sábado, 4 de outubro de 2014

A caminho da Formula Zero

No momento em que escrevo estas linhas, amanhece em Suzuka. O tempo está nublado e pelo que leio, está a chover desde as duas da manhã locais, ou seja, há cerca de quatro horas. É certo e sabido que um tufão de grau 3, o Phamfone, irá tocar nas costas japonesas por volta do meio dia, e provavelmente o local será a provincia de Mie, onde está situado o circuito onde se vai realizar o GP do Japão.

Todos estão cientes do perigo que isto pode causar, devido não só à pluviosidade, como ao vento que soprará. Rajadas de 140 km/hora são esperadas na região à volta e poderá haver risco de telhados a voar e deslizamentos de terras que poderão bloquear ou rasgar estradas. E isso poderá afetar as dezenas de milhares de pessoas que estão a deslocar-se - e mais tarde sair - para o circuito.

Para uma Formula 1 que leva a segurança dos seus pilotos até a níveis incríveis, não se ter precavido sobre esta possível tempestade raia a incompreensão. Rezar por um "milagre" ou uma abertura no tempo para a realização do Grande Prémio raia a estupidez. Milhões de pessoas um pouco no mundo inteiro acordarão mais cedo - ou nem sequer irão dormir - para se virem frustrados em ver uma grelha de partida pronta para correr num circuito que poderá estar debaixo de rios. E o mais provável é que os carros andem duas, cinco ou dez voltas debaixo do Safety Car, recolher às boxes e dar metade dos pontos a toda a gente.

Em suma, daqui a umas horas poderemos estar a assistir a uma farsa. Ou se preferirem, a mais um episódio de "Formula Zero", semelhante ao que aconteceu no GP dos Estados Unidos de 2005, mas de forma diferente.

Depois de ler as noticias da inflexibilidade da organização de antecipar a corrida para sábado porque não queriam devolver o dinheiro dos bilhetes aos espectadores, pensava-se que antecipar a corrida em cerca de quatro horas seria o ideal para correr um bocado, antes que as condições eventualmente se agravarem. Mas mesmo assim parece que tudo está previsto para arrancar à hora marcada.

Não sei se são corajosos ou simplesmente pacóvios, mas a sensação que tenho é que não querem saber da corrida em si. Querem saber do dinheiro e de usarem o tempo de satélite que compraram, mais nada. Na minha ótica é mais um exemplo da arrogância, do desprezo que Bernie Ecclestone e dos seus correlegionários têm aos telespectadores, que pagam do seu próprio bolso para poderem assistir a uma corrida e não a um espetáculo aquático.

Vamos a ver como é que isto vai acabar. Posso estar a ser alarmista ou um "profeta da desgraça" ao antecipar isto, mas para ser honesto, estou preocupado. Tudo isto poderia ter sido evitado, mas a teimosia de algumas pessoas parece que levou a melhor e temo que vejamos mais um ponto baixo da história da Formula 1. E francamente, gostava que isto fosse entendido como um sinal de que a Formula 1 precisa urgentemente de uma mudança, de novos protagonistas que estejam não só de acordo com os tempos que vivemos, mas também que não pensem tanto no dinheiro e mais no que os fãs querem. 

WRC 2014 - Rali de França (Dia 2)

O segundo dia do Rali de França têm sido um duelo constante entre os dois pilotos da Volkswagen, com a concorrência a assistir de um posto cada vez mais distante, esperando que tenham problemas para terem uma real chance de vitória. Mas se Jari-Matti Latvala e Anders Mikkelsen têm um duelo à distância, as maiores emoções estão na luta pelo quarto posto, que envolve Fords, Citroens e Hyundais. E Robert Kubica!

As coisas neste segundo dia de rali em terras alsacianas fora basicamente um crescente distanciamento entre o finlandês e o norueguês. Em três troços pela manhã, a distância situava-se em 14,8 segundos, subindo à tarde nos 28 segundos. Pelo meio, as coisas atrasaram-se um pouco por causa do capotamento... do carro zero!

Atrás, Kris Meeke só poderá esperar pelo pior entre eles, já que o seu ritmo é demasiadamente lento para os poder apanhar. Mas a grande luta ao longo deste segundo dia era pelo quarto posto. Dani Sordo, no seu Hyundai, era o dono e senhor durante a manhã, mas resistia aos ataques de Robert Kubica, que com um excelente arranque, tinha passado Mikko Hirvonen e Mads Ostberg para ficar com o quinto posto. 

Pela tarde, a luta continuou entre os os pilotos, mas a grande alteração foi o atraso de Mads Ostberg devido a problemas com o seu diferencial, ficando definitivamente no sétimo posto. “Tivemos um problema com a perca de óleo no diferencial traseiro que nos fez perder tempo na luta pelo quarto lugar. Apesar de tudo, fizemos um bom trabalho. Estou muito satisfeito comigo mas não com o carro que não está como devia e me obriga a lutar muito com ele. Fico satisfeito se chover e também se fizer sol”.

No final do dia, Latvala contava como tinha corrido o dia. "Sinto-me bem com o carro. Temos tido o sol a brilhar e muitos espectadores e seria bom ter o sol a brilhar novamente amanhã. Nos últimos troços guiei sem correr riscos, nem cortei bermas. A minha postura é não arriscar demasiado”, afirmou o finlandês.

Depois de Ostberg, o "top ten" é ocupado por pelo Ford de Elfyn Evans (a 12,2 segundos de Ostberg) e os Hyundai de Bryan Bouffier e Thierry Neuville.

