sábado, 25 de julho de 2015

Noticias: Renault retira apoio à WSR no final da temporada

A Renault anunciou este sábado que irá retirar o apoio à World Series, a partir do final desta temporada, para apoiar a futura Formula 2, e eventualmente a ida à Formula 1, adquirindo a Lotus. Termina assim uma colaboração de dez anos à competição organizada pela RPM, de Patrice Ratti e Jaime Alguersuari Sr. e tenta-se agora encontrar uma solução para evitar que a competição desapareça, numa reunião que vai acontecer na próxima quarta-feira.

Contudo, o formato das World Series by Renault irá manter-se, com a Renault Sport a focar-se somente na Formula Renault 2.0 Eurocup e a Megane Trophy Series, com os Renault RS.01.

O apoio da marca do losango vinha desde 2005, mas a competição tem bastante mais tempo, mais concretamente em 1998, com o surgimento do Open Fortuna by Nissan e mais tarde a World Series by Nissan, competição que terminou em 2004, sendo fundida com a Formula Renault V6 Eurocup, e que deu lugar à atual Formula Renault 3.5.

Durante este tempo, a competição teve campeões como Robert Kubica (2005), Álvaro Parente (2007), Kevin Magnussen (2013) e Carlos Sainz Jr, no ano passado.

Formula 1 em Cartoons - Hungria (Riko)

Amanhã vai ser uma corrida emocionante ainda antes de começar, como mostra o cartoon do "Riko" Lombardi. 

24 Horas de Spa-Francochamps: O "streaming" da corrida

O grande momento do fim de semana automobilistico são as 24 horas de Spa-Francochamps, prova raínha dos GT's. E num circuito dificil como é o belga, será interessante assitir ao vivo e no Youtube à prova. Deixo-vos aqui o streaming para assistirem.

Formula 1 2015 - Ronda 10, Hungria (Qualificação)

Três semanas depois da última corrida, a Formula 1 estava de volta à ativa com a corrida húngara, em Budapeste. Em anos anteriores - ou se preferirem, num passado não muito distante - ficava-se ansioso por tanto tempo sem corridas, mas este ano até parece que se perdeu a ansiedade para isso. Talvez seja por causa do resultado previsivel quer da qualificação, quer das corridas, e que faz com que muitos pensem se vale a pena continuar a ver. Ainda por cima no verão europeu...

Mas mesmo assim havia razões secundárias para ver a qualificação. A McLaren tinha prometido que as suas performances iriam melhorar, agora que tinha uma nova evolução do seu motor Honda, e haveria alguma expectativa nessa parte. Mas na Q1, para além dos do costume - os Manor - os Sauber de Felipe Nasr e Marcus Ericsson fizeram-lhes companhia, bem como... o McLaren de Jenson Button. Parecia que, por muito que se esforçassem, os resultados seriam os mesmos. No final desta parte da qualificação, o piloto brasileiro queixou-se de que não tinha tido a devida aderência nos seus pneus. Na frente, o costume: os Mercedes eram os mais velozes, com Hamilton na frente de Rosberg, a 89 centésimos. Quanto a Alonso, passou à justa.

A Q2 parecia prometer para a McLaren, mas Alonso sofreu uma pane elétrica e ficou parado a meio da pista. Tentou empurrar o carro para a berma, mas este não colaborava. E isso fez com que os comissários de pista decidissem interromper a sessão com bandeira vermelha, até resolver o caso do piloto espanhol. Claro, ele não voltou e contentou-se com o 15º tempo na grelha, não muito diferente das corridas anteriores...

No final, passaram os do costume? De uma certa maneira, sim. Para além de Mercedes, Ferrari, Williams e Red Bull, o Toro Rosso de Max Verstappen e o Lotus de Romain Grosjean, que deixaram, respectivamente, Carlos Sainz Jr e Pastor Maldonado de fora. Os Force India de Sergio Perez e Nico Hulkenberg também ficaram de fora para a Q3, fazendo companhia a Alonso.

O final é conhecido, mas o que mais espanta foi o "à vontade" que Lewis Hamilton chegou ali: mais de meio segundo sobre Nico Rosberg. Num circuito onde ultrapassar é muito complicado, uma vantagem destas é quase decisivo para a vitória. Na tabela de tempos, Hamilton fez 1.22,020, contra o 1.22,595 do seu companheiro de equipa. E claro, mais um monopólio Mercedes na primeira fila da grelha de partida. No terceiro posto estava Sebastian Vettel, a 739 centésimos de Hamilton, e na frente do Red Bull de Daniel Ricciardo, parecendo demonstrar um pulo nas suas performances.

Kimi Raikkonen e Valtteri Bottas dividiam a terceira fila da grelha, mas num monopólio finlandês e na frente de Daniil Kvyat e Felipe Massa. Verstappen e Grosjean fechavam o "top ten".

