Nesta correria de entre corridas, estas três de seguida nos colocaram na rota dos clássicos europeus. Spa pode ter sido um fracasso, culpa do boletim meteorológico, a corrida seguinte, em paragens neerlandesas, compensou, com as bancadas cheias e o Super Max a triunfar sem dificuldades. Assim sendo, rumamos a Monza, em Itália, com muita coisa resolvida em termos de pilotos em 2022 - Valtteri Bottas na Alfa Romeo, George Russell no seu lugar, Alex Albon na Williams, ficando com o lugar do britânico numa equipa em ascensão e do qual alguns acreditam que estará melhor na próxima temporada. Ficaremos à espera.
Mas Monza também é o lugar onde a Formula 1 decidiu que seria o local da segunda corrida sprint, e para isso acontecer, a qualificação tinha de ser na sexta-feira à tarde. Para mim, é algo estranho, porque esta mudança também nos faz mudar os nossos hábitos de visão. Agora, os sábados à tarde irão ser ocupados com essa corrida extra. Não sei se a ideia é preencher o fim de semana só com corridas, mas de uma certa maneira, parece estar a resultar.
A Q1 começou pelas seis da tarde, um horário algo estranho para uma sexta-feira de setembro, mas lá iam os pilotos, velozmente, a tentar marcar um tempo, especialmente os Mercedes, que descobriram ser mais velozes por aqui que o carro do Max. Mas o mais importante parecia ser os problemas de motor que Charles Lecerc passava nesta tarde. Foi às boxes, regressou, tentou fazer um tempo que o colocasse na Q2, e lá conseguiu. Em contraste, Max andava furioso com o tráfego. Os pilotos tinham pressa... incluindo Lattifi, que quase atropelou um coelho na Cura Grande.
No final da Q1, no meio da nuvem do tráfego, os excluídos eram "os do costume". Haas, o Alfa Romeo de Kubica, o Williams de Nicholas Lattifi e o Alpha Tauri e Yuki Tsunoda, apenas porque a sua volta mais rápida foi anulada devido a ele ter excedido os limites da pista. Se não fosse, o excluído teria sido... George Russell. E no topo dos tempos, claro, os Mercedes. Este iria ser o seu fim de semana.
Na Q2, as coisas andavam um pouco estranhas. Ora era o deserto, ora todos acumulavam para o momento em que iriam dar as suas voltas, todos ao mesmo tempo! Depois, não se queixem do trânsito e das chamadas para o regresso das voltas cronometradas. Todos de moles, lá iam colocar uns tempos, se deixarem, porque... eles iam na traseira uns dos outros. Espertos!
No final, eis os que ficaram de fora: os Aston Martin, os Alpine e o Williams de George Russell. De uma certa maneira, era esperado. Mas não ver de novo o Antonio Giovinazzi na Q3, seis dias depois de Zandvoort.
Para a Q3, já se sabia do anuncio que Valtteri Bottas tinha trocado de unidade de potência - leia-se, motor - e iria ser penalizado por isso. Alguns carros iam para a pista agarrados uns aos outros, para "rebocarem" e tentarem uma boa volta. E quem aproveitou bem isso foi... Max, que ficou a 17 milésimos de Hamilton, e ameaçava ficar com a pole. O britânico tinha 1.19,949, contra o 1.19,966 do neerlandês da Red Bull. Mas Norris andou também perto, com 1.20,014, logo, parecia que sta luta pela pole iria ser mais renhida que julgavam.
No final, foi assim: Perez foi para a frente ser "a lebre", tentando puxar por Max, mas foi Bottas que surpreendeu, fazendo 1.19,555 e indo para o topo da tabela de tempos, e lá ficando, sendo o primeiro para a corrida sprint, na frente de Hamilton, Max, os McLaren de Norris e Daniel Riccardo, o Alpha Tauri de Pierre Gasly, todos na frente de Carlos Sain Jr e Charles Leclerc, os carros da Ferrari, sétimo e oitavo.
Agora que a qualificação de sexta-feira à tarde acabou, resta saber o que será amanhã esta corrida sprint numa pista conhecida pela sua rapidez.