sábado, 11 de setembro de 2021

Formula 1 2021 - Ronda 14, Monza (Corrida Sprint)


A segunda corrida Sprint em Monza... mão se pode dizer que tenha sido um longo bocejo. Pelo menos, no momento da partida, onde Lewis Hamilton se atrapalhou e acabou no quinto posto, atrás do vencedor, Valtteri Bottas, e sobretudo, de Max Verstappen, segundo classificado... e o poleman, por causa da penalização do finlandês por ter trocado de motor.

E tirando o Safety Car nos primeiros metros, devido ao acidente de Pierre Gasly numa das Lesmos, na primeira volta, o resto não foi grande coisa. Bottas e Max Verstappen afastaram-se dos McLaren, e fizeram uma corrida à parte, enquanto Ricciardo ficou na frente de Lando Norris, acabando em terceiro e conseguindo um lugar na primeira fila para amanhã, porque, como é sabido, amanhã, Bottas larga do fundo da grelha porque mudou de motor.

No final da experiência, muitos contestaram a razão pelo qual perderam mais de meia hora das suas tardes a ver uma corrida numa das clássicas do automobilismo, pensando a utilidade dela. E aos que não viram esta corrida, provavelmente, poderão fizer que a tarde fora de cada foi bem passada.

Mas também temos de ser honestos: hoje vimos uma rara derrota de Hamilton, e mesmo sem Bottas pela frente e um Verstappen que poderá estar ao seu alcance, os McLaren poderão ser um obstáculo pelo caminho. 

Amanhã deverá haver mais. Mas lá, se Hamilton quer ser alguém, tem de se superar.

WRC 2021 - Rali da Acrópole (Dia 1)


Kalle Rovanpera esta na frente do Rali da Acropole, completas que estão as seis primeiras classificativas do dia no rali grego. O piloto finlandês da Toyota está em duelo aberto com Sebastien Ogier, seu companheiro de equipa, e Ott Tanak, no seu Hyundai. A diferença para com o piloto estónio está em 3,7 segundos, 0,2 adiante de Ogier. 

No regresso à categoria principal, do qual esteve presente pela última vez em 2014, o Rali grego estava presente e também os seus duros pisos, dos quais poucos são os carros que chegam ao fim em bom estado. Depois da classificativa inicial, em Atenas, onde Sebastien Ogier levou a melhor sobre Elfyn Evans por 0,6 segundos e 0,8 sobre Kalle Rovanpera, o dia começou com duas passagens sobre Aghii Teodori, e sobre Loutraki, Thiva e Elatia.

Na segunda especial, Tanak atacou a triunfou sobre Ogier por 0,2 segundos, com o galês em terceiro a 1,3. Ogier era o líder, a 0,8 segundos de Tanak. Chegados a Loutraki, para a terceira especial, Kallr Roanpera levava a melhor sobre Dani Sordo, com 2.1 segundos de diferença entre ambos. Tanak era terceiro, a 5,3, Ogier o quarto, a 7,4, enquanto Evans atrasava-se quatro minutos devido a problemas na sua caixa de velocidades. 

Rovanpera triunfava de novo na segunda passagem por Agii Theodori, 0,8 segundos mais rápido que Ott Tanak, enquanto Thierry Neuville tinha problemas com a direção assistida, atrasando-se também em quatro minutos. "É uma grande confusão. Temos muitos problemas técnicos a resolver esta manhã, e agora a direção assistida também. Um dia para esquecer. Continuamos a lutar - temos mais duas etapas pela frente hoje e não vamos desistir.", comentou o belga no final da especial. 

Ogier ganhou em Thiva, 2,3 segundos na frente de Neuville, 4,5 sobre Sordo e 4,7 sobre Rovanpera. Isso fez com que o francês subisse para segundo, a 2,8 do finlandês. Mas no final, foi Neuville que venceu em Elatia, 1,3 segundos sobre Tanak, numa especial marcada pela saída de estrada de Pierre Loubet.

"Tivemos um dia péssimo. Nada estava funcionar - muitos problemas [por resolver]. Estou muito orgulhoso do trabalho que fiz para consertar o carro e colocá-lo de novo em funcionamento. Acho que recebi uma bandeira vermelha do delegado antes que Loubet fosse embora fora. Foi difícil ver com muitos espectadores ao redor. Paramos para verificar se eles estavam bem e devem estar a chegar em breve.", disse Neuville.

Depois dos três primeiros, Dani Sordo era o quarto, a 23,9 segundos, na frente de Adrien Formaux, a 54,2, e de Gus Greensmith, sexto a 1.23,3. O boliviano Marcio Bulcacia Wilkinson é o sétimo e o melhor dos WRC2, a 2.40,9, não muito longe de Andreas Mikkelsen, a 2.46,2. Chris Ingram é o nono, a 2.52,7, na frente de Kajean Kajetanowicz, a 3.03,1

Este sábado cumpre-se a segunda etapa, mais seis classificativas nas difíceis estradas gregas. 

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Formula 1 2021 - Ronda 14, Monza (Qualificação)


Nesta correria de entre corridas, estas três de seguida nos colocaram na rota dos clássicos europeus. Spa pode ter sido um fracasso, culpa do boletim meteorológico, a corrida seguinte, em paragens neerlandesas, compensou, com as bancadas cheias e o Super Max a triunfar sem dificuldades. Assim sendo, rumamos a Monza, em Itália, com muita coisa resolvida em termos de pilotos em 2022 - Valtteri Bottas na Alfa Romeo, George Russell no seu lugar, Alex Albon na Williams, ficando com o lugar do britânico numa equipa em ascensão e do qual alguns acreditam que estará melhor na próxima temporada. Ficaremos à espera.