No WRC2, a luta pela liderança é entre o francês Quentin Gilbert e o português Bernardo Sousa, separados por meros 5,9 segundos, a favor de Gilbert.

O rali de França termina amanhã.

A foto do dia

Não, não vou meter a foto do tufão. Isso fica para mais tarde, quando o pior acontecer e quiser trollar à Formula 1 e ao Bernie Ecclestone. Mas esta foto apareceu esta tarde no Facebook e não resisti a ficar com ela. 

Claro, toda a gente sabe que oficiais de justiça foram à sede da Caterham e levaram objetos de lá, para cumprir uma ordem judicial, mas até este momento não tínhamos visto qualquer imagem dessa operação. Até hoje. Não sei se é uma parte do carro ou um simulador, mas parece ser algo do chassis de 2013.

Claro, veremos mais capítulos desta novela, até ao seu final.

O péssimo nacionalismo é uma bela bosta

É bom termos orgulho do lugar onde nascemos e vivemos e não ficaremos contentes se alguém falar mal do nosso lugar. Mas há coisas dos quais acho que responder à ofensa com ofensa, é demais. Quem sabe ler história, sabe que foram os nacionalismos exacerbados de meados e finais do século XIX que levaram o mundo a duas Guerras Mundiais em menos de trinta anos no século XX, causando a morte de mais de cem milhões de pessoas, e muitas mais guerras que se sucederam depois de 1945, umas justas, outras nem tanto.

A história do conflito entre a Argentina e a Grã-Bretanha por causa das Ilhas Falkland (ou Malvinas, do lado argentino) têm a ver com duas coisas: os recursos naturais lá existentes e um certo nacionalismo exacerbado, que aproveitando a má situação económica do país, decide distrair as pessoas com uma guerrinha para "recuperar" um conjunto de rochas batidas pelo vento no extremo sul da América do Sul.

Em abril de 1982, o governo militar da altura, para esquecer o facto que tinha matado 30 mil opositores e que a sua situação económica era insustentável, decidiu invadir as Falkland (ou Malvinas), julgando que os britânicos não iriam reagir a um facto consumado. Ledo engano: a reação foi muito forte, e em dois meses, as ilhas foram recuperadas e o regime militar caiu com algum estrondo.

Nos anos seguintes, a Argentina tentou normalizar as suas relações com a Grã-Bretanha, e não se esforçou muito em reavivar as suas reivindicações. Contudo, nos últimos anos, um regime populista de esquerda, governado pelo casal Kirchner (primeiro Nestor, depois Cristina) decidiram reavivar a ideia de que "Las Malvinas son Argentinas", sobretudo a nível interno, até para desviar a atenção de que o seu pais está a caminhar lentamente para a recessão e a inflação (creio que anda pelos 30 por cento), para não falar do que aconteceu este verão, no caso da exigência de pagamento de dívidas antigas, de 2001, quando o pais entrou em "default". E com tudo isto, as Falkland (ou Malvinas) são um belo escape.

A noticia do apedrejamento dos membros do Top Gear na zona de Tolhun, perto de Usuhaia, na noite de quinta-feira, é devastadora, mas de uma certa forma, esperada. Já esperava isto desde que soube da chegada deles a Buenos Aires. Já sabia que o Jeremy Clarkson, conhecido por ser politicamente incorreto, iria provocá-los de uma maneira ou de outra, mesmo que neste verão, ele ter sido solenemente avisado pela direção da BBC que, caso cometesse mais uma asneira, seria despedido.

É claro que a história do Porsche com aquela matricula poderia ser evitada. É claro que a matricula era original, mas creio que aquele não foi o único Porsche 928 fabricado naquele ano (é de 1991), mas parece que quer Clarkson, quer o seu produtor, Andy Wilman, poderiam ter reduzido as tensões para um nível minimo. E tentaram: mudaram a matricula quando souberam disso, mas o estrago estava feito.

Mas as circunstâncias do apedrejamento dos membros da equipa de filmagens quase poderiam ter acabado mal. Todos abandonaram os carros com pressa e foram a correr (ou foram corridos) para a fronteira chilena, depois de terem sido avisados para abandonar a cidade de Usuhaia à pressa por "veteranos das Malvinas", mas que pelo que ando a ouvir, um grupo organizado pura e simplesmente para os agredir e expulsar. Nem quando eles tiverem problemas no "sul profundo" dos Estados Unidos, há uns anos atrás, causou toda esta confusão. Aqui foi bem grave.

Não nego que sou seguidor do Top Gear e admiro o "politicamente incorreto" do Clarkson, num mundo tão cinzento como é o nosso, mas sei que ele adora provocar, falando o que muitos não afirmam: que é um velho, branco, britânico, misógono, racista e com saudades do Império. Ele não nega que é Conservador - e suspeito (a suspeição é minha) que têm tendência de simpatizar o UKIP, um partido populista de extrema-direita que esta a subir nas sondagens à custa dos Conservadores.

Mas tudo o que se passou nestes quinze dias... sabia-se que estavam a caminhar num vespeiro. A imprensa também ajudou - o Top Gear é um sucesso mundial e eles são tremendamente conhecidos - mas três britânicos na Argentina, num país onde certas fações politicas levam a peito duas rochas no extremo sul do continente, pareciam que procuravam uma briga. Se esse era o objetivo, conseguiram. E quando colocarem o especial de Natal no ar - se o colocarem, claro - vai ter decerto uma enorme audiência. E vamos a ver se não será mais um capitulo tenso nas relações diplomáticas entre os dois países.

