sábado, 14 de maio de 2022

Formula E: Mortara triunfa na primeira corrida de Berlim


O suíço Edoardo Mortara foi o melhor na primeira corrida da Formula E em Berlim, triunfando sobre Stoffel Vandoorne e Jean-Eric Vergne. O piloto de Venturi conseguiu manter a liderança do principio até ao fim, depois de partir da pole-position. Quanto a António Félix da Costa, apesar de partir de terceiro na grelha, acabou hoje na oitava posição.

Partindo bem do primeiro lugar, teve atrás de si logo no inicio o Mahindra de Alex Sims e o DS Techeetah de Félix da Costa. Atrás ainda, André Lotterer conseguiu ser melhor que Jean-Eric Vergne e era quarto. O francês perdia mais posições nas voltas seguintes, na mesma altura em que Felix da Costa passava Sims e era segundo, no inicio da quarta volta. 

As coisas ficaram assim até as primeiras passagens pelo Attack Mode. Pascal Wehrlein foi o primeiro, no seu Porsche, mas não perdeu a sua posição. Quando foi a vez de Vergne, ele aproveitou a ida de mais alguns concorrentes para subir ao terceiro posto, para depois perder para Wehrlein. Este trocou com Lotterer para o terceiro posto, por ordens de equipa, e também para tentar abrandar os DS, mas Vergne e Felix da Costa o passaram. O português perdeu duas posições para Sims e Vandoorne, que aproveitou para ir ao Attack Mode pela segunda vez. 

A 15 minutos do fim, os quatro primeiros eram Mortara, Lotterer, Vandoorne e AFC. 

A parte final foi bem movimentada. Mortara foi ao Attack Mode pela segunda vez, perdendo o comando para Vandoorne. Lotterer era terceiro, seguido pelos DS Techeetah, com Vergne na frente de Felix da Costa. O francês subiu para segundo e atacou Mortara para o comando, mas o suíço aguentou a alcançou a vitória. Quanto a Felix da Costa, teve de levantar o pé para chegar ao fim, caindo para o oitavo posto. 

No campeonato, Stoffel Vandoorne é o líder, com 96 pontos, seguido por Jean-Eric Vergne, com 93, e Mitch Evans, com 82. Amanhã, haverá a segunda corrida no circuito de Tempelhof. 

Formula E: McLaren comprou a equipa da Mercedes


A McLaren confirmou este sábado em Berlim que é a dona da Mercedes na Formula E e participará na próxima temporada com o seu nome. Depois de IndyCar e claro, da Formula 1 - para além da divisão dos carros de estrada - a equipa de Woking participará na competição elétrica. A par da Maserati e da Abt, que regressa à competição depois de um ano de ausência, a McLaren será a terceira nova equipa na Formula E.

Com a conclusão da aquisição da Mercedes EQ, a McLaren revelou que o atual diretor de equipa, Ian James, continuará no seu papel para permitir uma transição suave da estrutura para a sua nova identidade.

A McLaren Racing sempre busca competir contra os melhores e na vanguarda da tecnologia, oferecendo aos nossos fãs, parceiros e pessoas novas maneiras de se empolgar, se divertir e se inspirar”, começou por dizer Zak Brown, o CEO da McLaren Racing. “A Fórmula E, como todas as nossas séries de corrida, cumpre todos esses critérios. Assim como em todas as competições em que participamos, a Fórmula E tem corridas nos seus genes, mas será estrategicamente, comercialmente e tecnicamente aditiva à McLaren Racing em geral.", continuou.

Acredito firmemente que a Fórmula E dará à McLaren Racing uma vantagem competitiva por meio de uma maior compreensão da competição elétrica, ao mesmo tempo em que fornece um ponto de diferença para nossos fãs, parceiros e pessoas e continua a nos guiar em nosso caminho de sustentabilidade”, concluiu.

Para Alejandro Agag, a chegada da McLaren é o culminar de um objetivo de longo prazo e o início de um novo capítulo: 

Eu queria que a McLaren fizesse parte do Campeonato Mundial de Fórmula E ABB FIA desde a primeira temporada e estou finalmente conseguimos. Mas é muito mais do que apenas decidir correr. Fazer parte da Fórmula E sinaliza um investimento estratégico no futuro do desenvolvimento de veículos elétricos. Congratulo-me com a crença de Zak de que a Fórmula E fornece um ambiente de ponta para um inovador comprovado como a McLaren para acelerar sua experiência e desempenho em veículos elétricos.", começou por afirmar.

Também estou feliz que as profundas habilidades e capacidades desenvolvidas pela atual equipe Mercedes-EQ no Campeonato Mundial de Fórmula E da ABB FIA encontrem um novo lar emocionante na McLaren. Esta será uma equipe formidável no próximo ano”, acrescentou.

A McLaren Racing anunciará mais detalhes sobre seu programa de Fórmula E no final da temporada, e isso incluirá quer o seu fornecedor de motores, quer a sua dupla de pilotos.

sexta-feira, 13 de maio de 2022

A imagem do dia


Há precisamente dez anos, as coisas deram tudo certo para Pastor Maldonado. Aconteceu em Barcelona, e também marcou a última vitória da Williams com a equipa inicial. Com Patrick Head e com Frank Williams, a dupla que se juntou algures a meio dos anos 70 e depois, decidiram fundar a equipa depois de Frank ter sido despedido por Walter Wolf, meses depois de ele ter comprado 50 por cento da sua Frank Williams Racing Team.