Mas Monza também é o lugar onde a Formula 1 decidiu que seria o local da segunda corrida sprint, e para isso acontecer, a qualificação tinha de ser na sexta-feira à tarde. Para mim, é algo estranho, porque esta mudança também nos faz mudar os nossos hábitos de visão. Agora, os sábados à tarde irão ser ocupados com essa corrida extra. Não sei se a ideia é preencher o fim de semana só com corridas, mas de uma certa maneira, parece estar a resultar. 


A Q1 começou pelas seis da tarde, um horário algo estranho para uma sexta-feira de setembro, mas lá iam os pilotos, velozmente, a tentar marcar um tempo, especialmente os Mercedes, que descobriram ser mais velozes por aqui que o carro do Max. Mas o mais importante parecia ser os problemas de motor que Charles Lecerc passava nesta tarde. Foi às boxes, regressou, tentou fazer um tempo que o colocasse na Q2, e lá conseguiu. Em contraste, Max andava furioso com o tráfego. Os pilotos tinham pressa... incluindo Lattifi, que quase atropelou um coelho na Cura Grande.

No final da Q1, no meio da nuvem do tráfego, os excluídos eram "os do costume". Haas, o Alfa Romeo de Kubica, o Williams de Nicholas Lattifi e o Alpha Tauri e Yuki Tsunoda, apenas porque a sua volta mais rápida foi anulada devido a ele ter excedido os limites da pista. Se não fosse, o excluído teria sido... George Russell. E no topo dos tempos, claro, os Mercedes. Este iria ser o seu fim de semana.

Na Q2, as coisas andavam um pouco estranhas. Ora era o deserto, ora todos acumulavam para o momento em que iriam dar as suas voltas, todos ao mesmo tempo! Depois, não se queixem do trânsito e das chamadas para o regresso das voltas cronometradas. Todos de moles, lá iam colocar uns tempos, se deixarem, porque... eles iam na traseira uns dos outros. Espertos!

No final, eis os que ficaram de fora: os Aston Martin, os Alpine e o Williams de George Russell. De uma certa maneira, era esperado. Mas não ver de novo o Antonio Giovinazzi na Q3, seis dias depois de Zandvoort.


Para a Q3, já se sabia do anuncio que Valtteri Bottas tinha trocado de unidade de potência - leia-se, motor - e iria ser penalizado por isso. Alguns carros iam para a pista agarrados uns aos outros, para "rebocarem" e tentarem uma boa volta. E quem aproveitou bem isso foi... Max, que ficou a 17 milésimos de Hamilton, e ameaçava ficar com a pole. O britânico tinha 1.19,949, contra o 1.19,966 do neerlandês da Red Bull. Mas Norris andou também perto, com 1.20,014, logo, parecia que sta luta pela pole iria ser mais renhida que julgavam.

No final, foi assim: Perez foi para a frente ser "a lebre", tentando puxar por Max, mas foi Bottas que surpreendeu, fazendo 1.19,555 e indo para o topo da tabela de tempos, e lá ficando, sendo o primeiro para a corrida sprint, na frente de Hamilton, Max, os McLaren de Norris e Daniel Riccardo, o Alpha Tauri de Pierre Gasly, todos na frente de Carlos Sain Jr e Charles Leclerc, os carros da Ferrari, sétimo e oitavo.


Agora que a qualificação de sexta-feira à tarde acabou, resta saber o que será amanhã esta corrida sprint numa pista conhecida pela sua rapidez.      

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Os sarilhos no reino da Techeetah


A Techeetah tem sido uma das equipas dominadoras na Formula E, vencendo três títulos de pilotos e dois de construtores desde 2018 com pilotos como Jean-Eric Vergne e António Félix da Costa, numa aliança com a construtora DS, uma subsidiária da Citroen que foi feita para construir carros elétricos. Contudo, agora que acabou a temporada de 2021, surgiram noticias de que os parceiros chineses estão em sarilhos, com dívidas acumuladas e uma tentativa falhada de venda.  

A Techeetah pertence à SECA - China Media Capital, e esta está numa situação económica complicada, porque os sócios chineses querem vender, mas falharam a venda este verão a um empresário canadiano. E a revista Auto Hebdo, que dá esta noticia, afirma que, num extremo, a equipa poderia não correr em 2022 para se concentrar num novo investidor para poderem correr em 2023, com o Gen3. 

E a DS? Bom, ela afirma que esses problemas são deles e cabe a eles resolverem, porque são apenas um fornecedor. E é isso que Thomas Chevaucher, o Director da DS Performance, disse à publicação francesa.

"Esse problema não diz respeito diretamente à DS Automobiles, mas é claro que temos um sujet, eu diria até um desafio, em torno do financiamento da equipa. O nosso parceiro, a Techeetah, tem que resolver isso", começou por dizer. "Não nos cabe substituí-los financeiramente, mas queremos ajudá-los a encontrar novos parceiros, novos patrocinadores e porque não investidores. Não estamos num contexto em que a disciplina seja evitada. Muitas empresas estão a querer entrar. Tudo ainda é possível", continuou.

E quanto aos pilotos, Vergne e Felix da Costa?