Agora perguntam: depois desta cagada toda, será que é desta que a BBC vai despedir o Clarkson? Talvez. Ele poderá ter todas as razões para usar o programa e o "especial de Natal" como uma forma de achincalhar os argentinos. Podem até voar para Port Stanley e reafirmar o seu "britishness" na cara dos portenhos. E os ingleses até podem perdoar, desculpar e colocar-se do lado dele, porque o orgulho nacional foi afetado.

Mas também há um problema: o económico. O Top Gear é um programa bem popular, e despedi-lo significaria colocar um fim ao programa, porque é ele a sua "alma". Sem ele, provavelmente as audiências cairiam e o programa seria logo cancelado. E há outra coisa: o Top Gear é mais do que um programa de televisão, é o mershandising, são outras coisas como uma revista e um espectáculo que viaja a vários cantos do planeta, como a Austrália ou a África do Sul. Para não falar que há programas semelhantes nos Estados Unidos e na Coreia do Sul. Em suma, despedir Jeremy Clarkson significaria que a BBC estaria a deitar fora um produto que rende 150 milhões de libras anuais.

Em suma: neste caso em particular, todas as partes são culpadas. Não há santos, não há inocentes. E isto demonstra mais uma vez que o nacionalismo é uma bosta.

Formula 1 2014 - Ronda 15, Japão (Qualificação)

A ronda japonesa do mundial de Formula 1 já se tornou num clássico do automobilismo, não só pela idade como também pelo facto de Suzuka ser um circuito suficientemente desafiador para os adeptos. Mas pelo facto de aparecer bem tarde do calendário, a pista foi sempre palco de decisões do Mundial nos anos 80, 90 e na primeira década deste século.

Mas o facto de Suzuka ser sempre marcado para o inicio do outono japonês faz com que esteja sempre a brincar com a Natureza, pois essa é a altura dos tufões no Pacifico. É um bocado como Bernie Ecclestone marcasse para outubro o GP dos Estados Unidos em Sebring, na Florida. Porquê? Pois seria em plena temporada de furacões na costa Atlântica e o risco de colidir com um seria bem grande. Mas é o que poderá acontecer este domingo pela hora da corrida. O tufão Phanfone, de grau 4, irá chegar a terra precisamente na província que alberga o circuito. E isso vai significar ventos de 150 km/hora, pelo menos, e chuva intensa.

E será que eles adiarão ou anteciparão a coisa? Parece que não. O pessoal que anda por lá fala que a teimosia do anãozinho, mais o veto da Honda em antecipar a corrida para sábado à tarde, após esta qualificação, fizeram com que agora se tema o pior, ou então assistamos a uma farsa de grandes proporções, tudo isto porque há compromissos assumidos, há tempo de satélite pago, e não vai ser um tufão que vai estragar tudo. Cheira-me que amanhã será uma farsa de todo o tamanho, mas por agora, limita-se a esperar.

Mas antes da qualificação, o tufão foi momentaneamente esquecido com a noticia de que Sebastian Vettel iria abandonar a Red Bull, depois de esta lhe ter moldado a sua carreira. Parece aquelas declarações do filho, quando diz aos pais que vai sair de casa pela primeira vez e irá morar sozinho, ou com a sua companheira (o): há um choque inicial, e a sensação de que uma era chegou ao fim. Ver aquele menino de Heppenheim, que venceu tudo o que tinha a vencer ao serviço da Red Bull - tanto que me convenci de que ele provavelmente só andaria ali durante a sua carreira - correr com outras cores na próxima temporada, vai ser estranho. E claro, todos saberão onde é que vai correr no ano que vêm: a Ferrari.

Não só porque as pessoas vêm a lógica daquela saída, mas também porque Christian Horner disse de microfone aberto que "A Ferrari fez-lhe uma proposta muito boa". Pronto, o anuncio oficial não será mais do que uma formalidade.

Passado o choque, começou a atividade qualificativa. A Q1 não teve novidades de maior. A Lotus piora de corrida para corrida, a Caterham tentou fazer o seu melhor, mas o melhor que conseguiram foi o 18º tempo de Marcus Ericsson, enquanto que Pastor Maldonado, penalizado, irá largar do último lugar. Depois lá subiu um lugar à conta da despenalização de Jean-Eric Vergne, mas isso não serviu de muito.

Com a Q2, e apesar de a Williams cravar tempos ótimos graças a Valtteri Bottas, era Nico Rosberg que marcava o ritmo, fazendo tempos abaixo do 1.33 minutos. Mesmo depois de trocarem de pneus para tentarem melhorar os seus tempos, as coisas não mudaram. A Williams até se deu ao luxo de ver a parte final da Q2 das boxes, pois tinham a qualificação assegurada! Assim sendo, os Mercedes, os Williams, os Ferrari, os McLaren e os Red Bull foram para a Q3, deixando de fora os Force India, os Sauber e os Toro Rosso.

Quando se chegou ao Q3, de uma certa maneira chegou-se ao resultado previsivel, à hierarquia deste ano: os Mercedes monopolizaram a primeira fila, mas desta vez, o melhor foi Nico Rosberg, com um tempo de 1.32,596, melhor em 197 centésimos do que Hamilton. Atrás deles, os Williams de Valtteri Bottas e Felipe Massa, seguidos pelo Ferrari de Fernando Alonso e Daniel Ricciardo. O McLaren de Kevin Magnussen foi o sétimo, seguido por Sebastien Vettel, enquanto que a quinta fila pertencia a Kimi Raikkonen e Jenson Button.

