sábado, 28 de maio de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 7, Mónaco (Qualificação)


Mónaco é uma corrida que faz parte do mobiliário da Formula 1. Por muito que se reclame do seu tamanho - do qual os carros também ajudam - que a pista é anacrónica porque ali, os carros não passam, entre outras coisas. Mas quem adora automobilismo, sabe que Mónaco, pelo seu ambiente à volta, pelo seu prestígio, e pelo facto de todos querem triunfar ali para o ter, como se fosse uma pena no chapéu ou uma medalha no peito. E ainda por cima, no pelotão atual, nunca a chance de ter um piloto local triunfar ali se tornou tão real, graças a Charles Leclerc, piloto da Ferrari e orgulho do principado.   

A Q1 começa com um tempo primaveril, apesar das ameaças de chuva dos dias anteriores. Todos saíram a seu tempo, e quando todos marcaram um tempo, os Ferrari foram para a pista. Por essa altura, Kevin Magnussen já tinha sido o primeiro a estabelecer um registo na tabela de tempos, batido pouco depois por Lando Norris. Todos estes tempos foram depois batidos por Sergio Pérez e Max Verstappen. Quando Charles Leclerc foi para a pista, queixou-se à equipa da posição em que saiu, por causa do tráfego, mas isso não o impediu de liderar a tabela de tempos, com um tempo de 1.12,939. Depois, a seis minutos do final, melhorou para 1.12,569.

Na parte final, a pista estava mais rápida e os tempos começaram a cair. Mas a dois minutos do fim, Yuki Tsunoda sofreu um furo, o que levou a direção de corrida a mostrar bandeiras vermelhas. Ele trocou de pneus e marcou um tempo que o permitiu passar para a Q2. Mas quem não conseguiu foi o seu companheiro da equipa, Pierre Gasly, eliminado da Q1 na companhia de Lance Stroll, os Williams de Alexander Albon e Nicholas Latifi, e o Alfa Romeo de Guanyu Zhou.


Alguns minutos mais tarde, a Q2 começava com "os suspeitos do costume". Primeiro, foi Sergio Pérez a liderar, seguido de Carlos Sainz, Charles Leclerc e Max Verstappen, enquanto Lando Norris fechava o top 5 no final da primeira tentativa de todos os pilotos de marcar uma volta em Monte Carlo. Pouco depois, mesmo não tendo feito um grande setor intermédio, Leclerc conseguiu 1.11,864, enquanto Lewis Hamilton se queixava do sobreaquecimento dos pneus intermédios.

Na parte final, quem ficou "com a fava" foram o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda, o Alfa Romeo de Valtteri Bottas, os Haas de Kevin Magnussen e Mick Schumacher e o McLaren de Daniel Ricciardo.

Chegados aos 15 minutos finais da Q3, a atenção estava bem grande. Todos com moles, os pilotos quando sairam, começaram a marcar os seus tempos, primeiro foi Charles Leclerc, que colocou um tempo de referência com 1.11,376, com Sainz Jr a 225 centésimos, Sergio Perez a 253 centésimos e Max Verstappen a 290 centésimos. Lando Norris tinha o quinto melhor tempo.


A última parte ficou marcada por alguma polémica, apesar de as posições já estarem mais ou menos definidas. Quando fazia o Portier, Sergio Perez perdeu o controlo da sua traseira e bateu, ainda levando com ele o Ferrari de Sainz Jr. Resultado final: caminho bloqueado e bandeiras vermelhas, acabando ali a qualificação, com Leclerc na pole, seguido de Carlos Sainz, Sergio Pérez e Max Verstappen.

Amanhã é dia de corrida, e o tempo não irá estar tão certo assim.

sexta-feira, 27 de maio de 2022

WRC: Loeb vai ao Safari


Depois de não ter concluído o Rali de Portugal, Sebastien Loeb irá voltar a andar no Ford Puma Rally1 em julho em terras africanas, mais concretamente no Rali Safari, vinte anos depois da última vez, quando correu num Citroen Xsara, acabando na quinta posição e triunfando em três especiais.  