"Independentemente dos contratos que nos vinculam a eles, através da Techeetah, todos têm o desejo primário que continuem juntos. O meu único objetivo, a curto prazo, é ajudar nosso parceiro a encontrar soluções, adiar os contadores a zero e lutar novamente pelo título. Certamente, temos um problema que precisa ser resolvido. Mas não temos nada a esconder e precisamos nos concentrar no desempenho, pois a situação está longe de ser desesperada", concluiu.

Youtube Motorsport Video: A situação da Formula 2, por Josh Revell

Hoje fomos todos agradavelmente surpreendidos por este video. Pode ser algo normal sobre o meio da temporada da Formula 2, mas o tipo que o narra é que é a surpresa: o neozelandês Josh Revell, dono do canal com o seu nome e que foi narrar um video que passa no canal oficial... da Formula 1. Ou seja, um palco bem maior. 

Claro, o teste é exigente, mas creio que ele passou com distinção. Vão lá ver... no canal da Formula 1 no Youtube, porque como sabem, se meter aqui, levam com o aviso do costume. 

Endurance: BMW escolhe Dallara para construir seu chassis LMDh


A BMW anunciou ontem que assinou com a Dallara um acordo para construir os seus chassis da LMDh a partir de 2023 para competir no Mundial de Endurance. Serão dois protótipos, construídos em colaboração com membros de ambas as marcas e o lançamento acontecerá em meados do próximo ano no circuito de Varano.

Com a Dallara, estamos encantados por termos encontrado um parceiro para o nosso projecto LMDh que partilha a nossa paixão, profissionalismo e enorme ambição no desporto automóvel e, tal como nós, está totalmente empenhado no objetivo de escrever uma nova história de sucesso na história da BMW M Motorsport em 2023”, disse Markus Flasch, CEO da BMW M.

A Dallara é talvez o fabricante de carros de corrida de maior sucesso no mundo e já desempenhou um papel fundamental em praticamente todas as séries de corridas de circuitos relevantes”, disse Leschiutta, o CEO da Dallara. “Para além do desejo de trabalhar connosco, vários outros critérios foram de grande importância quando tomámos a nossa decisão. A Dallara é uma empresa que cobre todos os requisitos. A sua experiência estende-se aos campos do fabrico de chassis, engenharia, desenvolvimento, testes em túnel de vento e simulações. Eles são muito fortes quando se trata de aerodinâmica, que será um fator chave no IMSA.” 

Sinto-me honrado por ter sido selecionado pela BMW M Motorsport e com grande entusiasmo estou ansioso por começar esta nova aventura”, disse Giampaolo Dallara, fundador da construtora com o seu apelido. “Em 1977, tive a oportunidade de trabalhar ao lado da BMW na concepção da M1 como consultor da Lamborghini. Foi uma grande experiência e muito foi aprendido. Espero repetir a mesma aventura nos LMDh. Acredito firmemente que vamos fazer grandes coisas juntos”, concluiu.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

WRC: Cancelado o Rali do Japão


O Rali do Japão, prova final do WRC 2021, foi cancelado pela organização. O anuncio foi feito ontem, e isso significa que todas as provas internacionais de automobilismo e motociclismo no país do Sol Nascente não se realizarão esta temporada.

No comunicado oficial, o comité organizador revelou que "considerando as características do WRC, que decorre em estradas publicas com a imperativa colaboração de todas as comunidades locais, e o facto de que no Japão os casos graves de Covid continuam a crescer diariamente e o alívio da situação ser imprevisível, juntos ficamos com apenas uma opção que, infelizmente, é cancelar a edição 2021 do Rali do Japão."

Com este anuncio, abre uma vaga no calendário e o candidato principal poderá ser de novo o Rali de Monza. 

Desde 2019 que se tenta o regresso do Rali do Japão. Se no primeiro ano, foi preterido a favor do rali da Córsega, nos dois últimos anos, foi o Covid-19 que forçou ao seu cancelamento. Inicialmente, estava previsto para agosto, mas depois foi para dezembro, e posteriormente, substituído pelo rali de Monza.  

Noticias: Kubica vai correr em Monza


Robert Kubica
continua a ser piloto da Sauber Alfa Romeo em Monza, depois de Kimi Raikkonen não ter conseguido um teste negativo à CoVid-19 a tempo desta corrida. O piloto polaco de 36 anos continua após ter sido chamado ao seu lugar no sábado passado em Zandvoort.

Raikkonen “ainda não foi autorizado para voltar às corridas”, confirmou a equipa no comunicado oficial. “De acordo com os requisitos das autoridades de saúde, ele ainda está isolado em casa. Robert, que teve um desempenho admirável na Holanda depois de entrar em ação em um curto espaço de tempo antes [do treino final], retornará ao carro ao lado de Antonio Giovinazzi.

Kubica fará seu primeiro teste no novo formato de evento Sprint Qualifying da Fórmula 1, que está sendo usado pela segunda vez neste fim de semana.

Em primeiro lugar, quero compartilhar meus melhores votos para Kimi”, disse ele. “Espero que ele se recupere totalmente e volte ao cockpit em breve.", continuou.

Estou ansioso por correr em Monza, uma pista incrível onde conquistei o meu primeiro pódio, em 2006. Ao contrário de Zandvoort, é uma pista que conheço bem e isso vai ajudar, sobretudo porque o formato do fim-de-semana de qualificação Sprint significa que estaremos uma sessão de prática curta. Estou feliz com o que fiz na Holanda e mal posso esperar para ajudar a equipe mais uma vez em Monza.

