunto para assinalar a data, pois passam hoje precisamente seis meses sobre o seu acidente, na estância de ski francesa de Meribel.

Nos últimos tempos, as grandes novidades em relação ao seu estado de saúde foi que a assessora de imprensa, Sabine Kehm, confirmou que Michael Schumacher saiu do coma - sem referir quando é que isso aconteceu - e que ele foi transferido para uma unidade de saúde em Lausanne, na Suiça, perto da sua casa. Mas foi nessa altura em que se soube alguma coisa sobre o seu estado de saúde. E a ser verdade, é devastador: Schumacher está, de facto, consciente, mas não fala e praticamente pouco mais faz do que mexer com a cabeça quando responde às perguntas que fazem. E percebe-se, agora, a enorme proteção - quase obsessiva - que a família faz sobre ele: é que o Schumacher que conhecemos desapareceu. Será uma pessoa que dependerá dos outros para o resto do seus dias, e mesmo a hipótese de ele se movimentar numa cadeira de rodas será um feito.

Mas também nos últimos tempos também existe outra obsessão, por parte de uma certa imprensa sensacionalista: querer alguma coisa de Schumacher - uma fotografia, um detalhe da sua condição médica - para poder vender jornais ou ganhar imensos cliques nos seus sites porque há certos jornais que seguem uma lei não escrita de que "as personalidades públicas perderam o direito à sua vida privada". E quando se sabe que é na Alemanha que está o jornal que mais se vende na Europa - o Bild, que em alemão significa "Foto" ou "Cartaz" - e claro, a popularidade do piloto alemão é enorme, podemos dizer que a busca pelo "exclusivo" significa mais do que falar com os enfermeiros ou os médicos. Significa tentar entrar nos Cuidados Intensivos e tirar fotos da pessoa. E agora nestes últimos dias, a história do roubo da ficha médica do ex-piloto alemão reforça tudo isso.

Já disse anteriormente que parece anacrónico que, num mundo em que toda a gente se mostra nas redes sociais, incluindo o que anda a comer, beber, escovar os dentes e outras coisas mais intimas, a família de Schumacher se tenha decidido blindá-lo dos olhos do público. Essa atitude agora entende-se, e era algo que já tinha ouvido e falado: o velho Schumacher está morto, pois muito provavelmente, não mais será o mesmo. Mesmo com fisioterapia intensiva e com as inevitáveis melhoras no seu estado de saúde, o fato do piloto ter sofrido o seu trauma na zona frontal do seu cérebro, conhecido por alojar coisas como a comunicação, a visão, o olfato ou o paladar, poderá fazer com que ele não fale mais, não escreva mais, nem veja mais. Ele poderá estar cego, surdo e mudo, e isso não é reversível.

E em certos aspectos, o que aconteceu com ele faz também me lembrar o que sucedeu a Maria de Villota, que está agora a fazer dois anos desde que aconteceu, num teste no aeródromo de Duxbury, na Grã-Bretanha. O seu acidente, apesar de todo o seu impacto ter sido amparado com o capacete que levava, causou sequelas terríveis, (como podem ver nesta foto): perdeu o olho direito, perdeu a sensação do paladar e do olfato e ganhou permanentes dores de cabeça, que a acompanharam até ao final dos seus dias, em outubro de 2013. Portanto, todo e qualquer recuperação que Schumacher possa ter em fisioterapia, pode ser deitado a perder se tiver, por exemplo, um ataque epiléptico ou um derrame cerebral, dado que agora, o seu cérebro está mais frágil do que nunca.

Em suma: até ao final dos seus dias, o assunto Schumacher será sempre algo que estará entre o especulativo e o misterioso. E por vezes, esses assuntos são o palco das conspirações e das obsessões, trazendo ao de cima tudo que o ser humano têm de bom... e de mau. É a matéria que serve para escrever livros.  

Formula E: e.DAMS anuncia dupla de pilotos

Sebastien Buemi e Nicolas Prost serão os pilotos da francesa e.DAMS, que vai correr na Formula E a partir de 16 de setembro, data da prova inaugural, na China. O suíço, atual terceiro piloto da Red Bull, e o francês, filho de Alain Prost e que corre atualmente no WEC, ao serviço da Rebellion, estarão nos carros preparados por Jean-Paul Driot e que terá o apoio do próprio Prost Sr.