Foi bom ver que fomos competitivos em Portugal com o Puma e é bom saber que o Puma é muito rápido e competitivo na terra. O Quénia é algo muito diferente de Portugal, não conheço a versão actual do rali, vi alguns vídeos dos troços que são muito diferentes, parecem ser rugosas com pedras muito grandes." começou por dizer.

"O Quénia é bastante surpreendente; penso que é o rali de onde tenho mais recordações! Nessa altura, o Quénia era muito diferente, o troço mais longo tinha 120 km e todos nós tínhamos um helicóptero sobre os nossos carros a anunciar toda a vida selvagem que nos aproximávamos na especial.", continuou.

"Agora é muito diferente e é mais como um rali típico da WRC, é mais fácil fazê-lo desta forma mas a diferença para mim em comparação com Portugal é que não tenho experiência destes troços. É sempre muito mais complicado quando se chega a um rali onde nunca se fizeram os troços antes, não vai ser fácil, mas estou realmente feliz por lá ir”, concluiu.

Richard Milener, o chefe de equipa, aforma estar entusiasmado com Loeb e a sua navegadora, Isabelle Galmiche, de regresso ás classificativas, esperando que acabe melhor do que aconteceu em Portugal. 

A equipa está entusiasmada por ter Seb e Isabelle de novo connosco, naquele que é um dos eventos mais emblemáticos da época. Esta é apenas a nossa segunda vez de regresso ao Quénia desde que o evento voltou a juntar-se ao WRC, e eu e a equipa estamos ansiosos por regressar com uma frota de quatro elementos da Ford Puma Hybrid Rally1. O Seb tem obviamente um historial fantástico em eventos de terra, e o seu desempenho no Rallye Monte Carlo e Portugal, enquanto durou, mostrou-nos do que tanto ele como este carro são capazes.", começou por dizer.

"Com o Safari Rally ainda uma adição bastante nova ao calendário de ralis, temos um ‘campo de jogo’ bastante equilibrado e pensamos que com Seb na equipa, podemos realmente mostrar a todos o que o Puma pode fazer. É sempre fantástico ter Seb connosco, a atmosfera que ele traz ao parque de assistência mas também a sua condução e motivação são inigualáveis, e algo que todos nós prosperamos”, concluiu.

Youtube Motorsport Film: Lady Driver

Confesso que nunca vi este filme - nem que havia um filme com este nome, apesar do óbvio. Mas hoje, o Josh Revell hoje apareceu com esta pelicula e fiquei curioso em saber do que se trata, apesar de coisas como "dirt tracks" não serem a minha praia. 

No final, fiquei com a ideia de, apesar de não ser algo digno de um Óscar, parece ser algo interessante, a procurar num qualquer Netflix da vida. E parece até ser melhor que o "Driven". Nisso, concordo com o Josh. 

quinta-feira, 26 de maio de 2022

A imagem do dia


Com as 500 Milhas de Indianápolis no fim de semana, umas das provas que sempre me fascinou, confesso, numa das conversas que tive com o pessoal num dos múltiplos grupos da Net, falamos de como teria sido fantástico se víssemos alguns dos melhores pilotos da CART do final dos anos 90 no "Brickyard" e provavelmente, alcançar boas posições e vitórias. E os dois melhores exemplos disso são Alex Zanardi e Greg Moore. Ambos foram bem velozes, tiveram carreiras curtas e infelizmente, maus finais. O canadiano teve o seu fim num acidente horrível na Noite das Bruxas de 1999, em Fontana, e dois anos depois, Zanardi ficou gravemente ferido na prova de Lausitz, perdendo ambas as pernas. 