Em 2012, a Williams vinha de uma temporada desastrosa. Tinha os motores Renault, e Rubens Barrichello tinha sido substituído por Bruno Senna, sobrinho de Ayrton Senna. Muitos ainda torciam para que ele fosse capaz de trucidar Maldonado. E como o piloto venezuelano, muitas das vezes, exagerava nos seus dotes de condução, pensavam que o piloto brasileiro nem tinha de fazer muito esforço. Aliás, umas corridas antes, na Malásia, Senna tinha conseguido bater Maldonado na velocidade. Contudo, foi numa luta para ser sexto...

Mas para que o sonho pudesse acontecer, primeiro houve... uma penalização. Lewis Hamilton, o piloto que fizera a pole no seu McLaren, acabou por cair para o fundo da grelha porque tinha feito com quase nenhum combustível no seu carro, e ao falhar o regresso às boxes, viu-se que não tinha o litro necessário para a análise que os comissários deveriam fazer para verificar irregularidades. Por causa disso, o tempo foi anulado e ele largou de último, caindo a pole ao colo do piloto de Maracaíbo.

E o resto foi uma luta entre o Ferrari e Fernando Alonso e o Williams de Maldonado, com alguns incidentes pelo meio, o mais mediático deles todos foi o choque entre Bruno Senna e o Mercedes de... Michael Schumacher. Ambos acabaram por desistir, mas o alemão foi penalizado em cinco lugares. Ironicamente, na corrida seguinte, no Mónaco, iria fazer a pole-position... que não contou.

No final, Maldonado aguentou Alonso e triunfou. Naquele dia, tudo correu bem. Todos ficaram felizes, e ficou na memória o facto de ele ter sido levado ao colo por Alonso e Kimi Raikkonen, terceiro no seu Lotus-Renault. E no final, o carro de Senna ainda deu nas vistas quando pegou fogo... dentro das boxes, obrigando à evacuação dela. Outro desses momentos foi o seu primo Manuel a ser levado às cavalitas, porque na altura tinha um pé partido. 

Definitivamente, foi um dia único, para recordar por muito tempo.

WRC: Latvala quer fazer uma prova com o Rally1


Aos 37 anos, e agora como o diretor desportivo da Toyota Gazoo Racing WRC, Jari-Matti Latvala afirmou que deseja experimentar, pelo menos uma vez, o carro da nova categoria Rally1. E se o conseguir fazer uma vez nesta temporada, melhor. Numa declaração ao site dirtfish.com, o finlandês disse que tem esse desejo, mas em principio, não será numa prova do WRC.

"Se tiver uma chance será pelo final do ano, na segunda metade da temporada mas mais para o final.", começou por dizer. "Se tiver a possibilidade será num rali pequeno, um rali de um dia."

Latvala tem feito alguns ralis com o seu Toyota Celica GT Four, tendo estado presente há dias no Rallye Festival Hoznayo na Cantabria, uma referência em termos de ralis históricos. 

Contudo, ele refere que gostaria de fazer o Rali da Finlândia. "Adoraria disputar a prova, conheço bem os troços, sei como usá-las. Mas ok, já me mentalizei que não posso correr mais no mundial."

O seu último rali competitivo no WRC foi o rali da Suécia de 2020, onde acabou por não chegar ao fim. 

Formula E: Felix da Costa quer lutar pelo pódio


Com a Formula E a chegar a mais uma jornada dupla, desta vez em Berlim, António Félix da Costa, piloto da DS Techeetah, pretende lutar por um resultado na frente da corrida para poder alcançar o top ten da classificação geral. Num lugar onde triunfou em 2020, e onde foi consagrado como o campeão da categoria, e depois de um pódio nas Seis Horas de Spa-Francochamps, a segunda corrida no Mundial de Endurance.

"Nesta altura a abordagem e a minha mentalidade é não pensar em campeonato, mas sim atacar e potenciar o nosso forte andamento em bons resultados. Mais tarde logo se verá, mas neste momento o foco é andar rápido e lutar pelos lugares do pódio. Estamos fortes, com um bom carro, além disso gosto bastante deste circuito, que me traz obviamente boas memórias, portanto estou motivado e com vontade de entrar em pista para esta dupla corrida de Berlim!”, referiu. 

Com um campeonato ultra-competitivo - apesar de ter sido quinto no Mónaco, a prova anterior, é o décimo do campeonato, com menos 51 pontos que o primeiro, Stoffel Vandoorne - Felix da Costa espera que numa pista onde foi feliz, consiga um bom resultado para as suas cores.

A primeira corrida está marcada para as 14 horas de Lisboa, com transmissão em direto na Eleven 3 e no Eurosport 2 a partir das 13h50.

quinta-feira, 12 de maio de 2022

A imagem do dia


A Formula 1 tem 72 anos, e o automobilismo quase 130. E ao longo da sua história, todos queríamos ver duas coisas dos pilotos: a sua cara e a sua performance. E o traseiro, como dizia Niki Lauda, servia para saber como andava o carro e como ficaria o mais equilibrado possível para alcançar a sua melhor performance. E reconheceu que foi aquilo que ajudou a conquistar os seus três títulos mundiais, numa era pré-eletrónica.

Mas não me lembro do Lauda ter mostrado o seu rabo. E como sabem, ficou com a sua cara queimada com os eventos de Nurburgring, há 45 anos. 

Agora, vejo esta foto. É verdade que os pilotos têm de ser supra-sumos de forma física, porque estão a lidar com carros que tem até seis G's de força lateral. E é bom ver Bottas no topo da sua forma, nesta fotografia, tirada no Colorado. Mas quando hoje falamos mais dos glúteos do piloto da Alfa Romeo do que as suas performances em pista - que não são de desprezar, diga-se - parece que os tempos mudam, e as prioridades são outras. 

Aliás, por estes dias, outra polémica tem aparecido nas redes sociais, quando a Bacienlaga, uma marca de alta costura, pegou em Converses aparentemente gastas e "rotas", desenhou o seu nome e os vende a 1400 euros. Não é inédito, nem novo: Marcel Duchamp fez isso em 1916 com um urinol e causou furor na altura.

