sábado, 16 de abril de 2011

Youtube Car Chase Classic: The Driver, 1978 (III)



O filme "The Driver", de 1978 é pródigo em cenas de perseguição. Já mostrei duas, e tenho mais duas para mostrar ao longo dos dias que aá vêm. E hoje é dia de mostrar outra cena de perseguição, entre o condutor, interpretado por Ryan O'Neil, a sua acompanhante, interpretada por Isabelle Adjani, e dois rapazes num Pontiac Firebird, creio eu.

A perseguição demora algum tempo, e o mais interessante é ver que a personagem interpretada por O'Neil anda numa carrinha, e este anda lado a lado com o carro. Provavelmente era mais potente, não interessa. Esta perseguição tem o seu climax num armazém, onde se ficam frente a frente, cujo resultado... bom, é melhor ver a cena.

WRC 2011 - Rali da Jordânia (Final)

Foi emocionante, em "maximum attack" e disputado ao milésimo. No final, o vencedor foi Sebastien Ogier, que conseguiu arrebatar na última classificativa do rali o primeiro lugar ao Ford de Jari-Matti Latvala... com a menor diferença de sempre de um rali: 0,2 segundos! Num rali encurtado devido aos problemas logisticos, numa prova disputada ao "sprint" e com classificativas grandes, ver este rali ser resolvido por pouco mais de meio carro é um feito que merece ser referido.

"Foi um dia incrível, tive de puxar ao máximo porque o Jari-Matti estava muito rápido e tive de forçar ao máximo. Tive de limpar a estrada esta manhã e era impossível andar mais rápido do que isto. Ganhei 28 pontos, foi o fim de semana perfeito", afirmou Ogier no final da prova, ainda surpreendido com o seu próprio tempo.

"Esforcei-me mesmo muito, cometi alguns erros e estou um pouco desapontado com isso. Mas dei o meu máximo, os pneus já estavam no limite. Se perder tenho de estar satisfeito na mesma", disse Jari-Matti Latvala, que mesmo derrotado por muito pouco, teve uma grande manifestação de desportivismo ao ser o primeiro a dar os parabéns a Ogier mal este cruzou a linha de meta.

Sebastien Löeb poderá não ter tido um grande rali. Batido por Latvala e Ogier, fez o melhor para minorar os prejuizos, mas não conseguiu mais do que o terceiro lugar final, com igual resultado no Power Stage. Contudo, Loeb considerou que foi um bom fim de semana: "Cometi um grande erro no início do troço e perdi quase dois segundos. 16 pontos é um bom resultado para o campeonato, sabemos que ser o primeiro na estrada como será o caso na próxima prova será difícil mas temos de dar o melhor. Fizemos o que pudemos neste fim de semana", referiu.

Depois dele ficou Mikko Hirvonen. Após ter sido prejudicado pelo fato de ter sido o primeiro a abrir a estrada e de ter tido problemas com a direcção assistida do seu carro, Hirvonen conseguiu um quarto posto, algo distante dos três primeiros e de ter lhe saído a "fava" no Power Stage. Mas como Löeb, minorou os estragos. Após ele ficou Matthew Wilson, que teve um interessante duelo com Kimi Raikonnen, que ficou resolvido a favor do britânico quando o finlandês furou perto do fim, e este teve de se contantar com o sexto posto. O argentino Frederico Villagra foi o sétimo, seguido do árabe Khalid Al Qassimi e do holandês Dennis Kuipers na classificação geral.

E este foi um rali histórico para o madeirense Bernardo Sousa, pois venceu na sua categoria, o SWRC, e conseguiu acabar o rali na décima posição final, conseguindo assim o seu primeiro ponto oficial na sua carreira. Numa demonstração sólida da sua performance ao longo do rali, que o tinha colocado no segundo lugar no final do dia de ontem, os problemas de motor por parte do lider, o qatari Nasser Al Attiyah, que o obrigaram a abandonar a prova, fizeram com que ele herdasse o primeiro posto e conseguindo assim a sua primeira vitória da categoria na sua carreira, apesar de ter tido problemas com a sua suspensão traseira antes do final da prova.

"No final correu tudo bem, conseguimos manter-nos na estrada e nas curvas para a esquerda tentámos ser mais cautelosos e distribuir melhor o peso. A minha primeira vitória no SWRC e por isso só posso estar muito contente", referiu Sousa aos microfones da World Rally Radio.

Agora, após quatro provas, o Mundial está ao rubro, pois os quatro primeiros classificados estão com oito pontos de diferença entre si. Ainda com a adição dos pontos da "Power Stage" este ano, onde os pilotos poderão acrescentar até mais três pontos em caso de vitória, a competição deste ano está enormemente equilibrada. E Sebastien Ogier, com esta segunda vitória consecutiva, mesmo arrancada "a ferros", é um piloto em alta e está desejoso de bater Sebastien Löeb antes que se retire. E ainda faltam nove ralis para o final da época...

O próximo rali acontecerá de 5 a 8 de maio na Ilha da Sardenha, e verá ali a estreia oficial dos Mini Countryman em competição, acrescentando mais uma marca à competição.

Formula 1 2011 - Ronda 3, China (Qualificação)

Mais uma qualificação, mais uma pole-position de Sebastian Vettel. Parece ser simplista dizer isto, mas a verdade é esta, principalmente numa qualificação onde alguns dos seus possiveis adversários tiveram problemas e erros. O principal foi o que aconteceu a Mark Webber, que nao colocou o KERS no seu carro... e falhou o Q2. Mas tão espantoso como o fato de alguns adversários se terem espalhado ao comprido, ver que o campeão alemão deu sete décimos de segundos de vantagem sobre os McLaren de Lewis Hamilton e Jenson Button, é um feito raro.

Se a Q1 teve essa surpresa espelhada no caso de Webber, que ofuscou o fato de todos os carros se terem qualificado para a corrida, até os Hispania, a Q2 mostrou a habitual luta pelo "top ten" que teve algumas decepções. Não tanto Michael Schumacher, pois já começa a ser habitual, mas ver, por exemplo, os Renault com pilotos que são capazes do melhor e do pior. Vitaly Petrov conseguiu passar para a Q3, mas teve um problema mecânico e não marcou qualquer tempo nessa parte, e Nick Heidfeld não conseguiu puxar o suficiente para fazer melhor do que o 15º tempo.

E os grandes beneficiados foram os Toro Rosso de Jaime Alguersuari e Sebastien Buemi, que no final da qualificação foram o sétimo e o nono da grelha, com Paul di Resta a ficar entre eles, e a conseguir o seu melhor lugar de sempre na sua curta carreira. À frente de toda esta gente ficou Nico Rosberg, que fez das tripas coração e conseguiu um meritório quarto tempo, à frente dos Ferrari de Fernando Alonso e Felipe Massa. Mas os seus tempos refletem a superioridade de Vettel nesta qualificação, pois ficaram a 1,4 segundos da pole-position do piloto alemão. Impressionante!

Em suma, muitos acharam que a pole de Vettel foi fácil demais, naquele ambiente de Xangai. Apesar da facilidade demonstrada, não concordo. Por principio, qualquer pole-position é fruto de muito trabalho, em maior ou menor grau. Ele próprio o disse, no final da qualificação: "Voltámos a conseguir a pole position, mas tento sempre lembrar-me que nem sempre é fácil. Hoje fizemos um bom trabalho, mas os pontos contam é amanhã", afirmou. Sabendo ele e a equipa que a McLaren não desistirá até bater o piloto alemão, ele sabe que não terá descanso até que eles o batam. A unica certeza neste momento é que não o baterão antes da Formula 1 chegar à Europa.

Amanhã é dia de corrida. A ideia de "três em três" pode pairar no ar neste momento, mas até à bandeira de xadrez, tudo pode acontecer.

