sábado, 15 de novembro de 2014

Youtube Rally Crash: o despiste de Jari-Matti Latvala no rali britânico

Para fechar o dia, coloco aqui o video do despiste de Jari-Matti Latvala no Rali da Grã-Bretanha. Acho que aqui ele não teve culpa, o piso não ajudou muito. No final perdeu três minutos e as chances de vitória.

WRC 2014: Rali da Grã-Bretanha (Dia 2)

O segundo dia do Rali da Grã-Bretanha mostrou que Sebastien Ogier está cada vez mais imparável, ainda mais quando o seu companheiro de equipa, Jari-Matti Latvala, perdeu mais de três minutos devido a um despiste, caindo para o décimo posto. O incidente aconteceu na décima especial, quando o finlandês sofreu um despiste, acabando apenas por voltar à estrada com a ajuda dos espectadores que lá estavam.

Com isto, o segundo classificado é agora Mikko Hirvonen, que tinha um atraso de um minuto e dez segundos no final da manhã, sendo pressionado pelos Citroen de Kris Meeke e Mads Ostberg, separados entre si por 8,6 segundos. Thierry Neuville era o quinto, no seu Hyundai, mas logo atrás estava o Ford de Elfyn Evans, que já têm uma vantagem de 41 segundos sobre o estónio Ott Tanak.

Na parte da tarde, Ogier limitou-se a controlar a distância para a concorrência, dado que as condições de estrada continuarem a ser complicadas, devido à lama. Com isso, Hirvonen aproximou-se do piloto francês, acabando o dia com um 58 segundos de atraso, mas o finlandês da Ford continuava a ser pressionado por Kris Meeke, acabando ambos com uma diferença de 3,4 segundos entre eles.

Mads Ostberg era o quarto, mas afastado deles por 38,7 segundos. O noruegues da Citroen era pressionado por Thierry Neuville, no quinto posto, a 3,3 segundos de Ostberg. O galês Elfyn Evans ainda está nessa luta. Pode ter acabado o dia no sexto posto, com um minuto e 42 segundos de atraso para o lider, mas a diferença para Neuville é de 7,3 segundos.

Ott Tanak é o sétimo, a dois minutos e 33 segundos, com Jari-Matti Latvala a esforçar-se para apanhá-lo, já que está a meros 47 segundos do piloto estónio. A fechar o "top ten" estão o norueguês Henning Solberg, que conseguiu passar o checo Martin Prokop, que por sua vez, está sob ameaça do Hyundai Haydon Paddon e do Ford de Robert Kubica. 

Já no WRC2, a luta ao longo do dia foi entre Jari Ketomaa e Bernardo Sousa, mas no final do dia, o piloto madeirense perdeu o controlo do seu carro e caiu numa vala, perdendo cinco minutos no processo e caindo na classificação da categoria, para o oitavo lugar. O segundo classificado é agora o italiano Lorenzo Bertelli.

 O Rali da Grã-Bretanha termina amanhã.

WTCC: Citroen colocará cinco carros em 2015

No fim de semana de Macau, a última corrida do ano do WTCC, a Citroen anunciou este sábado que inscreverá cinco dos seus carros, três deles de forma oficial e outros dois para a Sebastien Löeb Racing, a equipa de o campeão do mundo de ralis montou para a Endurance e o GT. Desconhece se a equipa ficará com os carros de 2014, mas é sabido que o francês, nove vezes campeão do mundo de ralis, correrá pela equipa oficial na próxima temporada, ao lado de "Pechito" Lopez e de Yvan Muller.

"[Este] é um feito importante para nós. Continuamos a crescer de ano para ano e agora damos mais um passo com este programa grande com a Citroën. O cenário não podia ser melhor, participar no mesmo campeonato com a minha equipa e com a minha marca de sempre. Vai ser um desafio interessante em muitos níveis, vamos atacar este desafio com humildade, paixão e entusiasmo", disse Löeb no sitio oficial da marca. 

Yves Matton, diretor da Citroën Racing, acrescentou que "confiar dois Citroën à Sébastien Loeb Racing era uma escolha óbvia. Os carros vão ser chassis de 2014 recondicionados com as novas atualizações para a próxima época. A equipa é que vai escolher os próprios pilotos, mas estamos a trabalhar com eles para tornar possível ver o Ma Qing Hua a continuar a sua carreira no WTCC. Ele merece estar cá em 2015", concluiu.

A estranha situação atual da Caterham

Todos nós andamos a falar sobre a saga do "crowdfunding" da Caterham, do facto de eles terem conseguido juntar  - aos números de hoje - 1,9 milhões dos 2,350 milhões de libras que andaram a pedir para poderem correr em Abu Dhabi, e do qual por causa disso, eles já mandaram os chassis para lá, ou pelo menos andam a gabar-se disso.

Mas como sabem, este esforço financeiro está envolvido em desconfiança. Já falei sobre isso na segunda-feira com as alegadas manipulações do Crowdcube em relação aos valores e o conflito de interesses entre os financiadores do site e os atuais administradores da equipa de Leafiled, mas hoje, o Joe Saward divulgou no seu sitio uma mensagem de alguém que se diz antigo funcionário da equipa, que denuncia irregularidades salariais, especialmente da parte de Tony Fernandes, que segundo ele, os abandonou à sua sorte, devendo-lhes sete semanas de salário.

Coloco aqui a tradução na íntegra. A versão original pode ser lida aqui.

"Eu sou um antigo (desde ontem) empregado da Caterham F1.

"Estou espantado por ver a enorme publicidade à volta do sucesso do crowdfunding, precisamente no mesmo dia em que toda a força de trabalho foi despedida, devendo-nos sete semanas de salário. O cínico dentro de mim sugeriria que estas duas noticias dois não são independentes uma da outra e a boa notícia serviu como uma oportunidade conveniente para não divulgar a má notícia. Se este for o caso, então ele parece ter funcionado, pois não houve nenhuma referência em qualquer lugar (ao contrário da Marussia, que na semana anterior devia seus empregados "apenas" uma semana de salário).