Com a qualificação feita, amanhã é dia de corrida. E com o passar das horas, parece que o espectáculo irá continuar à hora marcada, apesar do temporal que aí vêm. Não sei se é para brincar com o fogo ou estão a menorizar isto tudo, mas tenho a sensação que amanhã haverá mais um momento de "Formula Zero" para que todos nós possamos recordar nos anos a seguir...

Noticias: Vettel sai da Red Bull, Kvyat vai para o seu lugar

Primeiro foi a Sport Bild alemã, e agora, a Red Bull confirmou, através de Christian Horner: Sebastian Vettel sairá da equipa e vai para a Ferrari na temporada de 2015, indo para o seu lugar o russo Daniil Kvyat. Os rumores, que circulavam há semanas, foram confirmados esta noite, manhã em Suzuka. 

Estes anúncios poderão ser o inicio de uma rápida cadeia de eventos relacionados com quem irá guiar o quê na próxima temporada, pois ainda falta ouvir o anuncio por parte da Honda e da McLaren de que Fernando Alonso guiará para eles, algo que está garantido há algumas semanas, mas do qual ainda falta o anuncio oficial.

Eis o comunicado oficial de Vettel, sem referir onde irá correr em 2015:

"Depois de 15 anos de sucesso com a Red Bull, tomei a decisão de deixar a equipa no final deste ano. É um grande passo e, claro, é difícil tomar tal decisão. A chance de guiar um Fórmula 1, a primeira vitória com a Toro Rosso, os quatro títulos mundiais com a Red Bull Racing e muitos mais vitórias me fizeram com que isto se tornasse uma espécie de família. Todas estas lembranças maravilhosas destes nossos momentos juntos, ninguém nos pode tirar. Gostaria de expressar mais uma vez muito obrigado a Dietrich Mateschitz, Dr. Helmut Marko, Christian Horner, toda a família Red Bull, Red Bull Racing, Red Bull e Toro Rosso. Agradeço a todos vocês pela confiança que depositaram em mim, e por seu grande apoio ao longo do último ano. Sobre os meus planos para o futuro eu vou anunciar algo em breve."

Quanto à rápida confirmação dos seus pilotos, ela veio confirmar que essa vai ser a politica da Red Bull: formar talentos e não ir buscar pilotos vindos de fora. Resta saber quem ocupará o lugar deixado vago por Kvyat, mas o candidato principal é o espanhol Carlos Sainz Jr., embora não se possa descartar que Jean-Eric Vergne e António Félix da Costa ainda poderão ter hipóteses de ficar com o lugar.

Nascido a 3 de julho de 1987 em Heppenheim, Vettel é piloto Red Bull desde 1998, quando ainda andava no karting. A sua primeira temporada de monolugares foi em 2003, e no ano seguinte acabou por vencer a formula BMW alemã, vencendo 18 das vinte corridas em que participou. Em 2005, esteve na Formula 3 europeia, onde acabou no quinto lugar, e no ano seguinte, acabou na terceira posição. em 2007, começou a temporada na World Series by Renault, mas a meio, foi para a Sauber BMW para substituir Robert Kubica no GP dos Estados Unidos, terminando a corrida no oitavo lugar.

No final da temporada, foi para a Toro Rosso, no lugar do americano Scott Speed, onde conseguiu um quarto lugar no GP chinês, e em 2008, surpreendeu toda a gente ao conseguir a pole-position e a vitória no GP de Itália, numa altura em que a própria Red Bull... ainda não tinha vencido qualquer corrida.

Promovido à equipa principal em 2009, Vettel deu a primeira vitória à marca no GP da China, terminando o ano no segundo lugar, atrás do campeão Jenson Button, mas batendo Rubens Barrichello. E a partir de 2010, dominou a Formula 1 com quatro títulos mundiais, 34 vitórias, 40 pole-positions e 19 voltas mais rápidas, marcando os livros de história como sendo o mais precoce dos pilotos a alcançar o campeonato, o bicampeonato, o tri e o tetra.

Veremos os próximos capítulos da novela anual que é a troca de lugares na Formula 1.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

WRC 2014 - Rali de França (Dia 1)

O rali da França - Alsácia está a ser marcado neste primeiro dia pelo domínio dos carros da marca alemã, mas não é Sebastien Ogier que está a liderar. O piloto francês, claro favorito à vitória no seu “rali caseiro”, teve um problema no seletor da caixa de câmbio na segunda classificativa e perdeu mais de oito minutos, caindo imenso na classificação geral. Para piorar as coisas, Ogier recebeu uma penalização de quatro minutos devido ao facto de ter chegado… cedo demais à terceira classificativa.

"Meu rali está completamente acabado“, começou por dizer um desiludido Ogier. “Tudo o que posso fazer é esperar pelo powerstage e tentar fazer alguma coisa, mas até lá vai ser uma longa espera“, concluiu.

Assim sendo, com Ogier fora da luta pela vitória, o duelo pela liderança ficou entre o finlandês Jari-Matti Latvala e o norueguês Anders Mikkelsen. Este último andou bem próximo de Latvala, com a diferença entre eles a situar-se nos 3,5 segundos no final da quarta classificativa, no final da manhã. Pela tarde, o finlandês foi mais veloz e alargou a sua liderança para os 8,5 segundos, algo que deixou Mikkelsen atónito. “O tempo de Latvala é de loucos! Estou contente com a minha condução mas o tempo de Jari-Matti foi incrivelmente rápido!” afirmou.