As ameaças de Luca de Montezemolo, ou como ele quer moldar a Formula 1 à sua imagem

Na madrugada desportiva, a noticia do momento é uma entrevista de Luca de Montezemolo a uma publicação alemã, onde diz mais uma vez que poderá repensar a permanência da Ferrari na categoria máxima do automobilismo, ameaçando até com o abandono da competição no final de 2012, quando terminar o Acordo da Concórdia. A razão dessa queixa, alegadamente, tem a ver com as modificações preconizadas pelos regulamentos a partir da temporada de 2013, nomeadamente os motores Turbo de quatro cilindros em linha.

"Parece-me que a Fórmula 1 está a ficar demasiado artificial, e por exemplo os volantes mais parecem um computador cheio de botões. Isso e várias outras coisas está a deixar os adeptos demasiado confusos e a afastá-los. Por tudo isto, vamos rever a nossa posição. O contrato com a FOM termina no final de 2012, pelo que até lá vamos discutir como proceder perante o quadro que nos é dado a conhecer. A Ferrari permanece na Fórmula 1 enquanto o desporto suportar e justificar o desenvolvimento de tecnologia na produção dos nossos carros, mas caso isso mude, então teremos de ponderar seriamente sair da Fórmula 1.", referiu à alemã Auto Bild.

Francamente, estas declarações são "conversa da treta". Toda a gente que conhece as manhas e meandros da Formula 1 tem de ler estas e outras declarações, quer sejam de Montezemolo, Jean Todt ou Bernie Ecclestone, com outra leitura. Não é entender à letra, mas sim qual é a sua agenda oculta. Sabemos todos que a Ferrari tem a tradição e o poder da Formula 1 atrás de si. Muitos não separam a Formula 1 da Ferrari, e a marca de Maranello pensa que se ameaçar retirar-se caso os regulamentos não sejam ajustados à sua maneira, a Formula 1 não sobreviverá. Mas Montezemolo também deverá saber que sem a Formula 1, a Ferrari não é nada. E depois... se ameçaça abandonar no final de 2012, porque dizê-lo em abril de 2011, dezanove meses antes de dezembro do ano que vêm? Dá muito tempo para chegar a uma espécie de acordo, não dá?

Em suma, não levem este aviso à letra. Montezemolo anda nisto desde 1973 e usa a velha tática que o Commendatore usava nos anos 60, 70 e 80, e ele não tirou os seus carros da Formula 1. Disse o mesmo em 2009, lembram-se? Contudo, tais declarações mas devem ser menosprezadas. Tem de se encarar esta entrevista como um aviso. Alguns podem considerar como chantagem, mas acredito mais que a Ferrari quer algo em troca. Luca de Montezemolo sabe jogar com a politica e tem a sua agenda própria. Como sabe que a Formula 1 e Ferrari andam de mão dada, quer moldar a Formula 1 à sua maneira. É simples.

Montezemolo, ao dar esta noticia nas primeiras páginas dos jornais e a ser o "soundbyte" do dia nos blogues e sites de automobilismo, alcança o seu objetivo: lançar a discussão sobre as regras de 2013, e claro, o novo Acordo de Concórdia. Como sabe que as regras sobre os motores não podem ser alteradas após a sua aprovação em dezembro do ano passado, quer agora reescrevê-las à sua maneira. Já o disse no inicio do ano: quer motores diferenciados dos outros, quer reescrever as regras a seu favor. É como o rapaz que é o dono da bola e que se perde o jogo, tira a bola e vai para casa.

Se queriam algum sinal de que 2012 será um ano complicado para a Formula 1 em termos politicos, ali está. E com a luta pelo poder e influência entre Jean Todt e Bernie Ecclestone em lume brando, quem tiver a Ferrari a seu lado, ganha.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Uma novidade no Grupo Lotus, Proton e malaios...

Com o julgamento do caso Lotus vs Lotus a decorrer nos tribunais britânicos, com final previsto para breve, surgem noticias vindas da Malásia de que o Grupo Lotus conseguiu um financiamento de 440 milhões de dólares para conseguir implementar o seu projeto de ter cinco modelos à venda até 2014, o tal projeto megalómano de Dany Bahar. A noticia, do qual Joe Saward conta hoje no seu blog, refere que esse financiamento foi concedido graças à persuasão do governo local, que estaria interessado em ver o projeto de aumentar as vendas anuais da Lotus dos atuais 2000 para os 7000 carros ser concretizado.

Contudo, apesar desta vitória, há obstáculos e imensas dúvidas que rodeiam os planos da Lotus Cars para o futuro. Um exemplo disso, segundo conta o mesmo Joe, foi a recusa por parte do Regional Growth Fund britânico de uma aplicação de 45 milhões de dólares para ajudar a fábrica no desenvolvimento dos seus planos de expansão. E para piorar as coisas, a Proton teme que caso de derrota em tribunais, a Lotus de Tony Fernandes poderá implicar a Group Lotus em outros casos para que seja ressarcido em termos financeiros dos prejuizos causados por este caso. E caso isso aconteça, a Proton poderá ver a vida a complicar-se cada vez mais, dado que está envolvido neste projeto até à raíz dos cabelos...

E se a Proton poderá ter a vida dificultada, podemos imaginar a Genii Capital e Gerard Lopez, que tendo um excelente carro entre mãos, estão aflitos em arranjar dinheiro para desenvolver e manter a estrutura que a Renault sustentava até ao ano de 2009. Parece que a tal vitória pode ser de Pirro.

WRC 2011: Rali da Jordânia (Dia 1)

O primeiro dia deste encurtado rali da Jordânia foi marcado pelo dominio dos Citroen nas classificativas à volta do Mar Morto, e onde Sebastien Ogier decidiu acelerar e colocar-se na frente da competição, mandando a tática às malvas e conseguindo 31,6 segundos de vantagem sobre o seu companheiro Sebastien Löeb. No última classificativa do dia, e a mais longa do rali, com 41 quilómetros, Ogier acelerou e bateu Petter Solberg por mais de 18 segundos.

Atrás ficou Sebastien Löeb. Sendo o segundo na estrada, conseguiu anular de uma certa forma a desvantagem que teria sobre os que iam logo atrás, mantendo-se sempre no segundo posto. Pior ficou Mikko Hirvonen, que por abrir a estrada, perdeu mais de um minuto para a concorrência e é agora o quinto classificado, a dois minutos e 50 segundos, ameaçado agora... por Kimi Raikonnen, que está a fazer um bom rali.

Claro, o melhor dos Ford nao é nem Kimi, nem Mikko. É sim Jari-Matti Latvala, que é o terceiro classificado, embora tenha andado durante grande parte do dia na segunda posição, cedendo apenas esse lugar para Löeb, para tentar ter maior vantagem na etapa de amanhã, embora essa seja a última deste encurtado rali. Quem já abandonou, vitima da caixa de velocidades do seu Fiesta, é o norueguês Mads Ostberg.

Depois de Matthew Wilson, o sétimo da geral, o árabe Khalid al Qassimi é o oitavo, à frente de Frederico Villagra e do qatari Nasser Al Attiyah, o melhor dos SWRC. O português Bernardo Sousa vem logo atrás, na 11ª posição da geral e segundo na sua classe, mas muito longe de Al Attiyah. Quando a Daniel Oliveira, o brasileiro do Mini Countryman S2000 desistiu cedo devido a problemas na pressão da água e a equipa decidiu por bem sair mais cedo.

O rali da Jordânia termina amanhã.

Formula 1 2011 - Ronda 3, China (Treinos)

Menos de uma semana depois de Sepang, a Formula 1 ja está em Xangai para correr na terceira etapa do campeonato, a última antes de chegar a paragens europeias. E se em sete dias nada se decide em termos de evolução dos carros, pode se dizer que ver o Red Bull de Sebastian Vettel na frente da tabela de tempos começa a ser enfadonho. Apesar de, por exemplo, o melhor tempo do piloto alemão ter sido apenas 0,166 segundos mais rápido do que o McLaren de Lewis Hamilton, que conseguiu superar Jenson Button num duelo interno muito equilibrado, pois o britânico, campeão do mundo em 2009, foi o terceiro nessa segunda sessão de treinos livres.