"Os funcionários foram despedidos da 1MRT, a empresa ainda propriedade do Sr. Fernandes. Isto deve ser mais amplamente conhecido e Sr. Fernandes deve ser encorajado a fazer a devida coisa e pagar os salários devidos em vez de se esconder atrás orquestrada falta de fundos da 1MRT.

"A situação atual é a conseqüência inevitável (e previsível) da forma como o Sr. Fernandes vendeu a Caterham F1. Não é bom o suficiente para afirmar que não havia outros compradores. Nesse caso, a coisa apropriada a fazer teria sido a liquidação da empresa, assegurando que [os pagamentos] aos funcionários e fornecedores fossem devidamente tratados. Inegavelmente, este teria sido o curso mais caro da ação por parte do Sr. Fernandes.

"Não é justo que o Sr. Fernandes deva ser autorizado a fugir de suas responsabilidades e não sofrer qualquer publicidade adversa."

Obviamente, o denunciante mandou isto a coberto do anonimato, mas isto adensa mais mistério em torno da situação da Caterham. Parece que o administrador atual nada têm a ver com a empresa do Tony Fernandes, que ostensivamente, abandonou os seus funcionários à sua sorte, e claro, cada vez mais se vê que, se dependesse do próprio Fernandes, teria tirado os carros de pista a meio do ano ou nem sequer teria começado o ano. Em suma, cansou-se; mas acho que deveria ter sido honrado e pago tudo até ao fim e não "fugir com o rabo à seringa". E claro, nos próximos dias esses funcionários poderão colocar Fernandes em tribunal. 

Parece que começamos a ver quem é o "mau da fita" no meio disto tudo. Contudo, ainda não estou a ver como é que esta (outra) gente vai para Abu Dhabi. Suspeito que - quem puder ver os itens que eles andaram a colocar no crowdfunding - que mais parece uma liquidação disfarçada do que outra coisa qualquer. Veremos.

Mas creio que é mais um exemplo da complexidade da situação e da opacidade com que estas coisas são feitas. Quando as coisas correm mal, contam-se as verdades.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A minha resposta sobre aquilo que fala Bernie Ecclestone

Sobre aquilo que Bernie Ecclestone disse, mandei uma resposta há muitos, muitos anos, e do qual guardei para melhores dias porque pensava em fazer uma t-shirt com ela. Parece que hoje é mesmo esse dia!

Em relação ao resto, curiosamente guardei um artigo sobre a atual situação, esperando por um tempo mais calmo e inspirado para opinar e traduzir. Este fim de semana parece ser a altura ideal.

Veremos. Mas até lá, tenham calma, muita calma!

WRC: Volkswagen na frente na Grã-Bretanha

No último rali da temporada, na Grã-Bretanha, o primeiro dia ficou marcado pelo previsível: os Volkswagen na frente, com Sebastien Ogier a ser melhor do que Jari-Matti Latvala, enquanto que Anders Mikkelsen é a primeira baixa do dia, desistindo devido a acidente.

Debaixo de tempo instável em terras britânicas, o primeiro dia do rali começou com Ogier a vencer as duas primeiras especiais sobre o seu companheiro de equipa Latvala, ao mesmo que tempo que o terceiro Volkswagen de Mikkelsen sofria um despiste e acabaria por abandonar. Pouco depois, o piloto norueguês justificava o despiste por “ter chegado demasiado depressa a um topo, ter travado demasiado tarde e ter posto uma roda na valeta onde bati em algo”. Latvala também apanhou um susto, quase capotando, mas conseguiu manter o carro na estrada.

No final da manhã, Mads Ostberg tinha conseguido o terceiro posto, com uma vantagem de 6,3 segundos sobre o Ford de Mikko Hirvonen, que está aqui a fazer o seu último rali da sua carreira, e 10,8 segundos sobre o melhor dos Hyundai, o do belga Thierry Neuville.

Na parte da tarde, a ação estava concentrada na luta pelo terceiro posto, com quatro pilotos presentes. É que para além de Ostberg, Hirvonen e Neuville, ainda se tinham juntado o local Elfyn Evans, noutro Ford, e o outro Citroen de outro piloto local, Kris Meeke. No final do dia, tinha sido Hirvonen a levar a melhor, mas a diferença entre ele e os Volkswagen... já era superior a um minuto e treze segundos sobre Ogier.

O piloto francês conseguiu gerir a vantagem sobre Latvala e a diferença entre ambos era de 6,6 segundos, e ambos a deixarem a concorrência bem longe. Mas atrás de Hirvonen, todos andavam colados: Meeke era quarto, a oito segundos; Mads Ostberg, no segundo Citroen, está a seguir... a 0,8 segundos do britânico, seu companheiro de equipa, enquanto que Thierry Neuville já tem onze segundos de atraso sobre o norueguês. Elfyn Evans é o sétimo, já bem mais atrasado, a 1.50 minutos de Ogier. 

A fechar o "top ten", também uma luta entre o estónio Ott Tanak, o norueguês Henning Solberg e o checo Martin Prokop, todos em Ford, e todos com dez segundos de vantagem entre eles, com o checo a perder 2.49 minutos para Ogier. E com uma vantagem superior a um minuto sobre o 11º classificado, o polaco Robert Kubica.

Já no WRC2, o líder é o finlandês Jari Ketomaa, que com o seu Ford está a mais de seis minutos de Ogier, mas que têm 40 segundos de vantagem sobre o português Bernardo Sousa, também em Ford.

O rali da Grã-Bretanha continua amanhã. 

Youtube Touring Video: o velho hábito de Sebastien Löeb...

Velhos hábitos não morrem. Que o diga Sebastien Löeb esta madrugada em Macau...