Atrás dos Volkswagen , no terceiro lugar, está o Citroen de Kris Meeke, que perdeu apenas 22,5 segundos ao longo do dia, suficientemente perto para esperar que algum dos pilotos possa cometer um lapso para subir na classificação. Contudo, o quarto classificado, o Hyundai de Dani Sordo, já perdeu 51,5 segundos para a liderança, mas que mantêm um duelo com Mads Ostberg (a 57 segundos), com Mikko Hirvonen, no sexto posto, a um minuto, e com Robert Kubica, a 1.01,2 segundos.

fechar o “top ten” estão o Hyundai de Bryan Bouffier e os Ford do checo Martin Prokope do galês Elfyn Evans. 

No WRC2, o duelo é entre o francês Quentin Gilbert e Bernardo Sousa. Ambos em Ford Focus RRC, a diferença entre ambos no final do primeiro dia andou pelos 9,1 segundos, favoráveis ao piloto da casa, mas Sousa não pretende desistir, pois têm aspirações para alcançar os primeiros lugares na classificação do WRC2.

Foi um dia bastante difícil pois as especiais estavam muito escorregadias e traiçoeiras, mas conseguimos impor um bom ritmo. Na parte matinal, ainda tivemos duas transmissões que começaram a ceder mas não nos fizeram perder tempo. Depois, ao fim da tarde, foi andar depressa, sempre com o intuito de recuperar tempo”, comentou. 

O rali de França continua amanhã.

O video do apedrejamento aos membros do Top Gear


Ando a ler nas últimas horas que as coisas com o Top Gear, na Patagónia, chegaram a um limite muito feio. Ouvi coisas como o veto dos argentinos à chegada dos carros a Usuhaia, e coisas como um apedrejamento aos carros dos apresentadores, que causaram ferimentos a um membro... argentino do Top Gear.

Eu pensava que as coisas eram um pouco treta até ver este video no Youtube. De facto, trollar com um pais pode ter a sua piada até a um certo ponto, mas num país e num povo que está convencido que aquele pedaço de terra é deles, as provocações poderão ter consequências.

Youtube Rally Crash: o quase acidente de Robert Kubica no Rali de França

Os acidentes no rali são frequentes, mas com Robert Kubica em ação, há muito mais gente atento ao que ele (não) faz. Desta vez, neste gancho, ele perdeu algum tempo porque não fez a manobra como deve de ser. E deu para soltar algumas risadas nos espectadores...

Esta vi no Twitter do Bruno Mantovani.

Formula 1 em Cartoons - Alonso fora da Ferrari? (Pilotoons)

Parece que o Bruno Mantovani está bem atento às movimentações do "paddock" no Japão. Já se esperava que Fernando Alonso saísse da Ferrari para rumar à McLaren-Honda. E agora fala-se que Sebastian Vettel já tem uma espécie de acordo com a Scuderia para guiar por lá. A ser verdade, seria interessante, porque movimentaria uma enorme quantidade de peças na hierarquia da Red Bull, como por exemplo, colocar o Daniil Kvyat na equipa principal e Carlos Sainz Jr. na Toro Rosso...

Veremos no que vai dar. Enquanto isso, eis o "pilotoon" do Bruno acerca desta situação.

Noticias: GP do Japão pode ser adiantado

Noticias vindas de Suzuka afirmam que o GP do Japão poderá ser antecipado devido à passagem do tufão Phanfone naquela área. Contudo, essa antecipação somente acontecerá no domingo, porque a Honda, proprietária do circuito e organizadora do GP do Japão, vetou a ideia de uma antecipação para sábado à tarde, pois não quer devolver o dinheiro aos espectadores que compraram bilhete para esse dia.

Segundo conta o jornalista Adam Cooper, a hipótese da antecipação para sábado à tarde esteve em cima da mesa, mas a ideia foi logo vetada pela organização. Assim sendo, nova hipótese é colocada em cima da mesa e fala-se da antecipação para a manhã de domingo, por volta das nove da manhã, no sentido de estar tudo despachado até à passagem do tufão pela zona que está previsto para acontecer por volta do meio-dia.

Contudo, os meteorologistas prevêm que nesse domingo, a chuva caia de forma persistente ao longo do dia, e isso fará com que a corrida possa acontecer na maior parte do tempo - senão toda a corrida - atrás do Safety Car. E poderá fazer com que acabe antecipadamente devido ao agravamento das condições do tempo. Se isso acontecer, os regulamentos prevêm que caso acabe antes dos 75 por cento da distância percorrida, os pilotos recebam metade dos pontos. Mas curiosamente, para chegar lá, bastam apenas duas voltas...

Resta saber o que a FIA irá decidir - e decidirá apenas esta noite - mas a hipótese de uma "pseudo-corrida" está no ar.

Formula 1 em Cartoons - Japão 1990 (Pilotoons)

O "cartoon" histórico do Bruno Mantovani decidiu concentrar-se na edição de 1990 do GP do Japão, onde Ayrton Senna e Alain Prost decidiram colidir na primeira curva da corrida, um pouco por causa das polémicas do dia anterior, quando Jean-Marie Balestre decidiu mudar o lugar da pole-position, para prejudicar Senna e beneficiar Prost. Senna avisou que iria lutar pela posição e não iria ceder. E assim foi.

Lembro-me desse dia. Foi a primeira vez que vi um GP do Japão em direto na TV, e francamente, não gostei daquele final. Mas em compensação, ver uma dobradinha Benetton, com Nelson Piquet e sobretudo com Roberto Moreno, foi impagável. E a manobra "brutânica" de Nigel Mansell na saída das boxes também teve a sua piada.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Jeremy Clarkson não aprende nada!