Com gente como Nigel Mansell, Jacques Villeneuve e Juan Pablo Montoya a se darem bem no "Brickyard" - os dois últimos foram vencedores, Mansell foi terceiro na sua primeira passagem por lá - teria sido interessante ver mais gente veloz naquela pista, na mais importante corrida do ano. Mas Tony George decide estragar tudo ao criar numa série paralela à CART e os impede de correr por ali. É por isso que é criada a US 500, no Michigan, em 1996, com os pilotos da CART a organizá-la ao mesmo tempo que aconteciam as 500 Milhas. 

Ali, o melhor foi Jimmy Vasser, sobre os brasileiros Mauricio Gugelmin e Roberto Moreno, enquanto Moore e Zanardi não conseguiram grandes resultados - ambos abandonaram com problemas de motor - e em 1997, o italiano levou a melhor em Michigan, na sua rota pata o título. Em 1998, foi Moore a levar a melhor na US500, em Michigan, com Zanardi a ser o terceiro. Como eles deram esta pista como referência, poderíamos dizer que ambos tinham potencial de ter vencido no "Brickyard". Mas como sabem, só no ano 2000 é que eles decidiram regressar lá. 

E com estrondo: Juan Pablo Montoya triunfou no seu carro preparado pela Chip Ganassi, entre alcançar o título na CART e ir para a Formula 1. Mas por essa altura, Morre já estava morto e Zanardi tinha ido para a Williams, algo que foi um fracasso estrondoso, e no regresso à CART, não teve tempo para experimentar Indianápolis. 

Pensar nas suas carreiras e performances põe-me a questão de "o que poderiam ter feito". É que o potencial para triunfar, tinham. Eram velozes e destemidos. Apenas estiveram no lugar errado, no tempo errado, e é pena.  

Noticias: Ecclestone detido no Brasil por posse de arma proíbida


Contado, ninguém acredita, mas é real: aos 91 anos, Bernie Ecclestone foi detido no Brasil. O incidente aconteceu nesta quinta-feira em São Paulo quando embarcava para a Suíça num avião particular, segundo conta a agência Reuters.

A arma terá sido encontrada na bagagem de Ecclestone durante a verificação de segurança e o antigo líder da disciplina rainha do automobilismo admitiu que lhe pertencia. Segundo a mesma fonte, no entanto, Ecclestone não sabia que a pistola estava dentro da sua mala.

No final, ele teve de pagar uma caução de nove mil libras para ser libertado e poder viajar para a Suíça.

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Youtube Formula 1 Video: As comunicações de Barcelona

O GP de Espanha foi mais interessante que o normal - nos anos anteriores era considerado dos mais aborrecidos do campeonato - e numa corrida onde os Red Bull levaram a melhor e deram a Max Verstappen a liderança do campeonato, eis os momentos que o pessoal da Formula 1 escolheu para ilustrar o final de semana espanhol.

As dificuldades de Carlos Sainz Jr.


Carlos Sainz Jr não tem tido uma temporada fácil. Depois de dois pódios nas primeiras corridas, as desistências em Melbourne e Imola, este último por causa de um acidente com o McLaren de Daniel Ricciardo, e o quarto posto em Barcelona, atrás dos Red Bull e do Mercedes de George Russell, ele está agora na quarta posição, com metade dos pontos do atual líder, Max Verstappen.

Apesar das criticas e de terem começado a aparecer as dúvidas sobre a sua capacidade de condução, o piloto espanhol afirma que está a aprender com seus erros enquanto luta para se adaptar ao Ferrari deste ano. "Isto é um novo desafio na minha carreira na Fórmula 1 e eu estou a ser obrigado a pensar fora da caixa, sair da caixa. Com estes tipos de erros, trata-se de aprender coisas que tenho de aprender, focar-me para tentar encontrar soluções e tentar dar a volta o mais rápido possível.", começou por afirmar.