Esta vi no WTF1.co.uk

Noticias: Caterham anunciou que estará em Abu Dhabi

O "crowdfunding" da Caterham teve resultados. Apesar de algumas desconfianças em relação ao método, como já falei há uns dias - só para terem uma ideia, hoje passou de 57 para 80 por cento - os administradores atuais da equipa anunciaram pelo Twitter que estarão presentes em Abu Dhabi, depois de terem alcançado 1,9 milhões de libras, das 2,350 milhões que pretendiam alcançar até hoje.

"Estamos felizes por anunciar que estaremos em Abu Dhabi graças ao apoio dos nossos fãs. MUITO OBRIGADO!", anunciou a equipa na sua conta de Twitter.

Finbarr O'Connell, administrador da Caterham, acrescentou: Sabemos que a melhor forma de manter esta equipa viva e atrair potenciais compradores é mostrar que somos uma equipa de corridas e estar em Abu Dhabi. Não há palavras para expressar a gratidão pelos torcedores que tornaram isso possível”, começou por dizer.

Ao correr em Abu Dhabi, a equipa se mostrará como uma formação viva e funcional, que merece seguir na temporada de 2015. Tenho esperanças que alcançaremos esse futuro financeiro. Ainda precisamos de mais dinheiro, por isso, peço aos fãs que sigam de olho na campanha. Vamos correr!”, concluiu.

Reação a isto é que a angariação de fundos no site Crowdcube prolongou-se até ao dia 23 de novembro, o dia da corrida de Abu Dhabi, logo, a hipótese de alcançar e até ultrapassar o valor pretendido é bem possível. A equipa já disse que enviou os chassis para Londres, no sentido de embarcar para a última corrida do ano, e fala-se em possíveis interessados em correr na última prova do ano, já que o sueco Marcus Ericsson anunciou esta quarta-feira que não pertence mais aos quadros da equipa. Uma grande hipótese poderá ser Joylon Palmer, o novo campeão da GP2, mas nada ainda está confirmado.

A foto do dia (III)

Enquanto que Bernie Ecclestone dizia asneiras na imprensa, em Silverstone, vinte e três anos depois depois da última vez, o piloto de testes Oliver Turvey saía para a pista com um chassis McLaren com um motor Honda no seu interior. Foi um primeiro teste com um chassis MP4-29 modificado, no primeiro de dois dias de testes, preparando-se para a temporada de 2015.

Como é óbvio, não é o chassis definitivo - esse vai ser o MP4-30, provavelmente com Fernando Alonso e Kevin Magnussen ao volante, mas neste regresso, e também o ingresso de um novo fornecedor de motores nesta nova era dos V6 Turbo, a grande expectativa é saber como é que vai sair este novo motor, do qual os japoneses andaram ano e meio a desenvolver, em conjunto com a equipa de Woking. Saber se vai "pegar de estaca", como foi a Mercedes, ou demorará mais tempo a adaptar-se, são perguntas que ainda não têm resposta.

Até lá, o que podemos fazer é saudar este regresso. 

A foto do dia (II)

Bom saber da reação das equipas de Formula 1 às veborreia de hoje do anãozinho. Se já viram há bocado o telegrama da Lotus, agora poderemos ver o jovem fã da McLaren, no Twitter oficial da marca. Só demonstra que as equipas não são burras e não se identificam com as declarações de hoje de Bernie Ecclestone, e precisam de todos os fãs, de todas as idades.

Mas por outro lado, se a ideia do velhadas é de agitar as águas, também conseguiu o que queria.

A foto do dia

Ao disparate do dia dito por Bernie Ecclestone, a Lotus respondeu de forma bem humorada: "enviando um telegrama" para ele. Sobre o assunto, falo com mais calma nos próximos dias.

Formula 1 em Cartoons - Brasil (Thomson Studio)

O canadiano Bruce Thomson recorda aqui um episódio esquecido do GP do Brasil, onde a Ferrari estragou uma paragem nas boxes a Kimi Raikkonen porque o seu macaco colapsou durante a troca.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A foto do dia

Deste momento, muito se escreveu nestes últimos vinte anos. Nunca negarei que não sou fã de Michael Schumacher devido a este seu lado negro. Tudo aquilo que alcançou posteriormente demonstrou que ele é um dos melhores pilotos de sempre do automobilismo, e do qual merece todo o nosso respeito. Mas sei perfeitamente que outros pilotos consagrados têm os seus lados negros: Alain Prost fechou Ayrton Senna em 1989, Senna abalroou Prost no ano seguinte, e ambos continuam a ser respeitados e admirados.

Contudo, a ideia de que Schumacher usava de todas as táticas para vencer passou na cabeça de muita gente, e ainda por cima, sendo alemão e a má reputação dos alemães, não ajudou muito, para além da sua atitude. A sua primeira decisão polémica separou águas: os que gostam de Schumacher e os que odeiam. Três anos depois, quando tentou em Jerez de la Frontera a mesma gracinha com Jacques Villeneuve, e a FIA o puniu, desclassificando-o, houve uma sensação de justiça por aquilo que tinha feito em Adelaide.

Foi o final polémico de uma das temporadas mais atribuladas da história da Formula 1. Acidentes, mortes, desclassificações, ilegalidades, suspensões... tudo isso numa altura em que tivemos mais de 40 pilotos dentro de carros de Formula 1, equipas que lutaram para sobreviver e piloto de qualidade duvidosa ao lado de talentos.

E foi também nessa corrida que vimos embora alguns pilotos lendários, como Michele Alboreto, ou vimos outros pilotos a mudarem de oceano, como Christian Fittipaldi. Nigel Mansell venceu pela última vez na Formula 1 e a Lotus fez aqui a sua última corrida na encarnação começada por Colin Chapman. De uma certa maneira, aquela corrida de Adelaide tornou-se no final de uma era na Formula 1. 

