(continuação do capitulo anterior)
A SAÍDA DE CENA DAS GRANDES MÁQUINAS
No final de 1908, os construtores franceses pensaram seriamente sobre a ideia de continuar a investir no automobilismo, após as vitórias alemãs e italianas nas principais provas da especialidade, como o Grande Prémio de França ou a Targa Flório. Esses construtores, que alinhavam com carros pesados, sofriam nessa altura os efeitos de uma recessão na Europa, que afetava as vendas dos seus automóveis, e também afetava o dinheiro que investiam no automobilismo. Assim, algumas marcas decidiram que era tempo de abandonar a competição, como a Renault, e muitas outras queriam fazer o mesmo, mas receavam que isso significaria dar azo à concorrência, algo que não queriam.
Atento aos rumores, o ACF decidiu anunciar que iria fazer a sua edição de 1909 na cidade de Anjou, mas só iria para a frente caso tivesse um minimo de 40 carros inscritos. Ao saber disso, os construtores franceses decidiram abster-se de responder ao pedido do ACF Sobre se iriam participar ou não. Preparou-se um documento em relação a esse problema, do qual apenas a Fiat, a Itala e a Mors não assinaram. Contudo, outros doze construtores fizeram-no. A 31 de dezembro de 1908, quando a ACF descobriu que apenas nove carros estavam inscritos, decidiu cancelar o Grande Prémio.
O TRIUNFO DAS PEQUENAS MÁQUINAS: TARGA FLÓRIO
Sem as grandes máquinas por perto, as pequenas máquinas seriam os grandes impulsionadores das corridas na Europa. A AIACR decidiu mudar os regulamentos nesse caso, limitando o diâmetro e o curso do cilindro, no sentido de fazer motores multicilindricos. Mas os construtores não quiseram fazer isso nessta temporada, e logo apareceram carros com motores monocilindricos altos, chegando a medir... 90 centímetros.
Contudo, a primeira grande prova do ano, a Targa Flório, iria ter ambos os carros na corrida principal. Mesmo com a recessão e um grave tremor de terra em dezembro de 1908, que tinha devastado parte da ilha, matando quase 200 mil pessoas, apareceram carros para ambas as corridas: a Taça das Pequenas viaturas, em Madoine, onde apareceram seis carros: os Peugeot profissionais de Georges Boillot e Jules Boux, mais giosue Giuppone, e três amadores, em De Dion. No final, Goux foi o melhor, seguido por Nornan Olsen, no De Dion, depois de Giuponne ter sido penalizado por ter reabastecido fora da área regulamentada.
Na corrida principal, a 2 de maio, apenas onze carros participaram, e aqui foi a primeira prova de um Lancia, com Vicenzo Lancia a sair da Fiat e a construir do seu próprio carro de corridas, inscrito para Guido Arioldi. Vicenzo Flório alinhava com um Fiat, enquanto que havia um Itala para Giuseppe Seta, dois SPA para Mário Cortese e o Barão Francesco Ciuppa, para além de dois Berliet para Antonio Ribolla e pelo senhor Scaletta. Para finalizar, quatro De Dion, guiados por Giovano Stabile, Norman Olsen, Giuseppe Baldoni e Salvatore Giaconia.
Nesse ano, decidiu-se que apenas uma volta seria feita à pista, e a corrida foi bem disputada entre Flório, Ciuppa e Arioldi. O Barão levou a melhor no seu SPA, com um avanço de doze minutos sobre o Fiat de Flório e o Lancia de Arioldi.
A COPA CATALUNYA
A 26 de maio, mais uma corrida para as Pequenas Viaturas iria ocorrer, mas ao contrário do habitual, não seria em Itália, França ou Alemanha, mas sim em Espanha. A localidade catalã de Stiges iria acolher a Copa Catalunya, num circuito de 17,5 quilómetros, que seria completada em 13 voltas. A Lion-Peugeot levava cinco carros, para Goux, Boillot, Giuppone, Dessy e Foval, enquanto que a Sizaire-Naudin tinha Georges Sizaire, a De Dion tinha Marsans e uma nova marca, a Hispano-Suiza tinha o italiano Paolo Zucarelli e o francês Louis Pilleverdier como pilotos.