Depois deles vieram os Mercedes de Nico Rosberg e Michael Schumacher, que ficaram na frente do Ferrari de Felipe Massa, do Force India de Adrian Sutil e dos Renault de Vitaly Petrov e Nick Heidfeld. Todos eles ficaram na frente do segundo Red Bul de Mark Webber, que fechou o "top ten" desta segunda sessão. Fernando Alonso foi apenas o 14º nesta segunda sessão, pois segundo a equipa, andou mais a trabalhar na eficiência aerodinâmica depois de na primeira sessão ter sido o 12º classificado.

Quanto às novatas, começa-se a notar duas coisas: a primeira, que a Lotus começa a encurtar cada vez mais as distâncias para a concorrência. Se na primeira sessão, Heiki Kovalainen conseguiu o 14º tempo, a 2,8 segundos da melhor marca, já na segunda sessão, o finlandês diminuiu essa diferença para 2,7 segundos, mostrando que eles evoluiram para melhor. E a segunda nota tem a ver com os Hispania, que não conseguem ficar dentro da marca dos 107 por cento, como também já superam os Virgin. E não é só Vitantonio Liuzzi, também o indiano Narain Karthikeyan conseguiu superar os Virgin...

Para finalizar, e indo um pouco atrás no tempo, a primeira sessão de treinos teve a presença de três terceiros pilotos: Luiz Razia, na Lotus, Nico Hulkenberg, na Force India e Daniel Ricciardo, na Toro Rosso. Se Hulkenberg continua a ser mais rápido que muita gente, Daniel Ricciardo continua a sua adaptação à Formula 1. Luiz Razia teve a sua estreia, e claro, não foi muito longe. Mas não foi o último...

Amanhã de manhã tem a qualificação, e logo se verá se Vettel consegue a terceira consecutiva. Ou será que desta vez, as McLaren conseguirão contrariar a tendência? Veremos.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

WRC: Calendário divulgado, Volkswagen pode anunciar entrada em maio

No momento em que máquinas e pilotos se preparam para o encurtado rali da Jordânia, há novidades no mundo dos ralis. A FIA anunciou esta tarde o calendário para o Mundial de 2012, que já estava previsto desde há dez dias, mas só agora é que apareceu. Apesar de ainda não haver datas, a FIA quer minimizar ao máximo a sobreposição delas com o Mundial de Formula 1, no sentido de evitar a dispersão das pessoas pelas outras categorias, como por exemplo acontece neste fim de semana, quando temos provas para o WRC, IRC, a Formula 1 e a Indy Car Racing, entre outras categorias menores.

Quanto às provas, confirmam-se doze provas no Mundial, oito fixas e quatro rotativas. Alemanha, Finlândia, Portugal, México, França (Alsácia), Grécia (Acropole), Espanha (Catalunha) e Grã-Bretanha (Gales) ficam, enquanto que há quatro novidades. Dois são regressos, a Nova Zelândia, que substitui a Austrália, e a Argentina, que será feito de moldes diferentes ao habitual, que poderá ser uma prova de longa distância, com chegada ou partida no Uruguai. É um tipo de rali que a FIA quer experimentar em 2012 no sentido de saber se este poderá ser o futuro dos ralis.

Outro rali que poderá ser feito dessa maneira é o da Suécia, que poderá começar ou acabar na Noruega, uma prova de longa distância, mas sobre neve e gelo. Para finalizar, há uma estreia absoluta, o rali de Abu Dhabi, que substitui a Jordânia no calendário.

Enquanto se mostra um primeiro esboço de calendário para 2012, a Autosport britânica anuncia na sua edição de hoje que a Volkswagen poderá anunciar no inicio de maio os seus planos para a próxima temporada. Depois de noticias que davam conta de um possível anuncio por alturas do Rali de Portugal, no final de março, mas que nunca aconteceu, agora surge uma nova data para que se conheçam os planos competitivos da marca de Wolfsburgo, saber não tanto se vai competir no WRC, mas quando, com quem e com que modelo.

Até agora, as especulações tem sido grandes, mas as mais insistentes tem a ver com os planos ambiciosos que a marca tem. Fala-se em cem milhões de euros que tem para gastar, com o objetivo de vencer de imediato, da oferta que fizeram a Sebastien Löeb e do qual o heptacampeão francês recusou, de que o modelo será o Polo e que o seu diretor desportivo será o campeão espanhol Carlos Sainz. Quanto a pilotos, fala-se muito de Petter Solberg, mas Nasser Al Attyah e Juho Hanninen não estão descartados.

Vamos a ver se esta noticia é verdadeira. Caso nada digam, espera-se que em agosto, por alturas do ADAC Rally Deutschland, falem alguma coisa.

Os dois mais recentes projetos na Blogosfera automobilistica

Não é novidade saber que todos os dias aparecem na blogosfera pessoal que faz os seus projetos pessoais, e que tem potencial para florescer, seja porque o assunto é popular, seja porque a pessoa em questão tem uma grande base de apoio. Assim sendo, o surgimento destes dois blogues justifica um post neste canto por causa daaquilo que representam.

Primeiro que tudo: o Alexandre "Faster" Caldeira já não é um novato nestas bandas. Mas como ele é um apaixonado pela fotografia, decidiu que era altura de fazer o seu canto onde pudesse colocar as suas fotos em destaque. E foi assim que nasceu o Faster Photos (www.fasterphotos.blogspot.com) onde coloca por lá as inumeras fotos que tirou dos vários eventos que acompanhou na sua região natal, o Algarve. Como tem agora os ralis na zona de Tavira, e os respetivos testes, e o circuito de Portimão, no Algarve, motivos para colocar as suas fotos não faltarão.

O segundo é mais geral. É um blog sobre o WRC, mas em português. Numa temporada onde se têm dois pilotos a andar entre os grandes dos ralis mundiais, o WRC Portugal (www.wrcportugal.blogspot.com) aparece numa altura em que provavelmente, o nome de Portugal lá fora será ainda mais falado, com os projetos de Armindo Araujo na Mini e de Bernardo Sousa, primeiro no SWRC, mas provavelmente no WRC num futuro mais próximo, o interesse será cada vez maior. Portanto, este blog surgiu na hora certa.

Em suma, eis duas boas sugestões. Espero que façam uma visita a eles o mais rapidamente possivel.

5ª Coluna: avisos à navegação, possiveis sinais do futuro

Apesar de irmos apenas para a corrida três do campeonato mundial de 2011, parece que começa a ser altura ideal de falar sobre as equipas que não arrancaram muito bem, pois nada dramático irá ocorrer na performance delas, pelo menos antes destas começarem a correr na Europa. Falo da Ferrari e da Mercedes, que estão a ter performances muito abaixo do esperado.

Esperava-se que a Ferrari estivesse pelo menos no segundo lugar em termos de performances, atrás da Red Bull. Contudo, a McLaren foi superiora à Ferrari de forma que surpreendeu toda a gente, o que fez uns a pensar que eles esconderam muito bem o jogo, ou então conseguiram detetar os problemas e corrigi-los a tempo da primeira prova do ano, em Melbourne. O fato de eles terem incomodado a Red Bull ao ponto destes usarem o KERS para conseguir superar a ameaça Hamilton/Button na Malásia, demonstra que por aqui, a equipa de Woking será a grande rival dos energéticos de Salzburgo.

Mas se a McLaren será a equipa que tentará bater a Red Bull, o que faz a Ferrari? Pois bem, a imprensa especializada fala das campainhas de alarme que já se tocam há muito em Maranello, e as várias reuniões em que os responsáveis da Scuderia estão a ter para resolver a diferença que tem para a Red Bull, McLaren e imagine-se: Renault. Viu-se na Malásia que a Ferrari ainda não subiu ao pódio, e a marca cuja propriedade é de todos conhecida e as suas dificuldades em arranjar financiamento são públicas, já conseguiu dar um pódio a cada um dos seus pilotos...