Rumor do dia: Goiânia pode abrir a IndyCar em 2015 no lugar de Brasilia

Vinte e quatro horas depois de as autoridades locais terem anunciado a suspensão das obras de reforma do Autódromo Nelson Piquet, em Brasilia, a IndyCar poderá ter um "plano B" nas suas mãos, que passa por usar um autódromo que está ao lado: Goiânia. Desde o mês de agosto que representantes da Indycar visitam o Autódromo de Goiânia para ver como está o circuito após as obras de remodelação que sofreu em 2012 e 2013, que culminaram com a sua reabertura este ano.

Um dos que já visitou o autódromo foi o médico da categoria, Mike Olinger, que foi ver como está o circuito e saber a sua viabilidade. O Yuri Bascopé conta no seu sitio, mas outras fontes que falei contam que as visitas da IndyCar a Goiânia estão a acontecer desde o meio do ano.

E de facto, as obras que Goiânia passou fizeram com que esteja capaz de receber as categorias nacionais, como a Stock Car. E mesmo categorias maiores, como por exemplo a Moto GP - que já correu por lá em 1987 - já demonstrou interesse num regresso. Contudo, confiaram que as reformas no Autódromo de Brasilia poderiam ficar prontas a tempo de receber quer a IndyCar, que o Moto GP, mas com o anuncio da suspensão do concurso público, a ideia ficou agora em dúvida. Mas isso poderá não impedir a abertura da IndyCar em terras brasileiras.

Schumacher comemora vinte anos com o reativamento do site

Precisamente vinte anos depois do (controverso) primeiro titulo mundial, a família de Michael Schumacher decidiu reativar e refrescar o seu sitio oficial, para celebrar essa data. "O dia 13 de novembro de 1994 é especial na carreira esportiva de Michael Schumacher. Há 20 anos, tornou-se no primeiro alemão a sagrar-se campeão mundial de Formula 1, conquistando o primeiro dos sete títulos", começa por dizer o comunicado oficial assinado por Sabine Kehm.

"Esperamos assim dar a todos os muitos adeptos por todo o mundo, cuja simpatia continua intacta depois do acidente, uma 'casa'". Na nova página podem ser encontradas "muitas fotografias e histórias da carreira inigualável do Michael, de todas as corridas, dados e factos. Existe também uma área para os fãs na qual podem enviar as suas mensagens via Twitter", finalizou.

Como é certo e sabido, Michael Schumacher sofreu um grave acidente de esqui no final do ano passado na estância turística de Méribel, nos Alpes franceses. Depois de seis meses hospitalizado em Grenoble, foi transferido para Lausanne e agora mantêm-se em tratamento na sua casa na Suiça.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Formula E: Félix da Costa é a novidade para a corrida malaia

Faltam duas semanas para a segunda corrida da edição inaugural da Formula E - na realidade, vai acontecer no fim de semana de Abu Dhabi - e já saiu a lista de inscritos. A grande novidade é a chegada de Antonio Félix da Costa, que vai entrar no lugar de Takuma Sato, agora que a temporada do DTM já chegou ao fim. Ele vai correr com o número 55, no carro da Amlin Aguri, ao lado de Katherine Legge.

Havia também as hipóteses do chinês Ho-Pin Tung e do alemão Daniel Abt cederem o lugar a outros, mas o pioto alemão decidiu escolher a Formula E em vez da GP2, que iria correr nesse fim de semana em Abu Dhabi, enquanto que Tung iria correr numa etapa da Asian Le Mans Series.

Assim sendo, eis a lista completa de inscritos:

#2 - Virgin Racing Formula E Team - Sam Bird (GBR)
#3 - Virgin Racing Formula E Team - Jaime Alguersuari (ESP)
#5 - Mahindra Racing Formula E Team - Karun Chandhok (IND)
#6 - Dragon Racing Formula E Team - Oriol Serviá (ESP)
#7 - Dragon Racing Formula E Team - Jerome D'Ambrosio (BEL)
#8 - Team e.dams-Renault - Sebastien Buemi (SUI)
#9 - Team e.dams-Renault - Nicolas Prost (FRA) 
#10 - Trulli Formula E Team - Jarno Trulli (ITA)
#11 - Audi Sport ABT Formula E Team - Lucas di Grassi (BRA)
#18 - Trulli Formula E Team - Michela Cerruti (ITA)
#21 - Mahindra Racing Formula E Team - Bruno Senna (BRA)
#23 - Venturi Formula E Team - Nick Heidfeld (GER)
#27 - Andretti Formula E Team - Franck Montagny (FRA)
#28 - Andretti Formula E Team - Charles Pic (FRA)
#30 - Venturi Formula E Team - Stephane Sarrazin (FRA)
#55 - Amlin Aguri - António Félix da Costa (POR)
#66 - Audi Sport ABT Formula E Team - Daniel Abt (GER)
#77 - Amlin Aguri - Katherine Legge (GBR)
#88 - China Racing Formula E Team - Ho-Pin Tung (CHN)
#99 - China Racing Formula E Team - Nelson Piquet Jr. (BRA)

Noticias: Ericsson rescinde com a Caterham, uma mulher no lugar?

Com a situação da Caterham praticamente encalhada - apesar da tentativa de "crowdfunding" que existe neste momento - o sueco Marcus Ericsson, que já têm contrato para correr na Sauber em 2015, anunciou hoje que estaria a rescindir contrato com a Caterham, que lhe proporcionou a sua estreia na Formula 1 este ano.

"Na sequência dos acontecimentos recentes na Caterham Sports Limited e na MRT Sdn Bhd, o meu conselheiro Eje Elgh e eu decidimos terminar, com efeito imediato, todos os contratos que me ligam à equipe Caterham F1. Este é um dia triste, pois não nego que gostei muito de trabalhar com a equipe, apesar de ter sido uma temporada difícil e dura" começou por dizer no seu comunicado oficial.