E assim se chegava ao final de uma qualificação sem grande história. Contudo, as emoções maiores estão guardadas para amanhã, na corrida. Não no que vai acontecer - salvo algo inesperado - mas sim nas homenagens do pelotão da Formula 1 a um dos seus, caído em competição. As emoções vão estar muito altas, temos a certeza.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

A homenagem das equipas a Jules Bianchi










A corrida húngara vai ser emocional no pelotão da Formula 1, uma semana depois da morte de Jules Bianchi. Assim sendo, todas as equipas e os seus pilotos terão um sinal #JB17 em homenagem ao piloto francês, e alguns até fizeram algo mais especial, como a Ferrari e Force India, sítios onde Bianchi passou, para além da Marussia. 

O embaraço da Lotus

A Lotus esteve a 45 minutos de não ter qualquer carro nos treinos livres desta sexta-feira. É que a equipa de Enstone teve problemas para resolver um problema com a Pirelli relacionado com os pagamentos. E Matthew Carter e Frederico Gastaldi, responsáveis da marca, tiveram de ir à marca italiana para desbloquear essa situação, fazendo os pagamentos em atraso.

"Nós resolvemos a situação na quinta-feira de manhã e até deixar a pista os homens da Pirelli disseram que tudo estava resolvido e teríamos pneus esta manhã. Mas quando a equipa chegou ao circuito foi-nos dito que o pagamento não tinha sido recebido, portanto eu e o Matthew Carter tivemos que ir à Pirelli resolver a situação", contou Gastaldi.

Segundo conta Luis Vasconcelos, da Autosport portuguesa, Gastaldi esteve esta manhã na sede da Pirelli para ir buscar dois conjuntos de pneus para Romain Grosjean e Joylon Palmer (que iria guiar o carro no primeiro treino livre) e estiveram durante 40 minutos a aquecer os pneus para estarem à temperatura ideal no começo da sessão.

Isso é mais um episódio do que está a passar pelos lados de Enstone, com as contas a acumularem-se e as dificuldades de o pagar. 

Haas apresenta o seu projeto em Portugal

Estando afastados há muito tempo da alta roda da Formula 1, será algo surpreendente saber que Gene Haas esteve esta sexta-feira em Vila do Conde para apresentar o seu projeto. Mas a razão é outra: a Haas veio aqui para inaugurar o Haas Factory Outlet, do setor da metalomecânica, e aproveitou para apresentar o projeto à imprensa, ao lado de um Marussia de 2013 pintado com as suas cores.

"A nossa licença para competir foi passada em 2014, mas tivemos um ano para fazer o planeamento, nomeadamente com a Ferrari, que nos vai fornecer os motores", começou por dizer Gene Haas ao Jornal de Noticias.

Em relação à competitividade, Haas afirma ue vai estar pronto em abril de 2016 para andar a par das restantes equipas: "Temos uma equipa de Nascar há 10 anos, e temos tido sucesso. Ganhámos dois campeonatos. Não vamos dizer que podemos competir com a Mercedes e a Ferrari, mas vamos estar preparados".

Quando confrontado com a situação atual da Fórmula 1, com a desistência de várias equipas, um maior desinteresse do público mais jovem e alguns circuitos emblemáticos a saírem do calendário em favor de tilkódromos no Médio Oriente, Haas desdramatiza.

Não há um timing perfeito para se entrar. Conheço a Fórmula 1 há 30 anos e as dificuldades que se enfrentam para lá entrar. Olho para as coisas de forma diferente. Hoje há mais interesse, há mais candidatos a corridas do que vagas disponíveis. A Fórmula 1 é entusiasmante e tem de ser encarada de um ponto de vista internacional”.

Apesar da sua presença em Portugal tenha a ver mais com promoção da marca Haas e das novas instalações da marca, o empresário confessou que está atento a possíveis investidores no projeto.

"Temos muito interesse em cativar patrocinadores, mas sabemos que ainda há muito ceticismo em relação a este projeto. Temos alguns investidores interessantes, mas tal não condicionará a capacidade de colocarmos o carro na grelha de partida em abril de 2016", vincou.

GP Memória - Alemanha 2005

Duas semanas depois de terem corrido em paragens britânicas, máquinas e pilotos estavam de volta ao continente europeu para o GP da Alemanha, a décima prova do campeonato, com a McLaren a reagir a aquilo que parecia ser um domínio de Fernando Alonso e dos motores Renault, já que a Ferrari mostrava cada vez mais que estava distante em termos competitivos.

Entretanto, na Minardi, havia mudanças, com a troca do austriaco Patrick Frisacher pelo holandês Robert Doornbos, provavelmente devido ao encaixe financeiro que a equipa iria ter para poder respirar até ao final da temporada. 

No final da qualificação, Kimi Raikkonen levou a melhor sobre Jenson Button por 439 centésimos de segundo, enquanto que Fernando Alonso e Giancarlo Fisichella monopolizavam a segunda fila com a Renault, ao passo que Michael Schumacher era o quinto, no seu Ferrari, na frente do Williams de Mark Webber. Nick Heidfeld era o sétimo, seguido pelo BAR de Takuma Sato, enquanto que a fechar o "top ten" estava o Toyota de Jarno Trulli e o Red Bull de Christian Klien.

Juan Pablo Montoya, que tinha vencido a corrida anterior, partia de último por não ter conseguido marcar qualquer tempo na qualificação.