Aparentemente, tentam-se diagnosticar os problemas que eles andam a ter neste inicio de temporada, mas se as performances dos pilotos poderão disfarçar o problema (umas vezes para o melhor, outras para o pior), parece que o chassis poderá ser o grande problema da Scuderia, mais do que os erros dos pilotos, o desgaste dos pneus ou o mau funcionamento dos componentes novos, como o KERS. Todos estão concentrados nisso, e funciona-se a todo o vapor para que isso seja resolvido, mas o maior temor é que isto tudo seja mais profundo, vindo do próprio chassis. E a ideia de se ver toda uma temporada perdida é o pior pesadelo que se pode ter por aquelas bandas, porque no final, num pais tão volátil como a Itália, muitos exigirão algumas cabeças cortadas...

A corrida malaia também demonstrou outra equipa em apuros. Quem viu a luta entre Kamui Kobayashi e Michael Schumacher reparou que, mais do que uma luta de gerações, era uma luta entre um construtor e um "garagista" para ver quem era melhor. Eu francamente simpatizo com os garagistas porque eles sabem fazer milagres com o que tem. E conseguem ser muito mais eficazes no momento em que desenham os seus chassis do que uma construtora, que tem imenso dinheiro para gastar, mas não tem paciência para reconhecer que erraram. E o chassis W02 da Mercedes está mal construido e a cada corrida que passa, vê-los a serem superados por Renault, Sauber e se calhar Toro Rosso, começa a dar pena. Parece que depois dos desastres da década passada como Jaguar, Honda, Toyota ou num passado mais distante, como a Alfa Romeo, esse capitulo não está totalmente encerrado.

Na edição desta semana do Autosport português, o jornalista Luis Vasconcelos faz um retrato cruel do W02 e da incapacidade de Ross Brawn admitir que errou. Ali, em resposta a um internauta sobre se eles iriam virar uma segunda Toyota, afirma: "O mais alarmante no caso da Mercedes é a incapacidade de reconhecer que o MGP W02 é um chassis mal nascido, com um conceito errado, sobretudo a nivel aerodinâmico. Brawn continua a acreditar que é o acerto, ou a estratégia, o KERS ou o DRS (a asa móvel) que não estão a funcionar, mas a verdade nua e crua é que falta carga aerodinâmica no chassis, o desgaste dos pneus é enorme e falta direção de projeto para melhorar a situação. Resta ver até quando Estugarda vai aguentar esta situação, porque os alemães são menos pacientes que os japoneses".

A ser tudo isto verdade, parece que há uma equipa que já tem a temporada perdida. E como em Maranello, em Estugarda também há vozes a exigir algumas cabeças em cima da mesa... e se quiserem ler um pouco mais sobre isso, recomendo a leitura do post de hoje do blog Formula Portugal, que disseca as razões do fracasso que está a ser o projeto Mercedes.

Entretanto, existe uma terceira sombra no horizonte. Ontem, o Joe Saward falou ontem no seu blog que Bernie Ecclestone está disposto a sabotar as intenções da FOTA e da FIA em ficar com uma fatia maior das suas receitas, bem como a renegociação do contrato leoninamente centenário que a FOM tem para lidar com os direitos televisivos. E como iria fazer? Dar aquilo que as equipas querem... à unica equipa que não faz parte da FOTA: Hispania.

De um modo simples e direto: Joe diz que Bernie Ecclestone, sabendo das dificuldades que a equipa de José Ramon Carabante e Colin Kolles tem para arranjar dinheiro, arranjou um contrato de 35 milhões de dólares por ano para cobrir as despesas. É três vezes e meia superior a aquilo que está a receber agora, e é um valor que para as equipas mais pequenas, serve para grande parte do ano. Exemplos? A Virgin tem um orçamento de 45 milhões de dólares anuais e a Team Lotus anda à volta dos 55 a 60 milhões. E sabendo ele, por exemplo, que algumas equipas necessitam desesperadamente de dinheiro para garantir a sua sobrevivência - a Renault-Genii-Proton é a candidata numero um - dar uma cenoura bastante suculenta poderá dar cabo da unidade dentro da FOTA. Mas como esta semana as equipas deram o cargo da vice-presidência a Eric Boullier, parece que tal coisa parece ser improvável...

Em suma, é a expressão "dividir para conquistar" no seu melhor. Bernie pode estar velho, mas ainda mexe o suficiente para evitar com que se apropriem da sua galinha dos ovos de ouro. E está a provar, todos os dias, que só largará o negócio bem depois de morto. Mas como disse atrás, é um jogo perigoso, e o risco desta jogada sair pela culatra é bem real... veremos os próximos capítulos desta e das outras novelas.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Um tributo a uma lenda do automobilismo americano

Viveu aquilo que muitos consideraram como "a era dourada da Formula 1", uma era tão fantástica como perigosa. A sua carreira prolongou-se ao logo de toda uma década e correu por quase todas as grandes marcas europeias: Ferrari, Porsche e BRM. Foi o primeiro vencedor na Formula 1 por três marcas, incluindo a sua. O seu estilo de condução, considerado como "fluido" pelos seus adversários, fê-lo ser temido pelo melhor da sua geração, o escocês Jim Clark.

Dan Gurney, uma das lendas do automobilismo americano e Mundial, faz hoje 80 anos. Venceu na Formula 1, NASCAR e Indy Car, foi um dos pilotos que venceu no Ford GT40 nas 24 Horas de Le Mans, numa "all american victory", com uma lenda de Indianápolis, A.J. Foyt. Isso aconteceu em 1967, aquele que foi provavelmente o seu melhor ano da sua carreira.

Desde 1965 que Gurney, em colaboração com Carrol Shelby, e com o financiamento da marca de pneus Goodyear, estava a dirigir a Anglo American Racers, com motores V12 de 3 litros feitos pela preparadora Westlake. Os chassis eram chamados oficialmente de Eagle, e Gurney tinha pedido a Len Terry, o homem que desenhou o Lotus 32 que tinha ganho as 500 Milhas de Indianápolis em 1965 com Jim Clark, para desenhar o Eagle T1G. Inicialmente correream nos Estados Unidos, mas foi na Europa que conseguiu os seus maiores feitos, especialmente quando venceu o GP da Belgica de 1967, em Spa-Francochamps. Foi o seu ponto mais alto da sua carreira.

Em 1969, abandonou a Europa e foi para os Estados Unidos para cuidar da sua equipa nas paragens americanas, tornando-se numa das mais bem sucedidas de sempre. E foi no inicio dos anos 70 que Gurney fez a sua contribuição para o automobilismo, com um dispositivo aerodinâmico chamado apropriadamente de "Gurney flap". Basicamente é um dispositivo colocado no fim da asa traseira no sentido de acrescentar um "downforce" mais eficaz no eixo traseiro, onde normalmente fica situado. E um dispositivo do qual passa despercebido, mas do qual ninguém passa sem ela.

Mas não foi só nisso que foi pioneiro. Sempre um arauto da segurança, ele foi o primeiro piloto a experimentar um capacete integral, quando a Bell lhe deu um capacete para o experimentar no GP da Alemanha de 1968, ainda corria na Eagle. A sua All American Racers correu até 1999 na CART, competição que ajudara a fundar vinte anos antes, em 1979. Após isso, retirou-se da competição, mas os seus contributos para o automobilismo são inestimáveis. Em suma, é uma lenda viva do automobilismo.

Feliz Aniversário, Dan Gurney!

Sem treinos, a Ford goza... a boa vida!

Como sabem, o Rali da Jordânia vai ser, no mimino, amputado de pelo menos um dia de competição devido aos atrasos logisticos. E como os carros ainda estão a caminho, ou então já chegaram mas ainda estão a ser montados e adaptados, alguns pilotos aproveitaram esta folga forçada para fazer... turismo no Mar Morto.

Foi o que fizeram os pilotos da Ford, quer a oficial, quer a Stobart, que se juntaram e conviveram em pleno Abril, banhando-se e descansando antes do começo de um encurtado rali da Jordânia. Veremos se os sorrisos se mantêm no final deste rali, e não sejam os do costume a comemorar, não é?

Só por puro gozo!