"Gostaria de agradecer a Colin Kolles, Manfredi Ravetto, Cyril Abiteboul e todos os outros membros da equipa Caterham F1 para a sua confiança em mim, e que fizeram da minha primeira temporada de Fórmula 1 uma experiência educativa e inesquecível. Além disso, agradeço ao meu bom amigo e companheiro de equipe Kamui Kobayashi por ser uma referência inspiradora durante toda a temporada, e esperamos vê-lo de volta na pista dentro em breve", concluiu.

Caso a Caterham possa conseguir ir a Abu Dhabi, isso significará que haverá uma vaga ao lado do japonês Kamui Kobayashi. E poderão haver interessados no lugar, nomeadamente... uma interessada. O Daily Mail fala que Alice Powell, de 21 anos, e que já andou na Formula Renault e na GP3, poderá investir 35 mil libras para andar no carro na sessão de treinos livres da corrida de Abu Dhabi. O financiador? O seu avô.

"O meu avô, que me ajudou ao longo da minha carreira de piloto, decidiu que me vai ajudar a colocar um pouco de dinheiro para a Caterham, para que eu possa testar na primeira sessão de treinos livres," disse à Sky Sports News.

Contudo, tal é complicado, devido ao facto de ter de rodar cerca de 300 quilómetros para poder obter a Super Licença.

"Vai ser difícil, pois já houve pessoas que chegaram ao circuito no passado para testar e foram lhes dito que 'você não tem uma Super Licença, não vamos dar-lhe uma Super Licença'. Por isso, vai ser muito difícil. Mas eu acho que seria bom para o desporto para conseguirmos uma mulher lá fora, em testes corridas ou até mesmo em corridas. Nós, obviamente, temos a Susie Wolff, que este ano já fez um grande trabalho, então eu acho que seria muito bom para o desporto", concluiu.

Noticias: Grosjean confirma Lotus em 2015

Romain Grosjean vai ficar na Lotus em 2015, mas não vai ser hoje que confirmará isso. Um "tweet" que colocou hoje de manhã na sua conta pessoal afirma que "estou orgulhoso de anunciar que estarei na Lotus em 2015". Contudo, o próprio piloto apagou a mensagem minutos depois, mostrando que ainda falta o anuncio oficial da parte da Lotus, que como se sabe, vai ter motores Mercedes nessa temporada.

Quando a Lotus confirmar o piloto francês, ele continuará a ter Pastor Maldonado como seu companheiro de equipa.

Francês de origem suiça, aos 28 anos de idade (nasceu a 17 de abril de 1986), Grosjean não vive uma excelente temporada em Enstone (onde está desde 2012), pois têm apenas oito pontos, resultantes de dois oitavos lugares na Espanha e no Mónaco. Em contraste, em 2013 conseguiu a sua melhor classificação de sempre, um sétimo lugar, com 132 pontos e seis pódios, sendo o melhor um segundo lugar em Austin.

A foto do dia

Como sabem, no Brasil, a zueira não têm limites. E o melhor exemplo disso é a famosa invasão de pista no final da corrida de Interlagos. As coisas aconteceram graças a uma conspiração combinada no "whatsapp" e no final da corrida, alguém conseguiu esgueirar um alicate para cortar os cadeados das portas que impediam os espectadores de atravessar a pista.

Corte feito, invasão conseguida, festa assegurada. Tanto que alguém teve a ideia de oferecer o dito a... Niki Lauda, que estava a fazer a cobertura do GP brasileiro para a RTL. Ele ficou com uma cara de "WTF?" - mais um was ist das?... - mas alinhou na zueira brasuca. E deu nisto.

Vi esta foto no sitio do Victor Martins, do Grande Prêmio.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Youtube Formula 1 Weirdness: A melhor casa de banho o mundo?

Uma perguntinha aos meus amigos brasileiros, especialmente os que vão a Interlagos no fim de semana do GP do Brasil: isto é verdade? Olha que fazer as necessidades com carros a rolar à volta têm que se diga...

Esta vi no WTF1.co.uk

A estrutura da Formula 1

Já tinha visto isto há uns dias no blog do Joe Saward, mas só agora é que tive a oportunidade de ver melhor e colocar por aqui este esquema que vos mostre mais ou menos como funcionam e distribuem os dinheiros da Formula 1.

Apesar de ser um esquema bem claro e bem definido, não é um esquema dito "definitivo". Haverá sempre nuances, dado que os contratos existentes no automobilismo são dos mais opacos que existem. Clausulas secretas não deixarão de haver entre eles, logo, os valores são aproximados.

O mais interessante é saber que a Delta Topco, o famoso fundo onde faz parte a CVC Capital Partners e a Bambino Trust, o fundo pessoal de Bernie Ecclestone, recebem cerca de 650 milhões de dólares todos os anos. é cerca de um terço de todas as receitas que são provenientes da Formula 1, se pensarem na parte que vai para Ecclestone - fala-se em um terço - poderemos dizer que ele, só ele, terá no final do ano cerca de 75 milhões de dólares. É um homem muito rico.

Mas também poderemos ver como é que as equipas de topo recebem imenso dinheiro. A Ferrari recebe imenso dinheiro para estar lá, não só por direitos históricos, também por performance, e recebe de tantas formas que parece que ganhou um estatuto especial. A Red Bull, pelo que conseguiu entre 2010 e 2013, também recebe muito dinheiro, enquanto que a Mercedes recebe pouco, em comparação com o que receberá em 2015, por ter alcançado ambos os campeonatos.

Mas enfim, se quiserem ter uma ideia de como as coisas funcionam, está aqui. Não é total, mas está bem completo.

Youtube Motoring Presentation: A apresentação do Top Gear France

Sacre Bleu! (para não falar outra coisa...), vai haver um Top Gear França!

