sábado, 23 de dezembro de 2017

A(s) image(ns) do dia




Já tinha ouvido falar disto há uns dias, mas parece que é real: Elon Musk o homem que anda a querer mudar o mundo, quer com a Tesla, e com a Space X e também com a SolarCity, que fabrica baterias para armazenar energia. Pois bem, decidiu fazer algo totalmente diferente para o lançamento do seu foguetão Falcon Heavy, que deverá acontecer algures no inicio de 2018: lançar... o seu próprio Tesla Raodster. A da primeira geração, evidentemente, porque a segunda só deverá chegar em 2020.

Se de inicio, o pessoal pensava que era uma ideia disparatada, pois bem... tornou-se real. Especialmente quando Musk partilhou na sua conta no Instagram a foto do carro na carga do foguetão que vai estar em órbita, provavelmente para o resto da eternidade.

É de loucos, mas Musk quer mostrar ao mundo que é capaz. Incluindo ser caprichoso. E a razão porque faz isto explica-o desta forma:

"Os vôos de teste em foguetes novos geralmente contêm simuladores de massa na forma de blocos de cimento ou aço. Isso pareceu extremamente chato. Claro, qualquer coisa chata é terrível, especialmente nas empresas, então decidimos enviar algo incomum, algo que faça reagir. [Assim sendo], a carga útil será um Tesla Roadster original, com Space Oddity como banda sonora, numa órbita elíptica de Marte [com a duração de] mil milhões de anos", explicou Musk na sua conta de Instagram.

Detalhe interessante: o Falcon Heavy vai ter um dos mais poderosos propulsores da história do Espaço, algo que não se vê desde os tempos do Saturvo V, há meio século. E dentro em breve, este carro sairá deste planeta, provavelmente para sempre.

Youtube Motorsport Video: A preparação de Carlos Sousa para o Dakar

O Dakar aproxima-se a passos largos do seu inicio, em Lima, no Peru. E em terras argentinas, Carlos Sousa prepara-se para mais um desafio, desta vez a bordo de um Renault Duster da equipa oficial argentina da marca francesa.

Apesar de ele não ter muito tempo para se adaptar ao Duster, ele afirma estar esperançado num "top ten". “Podemos sonhar com a conquista de um resultado final nos dez primeiros. Não vai ser nada fácil, tendo em conta a dureza da prova, bem como a quantidade e a qualidade dos inscritos, mas acredito nessa possibilidade”, comentou.

As primeiras etapas não vão ser fáceis. O Dakar 2018 começa logo com as dunas do Perú, onde vou procurar readquirir o ritmo e adaptar-me ao Duster. Vai ser duro, mas o Duster parece preparado para enfrentar a dureza da prova. Na sequência do teste, só fiquei com a ideia que talvez esteja equipado com uma relação de caixa algo ‘curta’, o que poderá ser uma limitação nas etapas mais rápidas”, concluiu.

Eis um video dos testes que andou a fazer nas Pampas.

O cartão de Natal de Bernie Ecclestone

Mesmo fora do negócio, Bernie Ecclestone não pára. Especialmente na parte do "alfinetar" os novos proprietários da Formula 1, a Liberty Media. 

A imagem foi hoje publicada pela Auto Motor und Sport alemã, depois espalhada pelas redes sociais, e mostra uma corda bamba por todo o mundo, com Chase Carey a caminhar com uma nuvem de chuva por cima para os Estados Unidos e é recebido por um cowboy armado: “O Chase está a fazer o seu melhor para não cair no seu caminho de encontrar seis corridas nos EUA”, lê-se.

Do outro lado, Ecclestone está na Europa e a caminho da Ásia, continentes onde aparentemente é bem recebido: “O Bernie conseguiu isto com uma pequena ajuda dos seus amigos”. E no meio, em Londres, está Jean Todt, presidente da FIA, que olha para o lado… europeu e asiático.

Aparentemente retirado, Bernie pensa sempre numa maneira de minar as aspirações dos seus sucessores...

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A imagem do dia

Passou ontem 51 anos sobre a estreia de Grand Prix, provavelmente o melhor filme que Hollywood já fez (até agora) sobre Formula 1 e automobilismo em geral. Rendeu três Óscares e foi um dos melhores trabalhos que John Frankenheimer fez na sua carreira. Mais tarde, em 1998, fará um filme semelhante, "Ronin", onde as sequências de perseguição automobilística são das melhores da história do cinema, paralelas aos de "Bullit", por exemplo.