O incidente na mais recente corrida, em Barcelona, onde acabou por fazer excursão por fora da pista, foi a mais recente de uma série de erros durante a sua temporada de 2022. "Houve uma combinação de infortúnios e erros do meu lado, o que também conta. Mas acho que no futuro ou vou dar a volta de uma vez ou vou virar pouco a pouco e só preciso manter o foco", sublinhou o piloto espanhol.

"Penso que é percetível pelas camaras e de todos os lados que eu ainda não estou lá com o carro em comparação com o ano passado. Não estou a pilotar naturalmente, o carro é um pouco pontudo demais para o meu gosto. Mas é o que é. Mas ou adaptamo-nos ou podemos a adaptar o carro mais ao nosso gosto. Essas duas coisas levam tempo e levam conhecimento e experiência, exigem erros, é preciso passar pelo processo por tentativa e erro. É neste processo que estou agora e é isso que vou tentar corrigir o mais rápido possível", continuou.

O forte início de temporada do monegasco Charles Leclerc está a impressionar impressionou Sainz, que disse que ele está a "pilotar a um nível muito alto. Ele está a realizar grandes tempos, muito impressionantes nas voltas, mantendo-se agressivo com a sua maneira de pilotar e eu só posso admirar e, de certa forma, copiar e noutros casos tentar colocar o carro um pouco mais ao meu gosto para ser mais rápido e é isso. Às vezes, é assim e, como piloto, só precisamos passar pelo processo e de nos desafiarmos", concluiu.

Mattia Binotto, o diretor-desportivo da Scuderia, fala que a diferença de desempenho de ambos pode estar nas afinações que cada um dos seus pilotos usa no seu monolugar, que são distintas. "O Charles está realmente a pilotar muito bem e a fazer uma temporada fantástica até agora", começou por dizer Binotto à Sky Sports. "Ele é capaz de lidar com uma afinação muito agressiva que talvez o Carlos, no momento, não possa adotar. Acho que o Carlos precisa de um pouco mais de experiência."

A Formula 1 prossegue neste final de semana nas ruas do Mónaco. 

terça-feira, 24 de maio de 2022

Youtube Motorsport Video: Juri Vips, o potencial piloto da Red Bull

O programa de talentos da Red Bull, que tanto mostra grandes pilotos como os mói ao ponto de destruir as suas carreiras, procura um bom piloto para alimentar a Red Bull e a Alpha Tauri, e aparentemente, há dois interessantes no caminho: o neozelandês Liam Lawson e o estónio Juri Vips. Mas apesar do Josh Revell ter feito lobby para que um dos seus lá chegue, ele acha que o melhor é o piloto que veio do frio e que tem mais talento nos ralis do que nas pistas. Um pouco como a Finlândia.  

Enfim, vejam o video e entendam lá as suas razões. 

segunda-feira, 23 de maio de 2022

A imagem do dia


Em Indianápolis, aqueles carros sabem voar. E não digo isto porque foi Scott Dixon, de 41 anos, e vindo da Terra da Grande Nuvem Branca, e herdeiro da velocidade de gente como Bruce McLaren, Denny Hulme e Chris Amon, andou a 234.046 mph (para nós, terrestres, são 376.660 km/hora) de média nas quatro voltas que tinha de dar para marcar um lugar na grelha de partida dos 33 carros que alinharão nas 500 Milhas de Indianápolis, que acontecerão dentro de uma semana.

Aquilo que Dixon conseguiu foi "apenas"... a pole mais veloz de sempre no circuito de Indianápolis. Em 111 anos de história. Num dos carros da Chip Ganassi, ele conseguiu a melhor posição pela quinta vez na sua carreira, a segunda consecutiva. Seis vezes campeão da IndyCar, a última das quais em 2020, curiosamente, ele só ganhou uma vez, em 2008, depois de ter feito a pole-position. 

Da maneira como aqueles carros se deram podem considerar-se como um dos favoritos à vitória. Mas quem conhece aquela corrida, sabe perfeitamente que isso pouco ou nada significa. Só quem cruza a meta no final da volta 200 no primeiro lugar é o vencedor. 