Aliás, a fotografia de Bottas e do seu traseiro... pode ser sua! Por 10,77 euros, o poster do piloto finlandês da Alfa Romeo a banhar-se como apareceu ao mundo nas águas de um ribeiro de montanha no estado do Colorado poderá decorar a parede da sua sala, do seu escritório ou do seu quarto. Francamente, não é o meu gosto pessoal, mas está ao seu alcance. 

Logo, penso em Andy Warhol, o supra-sumo da "Pop Art" - por coincidência, um dos seus retratos de Marylin Monroe foi vendida esta semana em leilão por 184 milhões de dólares (!) - que afirmou "um dia, todos nós teremos 15 minutos de fama". De fato, é verdade, mas o lado inédito dessa coisa é ver que um traseiro é mais famoso que a cara ou as performances do piloto. 

Tempos fluídos como a água em que ele se banhou, estes...

Formula E: Marrakech substituirá Vancouver


O circuito de Marrakesh, em Marrocos, substituirá Vancouver no calendário, e será corrido a 2 de julho. Será a quarta vez que acolherá a prova, dois anos depois de a receber pela última vez. Este regresso fará com que o calendário da competição elétrica tenha 16 provas, a mais extensa da sua curta história. 

Marrakesh entra no lugar de Vancouver, que viu a sua estreia adiada para 2023 devido a problemas com as licenças que tinham de arranjar com as autoridades municipais, que não conseguiram a tempo da prova. É que para além da corrida, ainda tinham outros eventos que sustentariam aquilo que chamaram de E-Fest, que incluiriam concertos de música e uma conferência sobre sustentabilidade empresarial.

A Formula E volta à ação neste final de semana com a jornada dupla de Berlim, no circuito de Tempelhof.

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Youtube Formula 1 Vídeo: Charles Leclerc no Ferrari 312T4

Na semana em que passam 40 anos sobre o acidente mortal de Gilles Villeneuve, a Ferrari não esqueceu de um dos pilotos mais carismáticos que passou por Maranello. E em jeito de homenagem, proporcionou a Charles Leclerc uma volta no circuito de Fiorano a bordo do Ferrari 312T4, o carro de 1979 que lhe deu o vice-campeonato e algumas das vitórias mais marcantes, como na África do Sul, Long Beach e Watkins Glen, e mais outras que, não tendo triunfado, deu espectáculo.

Para além disso, o vídeo mostra uma homenagem a ele por parte de outro piloto que correu pela Ferrari entre 1983 e 85, o francês René Arnoux

Noticias: Eduardo Freitas será diretor de corrida em Barcelona


Já esteve na cabina de comando de um Grande Prémio, mas estava acompanhado por Niels Wittich, mas na semana que vêm, em Barcelona, Eduardo Freitas comandará as operações no GP de Espanha de Formula 1. Repetirá o posto no GP do Mónaco, antes de entregar o comando a Wittich, porque o GP de Baku coincidirá com as 24 Horas de Le Mans, do qual é comissário designado. 

O calendário de Freitas com a Formula 1 é parcial por causa do seu compromisso há muito com o Mundial de Endurance, o WEC. Foi por causa disso que o português perdeu o grande prémio de abertura da temporada no Bahrein e também o evento do fim-de-semana passado em Miami, porque coincidiam com os 1000 km de Sebring e as Seis Horas de Spa-Francochamps, respetivamente.

Ainda tem de se ber como os pilotos se adaptarão aos métodos de Eduardo Freitas, porque apesar de algumas equipas gostarem da maneira como Wittich tem aplicado as regras, pela sua inflexibilidade, nomeadamente a sua insistência em seguir o Código Desportivo Internacional e proibir o uso de joalheria e roupa interior não aprovada pela FIA, que incomodou pilotos como Lewis Hamilton, e manifestou um protesto simbólico por parte de Sebastian Vettel, ao usar cuecas fora do seu fato de competição, nos treinos livres do GP de Miami.

terça-feira, 10 de maio de 2022

A imagem do dia


Há 55 anos, a Ferrari sofria por mais um piloto morto em acidente. E ainda por cima, era um deles. No domingo, enquanto o mundo assistia ao GP de Miami, e muitos homenageavam Gilles Villeneuve, outro piloto Ferrari que pagara o preço mais alto, observei fotografias de Margerita Bandini a visitar a campa do seu marido, em Milão, cheio de modelos de carros e fotografias dele. Após estes 55 anos de distância, a memória de Lorenzo Bandini continua presente.

Aquele ano de 1967 até corria bem para ele. Já era primeiro piloto na sua equipa de Formula 1, depois de John Surtees ter saído a meio da temporada anterior, e a seu lado estava outros pilotos como Mike Parkes e Chris Amon. Tinha triunfado nas 24 Horas de Daytona, ao lado de Amon, e tinha conseguido um segundo posto na Race of Champions, atrás do triunfador, o Eagle de Dan Gurney. Havia esperanças de ser a ponta de lança da Scuderia contra os Ford, que tinham ganho no ano anterior, com o GT40, ele, que tinha triunfado em 1963, ao lado de Ludovico Scarfiotti

A Ferrari não participou em Kyalami, e apareceram em Monte Carlo, com Amon. E nesse tempo, era uma corrida extenuante: 100 voltas, dezenas de passagens de caixa por volta, sempre manuais, nada dos semiautomáticos que existem agora. 

Apesar de Mónaco ser pequeno, o grande problema é que naquelas três horas, os pilotos cansavam depressa. E à medida que perdiam a frescura, a concentração era mais complicada de se manter. Ao longo da corrida, Bandini andava atrás do Brabham de Dennis Hulme e já não o conseguia alcançar. 