Nesta imagem tirada num hotel na zona de Spa-Francochamps, duas das pessoas são atores e o resto é piloto. Da esquerda para a direita, reconhece-se Graham Hill, Jochen Rindt, Guy Ligier, Dan Gurney, Bruce McLaren (de perfil, a ler um jornal), Jo Schlesser (a jogar paciência) e Jo Siffert. E atrás está Mike Spence. O piloto nas costas de Hill é provável que seja Dennis Hulme.

O que liga toda esta gente é que correram em 1966. Mas o mais interessante é que daqui, vão sair quatro construtores: Gurney (Eagle), Hill, Ligier e McLaren. E desses, três vencerão corridas, dois deles com o seu fundador ao volante: Gurney e McLaren, e ambos na mesma pista, Spa-Francochamps.

Mas o mais trágico é que em menos de cinco anos, cinco destes pilotos terão uma morte violenta na pista. Spence e Schlesser morrerão em 1968, McLaren e Rindt em 1970 e Siffert no ano seguinte. Graham Hill morrerá num desastre de avião em 1975, quando Guy Ligier já se preparava para lançar a sua equipa de Formula 1. E deste conjunto todo, só Gurney está vivo nos nossos dias.

E os atores? James Gardner (Pete Aron) e António Sabato (Nino Barlini). E dessa parte, o italiano também é o único que ainda vive. Como o tempo passa.

O homem que não aceita contar os seus milhões

"Bernie Ecclestone tem 87 anos de idade. Bom para ele. É uma bela idade. Nuito notável, dado o seu estilo de vida nos últimos 50 anos. No entanto, no final, ele vendeu tudo [à Liberty Media], embolsou o dinheiro que lhe ofereceram e recebeu o papel de presidente emérito do grupo Fórmula 1. Ele disse no momento em que ele não sabia o que isso significava. Na academia, há um elemento honorífico para a descrição, mas no negócio significa 'Cale-se e vai embora'".

"Mas Ecclestone não quer ouvir isso. Ele está acostumado a dizer às pessoas como é. Ele se acostumou com as pessoas que o seguiam. Obviamente, é difícil para ele aceitar a mudança, mas as participações contam a história e, enquanto Bernie ainda pode mexer algumas cordas com marionetas (e Marretas) no mundo dos media, seu reinado acabou. A liberdade deu-lhe a opção de uma saída graciosa, mas, sendo Bernie a pessoa que é, uma maneira elegante nunca foi fácil."

Estas são as palavras que o Joe Saward lhe dedicou a Bernie Ecclestone quando ele abriu a boca para falar sobre a Liberty Media e o atual estado das coisas da Formula 1. Escreveu-as há quatro dias no seu blog e de uma certa maneira, mostra o atual estado das coisas e como ele é visto no meio: um ancião irritante. Só que não é o avô Simpson, mas sim alguém muito rico e ainda com o cérebro no lugar que não perde uma chance de gritar na imprensa o que pensa e se puder, fazer a vida da Liberty Media o mais complicada possivel.

Durante esta semana, Bernie disse, acerca da vontade da Ferrari ir embora da Formula 1, que a esta precisa de ser controlada com uma mão de ferro, para colocar as equipas na ordem. “A democracia não tem lugar na Fórmula 1. Muito brevemente, os novos donos vão perceber isto, porque até agora não conseguiram nada com esta política”, disse.

Ora, há alguns problemas nesta coisa. Primeiro que tudo, os tempos mudam. Se uma coisa funciona numa geração - e ele fala dos problemas que aturou com a Ferrari - agora há uma nova geração, novos hábitos, novos atores. A Liberty Media tem dinheiro e outro tipo de mentalidade, apesar de estar a lutar para pagar as contas da sua aquisição. Mas em muitos aspectos, a sua atitude é de não ser intimidada, que controla as coisas. Logo, não pisca o olho perante as ameaças de Sergio Marchionne de que irá embora da Formula 1, caso as coisas não lhe sejam favoráveis, usando uma tática com 50 anos, digamos assim.