Jeremy Clarkson deve ser o tipo mais politicamente incorreto da televisão mundial. O Top Gear é um grande programa de televisão, mas o Clarkson deitou há muito tempo o politicamente correto no caixote do lixo. E já se sabia que quando se soube que iriam gravar o "especial de Natal" na Argentina (que provavelmente deverá estar no ar em março...) iria haver polémica, porque em 1982, Argentina e Grã-Bretanha andaram à guerra por causa das Ilhas Falkland (ou as ilhas Malvinas).

E segundo conta hoje o Jalopnik, Clarkson e a equipa do Top Gear foram impedidos de entrar na cidade de Ushuaia porque aparentemente, o pessoal descobriu a sua marosca. É que a placa do seu Porsche 928 está escrito H982FKL. Ou seja, "1982, Falkland". Portanto, apesar dos avisos, Clarkson continuou a trollar o pessoal.

Andy Willman, o produtor, jura a pés juntos que os carros foram comprados assim e foi tudo uma infeliz coincidência, mas muitos não estão convencidos disso. Substituir matriculas é algo fácil e colocar um com essa combinação não é propriamente complicada. (Nota: de facto, é uma infeliz coincidência, acabei de descobrir num comentário do Facebook que aquela é a matricula real do Porsche!)

Assim sendo, os argentinos decidiram insultar Clarkson, e as coisas mais suaves contra ele são coisas como "a sua ironia não funciona na Argentina". Bom, quem semeia ventos... quero ver esse programa quando for para o ar.

Youtube Motorsport Video: Nascido para correr

O mundo já não sabia dele há uns tempos. Que eu saiba, o último video dele já têm quase um ano. Sabia que estava em paragens inglesas, mas de resto não sabia mais nada. Até que hoje apareceu este video, onde parece que decidiu mostrar-se em primeira pessoa, numa declaração totalmente arrojada. Para quem vê os videos dele há muito tempo - uns sete anos, talvez - isto é anormal.

Mas há certos aspectos dele que não são totalmente novidade para mim. Sei há muito tempo das suas capacidades nos simuladores de video, sei que venceu mundiais virtuais de rali, pelo menos por duas vezes. Mas esta declaração da parte dele deve ser das coisas mais arriscadas que já ouvi. Parece utópico - e é - mas se conseguir (que sempre aquela ínfima hipótese) seria algo unico.

Vontade têm. Falta o resto.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Rumor do Dia: Alonso está a caminho da McLaren

O jornalista Américo Teixeira Jr. cravou a noticia no seu site: Fernando Alonso vai ser piloto da McLaren em 2015. Segundo a noticia, ambos os lados já chegaram a um acordo sobre o término do seu contrato na Scuderia - que acabaria em 2016 - e já concluíram o acordo com a McLaren e a Honda para a próxima temporada. Desconhece-se ainda a duração do contrato, mas fala-se em "várias temporadas".

Não se sabe se haverá algum anuncio no fim de semana japonês, mas sabe-se que na segunda-feira, a Honda fará uma apresentação do ruído do seu motor para 2015. E poderá ser essa a altura em que fará o anuncio oficial.

A ser verdade, Alonso, atualmente com 33 anos, voltará à McLaren, onde esteve na temporada de 2007, e onde andou em litigio com Ron Dennis e com o "rookie" Lewis Hamilton, que se revelou ser bem mais veloz do que o bicampeão espanhol, saíndo pela "porta pequena" e voltando para a Renault em 2008.

As contradições da Caterham

Parece que a cada dia que passa, as noticias vindas da Caterham são bem negras, apesar da atitude da equipa se assemelhar a algo dito pelo Ministro iraquiano da Informação. Aquele do tempo do Saddam, lembram-se?

Digo isto porque esta noite surgiram noticias aparentemente contraditórias. Primeiro, ao ler o site brasileiro Grande Prêmio, vejo o artigo do Victor Martins em que reproduz declarações do acessor de imprensa da marca, que afirmou: "Uma ação foi ameaçada ontem contra uma companhia fornecedora da 1MRT. Esta empresa não pertence à 1MRT e não tem influência na inscrição da Caterham F1. Então, contrário aos rumores, todas as operações estão normais em Leafield e a equipe de corrida está fazendo sua preparação no Japão."

Só que neste inicio de noite na Europa, um representante da High Court britânica confirmou a confiscação de artigos vindos da Caterham, colocando-os à venda em leilão. E colocou a lista dos artigos apreendidos, a saber:

- um carro reserva da Caterham de 2013 
- partes do carro da Caterham de 2014 (que deveriam ir para o Japão)
- um simulador de Formula 1 em tamanho real 
- volantes da Caterham F1 
- rodas e pneus de Formula 1 
- maquinária de alta qualidade 
- memorabília da Caterham e da Lotus 
- equipamentos de pit-lane, como mangueiras e 'starters' 
- TVs, monitores, computadores e outros equipamentos similares

No artigo, afirma que apesar de ainda não haver data, o leilão acontecerá algures neste outubro.


Desconhece-se se isto irá afetar as coisas da equipa já no Japão, mas informações vindas de lá afirmam que a equipa trouxe menos elementos do que o habitual. 

E pelos vistos, cada vez mais passa-se a ideia de que a equipa poderá não aguentar até ao final da temporada, quanto mais se irá correr na temporada de 2015, apesar de dizerem que estão a trabalhar no carro da próxima temporada e contarem com o sueco Marcus Ericsson para o ano que vêm, por causa dos 15 milhões de euros que ele traz.

Depois do vulcão, o tufão. Haverá GP do Japão?

No passado fim de semana, o Japão lidou inesperadamente com a erupção do vulcão Ontake, um dos mais altos e mais ativos do país. Este vulcão situa-se a 200 quilómetros de Suzuka e as autoridades locais tiveram de lidar com desvios nas rotas aéreas, para que os aviões não tivessem de colidir com as cinzas vulcânicas expelidas pelo vulcão.

