Até 1982, nenhum dos pilotos do pelotão da Formula 1 pensava a sério sobre a sua forma física. Toda a gente conhece o caso de James Hunt, o britânico campeão de 1976, que era mais conhecido pela cerveja que bebia no pódio, pelos cigarros que fumava e por praticar aquilo que certo dia bordou no seu fato de corrida: "Sexo, pequeno almoço dos campeões".
Então, um dia, um piloto do fundo do pelotão apareceu com um médico, que monitorizava os seus sinais vitais e passou a comer de forma mais cuidada possível, para poder aguentar as corridas. Infelizmente, a carreira de Riccardo Paletti - o piloto em questão - terminou de forma trágica na partida do GP do Canadá. A ideia pegou de vez a partir de 1984, quando Ayrton Senna trouxe consigo o preparador físico Nuno Cobra, que o fez aguentar as duas horas de corrida, as forças centrifugas dos carros e por vezes, as altas temperaturas dentro dos cockpits dos carros, e que deixavam os pilotos à beira da desidratação. Senna sentiu a diferença entre uma corrida de Formula 3 - que não passava de 50 minutos de duração - e um de Formula 1, que tinha mais do dobro, quando saiu exausto do seu Toleman na sua segunda corrida da carreira, em Kyalami, na África do Sul.
E ele jurou que não mais seria apanhado numa situação dessas, apesar de ter havido situações onde teve de aguentar cãibras, especialmente no GP do Brasil de 1991.
Hoje em dia, os carros são cada vez mais velozes. Este ano, com os novos regulamentos, os carros serão mais rápidos até quatro segundos por volta, mas os pilotos começam a aguentar, volta após volta, forças centrifugas muito fortes. Para terem uma ideia, esta semana, via os treinos da IndyCar em Barber, a pilotos como Alexander Rossi aguentavam em média 2 a 2,5 G's nas curvas.
“Os monolugares são brutais de pilotar – não estamos muito longe dos 8 G's no ápice das curvas de alta velocidade – pelo que é muito divertido. Mas é duro para o corpo, para as peças e para os monolugares”, começou por dizer Romain Grosjean, da Haas, sobre os carros que anda a lidar nesta temporada.
O gaulês acrescentou que estes carros tem menos tolerância a deslizes: “É melhor não falhar o ponto de viragem em alguns locais. A velocidade com que entramos na curva é de loucos comparando com o ano passado. Há que ter maior precisão e o corpo passa por momentos complicados nas curvas”.
Outro que fala sobre estes carros é Toto Wolff, que chama a eles de "monstros", e afirma: "Pelo que pude ver nas imagens onboard, as velocidades de curva são muito impressionantes e vamos ver amanhã na primeira corrida como [os pilotos] são realmente físicos e quanto é que retira do piloto".
Partimos do principio que estes pilotos deram o seu melhor ao longo do inverno para ficarem em forma. Estão nos seus limites em termos de forma física. São magros e musculosos, e não se sabe bem até que ponto aguentam uma corrida inteira. Partimos do principio que aguentam, pois estiveram a testar em Barcelona ao longo de duas semanas, a fazer o equivalente a duas ou três corridas por manhã. Mas isto é um pouco diferente, pois falamos das pressões de um fim de semana de corridas, onde o piloto não pode falhar muito. Aliás, pelo que vimos até agora, não podem falar de jeito algum, pois isso leva a um toque na parede e o fim da tarefa que andavam a fazer.
E ele jurou que não mais seria apanhado numa situação dessas, apesar de ter havido situações onde teve de aguentar cãibras, especialmente no GP do Brasil de 1991.
Hoje em dia, os carros são cada vez mais velozes. Este ano, com os novos regulamentos, os carros serão mais rápidos até quatro segundos por volta, mas os pilotos começam a aguentar, volta após volta, forças centrifugas muito fortes. Para terem uma ideia, esta semana, via os treinos da IndyCar em Barber, a pilotos como Alexander Rossi aguentavam em média 2 a 2,5 G's nas curvas.
“Os monolugares são brutais de pilotar – não estamos muito longe dos 8 G's no ápice das curvas de alta velocidade – pelo que é muito divertido. Mas é duro para o corpo, para as peças e para os monolugares”, começou por dizer Romain Grosjean, da Haas, sobre os carros que anda a lidar nesta temporada.
O gaulês acrescentou que estes carros tem menos tolerância a deslizes: “É melhor não falhar o ponto de viragem em alguns locais. A velocidade com que entramos na curva é de loucos comparando com o ano passado. Há que ter maior precisão e o corpo passa por momentos complicados nas curvas”.
Outro que fala sobre estes carros é Toto Wolff, que chama a eles de "monstros", e afirma: "Pelo que pude ver nas imagens onboard, as velocidades de curva são muito impressionantes e vamos ver amanhã na primeira corrida como [os pilotos] são realmente físicos e quanto é que retira do piloto".
Partimos do principio que estes pilotos deram o seu melhor ao longo do inverno para ficarem em forma. Estão nos seus limites em termos de forma física. São magros e musculosos, e não se sabe bem até que ponto aguentam uma corrida inteira. Partimos do principio que aguentam, pois estiveram a testar em Barcelona ao longo de duas semanas, a fazer o equivalente a duas ou três corridas por manhã. Mas isto é um pouco diferente, pois falamos das pressões de um fim de semana de corridas, onde o piloto não pode falhar muito. Aliás, pelo que vimos até agora, não podem falar de jeito algum, pois isso leva a um toque na parede e o fim da tarefa que andavam a fazer.
São os pilotos mais em forma da história da Formula 1, preparados para lidar com todas estas forças centrifugas. Esperamos que aguentem estas velocidades de forma constante, mas oito vezes o seu peso parece ser algo no limite, coisa para pilotos de aviões ou astronautas no momento em que são lançados para o Espaço. Se para alguns, isso excita, para outros que tem o pescoço magoado, demora algum tempo para recuperar das lesões sofridas. Vide o que se passou com Pascal Wehrlein. A sua falta de confiança em relação ao seu pescoço fez com que no seu lugar, este fim de semana, esteja o italiano António Giovanazzi. Um erro, um deslize, e dificilmente estes pilotos voltam ao seu lugar. Pelo menos, não o mais depressa possível.
Vamos a ver no que vai dar esta temporada que aí vêm. Quero acreditar que aguentam.