"Jean-Paul Driot e eu estamos satisfeitos por estarmos associados à Renault nesta nova aventura", começou por dizer Alain Prost no comunicado oficial. "A escolha da Renault como um grande parceiro foi um passo natural por causa do registo excepcional que tem feito no automobilismo, bem como a sua experiência única no campo dos veículos elétricos. Pessoalmente, estou emocionado com a ideia de trabalhar com a Renault num projeto tão ambicioso e com a possibilidade de escrever um novo capítulo desta nossa associação", continuou.

"Estamos nos preparando ativamente para as primeiras corridas da temporada. O teste [coletivo] desta semana em Donington Park será o próximo passo nesse processo e ele será seguido por um verão ocupado, a fim de estar tudo pronto e competitivo para o primeiro ePrix, em Pequim, a 13 de setembro. É um desafio enorme, porque este campeonato é completamente novo, tanto em termos de tecnologia e que apresenta também o formato de corrida. Estes são tempos muito emocionantes", concluiu o ex-piloto, tetracampeão do mundo.

Claro, com o anuncio de Nicolas Prost na competição, e que terá como rival Bruno Senna, que estará num dos carros da Mahindra, uma certa imprensa não deixará de passar em claro rivalidades do passado...

domingo, 29 de junho de 2014

A foto do dia

Kimi Raikkonen sendo Kimi Raikkonen, este fim de semana, no Festival de Velocidade de Goodwood...

WRC 2014 - Rali da Polónia (Final)


E pela quarta vez este ano, Sebastien Ogier levou a melhor sobre a concorrência. No final, a diferença ficou-se pelo um minuto e dez segundos sobre o segundo classificado, e parece que o piloto francês está cada vez mais a caminho da renovação do título mundial no WRC. E claro, esta é a 17ª vitória da Volkswagen desde o seu regresso. A 17ª... em vinte ralis.

"Acho que foi um fim-de-semana perfeito para mim: vitória e um bom passo rumo ao título. Estes troços eram divertidos e rápidos. O Andreas fez um bom trabalho e eu sabia que no primeiro dia estava em desvantagem por abrir a estrada. Mas também pensei que se conseguisse manter um bom ritmo ficaria em excelente posição até ao final", referiu o piloto francês. 

O dia ficou marcado pela vitória de Ogier na Power Stage, onde conseguiu mais três pontos dos 25 obtidos pela vitória, superando os seus companheiros da marca, Anders Mikkelsen e Jati-Matti Latvala.

Para Anders Mikkelsen, este segundo lugar não é só igualar o melhor resultado da sua carreira, como é o segundo pódio do ano e a capacidade que ele está a ter em ser cada vez mais veloz e capaz de apanhar o piloto francês. E isto pode ser um bom incentivo, especialmente se for melhor do que Latvala no próximo rali, na Finlândia.

No lugar mais baixo do pódio ficou Thierry Neuville, que deu à Hyundai mais um pódio à marca coreana, conseguindo superar o seu companheiro, Juho Hanninen (que foi sexto), mas sobretudo a Mikko Hirvonen, que conseguiu o quarto lugar e o melhor resultado para a Ford, que teve um rali para esquecer depois do que aconteceu a Robert Kubica, por exemplo. Jari-Matti Latvala foi o quinto e manteve o segundo lugar da geral, mas neste rali foi claramente batido por Mikkelsen, e este conseguiu diminuir um pouco a diferença entre ambos.

Kris Meeke foi o sétimo e o melhor dos Citroen - Mads Ostberg capotou e desistiu - na frente do terceiro Hyundai de Haydon Paddon, enquanto que a fechar o "top ten" ficaram o Ford do norueguês Henning Solberg e o Ford de Martin Prokop.