Pois é, depois da Austrália, Coreia do Sul, Rússia e Estados Unidos, vai haver uma versão francesa do famoso programa automobilístico. Os "Três Estarolas" já estão escolhidos e seguem o modelo americano: um comediante, Philippe Lelouche, um piloto, Bruce Jouanny, e um jornalista, Yann-Maret Menezo.

O programa irá passar no canal de televisão RMC Decouvérte, e ainda não se sabe que já gravaram ou estarão a gravar a primeira temporada da série. Veremos como será a reação a este programa, porque nas várias versões estrangeiras, o grau de sucesso variou. Na América, está a resultar, mas na Rússia e na Austrália, já acabou e não há planos para o seu regresso.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Youtube World Record: Uma bicicleta a foguete em Paul Ricard


Esta vi no Flatout! Brasil e parece ser de loucos. Aliás, é de loucos, mas é real. Aconteceu na passada sexta-feira no circuito de Paul Ricard, que tem a famosa reta Mistral, lugar ideal para um ciclista pegar numa botija de oxigénio e fazer 333 km/hora... em cinco segundos, batendo até um Ferrari 430, graças ao "torque" que aquilo provoca. Mas valeu a pena, porque bateu um recorde mundial.

O senhor em questão chama-se Francois Gissy, tem um cabelo estranho, mas com todo o ar determinado para entrar nos livros de história. Eis o video.




Formula 1 em Cartoons - Estados Unidos (Riko Cartoon)

"Então e o GP do Brasil?", perguntam vocês. Pois, ele atrasou-se. "Mas agora já não vale a pena", vocês replicam. Olha que não, é que a seguir temos Abu Dhabi e como ele diz, ganhar dez corridas, como fez o Lewis Hamilton, pode não valer nada, se o Nico Rosberg souber chutar... 

A saga da Caterham, ou a história de um crowdfunding com rabo de fora

Acho um feito saber que num único fim de semana - dois dias, portanto - a Caterham conseguiu alcançar cerca de metade do objetivo proposto. É o sinal de que a vaquinha - dito de modo mais moderno, "crowdfunding" - de uma equipa de Formula 1 é o magneto perfeito para fazer algo que bem vistas as coisas, não é mais do que um milagre. Com o rabo de fora.

Imaginem a seguinte situação: queremos estar numa corrida, mas precisamos de determinado valor. E temos uma semana para consegui-lo. O que fazemos? Apelamos ao público para que nos ajude, dando o que puderem. E divulguem nos meios possiveis e imaginários. As redes sociais são o sitio ideal, e foi o que aconteceu. com o "hashtag" #RefuelCaterhamF1, desde a sexta-feira à tarde, a equipa juntou mais de um milhão de libras, cerca de metade do valor proposto de 2,3 milhões de libras, para poderem ir à última corrida do ano, em Abu Dhabi.

Colocados no endereço Crowdcube (https://www.crowdcube.com/caterham/), o dinheiro conseguido foi um grande feito, demonstrando que as pessoas estão interessadas na Formula 1. Mas essa movimentação poderá ter sido uma tentativa desesperada, cujo desfecho poderá não ser o pretendido. Há aquela ideia de que este dinheiro poderá não ser mais do que uma maneira de receber dinheiro para pagar as dívidas e fechar as portas de vez, e claro, no fim de semana do Brasil, a ideia foi acolhida com hostilidade por parte de Christian Horner, o patrão da Red Bull, só demonstrando o desejo que "quanto menos concorrentes, melhor".

E ao longo do fim de semana, achei injusto de como é que um projeto como estes arranjaria mais dinheiro do que outros projetos automobilísticos como a da Brabham. Como é que este último, que lutava para conseguir as quatro mil libras necessárias para alcançar as 250 mil que precisavam, e o projeto da Caterham conseguia esse numero numa questão de minutos? Felizmente, a Brabham conseguiu isso no domingo à noite, mas aquele milhão de libras teria dado muito jeito para que David Brabham montasse mais rapidamente o regresso do nome da família ao automobilismo. E provavelmente teria muito mais futuro do que este da Caterham.

Mas pode haver outro tipo de explicação. E dou como exemplo um post sobre este assunto neste blog:

"'Crowdfunding' é normalmente usado para arrecadar dinheiro para uma causa particular. Se é para uma instituição de caridade, ou a obtenção de um novo projeto do zero, você normalmente sabe onde é que o seu dinheiro está indo. Vou manter este parágrafo relativamente curto.

Vejamos o Projeto Brabham. Eles querem:

'A Brabham Racing irá inicialmente competir no FIA World Endurance Championship de 2015, que inclui as prestigiadas 24 Horas de Le Mans. O maior sonho é trazer esse mesmo modelo para a Fórmula 1 e, potencialmente, outras séries como a FIA Formula E Championship.'

Até agora, 2.628 apoiantes levantaram 247,930 libras. Isso é uma média de suporte de 94,34 libras. Eu posso ver no site Indiegogo quem apoiou o Projeto Brabham. As doações variam de um a dez mil libras, como seria de esperar. O Projeto Brabham é uma jornada, e por fazer parte do Projeto Brabham, você começa a fazer parte dessa jornada. Este é um esforço de equipa. Projeto Brabham tem um objetivo final. Tem um alvo. Pode acontecer, pode não acontecer. Eles tem ambição.

Por outro lado, a Caterham. Ela quer:

'A Caterham F1 Team está lançando o desafio # RefuelCaterhamF1 para alimentar a equipa para ir correr em Abu Dhabi e esperamos que mais além disso. A equipa está dando tanto os fãs e patrocinadores uma oportunidade única de ser a força motriz por trás da equipa via crowdfunding seu retorno à grade em troca de uma recompensa unica na vida.