WRC: Katsuta Takamoto não vai à Acropole


A Toyota não vai ter Katsuta Takamoto no rali da Acropole por motivos particulares. Não dele, mas sim do seu atual navegador,  Keaton Williams, que tem indo a navegá-lo nestes últimos ralis, depois o seu primeiro co-piloto, Dan Barritt, ter ficado ausente da competição, devido a uma lesão sofrida nas costas em julho, no  Rally da Estónia, que sofreu no primeiro dia dessa prova.

Infelizmente, Takamoto Katsuta e Keaton Williams não vão iniciar o Rally de Acrópole depois de Keaton ter tido de regressar a casa devido a uma emergência familiar. Não foi possível trazer outro navegador nesta fase, pelo que foi tomada a decisão de não participar no rali”, afirmou a marca num curto comunicado.

Williams foi seu navegador no rali de Ypres, que não acabou bem para o piloto japonês, já que abandonou pela segunda vez consecutiva no campeonato. Nesta altura, Takamoto é sexto no campeonato, com 66 pontos e tem como melhor resultado um segundo lugar no rali do Quénia.

Noticias: Albon será piloto da Williams em 2022


Alexander Albon regressa à Formula 1 no próximo ano. O piloto anglo-tailandês de 25 anos, que está de fora da Red Bull em 2021, substituído por Sérgio Perez, e está a competir este ano no DTM, voltará aos monolugares na próxima temporada, no lugar agora ocupado por George Russell, que foi para a Mercedes.

Ambos os pilotos, que já tinham corrido juntos na Formula 2 em 2018, mostravam-se satisfeitos por ficarem a correr por pelo menos uma temporada, nos novos regulamentos da Formula 1, e esperam fazer crescer a equipa na grelha de partida e torná-la competitiva.  

"Eu não posso dizer como é bom afirmar [isto] ... vou entrar na @WilliamsRacing em 2022!! Os mais sinceros agradecimentos a Jost [Capito] e a todos na Williams por confiarem em mim esta oportunidade e, claro, a @redbullracing, especialmente a Christian [Horner] e ao Dr. [Helmut] Marko por tornarem isso possível." afirmou Albon na sua conta do Twitter.

Nicholas Latifi, que irá permanecer na equipa por mais uma temporada, deu as boas-vindas a Albon, também através da sua conta no Twitter:

"[Dou as] boas-vindas ao meu novo companheiro de equipa @WilliamsRacing, @alex_albon. Fomos os companheiros de equipa em 2018, quando [ambos] corremos para a DAMS na F2. Alex é uma ótima pessoa e se encaixa bem na equipa. Sempre saímos bem do caminho, mas o mais importante, sei que vamos puxar um ao outro [rumo] no caminho certo."

Jost Capito, o diretor desportivo da Williams, disse estar feliz com esta noa dupla de pilotos.

É fantástico poder confirmar o nosso alinhamento de pilotos para 2022 e estou encantado por receber o Alex na equipa, juntamente com a confirmação da nossa relação contínua com o Nicholas no próximo ano. Estamos muito entusiasmados com a nossa nova formação, com ambos os pilotos a trazerem uma grande mistura de juventude e experiência que não só será bom para a equipa, como também nos ajudará a dar o próximo passo nesta nossa viagem.", começou por afirmar.

Alex é um dos jovens talentos mais entusiasmantes dos desportos motorizados, mas vem com uma grande quantidade de experiência de Formula 1, do seu tempo na Red Bull. Os seus múltiplos pódios confirmam a sua velocidade como piloto, e sabemos que se sentirá imediatamente em casa com a equipa em Grove.", continuou.

"Entretanto, o Nicholas tem-nos impressionado consistentemente ao longo dos últimos três anos com o seu trabalho árduo, diligência, e atitude positiva. Ele continuou a desenvolver-se ao longo do seu tempo na Williams e tornou-se um piloto de Formula 1 impressionante, como se pode ver pelos seus pontos esta temporada. Estamos agora ansiosos por continuar a desenvolver a nossa dinâmica positiva como equipa e terminar esta temporada tão fortemente quanto possível, antes de virarmos as nossas atenções para 2022″, concluiu.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

A imagem do dia


Nesta foto, estamos no inverno de 2009, e Lewis Hamilton está a comemorar o seu primeiro título mundial, conquistado na última curva da última volta da última corrida do ano, em Interlagos. O (então) piloto da McLaren está a falar com os fãs num kartódromo, com alguns a pedirem-lhe autógrafos. Atrás dele, com dois livros na mão, está um entusiasta de 12 anos chamado George Russell. Gosta - e faz karting - e ficaria feliz da vida se ele assinar esses livros. E claro, à noite, deve ter sonhado que um dia, estaria onde ele está agora, coberto de glória e adoração. 

Estamos agora no final do verão de 2021. Nesses doze anos, Hamilton conseguiu mais seis títulos mundiais, todos pela Mercedes, e é tratado por "sir". George Russell mostrou todos os seus predicados, e nesse tempo, passou para os monolugares, subiu na hierarquia, e desde 2019, é piloto de Formula 1 de pleno direito, pela Williams, conseguindo impressionar com uma máquina que é uma das piores do pelotão. E no ano passado, quando o seu ídolo ficou doente com CoVid-19, sentou no lugar dele e quase venceu a corrida, se não fosse uma série de erros o ter levado para o oitavo lugar final. A fotografia dele, deitado no solo de Shakir, espelhava a sua frustração por ter mostrado que tinha estofo para vencer, ultrapassara Valtteri Bottas uma e outra vez, sem qualquer vergonha e respeito pela hierarquia, querendo mostrar ao mundo que tinha estofo de campeão, correu mundo.