Parece ser óbvio, mas isso significa muita luta, muito pneu queimado, gasolina evaporada e por vezes, batidas no muro. Mas esse é o fascínio do "Brickyard".

Youtube Formula 1 Classic: As voltas finais do GP do Mónaco de 1982

Há 40 anos, Riccardo Patrese triunfou no GP do Mónaco, mas não sem sobreviver às voltas finais de uma corrida cujo final foi caótico... no mínimo. Desde despistes - tinha começado a chuviscar - até carros a ficarem sem gasolina, como por exemplo, o Alfa Romeo de Andrea de Cesaris, houve um pouco de tudo. E o vencedor foi tão imprevisível que até Elio de Angelis, que foi quinto classificado, foi chamado ao pódio... porque ele poderia ter sido o vencedor da corrida!

E como estamos a ver os comentários da BBC, as bocas que o James Hunt mandou quando assistia a tudo aquilo na sua frente, também são absolutamente impagáveis. 

Noticias: Mau tempo a caminho do Mónaco


A menos de uma semana do GP do Mónaco, poderemos ter a primeira corrida chuvosa desde 2018. Segundo as previsões meteorológicas de hoje, haverá céu nublado durante o final de semana, com aguaceiros no sábado e chuva - tempestade - no domingo, com temperaturas a rondar os 23 graus.

Se na quinta e sexta-feira, o tempo estará estável, com nuvens dispersas, já sábado, o dia da qualificação, será complicado. Haverá possibilidade de aguaceiros, logo, a qualificação poderá não ser perturbada, mas no dia da corrida, não há muitas chances de uma corrida seca, pois as possibilidades de chuva estão, neste momento, nos 65 por cento, diminuindo à medida que a tarde avança.

O GP do Mónaco vai ser a sétima prova do campeonato e neste momento, Max Verstappen lidera a competição com 110 pontos, mais seis que Charles Leclerc, o monegasco da Ferrari. 

Youtube Formula 1 Video: O que foi preciso para correr em Vegas?

Como é sabido, 41 anos depois da última vez, a Formula 1 regressa aos Estados Unidos. Dizendo melhor... a Las Vegas. Como agora há um prédio no lugar original do Grande Prémio, o parque de estacionamento do Ceasar's Palace, agora terá de ser montado outro circuito na Strip, a rua onde estão todos os casinos.

Mas o pessoal do Donut Media faz a pergunta: porque é que a Formula 1 insiste em fazer circuitos de rua e não correr em pistas construídas para o efeito? E porque é que em 1981 e 82, quando eles estiveram lá e decidiram campeonatos, ambas as provas foram consideradas das piores de sempre? É sobre isso que o Nolan Sykes fala neste mais recente video.

domingo, 22 de maio de 2022

WRC 2022 - Rali de Portugal (Final)


Kalle Rovanpera consolida a sua liderança com a sua terceira vitória consecutiva, primeira em terras portuguesas, batendo o carro de Elfyn Evans. E Dani Sordo impediu "in extremis" - ou seja, na Power Stage de Fafe - que o pódio fosse totalmente dominado pela Toyota, conseguindo tirar o terceiro lugar da boca da Katsuta Takamoto, no terceiro Toyota. 

“Neste momento parece que estamos a guiar muito bem”, referiu Rovanperä, com a naturalidade que lhe é habitual. “Começar a abrir a estrada, aqui, e mesmo assim conseguir lutar pela vitória, foi muito bom. Um grande obrigado ao Jonne [Halttunen, seu navegador] e também à equipa – tivemos condições muito duras no terreno e o nosso carro foi sempre perfeito. Podemos todos estar muito felizes”, apontou.