É engraçado ver tanto pessoal a fazer humor com a Formula 1 ou com o automobilismo em geral. Agora, como é complicado acompanhar toda a gente, decidi fazer uma experiência na página do blog no Facebook: tentar juntar o maior numero de "carantonhas" possivel e fazer um álbum de cada corrida. Para experiência inicial, comecei com o GP malaio, onde houve umas interpretações bem engraçadas sobre certas situações de corrida...

Vamos a ver se tenho pedalada para isto tudo. Arquivo não faltará, pode ser que traga do fundo do baú algumas recordações de um passado recente...

As corridas do passado: China 2004

"A temporada de 2004 estava a ser um longo passeio para a Ferrari. Michael Schumacher tinha ganho o campeonato quase por antecipação, e por alturas do final de setembro, somente tinha perdido dois Grandes Prémios: um no Mónaco, ganho pelo Renault de Jarno Trulli, e outro em Spa-Francochamps, vencido pelo McLaren de Kimi Raikonnen. O resto era tudo de Michael Schumacher, que assim vencia, de forma dominadora, o seu sétimo título mundial, o quinto consecutivo.

Depois de Monza, a Formula 1 mudava-se para a Asia, onde a organização planeava uma expansão nesse continente. Primeiro a Malásia, nesse ano começava a correr na China, mais concretamente em Xangai, numa pista encomendada por Bernie Ecclestone e desenhada por Hermann Tilke. Era a 16ª das dezoito provas do campeonato desse ano."

(...)

"O sistema de classificação dessa altura consistia em uma só volta de qualificação, onde os pilotos davam o seu melhor, sem cometer erros, para conseguir a melhor qualificação possivel. Tinham pneus moles e depósito vazio e davam o seu melhor. Se cometessem um erro, partiriam do fundo da grelha. E fora isso que acontecera a Michael Schumacher, quando se despistou na sua volta de qualificação. A Ferrari decidiu que iria largar das boxes, para assim tentar recuperar o tempo perdido e acabar nos oito primeiros." (...)

Esta era a situação da Formula 1 em 2004, não há muito tempo atrás, quando visitou a China pela primeira vez na sua história. Num circuito desenhado pelo projetista do costume, a China era um mercado desejado por Bernie Ecclestone para expandir o seu negócio, da mesma forma que vai acontecer no final deste ano quando chegar à India. As atribulações que Michael Schumacher passou quando esteve por lá, por causa de um sistema de classificação que penalizava o menor erro dos pilotos, que deu uma vitória ao seu companheiro Rubens Barrichello, é a história que escrevo hoje no sitio Pódium GP, numa série de artigos sobre o GP da China, que se disputará neste final de semana.

Noticias: primeira etapa do Rali da Jordânia anulada

A organização do rali da Jordânia decidiu esta manhã cancelar a primeira etapa, que deveria acontecer esta sexta-feira, devido aos vários atrasos de ordem logistica para a chegada dos carros à zona de Amã e do Mar Morto, local da realização do quarto rali do calendário de 2011.

De fato, atrás de problemas está a ter este rali, a quarta etapa do Mundial. Para além dos problemas políticos, pois a região está conturbada devido á agitação social, as avarias do barco que transportou os carros até ao porto de Haifa, em Israel e as burocracias existentes entre as alfândegas de Israel e Jordânia fizeram atrasar mais o "shakedown" e a apresentação das equipas.

A maior dificuldade logística do Rali da Jordânia é o transporte dos equipamentos que usamos na Europa. Nossos camiões são muito grandes para serem transportados por ar, assim, temos de usufruir do transporte marítimo”, justificou Sven Smeets, o diretor logistico da Citroen, ao site brasileiro Grande Prêmio.

A princípio, cruzaríamos o Canal de Suez e chegaríamos a Aqaba, ao sul da Jordânia. Mas a situação egípcia dificultou esse caminho, e decidimos desembarcar em Tartous, na Síria. Por causa da situação atual do país, essa solução tampouco foi possível. Junto com a Ford, a North One Sport, a Michelin e outras equipas privadas, nós alugamos um navio para chegar a Haifa desde Trieste. Todo o equipamento deveria chegar por estrada ao Mar Morto na segunda-feira à noite.”, concluiu.

Contudo, o atraso foi de três dias e isso levou a que a decisão de anular o primeiro dia do rali jordano fosse a mais lógica. Assim sendo, a prova será mais um "rally sprint" do que os três dias normais de uma etapa do Mundial.

Formula 1 em cartoons - Malásia (Crazy Circus)

De fato, essa luta entre o Kamui Kobayashi e o Michael Schumacher era desigual... mas enfim, não é? Deu bons momentos de televisão, não tão bons como os de Vitaly Petrov, o mais recente cosmonauta russo...

GP Memória - Espanha 1986

Depois do Brasil, a Formula 1 estava na Europa, estreando um novo circuito no calendário. A Espanha estava de volta ao calendário, após cinco anos de ausência, e estreava um novo circuito, construido na localidade andaluz de Jerez de la Frontera, a meio caminho entre Sevilha e Cadiz, no sul de Espanha. Podia ser um bom circuito, mas para os pilotos era demsiado travado e relativamente curto em termos de largura.

Sem alterações no pelotão da Formula 1, os 26 pilotos preparavam-se para o final de semana espanhol, adaptando-se à pista. No final desses dias, o melhor na qualifiação era o Lotus de Ayrton Senna, seguido pelo Williams-Honda de Nelson Piquet. Mais uma vez, tal como acontecera em Jacarépaguá, a primeira fila era toda brasileira, mas as posições tinham sido trocadas. Na segunda fila estavam o segundo Williams de Nigel Mansell e o McLaren de Alain Prost. O seu companheiro de equipa, Keke Rosberg, estava logo a seguir, com o Ligier de René Arnoux a conseguir o sexto tempo. Gerhard Berger, no seu Benetton, e Jacques Laffite, no segundo Ligier, ficavam com a quarta fila e a fechar o "top ten" estava o segundo Benetton de Teo Fabi e o segundo Lotus-Renault de Johnny Dumfries.

A 13 de Abril de 1986, debaixo de um sol de Primavera, a Formula 1 regressava a Espanha e estreava um novo circuito. E a corrida iria entrar nos livros de história pela sua emoção e um dos finais mais apertados da catagoria máxima do automobilismo. Na partida, Senna partiu para a frente, seguido por Piquet e Mansell. Mas o britânico iria perder posições nas voltas iniciais a favor dos McLarens de Prost e Rosberg. Contudo, Mansell começou a reagir, e aos poucos, recuperou as posições perdidas e aproximou-se de Piquet, que o ultrapassou. E na volta 39, apanha Senna e o ultrapassa.

Por essa altura, Piquet já tinha desistido, devido à explosão do seu motor Honda. Mansell tentou afastar-se de Senna, chegando a ter uma vantagem de quatro segundos, mas o brasileiro reagiu, especialmente com o McLaren de Prost atrás de si. À medida que as voltas continuavam a surgir, os três pilotos encaravam um duelo pela liderança, onde Senna deu o seu melhor para superar o "brutânico", que fazia tudo para segurar essa posição.

Mas na volta 61, Senna fez uma manobra capaz de o ultrapassar e Mansell, para evitar sair de pista, deixou que Prost ficasse com o segundo lugar. De imediato, reagiu com uma jogada arriscada: meteu pneus moles novos, suficientemente frescos para os apanhar num instante. Quando voltou á pista, tinha 19 segundos de desvantagem para Senna, e partiu para o ataque.

Nas voltas seguintes, Mansell apanhou os dois a um ritmo de... quatro segundos por volta. O brutânico estava disposto a vencer aquela corrida, custasse o que custasse. Em quatro voltas, apanhou Prost, mas demorou algum tempo até o superar. Quando o fez, partiu na implacável perseguição a Ayrton Senna, e quando chegou a última volta, a diferença entre os dois era de uns meros 1,5 segundos.