Este ano, o seu carro mostrou por fim que é mais competitivo que no ano anterior. O Williams FW43B tinha por fim conseguido pontuar, especialmente nas circunstâncias chuvosas da Hungria e da Bélgica. Competitivo, a Mercedes achou por bem que já tinha a maturidade suficiente para correr ao lado do seu ídolo, do campeão que ira na sua infância naquela tarde já distante. 

Quando correr ao lado dele, Hamilton terá 37 anos. Muitos poderão dizer que ele já está na sua fase descendente, mas não creio. Ainda tem tudo para vencer, numa máquina triunfadora. Não tritura os adversários, e não sabemos se a marca terá um carro competitivo em 2022. E muitos, a começar pelos detratores do britânico, afirmam que ele terá, por fim, um piloto competitivo, que o fará suar, como fizera Nico Rosberg entre 2013 e 2016. E para esses, aí é que veremos o verdadeiro Hamilton, sem um companheiro de equipa que se parecesse um súbdito. E claro, ver se o aluno supera o mestre.

Mas também, há outra coisa: que carro a Mercedes dará aos seus pilotos na próxima temporada?    

Youtube Formula 1 Video: A chegada de Russell à Mercedes

Valtteri Bottas na Alfa, George Russell na Mercedes. É este o panorama para 2022. Poderá ser algo novo, é verdade, e como os novos regulamentos, no ano que vêm navegaremos em águas desconhecidas. E então, para comemorar isso - ou para mostrar ao mundo que ainda existe - o Josh Revell fez este video sobre o atual mercado de transferências e o que isso poderá dar. 

Formula 1: Kubica não vê Monza em visão favorável


Robert Kubica teve de substituir Kimi Raikkonen de urgência em Zandvoort, porque o finlandês foi contagiado com CoVid-19, e apesar de ter tido um desempenho meritório na pista neerlandesa, apesar do pouco tempo que teve para se adaptar ao carro, afirmou que espera estar melhor em Monza, apesar do formato da corrida Sprint não lhe ser muito favorável.

Eu não estava de todo pronto para Zandvoort, por isso estarei melhor preparado para Monza”, começou por dizer o piloto de 36 anos. “No entanto, há um formato diferente de fim-de-semana em Monza com a qualificação na sexta-feira, e gostava de passar o máximo de tempo possível ao volante antes da qualificação”, continuou.

Sei quais são os meus problemas [em Zandvoort], mas a equipa e eu nunca trabalhámos para os resolver. Sou o piloto de reserva, e a principal prioridade da equipa são os pilotos titulares”, disse ele. “Também não estou a tentar resolvê-los, porque somos uma equipa pequena e acredito que todos os recursos devem ser canalizados para os pilotos principais, a fim de otimizar a sua velocidade."

Se eu pilotar em Monza, terei apenas uma hora de treino. Não vai ser fácil, mas em Zandvoort demonstrei que penso na minha abordagem. Na minha situação, é melhor perder alguns décimos do que tentar alcançar algo impossível. Não há milagres na Fórmula 1. É simplesmente impossível chegar ao volante e mostrar logo a sua velocidade.”, concluiu.

Noticias: George Russell na Mercedes


O britânico George Russell foi esta manhã confirmado na Mercedes para 2022. O piloto de 23 anos correrá no lugar de Valtteri Bottas, depois de duas temporadas pela Williams, onde fez muito boas corridas, especialmente nesta temporada, e alcançou um pódio no controverso GP de Bélgica, em Spa-Francochamps. O contrato foi assinado por árias temporadas, na ideia de ser o sucessor de Lewis Hamilton quando este se retirar de cena.

Nas redes sociais, Russell assinalou a sua entrada na equipa, no qual já tinha guiado no GP de Shakir, em substituição de Hamilton, doente na altura com CoVid-19.

É um dia especial para mim, pessoal e profissionalmente, mas também um dia de emoções mistas. Estou entusiasmado por me juntar à Mercedes no próximo ano, o que é um enorme passo na carreira, mas também significa que me vou despedir dos meus companheiros de equipa e amigos na Williams. Foi uma honra trabalhar ao lado de cada membro da equipa, e uma honra representar o nome Williams na Formula 1.", começou por dizer numa mensagem deixada no Twitter. 

"Desde que entrei em 2019, temos trabalhado incansavelmente para trazer a equipa de volta onde ela pertence. Temos lutado por cada qualificação, cada ponto, e cada décimo de segundo. Por muito duro que tenha sido, nunca ninguém desistiu, e isso tem-me inspirado todos os dias. Adorei cada momento no que descreveria como uma verdadeira equipa de corrida de coração e alma, e vou esforçar-me mais do que nunca para garantir que terminamos a nossa história da melhor maneira possível.”, continuou.

Olhando em frente para a próxima época, estaria a mentir se dissesse que não estou muito entusiasmado. É uma enorme oportunidade que quero agarrar com ambas as mãos. Mas não tenho ilusões quanto à escala do desafio; vai ser uma aprendizagem constante. Valtteri colocou a fasquia alta, dando vitórias, pole-positions e ajudando a ganhar vários títulos de campeão. O meu objectivo deve ser recompensar a confiança que o Toto, a equipa e a direção depositaram em mim, assegurando que eu desempenhe o meu papel na continuação desse sucesso e quero fazer com que os meus novos companheiros de equipa se sintam orgulhosos." 