Com cinco especiais antes de completar a prova nesta manhã, com passagens duplas por Felgueiras e Fafe, a última dos quais em Power Stage, e a passagem única por Montim, o dia começou com Rovanpera a abrir, ganhando 2,7 segundos sobre Evans e 4,9 sobre Tanak. Sordo era sexto, a 6,7 mas mais importante, tinha Takamoto à vista, pois tinha recuperado cinco segundos ao japonês. 

Tanak depois ganhou em Montim, mas foi Rovanpera, 0,5 segundos atrás do estónio, que levou a melhor, pois ficou na frente de Evans, e afastou-se pela margem mínima, já que neste momento, estavam a 8,5 segundos um do outro. O estónio voltou a triunfar em Fafe, na primeira passagem pela mítica especial, com Evans a ficar em terceiro, a 3,6, e a ganhar algum tempo a Rovanpera, que tinha sido sétimo, a 5,5. Sordo, quarto na especial, estava agora a menos de um segundo de Takamoto.

"Não foi fácil - estava ficando cada vez mais nebuloso e chovendo um pouco mais, mas é assim. Vamos ver na segunda passagem. Em nossa posição, não é tão confortável ir a fundo, mas vamos tentar ser rápidos e inteligentes.", disse o finlandês.

Rovanpera triunfou na segunda passagem por Felgueiras, aplicando mais 2,4 segundos sobre Evans, ficando mais confortável na prova, enquanto Takamoto, sexto na especial, tentava afastar-se de Sordo, conseguindo mais dois segundos. Mas seria suficiente?

Não foi. Se Kalle Rovanpera foi o melhor em Fafe, já Sordo aplicou-se e conseguiu o segundo melhor tempo, 2,1 segundos atrás do finlandês, enquanto Evans foi quinto, a 5,1 e Takamoto a 6,2. Suficiente para o espanhol conseguir o seu primeiro pódio do ano, à custa do japonês, já que a diferença entre ambos ficou-se pelos 2,1 segundos. 

"Dei o meu melhor. Não sei o que vai acontecer. Taka merece e nós também merecemos. Não fomos tão rápidos nas etapas durante todo o fim de semana, então terminar em terceiro seria bom, mas quero ser rápido para todo o fim de semana." disse Sordo no final da especial.

Depois dos quatro primeiros, o belga Thierry Neuville foi o quinto, a 2.37,8, distante do sexto, Ott Tanak, a 4.45,7. Pierre-Louis Loubet foi o sétimo, e o melhor dos Ford, a 5.52,1, na frente de Craig Breen, a 7.03,4. E a fechar o "top ten" ficaram od franceses Adrien Formaux, no seu Ford Puma Rally1, a 8.09,6, e o Citroen de Yohan Rossell, a 13.48,9.

O WRC continua na Sardenha, entre os dias 2 e 5 de junho, dentro de duas semanas.

Formula 1 2022 - Ronda 6, Barcelona (Corrida)


Demorou duas semanas para que a Formula 1 regressasse à Europa, depois da passagem por Miami, e ainda por cima, algumas equipas fizeram modificações nos seus carros para poderem ser melhores e baterem a concorrência. Foi assim que a Mercedes fez algumas modificações para tentar salvar o W13, por exemplo. Mas visto pela qualificação, a Ferrari levou a melhor, mas a Red Bull espreitava-os. Aliás, Max Verstappen só não foi para a frente porque o seu SRS não funcionou como devia ser na altura decisiva, e deu a quinta pole a Charles Leclerc nesta temporada.    

Debaixo de um tempo escaldante - 34ºC em Montmeló - as equipas e os pilotos se preparavam para a prova, com a expectativa de poder haver três equipas competitivas, com chances de vitória, graças ao aumento de competitividade do W13 da Mercedes. Na McLaren, Lando Norris lutava contra a sua rinite alérgica, e parecia que a sua saúde estava a levar a pior para ele.