No WRC2, o melhor foi o estónio Ott Tanak, que de uma certa forma, confirmou o seu favoritismo. Nesse campo, conseguiu ser melhor que o finlandês Jari Ketomaa e o árabe Yazhid Al Rahji. Já o português Bernardo Sousa, o melhor que conseguiu foi o quinto lugar da categoria, já que o seu carro não foi capaz de conseguir mais, como reconhece nas declarações que fez à Autosport portuguesa:

"Este rali é inclusive mais rápido do que a Finlândia e tivemos alguns problemas no carro que nos impediram de entrar no ritmo certo logo desde o início", começou por explicar o piloto madeirense. "Para esta prova recebemos um novo motor com algumas evoluções e com um novo mapa de eletrónica, mas era preciso fazer algumas alterações no sensor da caixa de velocidades e isso não foi feito. A equipa não teve culpa mas perdemos potência e o carro 'cortava' muito cedo, além de termos empenado um braço de suspensão com o toque numa pedra quando cortámos uma curva no segundo troço. Depois tentámos entrar no ritmo dos mais rápidos mas com toda a gente a andar no máximo, a partir de certa altura percebemos que não valia a pena arriscar e pensei sobretudo nos pontos", concluiu.

A próxima prova do mundial será em paragens finlandesas, entre 1 e 3 de agosto.

WRC 2014 - Rali da Polónia (dia 3)

O terceiro dia do Rali da Polónia está a ser duro, com capotamentos pelo meio, mas a grande ação do dia têm a ver com o duelo entre Volkswagens, o de Sebastien Ogier contra o de Anders Mikkelsen. Sabia-se que a diferença entre os dois carros era minima, no final do segundo dia deste rali, e que o piloto francês iria partir ao ataque, mas as coisas não se tornaram tão fáceis como ele esperava.

Pela manhã, Ogier conseguiu abrir nas primeiras classificativas uma vantagem de 14,2 segundos sobre o seu companheiro de equipa norueguês, antes de na PEC14 acontecer algumas coisas interessantes, como a quebra da suspensão no carro de Jari-Matti Latvala, e o capotamento do Citroen de Mads Ostberg, que ficou no meio da estrada e obrigou a interrupção do rali, numa altura em que Ogier se afastava ainda mais de Mikkelsen.

Contudo, isso não perturbou Ogier, que apeoveitou as classificativas seguintes para se afastar de Mikkelsen, chegando a 19,3 segundos no final do PEC16, com agora os Hyundai a recuperarem terreno, já que Juho Hanninen aproveitou o atraso de Latvala para ascender ao terceiro posto, com Thierry Neuville logo atrás dele.

Na especial seguinte, a grande novidade foi... Robert Kubica, que arrancou uma roda do seu Ford e acabou por desistir, numa altura em que estava no sexto lugar da geral. As posições mantiveram-se, mas Ogier tinha agora uma vantagem de 22,3 segundos sobre Mikkelsen, com os Hyundai a baterem-se entre si.

No final do dia, as coisas melhoraram bastante para Ogier, quando Mikkelsen chegou ao final da penultima classificativa com problemas nos travões, que o fez perder mais de 41 segundos para Ogier, apesar do vencedor dessa etapa ter sido... Latvala.

Entretanto, Thierry Neuville ultrapassava Juho Hanninen e é o terceiro classificado, e no final do dia mantinha essa posição, com uma vantagem de 10,7 segundos sobre o Ford de Mikko Hirvonen, mas a mais de dois minutos de Ogier, que parece que têm a vitória na mão. Juho Hanninen é agora o quinto, superado por um Hirvonen em subida de forma que conseguiu apanhar pelo menos um dos Hyundais. Mas já têm Jari-Matti Latvala em recuperação, no sexto posto.

A fechar o "top ten" está o Hyuindai de Haydon Paddon, o Ford de Henning Solberg, o Citroen de Kris Meeke e o Ford privado de Martin Prokop.

Já no WRC2, o melhor é o estónio Ott Tanak, com o finlandês Jari Ketomaa e o árabe Yazhid Al-Rahji logo a seguir, com Bernardo Sousa a ser apenas o quinto na categoria, a mais de seis minutos do primeiro e com algumas dificuldades em acompanhar os mais velozes.

O rali da Polónia termina amanhã.