"Claro que um desses novos companheiros de equipa é, na minha opinião, o maior piloto de todos os tempos. Tenho olhado para Lewis desde os karts e a oportunidade de aprender com alguém que se tornou um modelo a seguir tanto na pista como fora dela só me pode beneficiar como piloto, profissional e ser humano. Por agora, no entanto, tenho mais nove corridas como piloto Williams, e quero ter a certeza de que são as melhores nove do meu tempo com a equipa. Então, e só então, poderei voltar a minha atenção para 2022. Um enorme obrigado à Williams, à Mercedes e a todos os que me apoiaram para chegar onde estou hoje. Não o poderia ter feito sem cada um de vós”, concluiu.

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

A imagem do dia


Jean Paul Belmondo, em 1987, entre os pilotos Michel Trollé e Paul Belmondo, seu filho mais novo, numa prova da Formula 3000. Parece ser um peixe fora da água falar aqui sobre Jean-Paul Belmondo, morto hoje aos 88 anos de idade na sua casa de Paris. Mas este ator, que esteve em mais de 80 filmes na sua carreira, em quase 60 anos, um dos "enfant terribles" de gente como Jean-Luc Goddard, antes de, nos anos 70, ter passado para o cinema comercial, fazendo filmes de ação e comédias. 

Mas a razão porque se traz aqui Jean-Paul Belmondo tem a ver com a sua descendência. Ele era filho de um escultor, Paul Belmondo, de origem italiana, mas um dos seus quatro descendentes acabou por ser piloto de automóveis, e isso incluiu passagens pela Formula 1, na March, em 1992, e pela Pacific, em 1994, e na Endurance, onde fez dez participações nas 24 Horas de Le Mans.

Paul ficou com o nome do avô e era o filho mais novo do casamento do seu pai com Elodie Constantin, e começou a correr em 1981, no karting, antes de vencer o Volant Elf, em Le Castelet, no ano seguinte, e ir quatro anos na Formula 3 local, para depois chegar à Formula 3000 em 1987, lá ficando até 1991, sem grande sucesso.

Mas nisso, o pai sempre ajudou e o acompanhou, especialmente quando alcançou a categoria máxima do automobilismo. Angariou dinheiro para o lugar na March, que na altura estava nas últimas, depois da Leyton House ter ficado em sarilhos com a prisão do seu proprietário, Akira Akagi, e depois, a fraude fiscal que foi descoberta, que a levou para a falência. Com os lugares em leilão, Belmondo arranjou dinheiro para parte da temporada, correndo ao lado de Karl Wendlinger. Das onze participações, só se qualificou para cinco, e o seu melhor resultado foi um nono posto na Hungria, sem pontuar. Depois, o dinheiro acabou e o lugar foi ocupado por Emmanuele Naspetti. Em 1994, voltou, para a Pacific, ao lado de Bertrand Gachot, fez a temporada completa, mas apenas se qualificou para as corridas do Mónaco e da Espanha.

Depois disso, a Endurance e o Dakar fizeram prolongar a sua carreira, conseguindo até montar a sua própria equipa, a Paul Belmondo Racing, correndo até no Mundial de GT até ao fecho da competição, em 2007. Hoje em dia, escreve no jornal L'Equipe sobre o WEC, o Mundial de Endurance. E até fez como o pai, participando como ator.    

Formula 1: Hamilton homenageou Bottas


Lewis Hamilton saiu a elogiar Valtteri Bottas após o anuncio da sua partida para a Alfa Romeo-Sauber, nesta segunda-feira. O piloto britânico de 36 anos, sete vezes campeão do mundo, agradeceu pelo serviços aquele que é o seu companheiro de equipa desde 2017, afirmando-se "orgulhoso por ter trabalhado a seu lado durante estes últimos cinco anos".

Juntos, fazemos parte de uma equipe que entregou quatro campeonatos de construtores e nos motivamos mutuamente para continuar avançando durante os altos e baixos. Ele tem sido o melhor companheiro de equipa com quem tive o prazer de trabalhar.”, continuou.

Sua velocidade e resiliência têm sido impressionantes. Mas onde você realmente se destaca para mim é o ser humano que você é. Você é maior do que imagina e eu sei que há um futuro brilhante pela frente. Obrigado, Valtteri por todo o seu apoio e contribuições incríveis para esta equipe. Sentiremos a tua falta. Desejo a você tudo de melhor para seus empreendimentos futuros. Vamos terminar com força e conseguir o oitavo [título] para a equipa.”, concluiu.

Bottas vai ser substituído por George Russell - cujo anuncio poderá acontecer entre amanhã e o final da semana - e conseguiu ao todo na equipa anglo alemã todas as suas nove vitórias, as suas 17 pole-positions, 16 das suas 17 voltas mais rápidas e 54 dos seus 63 pódios até agora.   

Noticias: Alfa Romeo confirma Bottas para 2022


A Alfa Romeo confirmou esta segunda-feira que Valtteri Bottas será seu piloto para a temporada de 2022, num acordo para "vários anos". O piloto de 32 anos, desde 2017 na Mercedes, vai agora para a sua terceira equipa na sua carreira, depois de ter estado na Williams de 2013 a 2016.