A corrida começou com Kimi Raikkonen a manter o primeiro posto na grelha, enquanto que atrás, o seu companheiro de equipa Juan Pablo Montoya iniciava a sua recuperação ao conseguir subir... nove posições no final da primeira volta. Atrás, Jacques Villeneuve desentendia-se com Rubens Barrichello e atrasava-se devido aos danos causados pelo toque. Mas a sua tarde não ficaria por ali...

Montoya, com a estratégia que tinha, prometia não ficar por ali. Com o passar das voltas, ele ultrapassou boa parte do pelotão, e continuou a fazê-lo após a primeira paragem para reabastecimento e estava no quarto posto após a 34ª volta, atrás de Raikkonen, Alonso e Button. Por esta altura, Villeneuve tinha dado nas vistas pelas piores razões, primeiro, com o toque com o estreante Doornbos, e na volta 27, com o Jordan do português Tiago Monteiro. Por esta altura, ele já arrancava sorrisos dos mecânicos em todas as boxes...

Contudo, na volta seguinte, o finlandês teve problemas com o seu sistema hidráulico e acabaria por desistir, deixando Alonso na liderança, com Button em segundo e Montoya em terceriro, depois de passar Schumacher, que tinha problemas com os seus pneus Bridgestone. Button e Montoya pararam para um segundo reabastecimento, deixando Schumacher no segundo posto, mas os seus pneus degradavam-se mais rapidamente do que o esperado e o colombiano ficou com o segundo posto, atrás de Button.

No final, Fernando Alonso vencia a corrida, a sua sexta vitória no campeonato, e abrindo a vantagem que tinha para 36 pontos - 87 contra 51 do finlandês - com Juan Pablo Montoya no segundo lugar, e Jenson Button no terceiro posto. Giancarlo Fisichella foi o quarto, na frente de Michael Schumacher, do Toyota do seu irmão Ralf Schumacher, do Red Bull de David Coulthard e do Sauber de Felipe Massa.

Youtube Racing Crash: o acidente de Sergio Perez na Hungria

Eis as imagens e o rádio de Sergio Perez esta manhã, durante o primeiro treino livre, na Hungria. O iloto mexicano nada sofreu, mas por precaução, a Force India e o piloto decidiu não andar no segundo treino livre, até ver quais foram as causas deste acidente, que tudo indica ter sido um problema de suspensão.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

As imagens do dia


O que acho piada é que a primeira capa é de uma revista francesa, e a segunda é de uma capa de uma revista italiana. Acho engraçado esta troca de linguas para homenagear Jules Bianchi, mas o que interessa é que o objetivo está cumprido. 

A imagem do dia (II)

A Chaparral foi uma construtora que existiu na segunda metade dos anos 60, e que foi marcante em termos aerodinâmicos. Modelos da série 2 foram os primeiros a ter coisas como as asas traseiras, no modelo 2F, correndo quer na Endurance, quer na Can-Am. 

Estreado em 1967, foi o culminar das experiências feitas por modelos anteriores como o 2E. Feito de aluminio, tinha um motor de 7 litros da Chevrolet, com os radiadores próximos do cockpit, e a asa móvel para ter maior aderência na parte traseira. O mais engraçado é que corriam com matriculas... do Texas.

O grande momento do Chaparral 2F foi nos 500 Quilómetros de Brands Hatch, quando correu com a dupla Phil Hill e Mike Spence. As coisas correram bem, e para Hill, campeão do mundo de Formula 1 em 1961, foi a sua última vitória da sua carreira, pois pouco tempo depois, abandonou a competição. 

Contudo, pouco depois, a FIA decidiu mudar as regras e o carro não poderia mais correr, como aconteceu ao Ford GT40. Mas as suas soluções influenciaram a Formula 1, que no ano seguinte começaram a colocar nos carros de competição.

A lembrança do Chaparral foi a melhor maneira de homenagear um dos seus fundadores, Jim Hall, que completa 80 anos nesta quinta-feira. O texano Hall, que teve uma carreira de piloto com quatro temporadas, fundou a Chaparral com Hap Sharp (o "Hap" foi porque nasceu no dia da Ano Novo) em 1962 e esteve no automobilismo até 1980, quando fez o 2K, da IndyCar, vencendo as 500 Milhas de Indianápolis com Johnny Rutheford. E todas estas criações criaram um impacto em termos aerodinâmicos antes da Formula 1 as usar, como o 2J, que antecipava em dez anos o efeito solo.

Feliz Aniversário, Jim!

A imagem do dia

O fim de semana húngaro vai ser carregado por causa da morte de Jules Bianchi. E os pilotos vão fazer questão de lembrá-lo. Mas a homenagem de Daniel Ricciardo, seu amigo desde os tempos das formulas de promoção, foi mais espontânea e pessoal, pelo que se vê no seu boné.

Noticias: Sauber renova com a sua dupla para 2016

A Sauber anunciou esta quinta-feira em Budapeste que renovou por mais uma temporada com o brasileiro Felipe Nasr e o sueco Marcus Ericsson, a sua atual dupla de pilotos. Monisha Kalternborn, a diretora desportiva da marca, comentou sobre este assunto afirmando estar satisfeita com as suas performances.