Nas curvas finais, Mansell tentou ultrapassá-lo mas Senna defendeu da melhor maneira que conseguiu, e na última curva, o "brutânico" tentou ultrapassá-lo em pura aceleração. Não o conseguiu por uns meros 0,013 segundos. Uma chegada em "photo-finish", a terceira mais pequena de sempre entre o primeiro e o segundo classificado. Alain Prost ficou com o lugar mais baixo do pódio, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficaram Keke Rosberg, no segundo McLaren e os Benetton-BMW de Teo Fabi e Gerhard Berger.

Fontes:

terça-feira, 12 de abril de 2011

Youtube Space Classic: primeiro o vôo do Columbia, 1981



O dia 12 de abril é definitivamente um dia onde o Espaço está presente em todos os calendários. É o dia em que Yuri Gagarin foi para o Espaço e entrou na História como o primeiro homem no Espaço, em 1961. Mas precisamente vinte anos depois, num domingo, quando na Argentina, Nelson Piquet caminhava para a vitória, os americanos escolheram esse dia para colocar no Espaço o "Space Shuttle" Columbia, o primeiro de uma série de cinco construidos pelos americanos, ao que seguiram Challenger, Discovery, Atlantis e Endeavour.

Ao longo de trinta anos, e mais de cem missões o Space Shuttle fez aquilo que tinha sido feito: levar astronautas e material para o Espaço, desde satélites até a partes da Estação Espacial Internacional, passando pelo Telescópio Hubble. Mas como sabemos, tambem foi palco de dois desastres: o do Challenger, a 28 de janeiro de 1986, e do próprio Columbia, a 1 de fevereiro de 2003.

Precisamente trinta anos depois, a NASA reforma o seu Space Shuttle depois dos seus bons serviços no Espaço. Contudo, o futuro do programa espacial americano está numa encruzilhada, pois não se sabe qual é o passo a seguir. O programa Constellation, iniciado por Geroge W. Bush, foi cancelado por Barack Obama, e as empresas privadas ainda estão num estado demasiado permaturo para começarem a voar para o Espaço para fins comerciais ou de entretenimento, como a Virgin Galactic, que tudo indica que voará algures neste ano.

Troféu Blogueiros - As notas do GP da Malásia

Depois dos atrasos do GP da Austrália, com a corrida malaia, todos se despacharam em mandar as suas notas. Pudera, com o GP da China neste domingo, tinham todos de se despachar, não é?

Assim sendo, eis as notas que alguns de nós deram à corrida malaia, com algumas das suas polémicas, mas isso já colocamos as nossas "clausulas de segurança". Podem ver e dizer de vossa justiça.E na semana que vêm, haverá mais.

As corridas do passado: Argentina 1981

(...) "Em Buenos Aires, a Brabham tinha por fim estreado a sua suspensão hidropneumática no seu modelo BT49, que resolvia a solução para o problema das saias, abolidas pela FISA no inicio do ano e que tinha levado a que a FOCA, liderada por Bernie Ecclestone, o patrão da Brabham, a considerar a criação de uma série paralela. Mesmo não sendo legal, com o Acordo de Concórdia assinado e a paz a regressar lentamente ao "paddock", Ecclestone e Balestre decidiram fechar os olhos a esta engenhosa solução inventada por Gordon Murray.

Mas se fechavam os olhos à Brabham estavam de olhos bem abertos em relação à Lotus e à polémica que envolvia a FISA, de Jean-Marie Balestre. Depois de tentativas frustradas por parte de Chapman para colocar o seu modelo 88 de chassis duplo em Long Beach e Rio de Janeiro, depois de uma nova tentativa, barrada pela FISA, Chapman decidiu que estava farto de tanta polémica e desistiu, amargurado. Foi-se embora de Buenos Aires no sábado, rumo à Florida para assistir "in loco" ao lançamento do vaivém Columbia, e decidiu também que não iria levar os seus carros para Imola, palco do GP de San Marino." (...)

Em Buenos Aires, palco da terceira prova do Mundial de Formula 1 de 1981, havia mais emoção dentro das boxes do que na pista. Apesar de se viver um clima de paz, havia ainda algumas polémicas à mistura, especialmente com a teimosia da FISA em proibir o Lotus 88 de chassis duplo, que segundo a organização, era ilegal, mas que na realidade, o regulamento era omisso. No final tinha tudo a haver com politica...

Quanto à corrida, foi mais um passeio de Piquet na pista portenha, com o aniversariante Reutemann - fazia 39 anos nesse dia - a ficar atrás de Piquet, mas a sair de Buenos Aires como o lider provisório do Mundial daquele ano. Em suma, desobedecer ao patrão tinha valido a pena... o resto da história e muito mais, pode ser lido a partir de agora no site Pódium GP.

Youtube Space Classic: A primeira órbita



Uma data como esta não podia deixar de ser assinalada um pouco por todo o mundo. Há anos que todo o 12 de abril é a "Noite do Yuri" onde astrónomos e entusiastas do Espaço um pouco por todo o mundo comemoram o dia do primeiro homem que viajou para fora da Terra, numa órbita de 108 minutos.

Mas também neste ano de 2011, o realizador britânico Christopher Riley decidiu fazer um documentário narrando o vôo de Gagarin. Assim sendo, pediu ao astrounauta italiano Paolo Nespoli, da Agência Espacial Europeia, para que filmasse a Terra vista do Espaço - neste caso, na International Space Station - recriando o vôo de Yuri Gagarin, recorrendo também aos registos sonoros do cosmonauta russo. O resultado final é "First Orbit" (Primeira Órbita, numa tradução livre) e o filme foi disponiblizado para ser visto no Youtube. E podem ver também o site, www.firstorbit.org.

Portanto, tragam as pipocas e a Coca Cola e venham recordar este dia unico na História da Humanidade.

Extra-Campeonato: os 50 anos de Yuri Gagarin, o primeiro homem no Espaço

Era baixote, mas tinha um sorriso cativante. Sobre ele, Serguei Korolev, o homem que tomava conta do programa espacial soviético, dizia que "tinha um sorriso que fazia acender a Guerra Fria". Provavelmente deve ser um dos homens que o mundo respeita, e é um dos marcos da corrida espacial, a par do Sputnik, que é admirado por todos. E hoje faz 50 anos que o homem foi para o Espaço. Esse primeiro homem era russo e chamava-se Yuri Gagarin.

Na era da Guerra Fria e da corrida espacial entre americanos e russos, estes últimos tinham conseguido antecipar em Outubro de 1957 quando lançaram o satélite "Sputnik", o primeiro objeto artificial a pairar no Espaço. Os soviéticos tinham um programa altamente secreto, liderado por Serguei Korolev, um homem que passara a vida a desenhar foguetes e a desenvolver o sistema de misseis da União Soviética, e o lançamento tinha sido tão inesperado que chocara o resto do mundo e desencadeou uma reacção que daria origem à corrida espacial entre eles e os Estados Unidos.

Com o passar dos anos, os americanos queriam bater os russos no passo seguinte, que era colocar um homem no Espaço. Por essa altura, em 1959, era uma questão de honra e os primeiros astronautas americanos, os sete do Projeto Mercury (Gus Grissom, Alan Shepard, John Glenn, Gordon Cooper, Walter Scirra, Scott Carpenter e Deke Slayton) tinham sido apresentados pela imprensa com toda a pompa e circunstância. No lado russo era o contrário, nada se sabia, dado o extremo secretismo do programa. Korolev, por exemplo, só seria revelado ao mundo no dia da sua morte, em 1966.

Por essa altura, os soviéticos tinham o programa Vostok (Oriente ou Leste em russo) e tinham selecionado vinte cosmonautas, todos entre os 23 e os 30 anos, e que não podiam medir mais do que 1,75 metros e pesar mais do que 72 quilos. Gagarin, quando foi selecionado, tinha 25 anos. No ano seguinte, Korolev selecionou seis para um programa mais avançado de treino no sentido de os preparar para o vôo da missão Vostok 1, e dois deles eram Yuri Gararin e Vladimir Titov. Mas ao longo de 1960, todos estavam convencidos de que o primeiro seria Gagrin, devido aos testes feitos por eles e pela sua maneira de estar entre os seus companheiros.