Só que há outra coisa do qual toda a gente entendeu: Bernie gosta de ribalta, gosta que as pessoas o oiçam, e claro, o outro lado não o quer ouvir. Olha para a sua idade, sabe das suas ideias, e não quer saber dele. Então porque é que fala? Como diz o Joe Saward, ele tem os seus papagaios. E sempre que telefona a um deles e lhe dá algo do qual escreve no dia seguinte no jornal ou site, toda a gente falará sobre ele, mesmo que em termos de conteúdo seja um disparate completo. E nestes tempos de "clickbaits" e de todos estes sites desesperados por atenção, o anão a falar é garantia de atenção.

E porque ainda o ouvimos? Primeiro, porque ainda não está morto. E também por causa da ideia, vinda do nosso subconsciente, de que ele provavelmente tramará algo para desestabilizar a Formula 1 tal como o conhecemos. Aliás, basta lerem as noticias sobre a tal competição feminina automobilística para que alguns digam que ele está a planear uma competição paralela, para minar o trabalho da Liberty Media...

Enfim, em suma, não aceita que o seu tempo passou, mesmo que trame mais alguma. E enquanto o tempo não fazer o seu trabalho, ainda o iremos ouvir mais vezes. E claro, ele terá o seu tempo de antena. Não é da sua natureza retirar-se e contar os milhões.

Noticias: Saiu o calendário do WTCR para 2018

O WTCR, resultado da fusão entre o WTCC e o TCR, já tem o seu calendário para a próxima temporada. Serão dez provas, dos quais nove provas já são conhecidas. As grandes novidades são que Monza e o Qatar não estarão presentes, trocados por Zandvoort (feito em simultâneo com o TCR Benelux) e Suzuka, que vai acontecer no mesmo fim de semana de encerramento da SuperFormula.

O calendário começará em Abril, em Marrakesh, e encerrará com Macau, e será mais espaçado no tempo, evitando "pausas de três meses" como aconteceu no passado. 

Eis o calendário completo:

7-8 abril - Marrakesh, Marrocos
28-29 abril - Hungaroring, Hungria
10-12 maio - Nurburgring, Alemanha
19-21 maio - Zandvoort, Holanda
23-24 junho - Vila Real, Portugal
22 julho - por definir
4-5 agosto - Termas de Rio Hondo, Argentina
29-30 setembro - Ningbo, China
7 outubro - por definir
27-28 outubro - Suzuka, Japão
15-18 novembro - Macau

Agag: "A Formula E não pode ser vitima do seu próprio sucesso"

Na quarta temporada da Formula E, a competição conseguiu atrair a atenção de várias marcas de automóveis para construir as suas próprias máquinas, algo do qual Alejandro Agag não esperava ter tão cedo. Ele já tinha dito que esperava nesta altura ter três construtores, mas em 2018-19, terá a companhia de Mercedes, DS, BMW, Audi, Nissan, Porsche, Mahindra e Nio, por agora.

Contudo, Agag diz que a competição não pode ser vítima do seu próprio sucesso. Num artigo de opinião escrito esta quinta-feira no site Motorsport.com, ele afirma que as coisas precisam de ser controladas de forma a não desvirtuar a competição, controlando os custos, mas mantendo as construtoras felizes.

"Um dos desafios para nós agora é manter o controle do campeonato, ao mesmo tempo que manter os construtores felizes. É importante que não cresçamos muito rápido, então acho que o que precisamos fazer é manter as regras que criamos. Existe uma regra muito importante que eu quero manter, que é proteger as equipas privadas. Porque agora temos muitos fabricantes, mas eles podem sair a qualquer momento", começou por dizer.

"Hoje somos 'the next big thing', mas [no futuro] quem sabe? Há quatro anos, nós lhes pediamos 'por favor, por favor, por favor ...', mas agora eles apoiam a Fórmula E por causa do que ela representa. É uma mudança", continuou.

"No longo prazo, você quer proteger a possibilidade de uma equipa privada poder competir com um orçamento baixo e para isso você cria um sistema e regras que permitem isso. Então você não muda essa estrutura, não importa como os fabricantes empurram. Até agora, para ser justo, não sentimos nenhuma pressão negativa. Pelo contrário, na verdade, todos alinham nisso".