O acidente, mais do que ter acontecido por causa de uma distração, e ter feito arder os fardos de palha, porque o depósito de combustível se ter rompido, foi agravado quando um dos helicópteros da transmissão televisiva se ter aproximado para filmar o carro a arder, dificultando o socorro. E curiosamente, um dos que o socorreu foi Giancarlo Baghetti, que estava ali como espectador, ele que já corria ocasionalmente - mais tarde, nos anos 70 e 80, aparecia na televisão como testador dos carros da Fiat, Alfa Romeo e Lancia, entre outros. 

Contudo, Bandini ficara preso por baixo do carro, e a gasolina caiu sobre o seu corpo. Resultado, ele ficou com mais de metade do corpo queimado e agoniou por três dias antes de sucumbir aos ferimentos. Foi por causa disso que a partir do ano seguinte que o número de voltas ao Mónaco se reduziu para 80 - depois caiu para os 78 atuais - e os fardos de palha saíram de cena para dar lugar a mais guard-rails. Mas a falta de um italiano na Scuderia se manteve até aos dias de hoje, porque gente como Arturo Merzário, Michele Alboreto, Ivan Capelli e Luca Badoer, não fizeram esquecer a memória de Bandini, um dos últimos italianos vencedores na Scuderia.  

Endurance: Protótipo a hidrogénio correrá em Imola


O H24, o protótipo de hidrogénio que a Automobile Club de L'Ouest está a desenvolver para a Endurance, teve esta terça-feira a autorização para participar na Michelin Le Mans Cup, que acontecerá este final de semana em Imola. Os pilotos que a irão conduzir nesta jornada serão o francês Norman Nato e o monegasco Stephane Richelmi.

Esta autorização, que estava dependente dos testes de segurança da FIA, poderão fazer com que o carro possa competir nas corridas da Road To Le Mans, incluídas no programa das 24 Horas de Le Mans de 2022. A participação nesta prova de Imola, antes de Le Mans, deve ser entendida como tendo sido uma etapa essencial para o ACO aprovar o carro para este correr em La Sarthe.

A Le Mans Cup é uma categoria de apoio do European Le Mans Series e cuja categoria LMP3 é classe mais alta.

Youtube Formula 1 Video: Os onboards de Miami

Numa corrida que foi aguardada com enorme "hype", eis os "onboards" mais interessantes que aconteceram no primeiro fim de semana americano, em Miami, onde Max Verstappen triunfou e aproximou-se de Charles Leclerc no campeonato.

segunda-feira, 9 de maio de 2022

A imagem do dia


Didier Pironi, desolado, leva o capacete de Gilles Villeneuve, juntamente com o seu, para as boxes da Ferrari, no sábado, 8 de maio de 1982, após a qualificação de sábado do GP da Bélgica.

Apesar da polémica, e sabendo que Gilles estava zangado com ele por causa do que tinha feito antes, em Imola, ele julgava que a zanga iria acalmar-se com o tempo. Antes disso, davam-se bem, mas por exemplo, ele não o tinha convidado para o seu casamento com Catherine, umas semanas antes.

O gesto de Imola também era uma maneira de mostrar ao mundo que não era um piloto secundário, era tão vencedor como os outros, e numa equipa onde o teu primeiro grande rival é o teu companheiro de equipa, o maquiavelismo era presente. E em termos de treinos, Pironi estava a ser comprimido por Gilles: perdera todas as batalhas para o canadiano.

Em Zolder, estava na frente pela primeira vez. E foi por isso que o canadiano estava a pressionar-se para o bater e essa cegueira era tal que deu no que deu.

Semanas depois, em Montreal, fez a pole-position. No circuito que tinha o nome de Gilles. Ele gelou, sabendo que os ânimos ainda estavam exaltados, e muito cuidadosamente, decidiu dedicar o feito a ele.

A conferência estava a ser transmitida nos altifalantes. Nigel Roebuck estava sentado ao lado de Keke Rosberg, amigo pessoal de Gilles, que disse: "se tivesse portado bem, Gilles ainda estaria vivo". Tudo em claro sinal de desprezo. Pior ainda: no dia seguinte, o seu Ferrari ficou parado na grelha e á atingido em cheio pelo Osella de Ricciardo Paletti que por causa do impacto, acaba por sofrer ferimentos mortais no seu peito. 

Mesmo com as vitórias e com a sensação de que, por fim, iria ser o primeiro campeão francês e o campeão pela Ferrari, Didier Pironi terá um grave acidente na Alemanha, exatamente três meses depois do acidente mortal de Gilles. No meio do "spray" da chuva, bate forte na traseira do Renault de Alain Prost - dizem que é por isso que ele nunca gostou de correr à chuva - e ele, com ferimentos graves nas pernas, perde a sua chance de ser campeão. Sem participar nas últimas quatro provas do campeonato, acaba vice-campeão, a cinco pontos de Keke Rosberg. 

Cinco anos mais tarde, a 23 de agosto de 1987, Pironi morreria num acidente de barco no Needles Trophy, na ilha de Wight, a bordo do Colibri, o barco feito de fibra de carbono. Na altura, a sua namorada esperava por gémeos, que lhes deu o nome de Didier... e Gilles. A sua turma situa-se em Saint-Tropez, enterrado ao lado do seu meio-irmão, José Dolhem, que como ele, tinha sido piloto pela Surtees, em 1974, e que morrera seis meses depois dele, em abril de 1988, num acidente de aviação no centro de França. 

Didier Jr. é neste momento engenheiro e em 2022 está a colaborar no programa LMPh da Ferrari. A vida dá muuuuitas voltas, de facto.