“Um novo capítulo na minha carreira de automobilismo está a abrir-se”, disse Bottas. “Estou animado para ingressar na Alfa Romeo em 2022 e além, no que será um novo desafio para um fabricante icônico. Alfa Romeo é uma marca que dispensa apresentações, eles escreveram ótimas páginas da história da Formula 1 e será uma honra representar essa marca. O potencial da configuração em Hinwil é claro, e estou a adorar a oportunidade de ajudar a liderar a equipa na grelha de partida, especialmente com os novos regulamentos em 2022, dando à equipe a hipótese de dar um salto no seu desempenho." continuou.

Estou grato pela confiança que a equipe depositou em mim e mal posso esperar para retribuir sua fé. Estou mais faminto do que nunca por correr por resultados e, quando chegar a hora, por vitórias. Conheço bem o Fred [Vasseur, o diretor de equipa] e estou ansioso para conhecer o resto da equipa. Vou trabalhar com ele, construindo relacionamentos tão fortes como os que tenho na Mercedes.", concluiu.

Bottas vai substituir Kimi Raikkonen, que dias antes, tinha anunciado a sua retirada da Formula 1. Com a vaga aberta na Mercedes, o lugar poderá já ter um dono: o britânico George Russell, vindo da Williams, cuja assinatura foi feita neste final de semana em Zandvoort, e o anuncio poderá ser feito nos próximos dias, em Monza.

domingo, 5 de setembro de 2021

A imagem do dia


Da esquerda para a direita na foto: Ronnie Peterson, no seu March, Francois Cevért, no seu Tyrrell, Mike Hailwood, no seu Surtees, e o BRM de Peter Gethin. O autor deste momento para mais tarde recordar é de Bernard Cahier

Uma das corridas mais marcantes da Formula 1 completa hoje meio século. E a vitória caiu ao colo de um "one hit wonder" que chegara à equipa algumas corridas antes, para substituir um colega caído. E a corrida acontecia no primeiro aniversário da morte de Jochen Rindt, na mesma pista. Mas a história de Peter Gethin é muito mais que este dia. 

Nascido a 21 de fevereiro de 1940, tinha corrido na Formula 2 em 1968 e na Formula 5000, onde se tornou num dos nomes mais estabelecidos desse campeonato. Campeão europeu em 1969 e 1970, e vice-campeão em 1975 e 76, a sua entrada na Formula 1 aconteceu de modo dramático. A 2 de junho de 1970, Gethin estava em Goodwood a fazer os primeiros quilómetros a bordo de um M14A quando viu a coluna de fumo vindo do M8D, o carro de Can-Am que Bruce McLaren testava nesse dia. O fundador estava morto e o lugar vago. Gethin teve de ser chamado a toda à pressa - Dennis Hulme recuperava das sua queimaduras nas mãos devido a um acidente em Indianápolis - para correr em Zandvoort.

A sua passagem na McLaren não foi memorável. Apesar de na Can-Am, venceu uma corrida e acabou no terceiro lugar do campeonato, na Formula 1, apenas conseguiu um ponto no Canadá, em 1970, e a meio de 1971, viu-se que não era um piloto do nível que a equipa estava já habituada. Depois do GP da Alemanha, foi dispensado dos seus serviços. Mas a BRM foi logo buscá-lo porque precisava de pilotos depois do desaparecimento prematuro de Pedro Rodriguez.

Em Monza, Gethin foi o 11º na grelha, distante dos carros de Jo Siffert e Howden Ganley, mas com o passar das voltas, ele subiu na classificação geral e começou a andar entre os da frente. E era o que estava a acontecer no inicio da volta final, quando corria atrás desses carros acima descritos, e fez o ataque decisivo na Parabólica, quando o March do sueco andou um pouco mais para a esquerda e perdeu tempo, com o britânico da BRM fazendo uso do seu motor V12 que tinha nas suas costas. Foi sorte, mas também muita pericia.

Para a BRM, foi a sua segunda vitória seguida, depois de Siffert na Áustria. 

Gethin ainda fez mais algumas vitorias em provas extra-campeonato. Venceu na Victory Race, cerca de mês e meio depois, em Brands Hatch, numa prova marcada pelo acidente mortal do seu companheiro Jo Siffert, e depois, no mesmo local, na Race of Champions de 1973. a bordo de um Chevron de Formula 5000, contra alguns carros de Formula 1. No ano seguinte, venceu a Tasman Series, num Chevron de Formula 5000, numa altura em que tinha fechado a sua carreira na categoria máxima do automobilismo.

Nos anos 80, Gethin foi o diretor desportivo da Toleman e geriu a sua própria equipa na Formula 3000 por alguns tempos. Acabou por morrer a 5 de dezembro de 2011, aos 71 anos, depois de uma longa enfermidade, quarenta anos depois daquela memorável tarde de Monza.  

CPR 2021 - Rali Alto Tâmega (Final)


Foi duro, mas no final, José Pedro Fontes conseguiu a vitória no Rali Alto Tâmega, depois de um duelo com Bruno Magalhães e Armindo Araújo, todos em máquinas diferentes, neste rali disputado essencialmente em asfalto. O piloto da Citroen levou a melhor por 3,5 segundos do da Hyundai, e o tirsense da Skoda por 12,5. Ricardo Teodósio foi o quarto, a 16.5.

Depois das três primeiras especiais deste sábado, onde se viu o duelo a quatro entre Magalhães, Araújo, Fontes e Teodósio, com o piloto de Santo Tirso a levar a melhor, neste domingo, os concorrentes tinham mais seis especiais para o final do rali, e tudo por decidir.