Agag depois prosseguiu afirmando que as equipas de fábrica não pretendem ainda abrir a tecnologia para coisas como as baterias, estando mais a favor do controle de custos, e falou que a partir da próxima temporada, os carros vão poder fazer toda a corrida numa só bateria, e que pretende arranjar maneira das corridas serem mais emocionantes.

E em relação a provas no centro das cidades, ele pretende fazer uma no Japão e outra em Singapura, apesar das recentes contrariedades em São Paulo e Montreal, que por agora foram substitudas por uma prova em Punta del Este. 

"A Fórmula E já se tornou uma plataforma para inspirar uma mudança na percepção, na atitude e comportamento, e uma mudança na forma como vivemos nossas vidas e influenciamos ativamente o futuro do nosso planeta", concluiu.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Youtube Formula 1 Test: O teste da Dome F105 F-1

A Dome tentou ir para a Formula 1 em 1996-97, e andou a testar no circuito de Suzuka para ver se o carro tinha a potência suficiente e o chassis era suficientemente bom para poder competir com o resto do pelotão. Este filme foi feito em meados de 1996, com Naoki Hattori ao volante (ex-piloto da Coloni em 1991), e Shinji Nakano, que depois também se tornou piloto de Formula 1, ao serviço da Prost.

Marco Apicella também esteve a testar o carro, e ao longo daquele ano, a equipa viu que aquele chassis não era suficientemente bom para andar a par do pelotão. Muitas das vezes, os tempos comparados faziam com que ficasse fora dos 107 por cento que era usado na altura. Para piorar as coisas, a falta de fundos no Japão determinaram que o projeto ficasse pelo caminho. 

O video é narrado em japonês, já agora.

Rumor do dia: Chile e Japão a caminho do WRC?

O Mundial de ralis vai ter um novo rali na próxima temporada, com a Turquia a substituir o rali da Polónia, excluído do mundial depois desta temporada devido a problemas com o público. Contudo, num futuro próximo, o Mundial de Ralis poderá receber mais ralis, um deles uma estreia absoluta: o rali do Chile. 

Os chilenos estão a investir um pouco mais no automobilismo e no motociclismo - está para breve a sua inclusão na MotoGP com o circuito de Rancágua, em construção - e no ano que vem irão fazer uma prova de teste na zona de Concepcion, no sul do país, cerca de uma semana após o rali da Argentina. Caso mereça a aprovação da FIA, o rali acontecerá em 2019, segundo conta o site Motorsport News.

"Estamos muito perto de assinar o contrato. O evento basear-se-ia em seções florestais com estradas suaves a dois mil metros acima do nível do mar. Pelo que sabemos, o Chile não planeia fazer mais nenhum outro evento", disse Olivier Ciesla, promotor do WRC.

"Os ralis são o segundo desporto mais popular no Chile. A série RallyMobil [o campeonato nacional] tem agora dezoito anos, e receber o WRC seria mais um passo no nosso desenvolvimento. Estamos prontos para isso. Nossas classificativas são amplas e velozes. Provavelmente eles correm na melhor superfície do mundo. Temos muitas estradas florestais que devem ser mantidas para permitir que os camiões viajem em diferentes condições climáticas. Quase dois milhões de pessoas vivem na zona de Concepcion e temos uma boa base hoteleira, bem como infra-estruturas", comentou Sebastian Etcheverry, organizador do Rally Chile.

Outro rali que poderá acontecer será o Japão. A ideia é recebê-lo de volta ainda antes de 2020, por alturas dos Jogos Olímpicos, que acontecerão em Tóquio. É evidente que isto teria o apoio da Toyota, que como é sabido, regressou este ano aos ralis. O Japão recebeu o WRC entre 2004 e 2010, com uma interrupção em 2009, em classificativas na região de Hokkaido, no norte do país. 

Isso tudo faz com que a Croácia tenha perdido um pouco as suas chances de receber um rali do WRC, porque os organizadores não pretendem alargar muito o campeonato do mundo. Logo, tinham de esperar a exclusão de algum rali que está neste calendário, como vai acontecer em 2018 quando os turcos farão o seu regresso, à custa dos polacos.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Youtube Motorsport Classic: Quando Senna testou pela Penske

As redes sociais não deixaram de passar a data: há precisamente 25 anos, em Phoenix, Ayrton Senna experimentou em Phoenix um Penske da IndyCar, para saber como é guiar um carro destes, numa altura complicada para o piloto brasileiro. Alain Prost iria regressar à Formula 1 e a McLaren não era competitiva em relação à Williams. Aliás, a equipa de Woking tinha perdido os motores Honda e iria ser cliente dos Ford Zetec V8, que eram equipados pela Benetton, liderados por um jovem chamado Michael Schumacher.