No Nobres do Grid deste mês...


Imaginem um ciclista como conhecemos hoje, daqueles que fazem as clássicas como o Tour de France ou o Giro D'Itália. Alguém que pedala por 250 ou 300 quilómetros, por montes, vales e planícies, esforçando-se por bater a concorrência, e no final de cada dia está estafado. Agora imagina que faz isso tudo bem, ao ponto de ser dos melhores da sua geração, para de repente, trocar as suas pelas quatro rodas. Ainda por cima, com motor. E faz ainda melhor! 

Hoje em dia, com o profissionalismo existente em todas as modalidades, largar uma rumando a outra é muito mais dificil. Mas no inicio do século XX era mais fácil, e a história de um dos melhores pilotos do inicio desse século, piloto da Alfa Romeo, vencedor da Targa Florio, e quando morreu, a equipa assinalou a sua perda cortando um dos cantos do seu símbolo e retirando permanentemente o seu número... pelo menos, nos carros italianos.

Como ando a falar muito sobre os pilotos de há cem anos, este mês, é a altura de contar a história de Ugo Sivocci.

(...)

Em 1922, participa na Targa Florio com Campari e Ascari, mas quem leva a melhor e outro compatriota deles, Giulio Masetti, que corre num Mercedes. Sivocci não consegue mais do que o nono posto, mas noutras probas, o desfecho é algo diferente, como por exemplo, um segundo lugar no Parma-Poggio Berceto, a bordo de um Alfa 20-30 ES Sport. 

No ano seguinte, aparece o modelo RL, e torna-se muito melhor. Inscrebe-se na Targa Florio, ao lado de Ascari e Masetti, este vindo da Mercedes. Os carros vermelhos estavam pintados com um travo de quatro filhas verde num losango de fundo branco e ao longo da corrida, está atrás de Ascari ao longo da corrida, até que na parte final, este tem problemas com o motor e Sivocci aproveita e fica com o comando, acabando por triunfar, na frente de Ascari e o Steyr de Ferdinando Minoia. Torna-se na primeira grande vitória da equipa do Quadrifoglio no automobilismo na cena internacional e claro, a sua primeira grande vitória na sua carreira. E a partir dali, os carros termia sempre o travo de quatro folhas nos seus carros.

No final do ano, era a altura do GP de Itália, que no segundo ano seguido iria ser em Monza. A Alfa Romeo iria participar em força, com Ascari, Sivocci e Campari. Todos corriam com o modelo P1. Na altura, os pilotos guiavam com os seus mecânicos, e o de Sivocci era Angelo Guatta. Inscrito com o número 17, o pessoal em Arese tinha-se esquecido de uma coisa: pintado o Quadrifoglio Verde na sua carenagem. (...)

Há cem anos, a Alfa Romeo era das melhores equipas de automobilismo, com gente como Antonio Ascari, Enzo Ferrari, Giuseppe Campari e o senhor do qual falo este mês, Ugo Sivocci. Um dos pilotos que, por causa dele, a marca criou o símbolo Quadrifoglio, o trevo de quatro folhas, e que ajudou a marca a ganhar a Targa Florio, uma das maiores provas de resistência do automobilismo.

E é sobre Sivocci que escrevo este mês no Nobres do Grid

Youtube Automotive Video: Vinfast na America

Há meio século, o Vietname era inimigo dos Estados Unidos na sua guerra. Agora, pretendem construir os seus automóveis, especialmente na Carolina do Norte. Estranho, hein? Mas é real, especialmente com uma companhia que há menos de dez anos... não existia.

A Vinfast anda a construir carros elétricos com toda uma gama de produtos, especialmente SUV's, que é a moda. De uma certa forma, imitam aquilo que a Hyundai e a Kia andaram a fazer na altura em que ambos os países andavam em guerra um contra o outro. E agora, querem construir carros na Carolina do Norte, com baterias que tem uma autonomia superior a 500 quilómetros, o que é um feito. Contudo, o sistema é o de aluguer de baterias, algo que a Renault fez há uns anos com o Zoe, mas já deixou disso faz uns anos. 

E é sobre esta companhia, que tem ainda alguns céticos, que o Nolan Sykes fala hoje no Wheeelhouse, da Donut Media.

domingo, 8 de maio de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 5, Miami (Corrida)


E por fim, a Formula 1 estava em Miami. Pela primeira vez desde 1984, a America tinha duas corridas em seu solo, e prepara-se para ter mais em 2023, graças a Las Vegas, provavelmente numa corrida noturna, apara aproveitar os neons de Las Vegas - o que significará que a corrida poderá acontecer na madrugada de... segunda-feira! - e logo, o pessoal da Liberty Media decidiu montar um espetáculo tipicamente americano, onde a substância pode ir para o espaço em nome do espalhafato. Se alguém alguma vez pensar porque as cores favoritas daquele espaço são o magenta e o cyan, já sabem o porquê. Aliás, isso está no equipamento do seu clube de futebol... "soccer" na América, porque eles correm à volta do estádio de "fottball", aquele que é jogado com as mãos.

Mas naquele domingo de calor, houve momentos onde a chuva fez a sua aparição, parecia que, apesar de todas estas coisas, pouca gente pensava no campeonato. Se a Ferrari iria aguentar Verstappen tempo suficiente para recuperar alguns dos pontos que Leclerc perdeu em Imola.  


Na partida, Leclerc sai bem e mantêm o primeiro lugar, enquanto Max Verstappen pressionou Carlos Sainz Jr e ficou com o segundo posto. Atrás, Lewis Hamilton perdeu o sétimo lugar a favor de Fernando Alonso. Mas pior ficou George Russell, que caía para 15º na classificação. Pouco depois, quando o DRS foi ativado, Hamilton recuperou a posição, e era sexto na segunda volta da prova.