"Esta renovação mostra que os pilotos e a equipa estão na direção certa", começou por afirmar Kaltenborn. "Temos plena confiança nos talentos e habilidades de Marcus e Felipe. Ambos mostraram desempenhos sólidos, aprenderam rapidamente e ganharam experiência. Nós gostamos de os ter na equipa e eles dão um impulso positivo", continuou.

Até agora, a Sauber está no sétimo lugar no campeonato de construtores, com 21 pontos, resultantes de dezasseis pontos vindos de Nasr e cinco de Ericsson. O melhor resultado da temporada foi um quinto lugar por parte do piloto brasileiro.

O Veeco vai ser fabricado

Já há algum tempo ando a acompanhar a história do Veeco, um automóvel elétrico português, basicamente um "trike" invertido (com as rodas na frente) e com um motor elétrico que, garantem eles, terá um autonomia de 400 quilómetros e que pode ser carregado "durante a noite numa ficha normal monofásica como as lá de casa", segundo afirmam.

Pois bem, o jornal "Público" de hoje mostra que o carro vai começar a ser fabricado em 2016, numa unidade em vila nova de Gaia. Irá ter três modelos e custará entre os 23 e os 25 mil euros. Um preço salgado para os bolsos dos portugueses, logo, suponho que 90 por cento será exportado.

"O protótipo já foi homologado e estamos a iniciar uma série de 10 carros que ainda não são para comercializar mas que seguirão para os parceiros do projecto", adiantou joão Oliveira, o responsável da VE – Fabricação de Veículos de Tracção Eléctrica. A acontecer, é o culminar de seis anos de projeto e mais de dois milhões de euros gastos no seu desenvolvimento, feito na VE no Entroncamento. O chassis vem da NCP de Aveiro e a carroçaria foi feita em Gaia, na Fibrauto, o mesmo lugar onde será feita a lionha de montagem.

E por causa disso irá contratar mais vinte trabalhadores, segundo afirma Arlindo Santos, o gerente da empresa. Boa sorte para eles.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

A foto do dia

Se acham que Tom Pryce foi apenas um piloto de monolugares, enganam-se. E esta foto é prova: a fazer a Karussel, no Nurburgring, durante os 1000 Quilómetros de 1975, num carro partilhado com John Watson. Vi esta foto no sitio do excelente Rodrigo Mattar, que escreveu hoje um especial sobre ele.

O convite apareceu através de George Loos, o patrão da Gelo Racing, para que ambos participassem na prova. Pryce até estava a fazer um ano razoável na Shadow - tinha sido poleman no GP da Grã-Bretanha, em Silverstone - enquanto que Watson penava na Surtees. A qualificação correu bem para ambos, conseguindo um sexto lugar na grelha, mas na corrida, a sorte foi diferente, com um acidente a colocá-los fora de prova.

O potencial estava lá, mas para Pryce - unico galês a andar competitivamente na Formula 1 - não teve tempo para mais. Ano e meio depois, a 4 de março de 1977, em Kyalami, na África do Sul, Pryce atropelava um comissário de pista que levava um extintor, que o atingiu na cabeça, matando-o. O piloto tinha 27 anos.


Youtube Motorsport Demonstration: Um Darracq de 1905 em Goodwood


Se acham que um carro do inicio do século era lento e barulhento, pensem de novo. Este é um Darracq de 1905 de competição, com... duzentos cavalos de potência, em ação, em Goodwood, este ano. E este piloto, mais o seu acompanhante, está a mostrar ao mundo como ele era. 

E o mais assustador é que eles não tem nada na sua frente para o proteger. Para ser o mais leve possivel, este carro é um esqueleto, sem chassis, apenas com o motor, os eixos, e volante e pouco mais. E claro, anda muito rapidamente...

Os salários dos pilotos em 2015

O jornal espanhol "El Mundo Deportivo" divulgu hoje uma tabela salarial sobre os pilotos de Formula 1 em 2015 e revelou que os pilotos espanhois estão... nas pontas.

Sem surpesa, o piloto mais bem pago é Fernando Alonso, que tem um salario de 35 milhões de euros da McLaren, embora este ano só tenha conseguido um ponto até agora... a seguir vem Sebastian Vettel, na mesma incidência dos pilotos da Scuderia, que são sempre muito bem pagos. O mais espantoso é que o contrato que Vettel negociou com o pessoal de Maranello foi feito por... ele mesmo, já que tem fama de ele mesmo gerenciar a sua carreira.

Sabia-se mais ou menos o valor do contrato de Hamilton, mas também se sabe que esse valor será aumentado à medida que os anos passam, e provavelmente haverá compensações por ganhar o título mundial.

Os novatos ganham valores baixos, embora por exemplo, a Red Bull poupe imenso em termos salariais. Ao todo, os seus pilotos (Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat) rendem 2,250 milhões de euros, mais 250 mil do que o salário de... Valtteri Bottas, piloto da Williams. Mas isto pderá ser um valor base, e poderá haver complementos para vitórias, por exemplo.

Alguns valores podem ser algo chocantes, especialmente os pilotos pagantes, mas o mais espantoso é a diferença entre os pilotos espanhois nas pontas. Roberto Merhi ganha... 675 vezes menos do que Fernando Alonso, e ambos nesta temporada não andam longe um do outro na grelha de partida. 