A revista americana Road and Track fez um filme de 25 minutos sobre este teste, apresentado por Marshall Pruett e Travis Long, onde se fala sobre as circunstâncias históricas do que aconteceu, e como algumas pessoas ficaram com a respiração suspensa com este teste. E como a CART esteve perto de ser a melhor competição do mundo, pouco depois de se saber que iria receber Nigel Mansell.

As coisas que se passam na Williams

O negócio da Williams sobre o seu segundo piloto é interessante de se ler, neste tempo pré-natalicio. Os rumores são muitos e muito interessantes, especialmente quando a equipa disse que iria adiar o anuncio do seu piloto para 2018. E hoje ouviu-se algumas coisas que valem a pena serem contadas por aqui.

Primeiro que tudo, a imprensa finlandesa falou na terça-feira que Nico Rosberg propôs um acordo para a equipa no sentido de dar a Robert Kubica sete corridas na próxima temporada, a troco de onze milhões de euros. A ideia era ver se era capaz de guiar o carro, que vai ser batizado de FW41. Caso a equipa não fique satisfeita com a sua pilotagem, poderia ter Serguei Sirotkin no seu lugar para o resto da temporada, a troco de 22 milhões de euros, mais coisa, menos coisa. O negócio é interessante, e se calhar até cairia bem na equipa de Grove, que esta temporada foi quinta classificada no Mundial de Construtores, e que pretende gastar dinheiro para investir forte, num bom chassis, para subir no mundial e bater a Force India, que aparentemente faz um trabalho mais eficaz.

Hoje, ao ler o sitio do Joe Saward, leio algumas coisas mais interessantes que podem complementar isto. E complicar, ao mesmo tempo. Primeiro que tudo, dinheiro. O quinto lugar no Mundial de Construtores tira dinheiro à equipa, apesar de, por exemplo, receber 25 milhões de dólares da Martini. E Paddy Lowe quer investir para ver se dão "o pulo" para passar a Force India. E quanto mais investirem, melhor. Se os 11 milhões do Kubica são bons, os 25 milhões do banco SMP seria um fator decisivo para escolher o russo.

Até agora, a equipa tem... de uma certa maneira, compensado a perda de dinheiro com os negócios que tem feito para compensar, por exemplo, a perda de Vallteri Bottas para a Mercedes, em 2016. E foi por causa disso que conseguiu os serviços de pessoas como Dirk de Beer (ex-Ferrari) e Barney Hassell (ex-McLaren) que estão a ajudar a desenhar o que vai ser o FW41, no sentido de alcançar, em termos aerodinâmicos, aquilo que não tem alcançado em termos de motores. Porque em 2017, haverá mais rivais: para além da Force India, temos de contar com a Renault e a McLaren, que querem sair do fundo do pelotão.
Também em termos de dinheiro, temos de pensar na sua origem. o SMP bank pertence a dois irmãos: Boris e Arkady Rotenberg, amigos pessoais e próximos de Vladimir Putin. E por causa desta associação próxima do Kremlin, eles estão na lista de pessoas afetadas pelo embargo económico decretado pelos Estados Unidos (mas não a União Europeia) por causa da situação na Ucrânia. Claro que para a Williams, não querem saber da proveniência do dinheiro (olhem para PDVSA, nos tempos de Pastor Maldonado...), mas parece que querem olhar para aí como último recurso.

E o interessante é que - segundo conta o Joe - este adiamento pode ter a ver com a possibilidade de dar tempo a Kubica de arranjar dinheiro noutros lados. E parece que os patrocinadores polacos podem ter como base... a CVC Capital Partners, os antigos "silent partners" de Bernie na Formula 1. Veremos o que o Natal e Ano novo nos poderão trazer nesse campo, não é?