A partir daqui, as coisas andaram calmas, com o monegasco a ir embora de Verstappen, que claro, estava entre os Ferrari. Um pouco atrás, Hamilton, já liberto de Alonso, foi atrás de Bottas, que tinha o quinto posto no seu Alfa Romeo. Em contraste, na sétima volta, Guangyou Zhou foi o primeiro a abandonar quando o seu carro começou a mostrar problemas no seu motor. 


Na nona volta, o neerlandês da Red Bull já estava em cima do Ferrari no monegasco e aproveitou para o passar para a liderança. E na volta 12, as primeiras paragens nas boxes, com Yuki Tsunoda, que  trocava de pneus para duros, para ver se conseguia ou ir até ao fim, ou então, fazer a segunda paragem mais tardar possível. O pessoal do meio do pelotão começou a trocar nas voltas seguintes, com Lando Norris a parar na volta 19, um dos primeiros dos da frente a trocar de pneumáticos.

De repente, na volta 21, Perez começa a queixar-se da potência do motor e ele, que ia atrás de Sainz para o terceiro lugar, via-o fugir. Ele tentou ajudar a potência do carro, e no final, ele lá conseguiu manter o carro a andar, tentando recuperar os metros perdidos para o piloto espanhol da Ferrari. Por esta altura, os seis primeiros ainda não tinham ido às boxes e trocado de pneus. 


Só na volta 25 é que Leclerc foi às boxes para trocar. A paragem foi lenta e perdeu tempo atrás de Verstappen, regressando à pista na quarta posição. Duas voltas depois, foi a vez de Verstappen, que saiu melhor e manteve a posição, na frente de Leclerc. Agora, a diferença entre ambos era de 7.5 segundos e parecia que só se um deles tiver problemas é que isto se alteraria. E na volta 28. Sainz e Perez paravam ao mesmo tempo, com o piloto da Ferrari... a sair pior. Mas não perdeu o terceiro posto.

E a partir daqui, a corrida caiu na modorra. Não caiam misseis como em Jeddah, ou a chuva não iria fazer nova aparição, mas a corrida não era aquela emoção que esperavam. Mas perto da volta 37, tem a informação de que a chuva poderia estar a caminho do local do circuito, logo, estavam atentos ao que vinha por aí.


E não se sabe se tinha a ver com o tal aviso de tempestade, mas na volta 40, Alonso e Gasly tocaram-se, mas sem consequências. E na volta 42, o francês bateu forte em Lando Norris, acabando com o piloto da McLaren fora de pista, e sendo o segundo abandono da prova.  Primeiro, um Virtual Safety Car, depois um Full Safety Car, que juntava toda a gente. Tempo suficiente para Sergio Perez ir às boxes para colocar médios, ao mesmo tempo que a Ferrari ficou na pista, enquanto esta era limpa dos destroços do McLaren.

Atrás, a organização decidiu dar mais cinco segundos a Alonso por ele ser responsável pelo acidente com Gasly, e as coisas pareciam demorar muito - tempo suficiente para os carros que tinham uma volta de atraso se desdobrassem. Na volta 46, a onze do final, o Mercedes vermelho saiu de pista a recolheu-se às boxes, recomeçando a prova.

No recomeço, nova retirada: o Alpha Tauri de Pierre Gasly retirava-se da prova com problemas no seu carro. Na frente, Verstappen aguentou Leclerc na luta pelo primeiro posto enquanto atrás, Perez andava a cheirar a traseira de Carlos Sainz Jr, despertando o interesse na corrida para saber se conseguia ficar com o lugar mais baixo do pódio. Ainda mais atrás, Bottas era pressionado pelos dois Mercedes, e na volta 49, travou mais tarde e viu passar ambos os carros, perdendo o quinto posto. Mas entre os pilotos da Mercedes, Russell era melhor que Hamilton e era quinto.

Entre os da frente, Verstappen aguentava Leclerc e parecia ter tudo controlado. Perez fazia de tudo para passar Sainz e mais trás, Mick Schumacher deu um toque a Sebastian Vettel na sue luta pelo nono posto, beneficiando Esteban Ocon, para ser nono. Ambos os alemães foram às boxes, com Vettel a retirar-se por causa da quebra no radiador do seu Aston Martin. E quem se beneficiava era Alex Albon, décimo na corrida e a conseguir mais um ponto para a Williams. 


Mas na frente, Max conseguia aguentar Leclerc e conseguia a sua segunda vitória consecutiva e a terceira no campeonato, desempatando na luta com Charles Leclerc. O monegasco continuava na frente do campeonato, tudo controlado do seu lado, enquanto Carlos Sainz Jr ficava com o lugar mais baixo do pódio, depois de passar Sergio Perez. Russell e Hamilton eram quinto e sexto, de uma certa forma, respeitando a hierarquia atual. Bottas era o sétimo, os Alpine de Alonso e Ocon eram oitavo e nono, e Alex Albon ficou com o ponto final. 

Agora é Leclerc com 104, contra os 86 de Verstappen. A Ferrari parece ter tudo controlado, mesmo que a Red Bull volte a triunfar em Barcelona, daqui a duas semanas. 

E claro, não choveu a tempo de mexer a corrida. 
  
Como rescaldo, pode-se dizer que Miami não entusiasmou. A expectativas, os "hypes" foram os que foram, mas apesar das batidas, há circuitos que foram bem mais excitantes. Esta, como amostra inicial, não se tornou numa coisa inesquecível. Mas a Formula 1 está na América, e era o que a Liberty Media queria.  