Eis a lista completa dos seus saláris anuais (em euros):

Fernando Alonso (McLaren) €35 milhões
Sebastian Vettel (Ferrari) €28 milhões
Lewis Hamilton (Mercedes) €25 milhões
Kimi Raikkonen (Ferrari) €18 milhões
Nico Rosberg (Mercedes) €13.5 milhões
Jenson Button (McLaren) €10 milhões
Felipe Massa (Williams) €4 milhões
Nico Hulkenberg (Force India) €4 milhões
Sergio Perez (Force India) €4 milhões
Romain Grosjean (Lotus) €4 milhões
Pastor Maldonado (Lotus) €4 milhões
Valtteri Bottas (Williams) €2 milhões
Daniel Ricciardo (Red Bull) €1.5 milhões
Daniil Kvyat (Red Bull) €750,000 
Max Verstappen (Toro Rosso) €250,000 
Carlos Sainz (Toro Rosso) €250,000 
Felipe Nasr (Sauber) €200,000 
Marcus Ericsson (Sauber) €200,000 
Will Stevens (Manor) €150,000 
Roberto Merhi (Manor) €50,000

Os franceses que desapareceram prematuramente antes de Bianchi

Na arrepiante contagem dos pilotos mortos na Formula 1, apesar de terem passado para cima de vinte e cinco pilotos franceses na categoria máxima do automobilismo, poucos foram os que morreram em pista, comparado com os italianos, britânicos ou os americanos. Na realidade, Jules Bianchi tornou-se no sexto piloto de Formula 1 a morrer em pista, quer em corridas, quer em testes ou treinos.

Alguns desses acidentes fatais são bem conhecidos e muito discutidos, outros nem por isso, mas todos estes pilotos tiveram carreiras interessantes no automobilismo. Um deles venceu chegou a vencer as 24 Horas de Le Mans com o seu filho, enquanto que outros tiveram carreiras interessantes noutras categorias.

Eis a sinistra lista dos franceses que pagaram o preço mais alto do automobilismo.

1 - Louis Rosier

Nascido a 5 de novembro de 1905 em Clermont-Ferrand, a carreira de Rosier foi longa, com mais de duas décadas, interrompida por causa da II Guerra Mundial. Vencedor das 24 Horas de Le Mans em 1950 com o seu filho Jean-Louis Rosier - a unica vez que pai e filho venceram em Le Mans - começou a correr na Formula 1 logo na sua temporada inaugural, a bordo de um Talbot-Lago. No ano seguinte, decidiu continuar a carreira sendo ao mesmo tempo piloto e patrão, como a Ecurie Rosier, que andava com Talbot-Lagos.

Seu melhor resultado foram dois terceiros lugares nas corridas da Suiça e da Belgica, em 1950, terminando o ano no quarto lugar, com 13 pontos. Nos anos seguintes andou em Ferraris e Maseratis, até 1956, quando tinha 50 anos de idade.

Contudo, a 7 de outubro de 1956, Rosier sofreu um acidente fatal enquanto testava no circuito de Montlhéry. Por essa altura, já estava a desenhar um circuito nos arredores da sua cidade natal, no sentido de providenciar coridas na sua terra, sem ser em estradas públicas. Tornou-se no circuito de Charade e foi batizado em seu nome.    

2 - Jean Behra

Nascido em Marselha no ano de 1921, Jean Behra era baixo, forte e de um temperamento irascível. Mas muito veloz e competitivo, apesar dos acidentes que sofreu. Chegou a contar com doze cicatrizes no seu corpo ao longo da sua carreira.

Chegou à Formula 1 em 1952, para correr na Gordini, e conseguiu um pódio na sua primeira corrida, na Suiça. Em 1955, passou para a Maserati, onde conseguiu o seu melhor temporada no ano seguinte, com quatro pódios - mas sem vitórias - e o quarto lugar do campeonato, com 22 pontos. Em 1958 passou para a BRM, sem grandes resultados, aparte um terceiro lugar na Holanda.

Contudo, no ano seguinte, Behra foi para a Ferrari, na sua equipa oficial. Mas ele lidava mal comn a lendária pressão de Enzo Ferrari e o seu mau temperamento veio ao de cima após ter desistido no GP de França, quando após uma violenta discussão com o diretor de equipa, Romolo Tavoni, esmurrou-o. Ferrari despediu-o de imediato, e ele decidiu ir para a Porsche.

A 1 de agosto de 1959, na véspera da GP da Alemanha, Behra participava numa prova de Turismos em Avus quando perdeu o controlo do seu Porsche, sendo cuspido e morrido de imediato, vitima de uma fratura no crânio. Tinha 38 anos. 

3 - Jo Schlesser

Depois de Behra, a Formula 1 viveu um deserto de pilotos franceses, que só terminou no final da década, com Jean-Pierre Beltoise. Mas pelo meio houve pilotos como Guy Ligier e Jo Schlesser, curiosamente grandes amigos.