Até agora, 1.845 apoiadores levantaram 1.057.102 libras. Isso é uma média de 572,96 libras por apoiador. Imediatamente, soaram os sinos de alarme. Ou os fãs de Fórmula 1 são extremamente ricos, ou algo de desonesto está acontecendo. Eu também questionaria exatamente o que aconteceria depois de Abu Dhabi. Onde é que esses 2.300.000 de libras irão dar? O que é frustrante é que, no site da CrowdCube, eu não posso ver que tem apoiado o esforço para financiar a Caterham.

E tem mais: segundo dizem nesse mesmo blog, os atuais administradores da Caterham são conselheiros financeiros... da Crowdcube. Isto pode não querer dizer nada, mas esses números poderão ter um pouco de "gato escondido com o rabo de fora...". E para vos ser honesto, até esta sexta-feira, nunca tinha ouvido falar da Crowdcube...

Mas no final, é o nome que conta. Formula 1. E isso até move montanhas. Mais vale ser mendigo por lá (ou burlão) do que ser rei noutros lados...

No final - e como gosto de ver as coisas com o copo meio cheio - é uma boa demonstração das potencialidades que isto poderá ter. Pode-se imaginar uma equipa de Formula 1 média - ou pequena - que atraia a atenção dos fãs, angariando fundos e criar uma ligação afetiva. Isso já existe, claro: chama-se "mershandising", mas a diferença entre um e outro é que no primeiro, não fazem um apelo num site especifico, não gravam videos, não colocam pilotos a apelar ao coração, não fazem t-shirts ou vendem partes dos carros a determinado preço, ou dizem aos adeptos que a troco de algo, podem ter o seu nome no chassis do carro. E isso têm impacto.

Em suma: mesmo que que não dê certo, muitos observarão o caso e poderão pensar em colocar em projetos semelhantes. Poderá ficar uma lição para o futuro, demonstrar o poder popular para a mobilização, se tocar no nervo certo. Mas sem aldrabices.

Formula 1 em Cartoons - Brasil (Pilotoons)

No meio de todos os erros, Felipe Massa conseguiu chegar ao pódio. Embora para o Bruno Mantovani e para muitos brasileiros, bem poderia cometer mais um, não é?

A calculadora para Abu Dhabi

Esta imagem vi no sitio de um amigo meu, o blogtorsport. E agora que chegamos a esta fase, é bom saber o que está em jogo e o que poderemos calcular para daqui a duas semanas, naquele (ironic mode on) "classico do automobilismo" que é o "circuito" de Abu Dhabi (ironic mode off).

Esta calculadora é interessante. Para ser lida, deve-se ter em conta que para os resultados paralelos não contam, mas sim o posicionamento. Por exemplo, o mais óbvio: se Nico Rosberg ganhar, Lewis Hamilton precisa de ser segundo para ser campeão do mundo com três pontos de diferença: 370 do inglês contra os 367 do alemão. Mas se Hamilton for o terceiro, a diferença também ficará nos três pontos... mas a favor de Rosberg.

Contudo, a diferença mais apertada de todas é de um ponto. E isso aconteceria se Nico Rosberg for quinto e Lewis Hamilton o décimo classificado. Pode ser invulgar, mas poderá acontecer.

Isto têm a sua graça e podemos fazer os cálculos que quisermos fazer. Mas no final desta temporada, perguntamos... quem merece o campeonato? Hamilton, pela sua velocidade, ou Rosberg, pela sua regularidade? O inglês venceu mais, é certo, mas quebrou mais do que o alemão. Sei que muitos acham que Hamilton merece tudo isto, mas sou daqueles que o título entregue ao filho do Keke Rosberg até nem era mau de todo.

Enfim, veremos o que acontecerá dentro de duas semanas.

domingo, 9 de novembro de 2014

A imagem do dia

Nelson Piquet e Felipe Massa esta tarde, no pódio de Interlagos, nas entrevistas aos pilotos. 

E neste momento em particular, vimos Brasil na sua "hueland", onde a zueira, como costumam dizer, não têm limites. Com o tricampeão do pódio, do Rio de Janeiro, a fazer as entrevistas perante a multidão paulista, que tinha entrado na pista, a gritar por Ayrton Senna, o seu rival e filho pródigo das cidade, morto há vinte anos.

Mas não foi só isso. Foi também Piquet a ser Piquet, perguntando a Lewis Hamilton sobre a sua namorada, a cantora Nicole Scherzinger, ou então o próprio Massa a dizer em público que "agora vou falar português porque tou de saco cheio de tanto falar em inglês". Em suma, todos os ingredientes para transformar o GP do Brasil num momento inesquecível, perante as câmaras de todo o mundo.

De facto, o Brasil é um sitio à parte.

Formula 1 2014 - Ronda 18, Brasil (Corrida)

O GP do Brasil é sempre um lugar à parte. Não só por ser um dos clássicos da Formula 1, pelo histórico do país em termos de pilotos, mas agora, na sua posição no calendário, o que dá uma colocação decisiva para decidir títulos. E numa temporada de domínio da Mercedes, a coisas que mais interessava era saber se Nico Rosberg iria desistir, para que Lewis Hamilton fosse já coroado como o campeão de 2014 e inutilizar a corrida com os pontos a dobrar de Abu Dhabi.

Depois das ameaças de ontem, o dia de hoje estava bem mais agradável, com sol e algumas nuvens na hora da largada e as pessoas tinham a expectativa de uma corrida bem disputada, com duas paragens nas boxes devido aos pneus que a Pirelli tinha disponibilizado ao longo do fim de semana. Entretanto, na Sauber, Adrian Sutil tinha problemas de motor e iria largar das boxes, tendo a grelha reduzida para 17 carros.

E foi debaixo de sol que se deu a partida. Os Mercedes na frente, com Rosberg na frente de Hamilton seguido dos Williams, com os Red Bull a perderem lugares, especialmente Sebastian Vettel. Kimi Raikkonen também tinha perdido lugares a favor do Sauber de Esteban Gutierrez. Quem beneficiava de tudo isto era Jenson Button e Kevin Magnussen, os pilotos da McLaren.