A imagem do dia


Há precisamente 40 anos, Gilles Villeneuve sofria o seu acidente mortal em Zolder, na Bélgica. O seu acidente foi o culminar da raiva acumulada pelos eventos da corrida de duas semanas antes, em Imola, e uma maneira de querer mostrar à Ferrari, ao seu companheiro de equipa e sobretudo, ao mundo, que ele era o primeiro piloto da Scuderia e havia hierarquias. E para além disso, sendo alguém que prezava a lealdade, não admitia traidores.

Aliás tinha avisado antes: depois dos eventos de Imola, o ambiente era de guerra. Afirmara isso a Nigel Roebuck, e tinha começado a falar com gente quer na McLaren, quer na Williams - que estreava ali o seu FW08 - no sentido de saber se haveria um lugar para ele em 1983. E ele, que na qualificação tinha sempre sido mais veloz que Pironi, queria mostrar a partir daquele momento que... não era nada. E que lhe tinham roubado uma vitória certa na corrida anterior.

Para piorar as coisas, isto acontece numa altura em que há tempestade em casa. Gilles está zangado com Joanne Barthe, sua mulher desde 1970, e tem um relacionamento com uma mulher, uma hospedeira de bordo na Air Canadá. Tanto que naquele 8 de maio, ela não está ali, está no Mónaco, no batizado de Melanie, a filha mais nova.

A poucos minutos do final, Mario Pichinini, o diretor de corrida, diz a Gilles para colocar um novo jogo de pneus, porque ele não estava a conseguia bater o tempo de Pironi, que era sexto, enquanto Gilles era o oitavo na tabela de tempos. Villeneuve acede, mas ele não abranda nessa volta de aproximação às boxes. Foi na chicane que apanha o March de Jochen Mass, um veterano alemão que já tinha passado por Surtees, McLaren, ATS e Arrows. Ao ver Villeneuve nos espelhos, ele vira para a direita no sentido de lhe dar passagem, mas ele também vai para a direita e o choque é inevitável.

Apesar do socorro imediato, todos viram que o incidente era grave, e ele não tinha chances de sobrevivência: vértebra cervical fraturada, sistema nervoso cortado, fratura na base do crânio. Aliás, cheguei a ver uma foto em que estava com a cara azul e os olhos abertos de pânico. Não é uma imagem bonita de se ver. Mesmo se sobrevivesse, estaria paralisado do pescoço para baixo. 

Chegada a Louvain, onde ele tinha sido transferido, Joanne fala com os médicos, que lhe dizem que não há chances de sobrevivência, porque respirava com a ajuda de aparelhos. No final, ela toma a difícil decisão de desligar as máquinas. Eram 21:12, horário da Europa Central, quando o coração dele deia de bater. Tinha 32 anos. 

Curiosamente, Pironi estava desolado. Pensava que a zanga teria algum tempo, e depois voltariam as pazes, mas o acidente cortou essa chance para sempre. Ele pegou o capacete no solo - há outra fotografia bem famosa desse momento - e os fãs de Gilles nunca perdoaram o gesto de Imola. Os Ferrari não correm em Zolder, em sinal de luto, a corrida é silenciosa, quase lúgrube, e é ganha por John Watson, onde Niki Lauda é terceiro, mas desclassificado pelo seu McLaren estar abaixo do peso. quem beneficia disso é Chico Serra, que dá à Fittipaldi o último ponto da sua carreira na Formula 1, mas nos dias seguintes, quando o paddock fica esvaziado, o único sinal de que eles estiveram ali era o helicóptero Agusta de Gilles, ali estacionado, qual animal de estimação que espera em vão pelo seu dono, agora morto.

E foi assim a Formula 1, há 40 anos. Mais um episódio de uma temporada totalmente anormal.      

W Series: Chadwick repete a vitória em Miami


Segunda corrida, segunda vitória. Jamie Chadwick triunfou de novo nesta tarde em Miami, ficando na frente da espanhola Nerea Marti e a britânica Alice Powell, e é a líder destacada do campeonato, parecendo que é a favorita para o tricampeonato da W Series.

E se na primeira vez, aguentou todo o um pelotão que queria o seu posto, depois de uma excelente largada onde conseguiu superar Nerea Marti, hoje foi diferente, ao partir de primeira e ir embora da concorrência. Atrás de si, Nerea Marti era segunda, e apesar de todo o esforço para a apanhar, a diferença ficou-se pelos três segundos. Atrás, Emma Kimilainen lutava com Alice Powell pelo terceiro posto ao longo da corrida, e quando conseguiu, tentou ir atrás de Marti, com ambas a trocarem posições ao longo da corrida.  

Na parte final, Powell sofreu um toque da finlandesa, quebrando a asa, enquanto Kimilainen desceu para quinto. Abbi Pulling, apesar de ser sexta, conseguiu a volta mais rápida.  

Nos restantes lugares pontuáveis, a americana Chloe Chambers foi a melhor das estreantes, conseguindo um décimo posto, na frente de Fabienne Wohelwend, que recebera uma penalização por causa de um incidente na primeira prova. Ela acabou na 11ª posição, fora dos pontos.  

No campeonato, Chadwick lidera destacado com 50 pontos, pouco menos do dobro de pontos que tem Nerea Marti, que tem 26, e a neerlandesa Beitske Visser, com 21 pontos.

A W Series prossegue dentro de duas semanas, em Barcelona.   

W Series: Chadwick foi a melhor na primeira corrida de Miami


A britânica Jamie Chadwick foi a vencedora da primeira corrida da W Series, este sábado, em Miami. Numa corrida complicada, com amostragens de bandeiras vermelhas, a bicampeã da competição começou bem a nova temporada, tornando-se na primeira mulher a triunfar em três temporadas consecutivas. A espanhola Marta Garcia e a britânica Jessica Hawkins acompanharam-na no pódio.