Contudo, como se já não bastasse, nos últimos dias, outro fenómeno da natureza apareceu no meio do Oceano Pacifico e poderá alcançar a costa japonesa... no dia da corrida. O tufão Phanfone (sim, eles batizaram-no assim...) passou esta quarta-feira na zona de Guam e está a caminho das Marianas do Norte. A agência meteorológica americana já o classificou de grau 4, o segundo mais alto na escala de um a cinco, e poderá tocar terra na manhã de domingo, não muito longe de Suzuka

Estima-se que os ventos possam soprar entre os 180 e os 190 km/hora, e poderá colocar dúvidas sobre a realização da corrida, caso a trajetória do furacão o coloque na zona do circuito.

Recorde que não é a primeira vez que os tufões fazem a sua aparição no fim de semana do GP do Japão. Há dez anos, o tufão Ma-On fez a sua aparição no sábado, fazendo com que a qualificação fosse adiada para domingo de manhã, horas antes da corrida. 

Última Hora: Policias estão na sede da Caterham

Na última hora, o Twitter está cheio de informações sobre a Caterham. Aparentemente, neste momento, estão um grupo de policias, acompanhados de oficiais de penhora, na sede da empresa, no sentido de fazer valer uma ação, desconhece-se se é de despejo ou de penhora de bens da empresa.

Desconhece-se também se isto têm a ver com a ação que foi intentada contra a marca por parte dos funcionários despedidos no passado mês de julho, ou se é outro tipo de dividas. 

Assim sendo, acompanharemos o caso à medida que ele acontece. E isto sucede quando faltam cinco corridas para o final do campeonato...

ATUALIZAÇÃO: Segundo diz o "tweet" de alguém identificado como "TheJudge13", a ação da policia Têm a vez com uma dívida antiga do qual não se sabe a quem deveria ser pedida, se aos novos proprietérios (o tal grupo suiço-árabe ou se Tony Fernandes). E aparentemente, segundo diz ele, a transferência de ações poderá nunca ter acontecido. Assim sendo, a policia irá sair das instalações e o trabalho continuará amanhã ao seu ritmo normal. Continua a não saber quem é que lançou esta ação de despejo.

Noticias: Simona de Silvestro afastada da Sauber

A hipótese de vermos uma mulher-piloto na Formula 1 foi hoje afastada com a noticia do final do acordo entre a Sauber e a suiça Simona de Silvestro. Segundo o site alemão Speedweek, a razão pelo qual ela foi afastada teve a ver com questões financeiras.

"O programa de Simona não irá continuar por motivos financeiros. Todos que trabalharam com ela nos últimos seis meses estão muito desapontados, porque gostavam de trabalhar com ela. De momento estamos a equacionar outras possibilidades para que Simona possa continuar a trabalhar com a equipa, mas isso vai levar tempo”, afirmou um porta-voz da Sauber, num comunicado oficial.

A piloto suiça de 26 anos, que tinha feito dois testes a meio do ano com um chassis mais antigo, em Fiorano e em Valencia, era para ter participado nos treinos livres do GP dos Estados Unidos, em Austin. Antes disto, tinha estado durante três temporadas na IndyCar, onde conseguiu um pódio e o 13º posto na classificação final, na temporada passada.

A foto do dia

Vejo agora esta noite esta curiosa foto de Robert Kubica nos reconhecimentos do Rali de França, que vai acontecer este fim de semana. Se repararem no volante, ele têm uns gráficos engraçados, mas de fácil explicação, para quem andou noites a fio a jogar o Colin McRae ou o Richard Burns Rally: têm a ver com o grau das curvas e a sua indicação no "roadbook". 

E quando mais ele virar o volante, mais apertada é a curva. Bem interessante!

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Youtube Racing Presentation: A Formula E pelos seus protagonistas

A primeira corrida foi há três semanas e vai demorar um bocado até à próxima corrida, mas hoje o pessoal da Formula E surgiu com um vídeo onde muitos dos protagonistas desta competição falam sobre o seu propósito. 

Youtube Racing Crash: o abuso das escapatórias em Paul Ricard

Ontem, entre as várias provas do fim de semana houve uma no circuito de Paul Ricard, fazendo parte do fim de semana da World Series by Renault. Esta corrida de Formula Renault 2.0 mostrou mais do que acidentes nos primeiros metros. Mostrou também dois pilotos a abusarem das escapatórias de asfalto para colidirem mais à frente, causando ferimentos num terceiro piloto, o americano Ryan Tveter, que foi levado para o hospital, de forma preventiva.

Pelas imagens, parece que estes aprendizes de pilotos já não querem saber mais dos seus limites. E um ou mais destes poderão chegar à Formula 1... entendem agora porque sou contra as escapatórias em asfalto?

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Toyota no WRC: "Para francês ver" ou lobby?

Quem gosta de ralis, sabe que desde ha uns tempos para cá está a ver vários testes de um modelo Yaris, tripulado pelo francês Stephane Sarrazin. Os testes estão a acontecer desde meados da primavera um pouco por toda a Europa - França, Itália e Alemanha - mas quer de Tóquio, onde está a sede, quer de Colónia, que onde fica a Toyota Team Europe, não há ainda indicações de quando é que a marca se lançará no WRC, ou se vai se lançar no WRC e tudo isto não é mais do que uma manobra publicitária.