Enquanto que os cosmonautas eram treinados, o foguetão era experimentado. sete lançamentos foram feitos, dois quais três foram um sucesso e dois acabaram em explosões. Mas o pior desses incidentes não foi um lançamento: aconteceu a 24 de outubro de 1960, quando um foguetão R-16 carregado de combustivel explodiu durante uma operação de reabastecimento, em Baikonour, causando a morte de 165 pessoas, incluindo Nitrofan Nedelin, o chefe do departamento estratégico de misseis do Exército Vermelho. Apesar do incidente nada a ter a ver com o programa espacial, isso tinha causado atrasos no programa e elevara os riscos de algo correr mal quando fosse a vez de lançar o cosmonauta.

No inicio de 1961, Korlolev escolheu os seus dois primeiros cosmonautas: Yuri Gagarin e Gherman Titov. Ambos seriam lançados para o espaço nesse ano, o primeiro dos quais a 12 de abril, e ambos trabalhariam em dupla, com um a substituir o outro em caso de doença ou lesão. Nesse 12 de abril, acordaram às 5 e meia da manhã, tomaram o pequeno almoço, entraram nos seus fatos espaciais e foram transportados para o lugar do lançamento. Pelas sete e dez da manhã, Gagarin entrou no seu Vostok 1 e esperou mais duas horas até à hora do lançamento, conversando com o chefe da missão e com Korolev.

Entretanto, houve um atraso de uma hora, quando se verificou que a porta não tinha ficado devidamente selada. Apesar de tudo, Gararin estava calmo: a sua pulsação média era de 64 batimentos por minuto.

O lançamento estava marcado para as 9:07 locais, menos três horas pelo horário mediano de Greenwich. Quando aconteceu, nos sete minutos a seguir, com os propulsores a puxarem o foguetão para o espaço, tudo estava a correr como planeado. "... o vôo está a correr bem. Estou a ver a Terra. A visibilidade é muito boa... consigo ver quase tudo. Há um certa claridade acima da capa de nuvens. Vou continuar o voo, está tudo a funcionar bem." Foi assim até chegar à altitude de orbita, onde permaneceu por lá durante uma hora. Depois os sistemas começaram a funcionar automáticamente os seus mecanismos para a descida, e esta aconteceu na zona de Saratov, no centro da Russia.

Quando este caiu em terra, pois tinha se ejetado da capsula Vostok devido a um problema técnico, a cena tinha sido observada por um agricultor e a sua filha, que ficaram assustados por tal figura. Gagarin disse depois: "Quando me viram com o fato laranja e o paraquedas, e comecei a andar, fugiram com medo. Então disse-lhes: 'não tenham medo, sou soviético como vocês, que veio do espaço e precisa de um telefone para falar com Moscovo!'" Tinha voado durante 108 minutos e a partir daquele dia, o seu nome entraria nos livros de História.

Como é óbvio, os soviéticos anunciaram logo naquele dia o sucesso da operação, e elevaram Gagarin ao estatuto de herói. Podia ser uma mera operação de propaganda, para mostrar que os soviéticos é que estavam na vanguarda da tecnologia, mas todos queriam e adoravam ver Gagarin, cujo sorriso era contagiante. Mas ele não voaria mais para o Espaço, pois o Politburo soviético achava que Gagarin era demasiado precioso para que se arriscasse a uma nova missão espacial. Era a maldição dos primeiros...

Contudo, Gagarin foi promovido a Coronel, tornou-se instrutor na Academia Espacial e deputado no Soviete Supremo. Pilotava frequentemente um aparelho Mig-15, pois queria ter licença de vôo para fazer parte da instrução dos futuros cosmonautas. Mas a 27 de Março de 1968, quase sete anos depois do seu primeiro vôo espacial, Gagarin e o seu instrutor, Vladimir Seryogin, morrem num acidente de aviação. As causas do acidente foram alvo de especulação durante anos a fio, dando palco a varias teorias de conspiração, mas nos anos 90, quando o regime soviético terminou, descobriu-se que houve três investigações paralelas: a oficial, a do Politburo e da KGB.

E todas elas chegaram, à sua maneira, à mesma conclusão: um Sukhoi Su-15 voava demasiado perto do Mig-15 quando bateu a barreira do som, e o impacto desse "boom" sónico fez vibrar o avião de forma perigosa, levando-o a perder o controlo e a cair. Para além disso, um erro feito pelo controlador de vôo da zona, relativo às condições meteorológicas da altura - tempo coberto a partir dos 2000 metros de altura - levaram ao desastre. Gagarin foi cremado e teve um funeral de estado, com as suas cinzas colocadas no muro do Kremlin, não muito longe de Serguei Korolev, que tinha morrido dois anos antes.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A capa da Autosport desta semana

A capa do Autosport desta semana mostra o que foi o fim de semana competitivo, onde o GP da Malásia foi sem dúvida o prato principal. E claro, o dominio de Sebastien Vettel, que venceu pela segunda vez consecutiva no campeonato de 2011. "Vettel sempre a somar", sobre um antetitulo que diz "Red Bull imbatível no GP da Malásia".

Em vários subtítulos, um resumo do que foi o fim de semana malaio: "Campeão com arranque imparável no Mundial"; "McLaren a unica que pode fazer sombra ao jovem alemão" e "Conheça o segredo da eficácia dos Red Bull".

Na parte de cima da capa da revista, três referências a outras modalidades. A primeira, sobre o próximo Rali da Jordânia, onde se diz que "Ford prepara contra ofensiva na Jordânia", onde se fala no TT nacional, onde o campeão nacional "Filipe Campos abandona campeonato por causa das novas regras" e por fim, o karting, porque o "Campeonato nacional renasce das cinzas".

Já agora, por baixo, uma referência ao Motorclássico, que decorreu no passado fim de semana na Fil lisboeta, onde havia "Carros com histórias para contar na FIL".

Noticias: Prodrive apresenta oficialmente o seu modelo Mini WRC

Enquanto que se prepara para o Rali da Jordânia, que acontecerá no final da semana, a mini apresentou-se oficialmente nas suas roupagens de estrada. Nada de anormal, já sabemos o que irá ser em termos gerais, graças aos carros de Armindo Araujo e Daniel Oliveira, mas aqui é diferente, pois estes carros estão com as roupagens de WRC, que se verá em todos os carros a partir do Rali da Sardenha, que se disputará entre os dias 5 e 8 de maio.

No edifício "T" da fábrica da MINI em Oxford, o carro com as cores da equipa de fábrica em 1964 e 65, quando ganhou as edições do Rali de Monte Carlo com Paddy Hopkirk e Timo Makinen - e vão usar os mesmos numeros, o 37 e o 42 - David Richards, Chefe Executivo da Prodrive mostrava-se ansioso pela estreia oficial: "Temos trabalhado ao longo dos últimos dois anos e estou muito excitado pela apresentação da MINI WRC Team e por este carro que me parece o mais espantoso de todos os WRC. Temos uma equipa experiente, um duo de pilotos talentoso, e mais importante que tudo, uma parceria forte com a BMW. Agora só queremos que chegue o Rali de Itália para demonstrar a performance do carro.", concluiu.

Dani Sordo, um dos pilotos oficiais, também se mostrava ansioso, mas muito motivado para esta sua temporada no WRC: "É hora de colocarmos a bola a rolar", começou por dizer o Campeão Júnior de 2005. "Já lá vai muito tempo desde o meu último rali, e agora queremos mostrar que trabalhámos bem. Tudo é novo para mim este ano. Tendo isso em mente, o tempo para me acostumar a este novo ambiente foi útil e estou ansioso para começar o novo desafio e lutar por bons resultados com o MINI John Cooper Works WRC."

O britânico Chris Meeke alinha va também no mesmo diapasão: "Esta apresentação é mais uma etapa no longo caminho que temos vindo a percorrer até ao nosso primeiro rali", referiu. "Estou ansioso para iniciar a temporada. É bom para todos na equipa, já que vamos poder ver o resultado do nosso trabalho. A herança da MINI no automobilismo é fantástica. Agora, queremos adicionar mais alguns capítulos na história de sucesso.", concluiu.