O cartão de Natal da Red Bull

Com Bernie Ecclestone reformado (pelo menos, deveria estar...), outro pessoal continua a mostrar a tradição do cartão de Natal humorado, pelo menos em relação à Formula 1. A Red Bull lançou hoje o seu, referente ao exagero das regras de 2018, como eles mostram aqui...

WRC: Löeb vai fazer três ralis em 2018

O francês Sebastien Loeb, nove vezes campeão do mundo, anunciou esta quarta-feira que fará três provas do WRC na próxima temporada. O piloto de 43 anos vai correr nos ralis do México, Córsega e Espanha a bordo de um C3 WRC no lugar de Craig Breen.

No anuncio do seu regresso, Loeb baixou um pouco as expectativas dos que acham que irá fazer a diferença: "Não tenho quaisquer expectativas, só quero divertir-me", contou.

"Eu pensei que fazia sentido estar parte na prova francesa, especialmente porque sempre amei as corridas em asfalto, embora eu não esteja familiarizado com a atual rota do Tour de Corse. A Espanha parecia também uma boa opção".

"Eu também queria fazer um rali de terra. Optamos pelo México, já que tenho boas lembranças de corridas lá e a rota não mudou desde a última vez que participei no campeonato", concluiu.

Depois de fazer o seu último rali em Monte Carlo, na temporada de 2015, O piloto francês dedicou-se ao WTCC, para depois passar para o Dakar e ao WRX, o rallycross, ao serviço da Peugeot, no sentido de avançar a sua carreira noutras modalidades. Entretanto, a marca, que tinha mudado de carro para estrear o C3 WRC, nunca mais teve a pujança do modelo anterior, apesar das duas vitórias com Kris Meeke em 2017, no México e na Catalunha. 

Loeb voltou a experimentar o carro no final do verão, a pedido de Yves Matton, para saber o que poderia fazer para melhorar o modelo. Curiosamente, isso aconteceu antes do rali catalão, onde o piloto inglês foi o vencedor...

Quanto a Stephane Lefebvre, ele irá fazer uma temporada no WRC2, enquanto que Khalid Al Qassimi também fará alguns ralis com o C3 WRC.

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Sobre o campeonato, Yves Matton, o diretor da equipa, deseja alcançar ambos os títulos: "O objetivo será atingir pódios e garantir algumas vitórias, mas o Kris também pode ter uma chance no campeonato", começou por dizer.

"Craig provou que ele é muito bom, com alguns desempenhos muito consistentes. Ainda há espaço para ele melhorar e ser mais ambicioso", continuou. 

"Também estou encantado ao ver que haverá outro capítulo na grande história entre Sebastien Loeb e Citroën. Ele não poderia ter retornado ao WRC com ninguém senão nós! Ele confirmou que ele não perdeu sua velocidade e habilidade durante as sessões de teste concluídas, embora ele seja obrigado a ter conhecimento dos estágios e do tempo no carro, em comparação com uma competição cada vez mais difícil", concluiu.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Youtube Motorsport Onboard: Uma volta em Spa... com neve

Dezembro é inverno no hemisfério norte, e na maior parte da Europa, neva na maior parte dos circuitos conhecidos, como Spa-Francochamps, na Bélgica. E dependendo da camada de neve a cair na pista e respectivo derretimento, os carros podem ou não andar por aí.

Ora, o pessoal do circuito belga decidiu fazer um video onboard de um carro a dar umas voltas à pista, com uma camada interessante de neve. E eis o resultado.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Formula E: Corrida de Montreal cancelada

O final da temporada de 2017-18 da Formula E não vai ser mais em Montreal. A noticia surgiu esta tarde de que a prova canadiana - que seria uma jornada dupla - foi cancelada, alegando que deu prejuízo de 24 milhões de dólares aos cofres da cidade. Contudo, a autarquia pretende novo contrato com a organização, no sentido de receber a prova em 2019.

Se a razão oficial poderá ter a ver com razões económicas, na realidade, a razão do cancelamento poderá ser outra: política. A nova "mayor" da cidade, Valere Plante, nunca gostou da corrida no centro da cidade mais importante do Quebec e queria que esta fosse transferida para a ilha de Notre-Dâme, onde está o circuito Gilles Villeneuve, algo do qual a organização não quer, porque os carros ainda não tem o devido alcance. 