A razão é simples: a Toyota, como outras construtoras japonesas, está a apostar seriamente na tecnologia híbrida, para colocar nos seus carros. Isso é uma realidade na Formula 1 e na Endurance, mas no WRC não se verifica por agora. É certo que temos quatro marcas nos ralis neste momento (Ford, Citroen, Volkswagen e Hyundai), mas os japoneses, especialmente a Toyota - com um largo currículo no Mundial - estão relutantes em entrar.

E tudo isto poderá ser uma manobra de pressão por parte da construtora japonesa para Jean Todt. E Martin Holmes, um dos melhores jornalistas de ralis, comentou sobre isso na Autosport portuguesa.

Penso que se trata de uma 'jogada de bastidores'. A Toyota enquanto construtor dá-se ao luxo de ter uma divisão de desenvolvimento chamada TMG (Toyota Motorsport GmbH) e esta tem atualmente a oportunidade de, em paralelo com a atividade em Le Mans, manter-se a par das tecnologias mais recentes dos ralis com este projeto. A tecnologia dos WRC está constantemente a mudar e evoluir, e tudo vai tornar-se ainda mais dramático com os novos regulamentos técnicos de 2017", começa por afirmar. 

"A FIA não tem nada a ver com o projeto da Toyota nem estes testes são dirigidos à federação. Se a Toyota quiser regressar, vai fazê-lo mas penso que só o fará se a nova era dos WRC incluir algum tipo de tecnologia que lhe interesse. Neste momento, não qualquer indicação de que isso vá acontecer”, concluiu.

Em suma, é para levarmos a sério todos estes testes? Talvez, talvez não. Uma coisa é certa: caso eles não queiram voltar ao WRC, poderemos dizer que eles podem dar a estes luxos. Os fãs certamente não irão gostar, mas os construtores não vão para estas competições pelo prazer da competição. Querem vender automóveis no dia a seguir à vitória num rali ou numa corrida qualquer. Sempre funcionaram assim.

A entrevista do Motordrome a Nicolas Costa

Pela segunda vez em um mês, nesta curta existência do Motordrome, entrevistamos um piloto de automóveis. O brasileiro Nicolas Costa é um talento e também é considerado como uma esperança do automobilismo no Brasil. O primeiro vencedor da Formula Futuro Fiat, uma competição criada por Felipe Massa, e depois vencedor da Formula Abarth, em Itália, o seu talento de desproporcional à carteira, pois foi devido à falta de financiamento que não conseguiu ir mais além nas competições europeias, mesmo depois de um teste na GP3, ao serviço da Manor Marussia.

Assim sendo, após um tempo de pausa, tentou a sua sorte nos Estados Unidos, onde está agora na Pro Mazda. Acabou em quinto lugar, com duas pole-positions e uma vitória, mais do que suficiente para que possa ter uma grande chance de correr na Indy Lights na temporada de 2015. 

E claro, no meio disto tudo, diz algumas verdades, entre os quais que não se avança no automobilismo sem ter uma mala cheia de dinheiro na mão. E que perdeu a ilusão da Formula 1, mas vai tentar ser feliz noutro lado, como os Estados Unidos.

Tudo isto e muito mais podem ler por aqui, seguindo este link

domingo, 28 de setembro de 2014

Youtube Motorsport Crash: o acidente de Rob Collard em Silverstone

O BTCC (British Touring Car Championship) é uma competição dura e bem competitiva, onde os pilotos não dão qualquer hipótese nas ultrapassagens, e muitas das vezes há acidentes. Este aconteceu neste domingo em Silverstone, com o carro de Rob Collard. Felizmente, tudo não passou de um susto.

Um desfile de automóveis antigos








Já se sabia que a Mostra de Veículos Antigos iria terminar com um desfile. E na tarde deste domingo, centenas de pessoas esperaram para ver as mais de 250 automóveis antigos que estiveram presentes no Estádio Municipal de Leiria neste fim de semana.

A espera foi longa - o desfile começou mais de meia hora depois do inicialmente previsto - mas valeu a pena. Dezenas de carros, de várias marcas, apareceram por ali, manobrados pelo policia sinaleiro que, num passado não muito distante, fazia parte da paisagem desta cidade.

Estas imagens são uma mera amostra do que se passou. Mais poderão ver na minha página do Facebook.

A foto do dia

Isto é raro: Niki Lauda a guiar o Brabham BT49 no circuito de Montreal, preparando-se para o GP do Canadá de 1979. Porque é que digo que é raro? Porque nesse dia, o piloto austríaco saiu do carro e falou com Bernie Ecclestone que deixaria de correr, com efeito imediato. Faz agora 35 anos que tal aconteceu.

A decisão parecia ser chocante para muitos, mas quem conhecia a carreira e os feitos do então bicampeão do mundo, sabia que ele nunca foi um piloto "manso", e sempre disse o que pensava, não se importando de afrontar quem lhe deu uma oportunidade, como Enzo Ferrari.

Mas naquele dia em Montreal, estava simplesmente cansado de correr. Tinha descoberto a aviação e a sua mente cada vez ficava cada vez mais ligada para aí. Queria montar a sua própria companhia aérea, e a má temporada com o Brabham BT48, com motor Alfa Romeo - apenas quatro pontos, três deles ganhos na corrida anterior, em Monza, precipitaram para essa decisão.

Bernie Ecclestone, seu patrão, não perdeu tempo: chamou o argentino Ricardo Zunino para o seu lugar e deu uma chance ao seu outro piloto. Um jovem brasileiro chamado Nelson Piquet. O resto é história.

P.S: Sobre o que aconteceu nesse fim de semana canadiano e o que ele fez entre retiradas, podem ler o que escrevi no site Motordrome.