Assim sendo, resta esperar um mês para ver como se comportarão os carros neste seu primeiro rali, do qual se criam crescentes expectativas.

Ralis: dois pilotos morrem em acidentes na Polónia e Republica Checa

Não foi um fim de semana bom nos ralis europeus. Em dois dias, em dois paises diferentes, em dois ralis locais, dois pilotos sofreram acidentes mortais enquanto faziam o que mais gostavam: correr.

O primeiro acidente mortal aconteceu na tarde de sexta-feira na Republica Checa, mais concretamente no Rali Sumava, onde o piloto local, Jiri Skoupil, perdeu o controlo do seu Citroen C2 1600 numa saída de estrada que causou o embate em duas árvores. Skoupil teve morte imediata e o seu navegador J.Volf, teve ferimentos algo graves, mas pelos vistos não corre risco de vida. Skoupil tinha 46 anos.

Um dia mais tarde, no Rali Swidnickeho, na Polónia, houve outro acidente mortal. O piloto Sylwester Olszewski, de 31 anos, perdeu o controle do seu Honda Civic Type R, causando a destruição do seu carro. Socorrido pelos paramédicos, pouco mais poderiam fazer senão confirmar a sua morte. Em ambas as ocasiões, na Republica Checa e na Polónia, ambas as provas foram canceladas com a noticia dos seus acidentes mortais.

domingo, 10 de abril de 2011

Indy Car: Will Power domina em Barber

Se de manhã, na Formula 1, Sebastien Vettel dominou de ponta a ponta na corrida malaia, espera-se que na corrida desta noite no circuito de Barber, no Alabama, a conta para a Indy Car Series, as coisas foram um pouco na mesma, mas aqui foi o australiano Will Power, no seu Penske, que dominou de ponta a ponta a segunda corrida da temporada, batendo o neozelandês Scott Dixon e o escocês Dario Franchitti.

Mas apesar deste dominio, houve lugar a algumas demonstrações de velocidade, como as que teve Tony Kanaan, no seu carro da equipa KV/Lotus, que da 24ª posição da grelha, acabou a corrida na sexta posição, colado ao quinto classificado, o veterano catalão Oriol Serviá, no seu carro da Newmann-Haas.

Foi uma corrida complicada, com seis bandeiras amarelas ao longo das noventa voltas. A primeira situação foi na volta inicial, e na relargada, duas voltas mais tarde, o Penske de Helio Castro Neves teve uma saida de pista e caiu do terceiro para o nono lugar. Na frente, Power era assediado pelo seu compatriota Ryan Briscoe até à volta 35, altura das primeiras paragens nas boxes. Aí, Briscoe perdeu o segundo posto a favor de Scott Dixon, e tentou recuperar essa posição. Contudo, na volta 57, foi tocado pelo carro de Ryan Hunter-Reay e acabaria por abandonar.

A partir daí, o terceiro lugar ficou nas mãos de Dario Franchitti enquanto que à sua frente, Dixon tentava usurpar a liderança de Power, especialmente nas relargadas, mas o ritmo de Power foi bem superior. Quando a bandeira de xadrez foi mostrada, a diferença entre os dois foi de 3,3 segundos.

Com Franchitti a fechar o pódio, o "top five" ficou completo com o americano Marco Andretti, o melhor da equipa do seu pai Michael, e o carro do catalão Oriol Serviá, pressionado por Tony Kanaan, que mais uma vez salvou o dia à KV Technology, já que Takuma Sato e Ernesto Viso não acabaram a prova. Simon Pagenaud, o piloto francês que substituiu Bia Figueiredo, que recupera de uma cirurgia ao pulso direito, acabou na oitava posição, na frente da melhor representante feminina, a suiça Simona de Silvestro. O britânico Charlie Kimball foi décimo, na frente de Sebastien Bourdais. Danica Patrick, a outra mulher que estava presente em Barber, foi 17ª.

Agora a Indy Car ruma para as ruas de Long Beach, onde dentro de uma semana irá correr a terceira prova do calendário de 2011.

Formula 1 2011 - Ronda 2, Malásia (Corrida)

Sebastian Vettel 2, resto do pelotão zero. Parece ser um resumo demasiado simplista do que foi a corrida malaia, mas este é o resultado final dos eventos no circuito de Sepang, que aconteceu nesta manhã, á hora europeia. Levantar-me às nove da manhã de um domingo é um feito tão grande como levantar às sete da manhã de um dia qualquer da semana, mas acontece. E a corrida até nem foi o passeio que se previa, tal como a chuva, que não apareceu em força por aqulas bandas.

Na partida, viu-se a resistência de Vettel e a ousadia dos pilotos da Renault, que aproveitaram a brecha dos Ferraris e a má largada de Mark Webber para passarem de sexto para segundo (Nick Heidfeld) e de oitavo para quinto (Vitaly Petrov). A chuva lá apareceu, mas foi fraca e teve pouca importância. Por esta altura os Williams estavam atrasados, com Rubens Barrichello a sofrer um pneu furPdo - iria desistir na volta 23, com um problema hidraulico - e Pastor Maldonado também desistiria, mas no inicio.

As asas móveis mostraram-se em todo o seu esplendor neste tilkódromo, e as ultrapassagens lá aconteceram a um ritmo superior ao habitual, mas ainda houve emoção nas boxes, por exemplo, quando Felipe Massa teve problemas com os pneus na sua primeira paragem, perdendo meio minuto e estragando a sua corrida. Massa lá acabou em quinto, à frente de Alonso, mas foi um fraco consolo pois foram derrotados em toda a linha pela Renault. Já agora, a média de paragens foi de três a quatro.

Um grande momento da corrida foi na volta 45. Lewis Hamilton disse há umas semanas que "Fernando Alonso seria o seu Alain Prost e ele seria o Ayrton Senna do século XXI" Não se saberá que isso é um mero "soundbyte" do britânico ou há algo mais, mas nessa altura, ambos os pilotos duelaram para um mero terceiro lugar. O duelo teve a duração de volta e meia, e nenhum deles queria dar de fraco. Mas isso acabou com Fernando Alonso a ter uma manobra mais musculada, com ele a tocar a sua asa traseira no pneu de Hamilton, danificando-o o obrigando-o a ir às boxes. No final da corrida, o incidente teve consequências: ambos foram penalizados em 20 segundos cada um, o que fez manter o sexto lugar para Alonso, mas fez perder um lugar ao piloto britânico, que caiu para a oitava posição.

No pódio, indiferente aos duelos que aconteciam atrás de si, Sebastien Vettel gozava a sua segunda vitória do ano, com Jenson Button a levar a melhor sobre o seu companheiro, e Nick Heidfeld a regressar ao pódio pela primeira vez em dois anos. Não só se tornou no piloto com mais pódios sem ter alguma vez vencido, com treze, mas curiosamente foi aqui na Malásia que tinha conseguido o seu último. Um segundo lugar, numa corrida interrompida a meio pela forte chuva... e ainda tem mais um recorde: 240 pontos conquistados sem vencer.

Mais para o meio do pelotão, aconteceram alguns resultados interessantes. Kamui Kobayashi conseguiu por fim classificar o seu Sauber sem que fosse desclassificado, como aconteceu na Austrália, ficou à frente do Mercedes de Michael Schumacher e ainda ganhou uma posição com a penalização de Lewis Hamilton. O veterano alemão pode ter sido suplantado pelo jovem japonês, mas conseguiu dar à Marcedes os seus primeiros pontos do ano. O chato é que foi um nono lugar, muito distante daquilo que todos se esforçam e querem alcançar. Afinal, ser quinto em termos de equipas, suplantado até pela Renault-Proton-Genii, onde se procura desesperadamente por dinheiro para manter a coisa a funcionar, deve ser desconcertante...

Daqui a sete dias, a Formula 1 viajará para Xangai. Ver-se-á mais do mesmo?