Contudo, este cancelamento vai fazer com que a autarquia tenha de pagar uma pesada multa porque rompeu com um acordo de três anos assinado entre a anterior legislatura e a Formula E, e é por causa disso que Plante está a negociar novo contrato, com a ideia de transferir a corrida para o circuito permanente.

Até ver, Nova Iorque tornou-se agora na corrida de encerramento do calendário de 2017-18 até que a organização arranje uma alternativa para as rondas agora canceladas.


As (novas) ameaças de Sergio Marchionne

Este fim de semana, em Maranello, Sergio Marchionne convidou a imprensa para um encontro de Natal, mas as intenções não eram apenas para lhes desejar Boas Festas e um Próspero 2018 para eles. O presidente da Ferrari não deixou escapar a oportunidade para lançar farpas para a Liberty Media, especialmente para os seus planos de dar mais igualdade entre as equipas. 

O que mais me incomoda é que existe um homem com a experiência de Ross Brawn, que procura maneiras de lutar contra o ADN da Formula 1. Fazer carros todos iguais, com motores simples e económicos, como a Nascar, não interessa para nós”, começou por dizer o presidente da Ferrari.

Temos de buscar um equilíbrio nas decisões para o futuro que satisfaçam a todos, e acho que vamos fazer isso com o tempo. Caso contrário, a Ferrari vai embora. Se eles acreditam que estamos a fazer "bluff", [eu direi que] eles estão a brincar com o fogo”, ameaçou.

Na renovação de contrato com o Liberty, há a possibilidade de se desvincular, em oposição ao Pacto da Concórdia, e acho que a Ferrari tem a força para arrastar outras [equipas] para um campeonato alternativo”, complementou Marchionne.

Por um lado, há um certo exagero da parte de Marchionne, mas sei que cúpula da Ferrari, aprende-se depressa da história - e sobretudo da influência - que a Scuderia têm na Formula 1. Eles não querem ter poder, digamos assim. O que desejam é ter a capacidade de influenciar a FIA no sentido de que as regras os beneficiem. E historicamente, sempre se saíram bem. As táticas influenciadoras - quase bullying - do Commendatore têm acolhimento naqueles que têm idade para serem os seus netos. Não tanto Piero Lardi Ferrari, o filho (bastardo) de Enzo, mas sim Sergio Marchionne, que aprendeu com Luca de Montezemolo, que por sua vez, aprendeu com "il Vecchio".

E claro, avisos e mais avisos aos jornais para que "se nos tocarem, vamos embora" é exatamente isso: avisos. Para ver se a Liberty Media tem coragem para os enfrentar. Testes, se quiserem. Mas é bom começáramos a ver isto noutra perspectiva. Ir para além do que se fala, ter um contexto no meio disto tudo. E o contexto é um pouco este: lembram-se dos rumores sobre a Maserati na Haas, depois do patrocínio da Alfa Romeo na Sauber? Não é tanto o Marchionne a comprar um terço da Formula 1 para influenciar o Acordo da Concórdia após 2020, mas é porque ele manda num grupo grande chamado Fiat-Chrysler Automobiles e quer ver se arranja comprador.

É que nos últimos dois a três anos, a companhia não respira saúde. Foram obrigados a vender a Ferrari - está colocada à parte e cotada na Bolsa de Nova Iorque - e Marchionne tem 65 anos, no limite para a reforma. E os objetivos de vendas da Alfa Romeo, quer nos Estados Unidos, quer no resto do mundo, não tem sido alcançados. Marchionne queria vender meio milhão dos seus carros este ano, mas só vende cerca de um quinto, apesar de ter carros como o Giulia e o Stelvio. E as outras marcas estão, de uma certa maneira, adormecidas. A Maserati, por exemplo, tem uma aumento de vendas depois de colocar o SUV Levante, e o ano de 2016 foi o seu melhor de sempre, pois vendeu 42.500 veículos. 

Mas tudo isso tem um objetivo: vender a firma para outros interessados. E quem tem dinheiro? Talvez os chineses. Aliás, ao ler os posts do Joe Saward, li o último parágrafo de um artigo que escreveu no passado dia 7, onde dizia isto:

"Movendo a marca [Maserati] para a Formula 1 é projetado para adicionar um pouco mais de brilho para uma eventual a divisão entre Alfa Romeo-Maserati, reduzir a dívida da FCA e torná-la mais atrativa para uma venda ou uma fusão". A ideia é emagrecer, é óbvio, mas livrar-se de algumas marcas para ficar com as que têm lucro (Ferrari) poderá não ser boa politica, pois ficaria vulnerável para uma aquisição futura por outra marca, não é?