A corrida começou com os Peugeot na frente, primeiro Goux e depois Boillot. Mas na terceira volta, Zucarelli passa Boillot e fica com o comando nas três voltas seguintes, até que a embraiagem do Hispano-Suiza se quebrou, acabando por abandonar. Com isso, Goux ficou com a liderança, aproveitando a quebra de uma das rodas do Sizaire e do capotamento do seu companheiro Boillot, sem consequências.
No final, Goux foi o vencedor, com uma hora de avanço sobre Sizaire, enquanto que o De Dion de Marsans ficou no lugar mais baixo do pódio, na frente de Pilleverdier, no Hispano-Suiza sobrevivente.
A TAÇA DAS PEQUENAS VIATURAS
Sem o Grande Prémio, o grande acontecimento automobilistico do ano em França acabou por ser a Taça das Pequenas Viaturas, marcado para o dia 20 de junho, em Boulogne, nos arredores de Paris. As quarto grandes marcas acabaram por ser a Lion-Peugeot, com Jules goux a guiar o novo motor de dois cilindros em V, enquanto que Boillot e Giuppone ficavam-se pelos monocilindricos; a Hispano-Suiza apresentou os seus carros com motores de quatro cilindros, guiados por Zucarelli, Pilleverdier e Derny; enquanto que a britânica Calthorpe inscrevia os seus carros com Leslie Porter, Fred Burgess e Ivan Wiedmann. Maurice Fournier aparecia num Werner, René Thomas num Le Gui; Masson, Lamaque e Lenoire apareciam num FIF.
A corrida começou com Zucarelli a ser o primeiro a passar no inicio da segunda volta, mas na realidade, o líder era Goux, seguido por Boillot. Na quinta volta, este teve de ir às boxes para trocar de velas, e para fazer voltar a colocar o motor a funcionar, necessitou de vinte minutos, logo, atrasou-se imenso na luta pela vitória.
Contudo, a liderança caiu nas mãos de Giuppone, e foi assim até que obteve a bandeira de xadrez, com seis minutos de avanço sobre Goux e mais de 18 minutos sobre o Le Gui de Thomas, seguido por Boillot. O melhor dos Hispano-Suiza foi o carro de Louis Pilleverdier, a mais de meia hora do vencedor.
(continua no próximo episódio)
A corrida começou com os Peugeot na frente, primeiro Goux e depois Boillot. Mas na terceira volta, Zucarelli passa Boillot e fica com o comando nas três voltas seguintes, até que a embraiagem do Hispano-Suiza se quebrou, acabando por abandonar. Com isso, Goux ficou com a liderança, aproveitando a quebra de uma das rodas do Sizaire e do capotamento do seu companheiro Boillot, sem consequências.
No final, Goux foi o vencedor, com uma hora de avanço sobre Sizaire, enquanto que o De Dion de Marsans ficou no lugar mais baixo do pódio, na frente de Pilleverdier, no Hispano-Suiza sobrevivente.
A TAÇA DAS PEQUENAS VIATURAS
Sem o Grande Prémio, o grande acontecimento automobilistico do ano em França acabou por ser a Taça das Pequenas Viaturas, marcado para o dia 20 de junho, em Boulogne, nos arredores de Paris. As quarto grandes marcas acabaram por ser a Lion-Peugeot, com Jules goux a guiar o novo motor de dois cilindros em V, enquanto que Boillot e Giuppone ficavam-se pelos monocilindricos; a Hispano-Suiza apresentou os seus carros com motores de quatro cilindros, guiados por Zucarelli, Pilleverdier e Derny; enquanto que a britânica Calthorpe inscrevia os seus carros com Leslie Porter, Fred Burgess e Ivan Wiedmann. Maurice Fournier aparecia num Werner, René Thomas num Le Gui; Masson, Lamaque e Lenoire apareciam num FIF.
A corrida começou com Zucarelli a ser o primeiro a passar no inicio da segunda volta, mas na realidade, o líder era Goux, seguido por Boillot. Na quinta volta, este teve de ir às boxes para trocar de velas, e para fazer voltar a colocar o motor a funcionar, necessitou de vinte minutos, logo, atrasou-se imenso na luta pela vitória.
Contudo, a liderança caiu nas mãos de Giuppone, e foi assim até que obteve a bandeira de xadrez, com seis minutos de avanço sobre Goux e mais de 18 minutos sobre o Le Gui de Thomas, seguido por Boillot. O melhor dos Hispano-Suiza foi o carro de Louis Pilleverdier, a mais de meia hora do vencedor.
(continua no próximo episódio)
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