Na primeira de duas corridas do final de semana na pista americana, que se estreia na Formula 1, a corrida de Chadwick começou bem quando conseguiu superar Nerea Marti, que teve uma má largada. Pior ficou Alice Powell e Belén Garcia, que ficaram paradas na grelha e largaram do fundo. Por causa disso, o Safety Car entrou na pista para poderem tirar esses carros. 

Contudo, a demorar em tirar um dos carros foi o suficiente para que a organização colocasse a bandeira vermelha, com os carros a irem às boxes e esperando que a pista ficasse livre.

Dez minutos depois, o carro foi retirado, e os restantes bólidos regressaram à pista para alinharem de novo. 

No recomeço, Chadwick manteve a liderança, mas atrás de si estava Emma Kimilainen, Marta Garcia, que por sua vez era assediada por Fabienne Wohlwend, que mais tarde a conseguiu passar. Mas pouco depois, a piloto do Lichtenstein exagerou na travagem para a curva 11 e perdeu o posto para Garcia.

A dez minutos do fim, Wowlwend exagerou novamente a bateu no carro de Abbie Eaton, causando nova entrada do Safety Car. Ambas saíram de pista, para não mais voltar, e o reagrupamento demorou o tempo suficiente para que tentassem uma última chance na parte final da corrida.     

E foi o que aconteceu: a corrida arrancou para uma última volta, onde Kimilainen e Garcia atacaram Chawick, mas travaram tarde e foram pela escapatória, com Chadwick a aproveitar bem e manter a liderança até à bandeira de xadrez. Depois das três primeiras, Abbi Pulling foi a quarta e a brasileira Bruna Tomaselli a quinta. Entre as estreantes, a filipina Bianca Bustamante foi a melhor, sendo nona.

A segunda corrida da W Sweris acontece neste domingo. 

Formula 1 2022 - Ronda 5, Miami (Qualificação)


E pela primeira vez em 37 anos, a Formula 1 tinha duas corridas em solo americano. E claro, não ficará por aí, porque por fim teve a sua corrida em Las Vegas, que começará em 2023. São os efeitos do Drive to Survive, e de uma certa forma, por fim, a América se rendeu à Formula 1. Faltam mais coisas, como equipas americanas, pilotos americanos, um campeão americano, e quem sabe, um campeonato americano de Formula 1, para fazer com que todo o país acolha a competição como sendo sua. E claro, muitos dos VIP's apareceram, até uma ex-primeira-dama!

Mas também, sinal dos tempos, esta corrida de Formula 1 estava a ser patrocinada por uma forma de cripromoedas, a primeira de sempre. Afinal de contas, atrai o dinheiro que está a querer saltar fora dos bolsos, com as industrias do momento... e para melhorar as coisas, a Formula 1 estava numa pista desenhada à volta de um estádio de futebol, numa das cidades mais "cool" do país. 

A qualificação já começava com um "handicap". No terceiro treino livre, Esteban Ocon tinha batido forte no muro e o seu chassis ficou com uma fissura do qual não iria ficar pronto a tempo de alinhar na qualificação. Logo, o último lugar já tinha um dono... 

No final da Q1, a fazer companhia a Ocon ficaram os Williams de Alex Albon e Nicholas Latifi, o Alfa Romeo de Guangyou Zhou e de uma forma surpreendente, o Haas F1 de Kavin Magnussen. 

Poucos minutos depois, começou a Q2, e a luta entre Ferrari e Red Bull continuava. Primeiro a marcar tempo foi Max Verstappen, com 1.29.202, antes de Charles Leclerc baixar ainda mais, com 1.29,130. Atrás deles, ficavam  Pérez, Sainz, Leclerc e Hamilton, mas não Russell. Ele demorou tempo até marcar um tempo decente, capaz de o colocar na Q3. Mas depois, alguns dos seus rivais melhoraram e ele ficou de fora no "top ten".


Na parte final, Leclerc manteve o primeiro posto, com Verstappen perto, mas atrás, os pilotos deram o seu melhor para conseguir entrar no topo ten. E se alguns conseguiram, a outros, saiu-lhes a fava, como George Russell, que foi apenas 12º e ficou de fora. Pois é, parecia que tinha tempo para ir mais adiante... A acompanhá-lo neste infortúnio ficaram o Alpine de Fernando Alonso, o Aston Martin e Sebastian Vettel, o McLaren de Daniel Ricciardo e o Haas de Mick Schumacher. 

E por fim, chegamos aos 12 minutos finais. Não demorou muito até que saíssem os primeiros carros, a Max Verstappen abriu as hostilidades com 1.28.991, seguido por Charles Leclerc, a meros 0,06 segundos. Carlos Sainz Jr e Sergio Perez ficavam com o terceiro e quarto melhor tempo, enquanto Valtteri Bottas era quinto... na frente de Lewis Hamilton.

Contudo, esta era apenas a primeira parte da qualificação. Os carros estavam nas boxes, preparando-se para a parte final, onde a volta final era aquela que definiria a pole-position. E foi isso mesmo que aconteceu.


Primeiro, foi Leclerc a fazer 1.28,796 e ficar com o melhor tempo, com Sainz logo atrás, a ficarcom o segundo melhor tempo, abaixo do 1.27. Verstappen tentou melhorar, mas não conseguiu, e a Ferrari monopolizava a primeira linha, algo que já não acontecia desde há muito tempo. A Red Bull ficou com o monopólio da segunda, e Valtteri Bottas estava na frente de Lewis Hamilton. Parece que teve sorte na transferência, o piloto finlandês... 

Muitos prevêm que amanhã seja uma corrida agitada, com calor e alguma chuva. Vamos lá a ver se isso se cumpre ou não.