O dia começou com a primeira passagem pelo Alto Tâmega, onde Ricardo Teodósio tinha sido o melhor no seu Skoda. O piloto algarvio conseguiu uma vantagem de 1,4 segundos sobre Bruno Magalhães e 4,2 sobre Armindo Araújo. Bernardo Sousa foi o quinto, enquanto Pedro Meireles saía de estrada e desistia da prova. Com isto, o piloto da Hyundai subia ao comando, com Fontes em terceiro a meros 6,7 segundos.

Fontes atacou na primeira passagem por Carvalhelhos, vencendo por ali, 0,5 segundos na frente de Bruno Magalhães e 2,7 sobre Armindo Araújo. Os três primeiros aproximavam-se, com 6,7 segundos entre eles, já que Ricardo Teodósio estava um pouco mais longe.


No final da manhã, na primeira passagem por Boticas/Vidago, Fontes voltava a vencer, passando para o segundo posto da geral, aproximando-se de Bruno Magalhães, que tinha sido segundo, a 3,6, e a diferença entre ambos no geral tinha diminuído para 2,6. 

A parte da tarde começou com Fontes a fazer o melhor tempo da PEC 7, segunda passagem pela classificativa do Alto Tâmega, suficiente para passar à frente de Magalhães. Depois, triunfou na PEC 8, gerindo uma curta margem de 3,2 segundos para o piloto da Hyundai à entrada da Power Stage, onde consumou o triunfo. 

Depois dos quatro primeiros, Bernardo Sousa fez uma exibição consistente para ficar em quinto, lugar que herdou após o abandono de Pedro Meireles. Contudo, ficou bem distante dos quatro primeiros, a 1.11,4. O espanhol Figuera Caamaño foi o sexto, ainda mais distante, a 2.38,1, na frente de Manuel Castro, a 3.06,6, na frente dos Peugeot 208 Rally4 de Carlos Fernandes (a 3.53,8) e de Luis Delgado (a 3.59,4) e por fim, o Skoda Fabia R5 de Paulo Neto, a 3.59,6. 

O CPR prossegue no mês que vêm com o Rali Vidreiro.

Formula 1 2021 - Ronda 14, Zandvoort (Corrida)


Toda a gente queria uma corrida a sério depois da "falsa partida" do GP belga, na semana passada. E ainda por cima, a próxima prova era "ao lado", nos Países Baixos, a nação do momento no automobilismo por causa de Max Verstappen. E ainda por cima, este poderia ser "o ano" para eles, onde poderiam ver um dos seus ser campeão, e ser o raro piloto, cuja família, o pai é pior que o filho. Zandvoort, o velho clássico que não aparecia na Formula 1 desde 1985, estava de regresso, e as expectativas eram bem altas.  

A atmosfera era... laranja. O entusiasmo era contagiante, afinal de contas, o homem do leme era um dos seus. A musica do momento bombava nos ouvidos, e à medida que os minutos se aproximavam, a ansiedade aumentava. E o barulho também. Que estava lá, dizia que eram mais barulhentos que os mexicanos e os brasileiros.

Antes da corrida, duas novidades: Sergio Perez e Nicholas Latifi decidiram começar a corrida nas boxes, o mexicano até saía com duros. 


A partida foi normal, Verstappen largou bem, ficando na frente, e ninguém bateu na curva Tarzan. No final da primeira volta, já tinha quase um segundo de diferença sobre Lewis Hamilton, enquanto ateás, Fernando Alonso tinha conseguido passar dois carros... e Antonio Giovinazzi perdia três posições. Duas voltas depois, o neerlandês já tinha... dois segundos sobre o britânico. Ele queria mesmo ganhar em casa!

Mas com o passar das voltas, já se via que iria ser uma procissão. A estreiteza da pista já suspeitava que isto poderia acontecer, mas agora era a aplicação prática desses receios. Na volta 21, Hamilton parou nas boxes para trocar os seus moles pelos médios, perdendo 3,6 segundos e voltando à pista, mostrando que iria fazer duas paragens. Verstappen reagiu, fazendo também uma paragem, mas gastando apenas 2,5 segundos. Tudo isso depois da volta 22.

Nas voltas seguintes, Hamilton tentou aproximar-se de Verstappen, já que Bottas ainda estava na frente para ver se conseguia aguentar o piloto da Red Bull o mais que podia, mas na volta 29, Verstappen estava a menos de um segundo de Bottas, tentando passá-lo e ir embora dali, e quando conseguiu, na volta seguinte... prejudicou Hamilton! Pois, Mercedes, é a vida. O finlandês viu tudo aquilo como um sinal para ir às boxes, e lá foi. 

Mas na volta 40, uma surpresa: Hamilton ia para as boxes para fazer a sua segunda paragem! Colocou médios novos, e foi para a pista, enquanto Verstappen reagiu na volta seguinte, indo também às boxes... e colocar duros? Mas colocou e regressou à pista ainda na frente.   

E as coisas, até ao fim, não tiveram grande história. A não ser em relação a Sergio Perez, que andou a passar gente volta após volta para chegar aos pontos, e quando quis passar Lando Norris na curva Tarzan, os toques lembraram lutas de tempos idos, só que aqui, não houve consequências que a chegada do mexicano à nona posição, e quase na última volta, Fernando Alonso conseguiu passar Carlos Sainz Jr, para ser sexto classificado no seu Alpha Tauri.


Mas no lugar mais alto, lá estava Super Max, vencendo em casa. Os resultados foram melhores que a corrida em si, mas a vitória foi incontestada. E agora, a luta pelo título estava mesmo ao rubro.