Nascido em 1928 na ilha de Madagascar - então colónia francesa - Schlesser corria de modo amador por muito tempo, apenas pegando de forma profissional no final da década de 50. A sua carreira tinha sido feita essencialmente nos GT's, ao serviço da Ford francesa, e na Formula 2, pela Matra.

Em 1968, aos 40 anos, estava mais interessado em gerir uma equipa de Formula 2, ao lado de Guy Ligier - que tinha acabado de fazer duas temporadas na Formula 1 - quando recebeu o convite da Honda em correr num dos seus carros no GP de França, em Reims. O chassis a ser testado era o RA302, refrigerado a ar, e era um carro experimental. John Surtees tinha dado algumas voltas e afirmou que o carro era instável e perigoso. Mas como a Honda queria testá-lo, ofereceu o volante a Schlesser, que o aceitou.

Surtees tinha razão: o carro era uma armadilha, com um potencial para matar o piloto devido ao seu peso e instabilidade. A corrida de Schlesser durou apenas duas voltas, quando tentou controlar o seu carro na Virage Six Fréres, mas não conseguiu, acidentando-se fatalmente. O magnésio, material do qual o carro era feito, apenas incendiou ainda mais o carro, e os bombeiros demoraram muito tempo para apagar o fogo. Schlesser tinha 40 anos.

4 - Francois Cevért

De origem judaica, a carreira de Cevért começou em 1966 quando venceu o Volant Shell contra  outro futuro piloto de Formula 1 com destino trágico, Patrick Depailler. Nos anos seguintes, andou na Formula 3, onde foi campeão em 1968, e na Formula 2, com a Tecno, mas os bons resultados nesta última fizeram com que a Tyrrell o pegasse a meio de 1970, em substituição de outro francês, Johnny Servoz-Gavin.

A sua chegada tinha sido uma recomendação de Jackie Stewart, que em conjunto com a exigência da Elf em ter um piloto francês nas suas fileiras, fez com que se combinassem. Nos três anos seguintes, Cevért tornou-se no escudeiro do piloto escocês, enquanto que corria na Matra na Endurance. O seu grande resultado foi a vitória no GP dos Estados Unidos de 1971, ao volante do Tyrrell 004, enquanto que no ano seguinte venceu uma corrida do Can-Am e foi segundo classificado nas 24 horas de Le Mans, atrás do outro Matra de Henri Pescarolo e de Graham Hill.

Em 1973, Cevért conseguiu sete pódios e uma volta mais rápida, mas andava sempre atrás de Jackie Stewart, mas este, em segredo, combinava a retirada da competição, e queria que o piloto francês fosse o seu sucessor. A última corrida do ano, em Watkins Glen, seria o local onde o escocês anunciaria a sua retirada, após conquistar o seu terceiro título mundial, mas na véspera, o piloto francês sofreu um despiste fatal, aos 29 anos de idade. 

5 - Patrick Depailler

Como Rosier, Depailler era um nativo de Clermont-Ferrand, nascido a 9 de agosto de 1944. Filho de arquitecto, estudou para ser dentista mas foi o automobilismo que o seduziu, começado a competir em 1964, num Lotus 7. Dois anos depois, perdeu o Volant Shell para Francois Cevért, mas a Alpine gosta do seu estilo e contrata-o para ser piloto de desenvolvimento da marca, quer na Formula 3, quer na Endurance. Em 1972, tem uma chance de se estrear na Formula 1 ao serviço da Tyrrell, num modelo 004, onde conseguiu um sétimo posto em Watkins Glen.

No ano seguinte, era para ser o terceiro piloto da marca quando sofreu um acidente de motocross na sua Clermont natal, fraturando ambas as pernas e o impedindo de correr nas rondas americanas. Contudo, o acidente mortal de Francois Cevért o faz com que seja o segundo piloto da marca para 1974, com algumas condições, uma delas era o de proibição de atividades "extra-curriculares". É que para além do motocross, ele adorava asa-delta e mergulho...

Nos quatro anos seguintes, Depailler consegue bons resultados, especialmente com o modelo P34, o carro das seis rodas, mas não alcança a vitória. Esta só aconteceria em 1978, quando venceu o GP do Mónaco. No final do ano, transfere-se para a Ligier, onde tem um bom arranque, vencendo em Jarama e conseguindo mais um pódio em Interlagos. Mas alguns dias após o GP do Mónaco, em junho de 1979, Depailler sofre um acidente de asa delta e fratura ambas as pernas, ficando de fora o restante ano.

Dispensado da Ligier, assina pela Alfa Romeo em 1980, com um carro veloz mas nada fiável. A primeira parte da temporada foi um martirio, mas pensava que as coisas iriam melhorar, com mais testes. E a 1 de agosto de 1980, Depailler estava a caminho do circuito alemão de Hockenheim, onde iria participar em mais uma sessão de testes, pois a corrida alemã iria acontecer dentro de nove dias.