Na partida, tudo normal. Leclerc manteve o comando sobre os Red Bull e o Mercedes de George Russell, mas mais atrás, Lewis Hamilton tentava defender a sua posição de forma algo musculada com o Haas de Kevin Magnussen, acabando este na gravilha, e com o dinamarquês a reclamar da sua atitude, enquanto Hamilton caía para último. Contudo, as imagens falam que aquilo foi um mero incidente de corrida e ambos prosseguiram.

Hamilton pensava que a prova tinha ido de vez e chegou a planear o abandono, mas lá continuou.

Na volta 7, Carlos Sainz sai de pista e acaba na gravilha, e na volta seguinte, foi a vez de Max também cometer o mesmo erro, segundo a Red Bull "devido a uma rajada de vento". Uma coisa é certa, este GP de Espanha não está a ser aborrecida! Max regressou à pista, perdendo lugares para Russell e Perez, não perdendo muito tempo. Contudo, a seguir, o DRS começou a falhar e começou a ver George Russell a afastar-se dele. 

E na frente, Leclerc lá estáva, imperturbável. 

Com as trocas de pneus, sem grandes alterações no comando, as atenções estavam viradas para o duelo entre Max e Russell pelo - agora - segundo posto. Com o neerlandês a queixar-se o DRS que não funcionava, lá foi tentar conquistar o lugar na marra. E entretanto, só na volta 23 é que Charles Leclerc parou nas boxes, trocando para macios. 

Pouco depois, Max recebeu um aviso da Red Bull: Sergio Perez é mais rápido que ele, e o neerlandês recusa. Ele que passe por cima, quase quer dizer. Mas quase ao mesmo tempo, novo drama: o motor de Leclerc pifa! O monegasco encosta à berma e a sua corrida termina ali. Agora é que o campeonato começa a aquecer. Com o líder, agora o Mercedes de George Russell. Tudo isto antes da volta 30. Mas foi de pouca dura. Sergio Perez lá apanhou Russell e o passou, ficando com a liderança para a Red Bull. Agora, era ver se Max também o conseguia passar e fazer a dobradinha mais improvável dos energéticos em muito tempo.

A partir da volta 35, começou a segunda ronda de paragens nas boxes, com muita gente a colocar médios, alguns para irem até ao fim da prova. Russell, por exemplo, foi às boxes na 36ª passagem pela meta, deixando o segundo lugar para Verstappen, mas com ele seis segundos atrás de Perez, que estava a começar a ficar confortável com a liderança. O mexicano foi às boxes na volta 38, dando a liderança ao seu companheiro de equipa, que lá ficou até fazer a sua paragem final, na volta 45, para colocar médios. E foi assim, nas boxes, que o neerlandês ficou com o segundo posto, que era de Russell.

Perez lá liderava, mas na volta 49, chegaram ordens das boxes afirmando que o carro de Max era mais veloz, e pedindo que ele o deixasse passar, em nome do campeonato. O mexicano reclamou, mas acedeu, e Verstappen lá ficou com a liderança, porque a dobradinha era mais importante, e Max é o piloto numero um. 

Atrás, Russell era terceiro depois de ver Bottas parando nas boxes para uma última troca de pneus. O finlandês da Alfa-Sauber parecia que ia a caminho de um bom resultado, a dez voltas do fim, mas no final, o carro ascendente de Lewis Hamilton, sobretudo o do britânico, fizeram com que galgasse os carros de Bottas, primeiro, de de Sainz, depois, para ser quarto a poucas voltas do final. Nada mau para quem teve uma péssima largada e passou em último no final da primeira volta...

E até ao fim, nada de relevante. Max cruzou a meta em primeiro, numa dobradinha da Red Bull, e o neerlandês é o novo líder do campeonato, seis pontos na frente de Charles Leclerc. George Russell foi o terceiro, na frente de Lewis Hamilton, Carlos Sainz Jr e Valtteri Bottas. A grande lição deste GP de Espanha é que uns erros são mais danosos que outros, e o azar de uns beneficiam - largamente - os outros.


Agora, toca a arrumar as coisas, porque Mónaco é na semana que vêm.