Com o passar das voltas, os Red Bull estavam presos atrás do Ferrari de Fernando Alonso e via-se que eles estavam mais velozes do que o carro de Modena. No fundo do pelotão, Pastor Maldonado era o primeiro a parar para trocar os moles para os médios na volta cinco. A seguir, veio Felipe Massa, também para trocar de moles para médios, Na volta sete, Bottas, Button e Vettel mudaram de pneus, e na volta seguinte foi a vez de Nico Rosberg, e na nove, Hamilton.

No meio disto tudo, Felipe Massa teve uma punição por excesso de velocidade em cinco segundos e teria de os cumprir... nas boxes. Parecia que Massa tinha um magnetismo para o azar e para a asneira.

Com a primeira troca de pneus, não havia alterações na frente, mas Hamilton estava mais perto do que Rosberg na liderança. Mas foi apenas na volta 14 que Rosberg chegou à liderança, pois até então, a liderança era do Force India de Nico Hulkenberg, um dos poucos que não tinham parado pois tinham pneus médios. Atrás, os Williams demoravam mais tempo para chegar à frente. Apenas na volta 17 é que Massa passou Daniil Kvyat para ficar com o terceiro posto (Hulkenberg tinha entretanto parado nas boxes).

Com o passar das voltas, apercebia-se que a alta temperatura do asfalto - 55ºC na hora da corrida! - poderia causar um desgaste prematuro dos pneus. E alguns pilotos, como Lewis Hamilton, começavam a queixar-se desse desgaste, com bolhas nos seus pneus... médios! E em contraste, Romain Grosjean tinha chegado à volta 21 com o mesmo jogo de pneus. Parece que aquele carro era bom em alguma coisa... no final, o jogo aguentou 25 voltas, indo à boxe ao mesmo tempo do que... Sebastian Vettel, que iria pela segunda vez.

Massa também iria às boxes, onde teria de cumprir a penalização, que iria prejudicar as suas hipóteses de pódio. E com isto, inaugurava a segunda ronda de paragens na boxe. Na volta 27, era Nico Rosberg, seguido de Valtteri Bottas (que tinha problemas com o cinto de segurança) e Kevin Magnussen, e na volta seguinte, era a vez de Jenson Button... ao mesmo tempo que Lewis Hamilton se despistava. Pouco depois, ele foi às boxes para trocar de pneus, deixando Nico Rosberg mais sossegado.

Entretanto, Sergio Perez tinha ido às boxes e quis voltar à pista o mais depressa possivel. Resultado final? Tornou-se no segundo piloto a ser penalizado.

Com o final da segunda ronda de pneus, viu-se um Rosberg mais descontraído, a tentar poupar os pneus, com o inglês a esforçar-se para apanhar o seu companheiro de equipa. A diferença tinha diminuido para 5,5 segundos na volta 36, na mesma altura em que Kimi Raikkonen ia para as boxes, onde as coisas correram mal e atrasou-se. Quem beneficiou disso foi Felipe Massa, que chegou ao terceiro posto, apesar da penalização.

Apenas na volta 40 é que aconteceu o primeiro abandono na corrida, quando Daniel Ricciardo teve problemas com a suspensão frente-esquerda, por alguma junta que cedeu.

Na volta 42, houve mais um momento quente quando Nico Hulkenberg forçou a ultrapassagem a Valtteri Bottas, que acabou com o finlandês da Williams a saltar fora no S de Senna, e acabou a perder lugar para Kimi Raikkonen. Na volta seguinte, o finlandês foi para as boxes e parecia que as coisas iriam de mal a pior para ele... três voltas depois, Fernando Alonso passou Kavin Magnussen para ser o sexto classificado.

Na frente, a diferença de Rosberg para Hamilton estava na metade, por alturas da volta 50. Ambos estavam a dar o seu melhor, mas o interessante seria como é que os pneus estariam na parte final e quando trocariam, numa espécie de "poker dos pneus". Na mesma altura, Felipe Massa parava... no lugar errado. Foi na McLaren, mas isso não o fez perder muito tempo. Parece que os deuses estavam ao seu lado.

Na mesma altura, Hamilton parava nas boxes e saia atrás de Rosberg, mas bem mais perto do alemão. O inglês pressionava para o apanhar, e conseguiu chegar a menos de meio segundo na volta 53, e a partir dali, ambos andavam colados. Mas a ação acontecia na volta 62, quando Kimi Raikkonen, Sebastian Vettel e Jenson Button lugavam por posição. O finlandês perdeu dois lugares em meia volta, e o alemão quase ganhava dois lugares...

Mas as atenções centravam-se na luta pela liderança. Hamilton pressionava, num jogo de paciência que colocava os espectadores nervosos, enquanto que na volta 66 havia bandeiras amarelas por causa do Lotus parado de Romain Grosjean. Mas isso não incomodou os carros de Brackley, que estiveram na luta até ao último metro. E no final, Rosberg levou a melhor sobre Hamilton por meio segundo de diferença, E no lugar mais baixo do pódio - apesar dos erros - ficou Felipe Massa.

No pódio, o Brasil em modo "zueira never ends": a multidão a invadir a pista, com Nelson Piquet a fazer as entrevistas e a perguntar por Nicole Scherzinger a Lewis Hamilton, a multidão a cantar "Senna, Senna" e o Massa a dizer que "vou falar português porque tou de saco cheio de falar tanto inglês". E claro, a festa do champanhe em modo samba, porque não podemos esquecer que o anão todo-poderoso é mais um dos milhares de estrangeiros que têm a felicidade de dormir com uma brazuca.

No final, Lewis Hamilton lidera com 17 pontos de vantagem sobre Nico Rosberg, e a ele basta ficar no segundo lugar, atrás de Nico Rosberg, em Abu Dhabi, E na corrida dos pontos a dobrar, a expectativa é grande. Quer queiramos, quer não.