Contudo, quando se aproximava da Ostkurwe, uma pedra entrou dentro do seu carro, afetando a sua direção e fazendo com que fosse de frente contra os rails de proteção, acabando em cima deles, arrastando-se por algumas dezenas de metros. Gravemente ferido - as suas pernas tinham sido decepadas no impacto - foi levado para o hospital de Mannheim, onde iria morrer cerca de hora e meia mais tarde, a poucos dias de completar 36 anos.

terça-feira, 21 de julho de 2015

A foto do dia

Pode parecer uma foto estranha, tirada por Jenson Button, mas o significado é enorme: basicamente é um brinde a Jules Bianchi e à sua curta, mas intensa vida. E ali estão muitos pilotos atuais e muitos ex-pilotos como Alan McNish, Alexander Wurz e Pedro de la Rosa, entre outros.

Formula 1 em Cartoons - A homenagem a Jules Bianchi (SpeedHedz)

Mais um cartoon de homenagem a Jules Bianchi, feita pela SpeedyHedz, com todos os grandes a receberem-no às portas do Paraíso. É uma bonita homenagem.

Youtube Le Mans Endurance: As 24 Horas em fotos


Pode achar tudo isto estranho, mas é verdade. Tudo isto não são mais do que fotos - cerca de 110 fotografias - que tirados a uma velocidade espantosa e juntos, dão uma espécie de "stop-motion". Já vi isto antes, mas agora isto é mais um trabalho da Audi para as 24 Horas de Le Mans deste ano. O fotógrafo é Camden Thrasher.

E o resultado ficou ótimo, como podem ver por aqui.

Noticias: Programa da Nissan sob escrutinio

Depois da participação desastrosa nas 24 Horas de Le Mans, a Nissan decidiu reunir-se no final da semana com os responsáveis da NISMO, o departamento de competição da marca, para reavaliar o projeto do GT-R LMP1, conhecido pelo seu design... demasiado radical.

A reunião partiu da iniciativa de Carlos Ghosn, o presidente da marca (e também da Renault) que afirmou que a ideia era "ser diferente e competitivo, e não ser apenas diferente", como explicou no final do mês passado em Londres, quando assistia à corrida de encerramento da Formula E. A ideia, segundo conta John Dagys, da sportscar365.com, não é o de revisão do programa, mas sim do carro presente, para saber se há bases para competir contra Audi, Porsche e Toyota. Caso contrário, a marca poderá participar em 2016 com um desenho mais tradicional.

Contudo, os problemas que teve em Le Mans não tinham tanto a ver com o seu desenho radical. O facto de não poder ter usado o sistema híbrido no seu carro fez com que este tenha perdido cerca de metade da sua potência, dái o carro ter perdido cerca de vinte segundos em relação aos outros LMP1 oficiais.

Uma coisa é certa: a Nissan vai continuar a evoluir o seu carro, nos testes marcados para os dias 27 e 28 de julho no Circuito das Américas, em Austin.

Formula 1 em Cartoons - A homenagem a Bianchi (Cire Box)

O "Cire Box" fez este sentido cartoon em homenagem a Jules Bianchi para o Motorsport.com. 

Em tempo: o senhor de óculos à direita é Enzo Ferrari.

A equipa que mais pilotos matou foi... (Parte 2)

(continuação do episódio anterior)

Wolfgang Von Trips (Alemanha), GP de Itália de 1961

Em 1961, a Ferrari tinha o melhor carro do pelotão, graças ao facto de se ter adaptado aos regulamentos de 1.5 litros, e tinha uma equipa de sonho, com pilotos como o alemão Wolfgang von Trips, o americano Phil Hill, e outros como o belga Olivier Gendebien e o americano Richie Ginther. Mas a luta pelo titulo era entre Von Trips e Hill, e tudo iria ser decidido a 10 de setembro em Monza, palco do GP de Itália.

Von Trips tinha ficado com a pole-position, na frente do piloto americano, mas ele partiu mal. Tentava recuperar posições quando lidou com o Lotus de Jim Clark, então uma estrela em ascensão na Formula 1. Ambos tocam-se no final da reta oposta, na entrada para a Parabólica - por causa de um excesso do piloto alemão - e o carro descontrolado vai parar a uma zona cheia de espectadores, matando a ele e mais 14 pessoas.

Hill venceu a corrida e o campeonato, mas a corrida ficou marcada por esse incidente. Dezassete anos depois, iria acontecer a mesma coisa, mas entre pilotos da Lotus: o americano Mário Andretti e o sueco Ronnie Peterson.


Lorenzo Bandini (Itália), GP do Mónaco de 1967

Durante muito tempo, todos os olhos viraram-se para Bandini, no sentido de saber se iria cumprir o legado de Alberto Ascari. Apesar de várias tentativas, somente venceu uma corrida, em 1964, e as coisas na Ferrari não andavam muito boas em 1966, especialmente depois do despedimento de John Surtees.

Em 1967, a equipa era constituída por Bandini e pelo jovem neozelandês Chris Amon, pelo menos os que correriam na Formula 1, com Ludovico Scarfiotti e Mike Parkes para a Endurance. A 7 de maio, palco do GP do Mónaco, esperava-se muito de Bandini, pois largaria da segunda posição. Após uma luta com Dennis Hulme pelo comando - que incluiu uma dificil ultrapassagem a Graham Hill, tinha mantido o segundo lugar na volta 81 de cem quando na chicane do Porto, embateu contra um pilar de ferro fundido e incendiou-se.