Portanto, tudo isto é uma estratégia para mostrar o seu portfólio mais interessante. Mas isso só funcionaria se a Liberty Media se encolhesse e não pegar a guerra que Marchionne deseja comprar. É que o grupo de Chase Carey e Sean Bratches ainda está a pagar o preço da aquisição da Formula 1 à CVC Capital Partners e poderá ainda estar vulnerável em termos financeiros a outra guerra... e o grupo Formula 1 teve prejuízos este ano, como sabem. E também não poderemos deixar de pensar se outros atores não estarão presentes, dispostos a minar o trabalho dos novos proprietários. Nomeadamente um certo anão octogenário...

domingo, 17 de dezembro de 2017

Noticias: Prost afirma que acordo da McLaren trará mais pressão sob a Renault

A Renault teve uma temporada de 2017 onde foi sexta classificada no Mundial de Construtores. Contudo, Alain Prost, tetracampeão do mundo, antigo piloto da marca e atual consultor, afirma que a entrada da McLaren em 2018 poderá dar mais luta à marca, apesar de partilharem o mesmo motor.

"Isso trará pressão, com certeza", começou por dizer Prost ao site motorsport.com. "Porque teremos mais um concorrente”, continua.

O tetracampeão do mundo disse que a equipa de Enstone fez bons progressos em 2017 e que o salto ao sexto lugar do campeonato na corrida final foi uma recompensa justa.

"Se você fizer um resumo da temporada, a sexta posição não é mau de todo", acrescentou o ex-piloto francês. "No final da segunda parte da temporada, ficamos muito perto de ser na maior parte do tempo a quarta equipe em termos de desempenho. Nós tínhamos problemas de fiabilidade, e quando você tem problemas de fiabilidade, você precisa diminuir o desempenho. Não é uma desculpa, mas o que mostramos em Abu Dhabi foi quando juntamos bem a performance. Se quiséssemos, poderíamos ser um pouco mais rápidos, mas também queríamos para estar seguros”, concluiu.

A Renault acabou em 2017 com 53 pontos e o sexto lugar do campeonato de Construtores graças a pilotos como Nico Hulkenberg, Jolyon Palmer e o espanhol Carlos Sainz Jr.

CNR: Amarante feliz por estar no calendário do CNR

A noticia da entrada do Rali de Amarante/Baião no campeonato nacional de ralis alegrou bastante os membros do Clube Automóvel de Amarante, especialmente o seu presidente, António Jorge. A equipa acaba de ver reconhecida todo o empenho e dedicação que colocaram na criação e manutenção de uma estrutura que organiza uma prova que espera ser agrado de público e pilotos. 

Em declarações ao site Sportmotores, António Jorge estava feliz com esta decisão: “A notícia que no próximo ano a nossa prova fará parte do Campeonato de Portugal de Ralis é, sem dúvida, a melhor prenda para o nosso Clube que este ano comemora 27 anos de existência. Estou muito feliz e partilho esta felicidade com a minha equipa, patrocinadores, e os muitos milhares de aficionados dos ralis que vivem nesta região. Deixo ainda uma palavra muito especial para os senhores Presidente das Câmaras de Amarante e Baião que têm sido inexcedíveis no apoio a este projeto e sem o qual ele não era possível”, começou por dizer.

A propósito do desafio que a sua equipa terá pela frente em 2018, António Jorge mostra-se confiante que a prova do Clube Automóvel de Amarante estará à altura das suas responsabilidades: “Temos consciência da responsabilidade e da dimensão do desafio que nos é colocado mas estou certo que todos os agentes desta região se irão empenhar para que esta prova possa continuar a mobilizar milhares de adeptos dos ralis para visitarem Amarante e Baião e ajudem a reforçar a notoriedade que os troços desta região têm no panorama nacional e internacional”,concluiu.

O Rali Amarante/Baião acontecerá no fim de semana de 22 e 23 de setembro, e será em asfalto.