Quando foi retirado do carro em chamas - com os fardos de palha a ajudarem a propagar o incêndio, Bandini tinha mais de metade do corpo queimado e os pulmões irremediavelmente afetados pelos fumos tóxicos. Resistiu por três dias até sucumbir aos ferimentos. Tinha 31 anos.   

Ignazio Giunti (Itália), 1000 Quilómetros de Buenos Aires, 1971

Giunti era um dos talentos promissores que a Itália estava a produzir no final dos anos 60, na onda de outros como Andrea de Adamich, Nanni Galli ou o italo-suiço Clay Regazzoni. Em 1970, Ferrari deu-lhe a chance de pilotar em quatro corridas dessa temporada, tendo conseguido um quarto lugar em Spa-Francochamps. Mas em termos de ficar com a segunda vaga, perdeu para Regazzoni, que tinha vencido o GP de Itália no processo. 

Apesar de tudo, ficou na equipa em 1971, com um projeto de correr na Endurance e Formula 1. E estava ao serviço da Scuderia no inicio do ano quando participou nos 1000 km de Buenos Aires, ao lado do seu compatriota Arturo Merzário. Na volta 38, aproximava-se da reta da meta quando viu o Matra 650 de Jean-Pierre Beltoise, que o empurrava para as boxes, vitima de falta de combustivel. Só que o francês tinha estacionado do outro lado da pista e estava a empurrá-lo. Giunti viu o Matra tarde demais (estava imediatamente atrás do outro Ferrari guiado por Mike Parkes) e atingiu-o em cheio, ficando gravemente ferido. Acabaria por morrer horas depois, aos 29 anos de idade.  

Pedro Rodriguez (México), Duzentas Milhas de Norisring, 1971


Pedro Rodriguez foi um dos pilotos mais talentosos dos anos 60, especialmente na Endurance. Irmão de Ricardo Rodriguez, que também foi piloto da Ferrari em 1962, Pedro esteve na Scuderia quer em termos de formula 1, quer em termos de Endurance, mas as suas grandes conquistas foram ao serviço de outras equipas como a Porsche, onde foi vencedor do Mundial, com os 917, ou da Ford, quando ganhou as 24 Horas de Le Mans. Até na Formula 1 as suas vitórias vieram ao serviço da Cooper e da BRM.

A 11 de julho de 1971, depois de ter ajudado a Porsche a vencer mais um Mundial de Endurance, Rodriguez aceitou o convite do suiço Herbert Muller para correr nas Duzentas Milhas de Norisring, para a Interserie europeia, ao volante de um Ferrari 512M. A corrida ia bem para o mexicano quando viu o carro de Kurt Hild e um mal entendido causou uma colisão, levando o carro a pagar fogo. Socorrido de imediato, viria a morrer horas depois, vitima das queimaduras em todo o seu corpo. Tinha 31 anos. 


Gilles Villeneuve (Canadá), GP da Bélgica de 1982

Desde 1977 na Ferrari, em pouco mais de um ano ele se tornou num dos pilotos mais admirados da Scuderia e da Formula 1, graças ao seu estilo arrojado e à sua atitude de "win or wall". Vice-campeão do mundo em 1979, em 1982 estava com uma máquina capaz de atacar o título mundial, em conjunto com o seu companheiro de equipa, o francês Didier Pironi.

Contudo, no GP de San Marino, em Imola, ambos os pilotos estavam em duelo pelo primeiro lugar, com ordens de equipa para manter a hierarquia, ou seja, Villeneuve tinha prioridade sobre Pironi. Mas o francês desobedeceu às ordens e atacou o canadiano, no sentido de conquistar o primeiro lugar para a Scuderia, no que foi bem sucedido.

Villeneuve considerou isto como uma traição e decidiu retaliar na prova seguinte, no GP da Belgica, em Zolder. Nos treinos de sábado, o canadiano vinha numa volta rápida quando se aproximou do March de Jochen Mass, que tinha numa volta lenta. Contudo, ambos se desentenderam e o carro do canadiano embateu nas rodas do March, acabando por "voar" e quebrar-se em dois quando atingiu o solo, cuspindo Villeneuve para as redes de proteção. Socorrido de imediato, viu-se que tinha lesões irreversiveis no pescoço, acabando por morrer naquela noite, aos 32 anos de idade. A Ferrari retirou os seus carros da corrida belga, e ainda hoje os seus fãs sentem a sua falta.

A despedida de Jules Bianchi

















Nice, esta manhã, recebeu a Formula 1 para se despedir de Jules Bianchi, morto na passada sexta-feira, depois de nove meses de coma, após o seu acidente no GP do Japão de 2014.

Toda a elite esteve lá, desde o presidente da FIA, Jean Todt, a ex-pilotos como Alain Prost, Alexander Wurz, Alan McNish. E os pilotos de hoje andaram por lá em peso: Lewis Hamilton, Nico Rosberg, Romain Grosjean, Pastor Maldonado, Felipe Massa, Sebastian Vettel, Jean-Eric Vergne, entre outros.

A depsedida foi emocionada, e Grosjean, Vergne, Vettel foram alguns dos pilotos que levaram o seu caixão para o carro funerário, debaixo de aplausos e da emoção da família Bianchi.