sábado, 16 de janeiro de 2021

Mais um capitulo da saga Zanardi


Desde o final do mês de junho que estamos com a respiração suspensa sobre o estado de saúde de Alex Zanardi. O ex-piloto, agora paraciclista com sete medalhas paraolímpicas, sofreu um acidente grave nos arredores de Siena, quando colidiu contra um camião que estava a passar na estrada. Com ferimentos graves na cara e na cabeça, foi operado por diversas vezes, e ficou em coma indsuzido por mais de duas semanas, mas aos poucos, está a recuperar.

Contudo, nesta semana surgiu a noticia de que Zanardi foi novamente operado, mas o mais interessante é que a operação foi feita com anestesia local, e ele por causa disso, voltou a falar. A estória é contada pela italiana Autosprint, que dá declarações da Dra. Frederica Allemano, que afirmou:

"Foi uma emoção muito grande quando ele começou a falar, ninguém acreditou. Ele estava lá! E se comunicou com a família."

Já se sabia desde meados de dezembro que o ex-piloto italiano já reconhecia as pessoas, mas ainda não se sabia se era capaz de comunicar com eles. Agora, após essa operação, parece que essa parte está resolvida, continuando assim a sua longa reabilitação rumo à uma recuperação à vida normal.

Nada que Zanardi não tenha passado. Em setembro de 2001, sofreu um acidente muito grave em Lausutzring, durante uma prova da CART, onde depois de uma colisão com Alex Tagliani, perdeu ambas as pernas. 

Youtube Motosport Video: O teste do Toyota GR010 Hybrid

A Toyota apresentou esta semana o seu carro para o Mundial de Endurance, e os testes com vista ao Mundial de Endurance, que começará no fim de semana de 19 de março em Sebring, aconteceram no Autódromo de Portimão, no Algarve.

A Autosport portuguesa andou a fazer videos sobre as voltas que o carro japonês andou a fazer por estes dias de sol de inverno nas nossas bandas, numa altura em que surgiu o rumor sobre a realização dos 1000 km de Sebring, e se fala sobre a hipótese de Portimão ser o seu substituto...

Vende-se: BMW 635 de 1989 com proprietário VIP


Um BMW 635 é um bom carro, independentemente do ano e se a condição estiver boa, logo, este carro, que está a alcançar estatuto de "clássico", será sempre um bólido apetecível. Mas se nessa condição irá valer dinheiro, então imagina se o proprietário for alguém VIP.  É que este carro branco de matricula luxemburguesa pertenceu a Sean Connery, o primeiro James Bond.

O carro foi comprado entre 1989 e 90, para a sua casa em Marbella, no sul de Espanha, e ficou nas suas mãos até 1998, onde rodou pouco... e com razão: foi nessa altura em que o ator escocês, morto em 2020, teve uma segunda vida na sua carreira, culminando com o papel de Henry Jones Sr. no filme "Indiana Jones e a Grande Cruzada".

Com o sul andaluz a fazer bem à saúde dos automóveis - leia-se, não há ferrugem - tudo funciona, até a parte elétrica, normalmente a mais vulnerável a avaria. Depois de ter sido vendido, o carro esteve armazenado por mais de uma década no Reino Unido e foi visto pela última vez em 2016 na exposição comemorativa do centenário da BMW.  

O carro poderá custar entre 30 mil a 50 mil libras no leilão que acontecerá em breve

Rumor do Dia: Mais três corridas a caminho do cancelamento?


A Formula 1 poderá estar a caminhar para uma segunda versão da temporada de 2020, pois surgiu neste sábado o rumor de que as provas do Mónaco, Canadá e Baku, no Azerbeijão, poerão ser canceladas a favor de provas em Istambul, Mugello e Nurburgring. Ou seja, um calendário bem concentrado na Europa. 

Com o aumento exponencial no número de casos neste inverno - em muitos países se vive uma segunda ou terceira vaga da doença, mais devastadora que as anteriores - as autoridades locais não tem tudo outro remédio senão obrigar as pessoas a ficarem em confinamento geral, com algumas exceções. E com as noticias de que não haverá vacinas em massa até à primavera ou o verão, os próximos três a seis meses poderão ser bem complicados, numa temporada que já viu o adiamento do inicio da temporada, que passou da Austrália, a 21 de março, para o Bahrein, a 28 do mesmo mês. O GP da China também foi adiado, ainda com data a determinar. 

Ainda por cima, nada se sabe qual será a corrida que acontecerá a 2 de maio, que deveria ser preenchida pelo GP do Vietname, que foi cancelado. O candidato mais forte, neste momento, é o GP de Portugal, a decorrer no Autódromo de Portimão, depois de esta semana se ter declarado que existiam "conversações avançadas" nesse sentido.  

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Youtube Motoring Video: O Lancia Beta de Jeremy Clarkson no Top Gear especial do Botswana

Em 2007, o pessoal do Top Gear - então com os Três Estarolas, Jeremy Clarkson, James May e Richard Hammond - foram ao Botswana para atravessar aquele vasto e selvagem país. Nessa viagem, vimos os carros que eles usaram: Clarkson com um Lancia Beta Coupé, May com um Mercedes e Hammond com um Opel Kadett do qual chamou de "Oliver" e ficou com ele após a viagem.

Depois dessa aventura, quase nada se soube do destino do Mercedes e do Lancia, apenas que estariam algures no país. Pois bem, 14 anos depois, um casal americano descobriu o paradeiro do Lancia, pelo menos. Não está em grande condução, diga-se, mas se alguém quiser recuperá-lo e restaurá-lo, se for possível... porque não?

A imagem do dia


No final do verão de 1978, John Surtees estava com dificuldades de manter a sua equipa de Formula 1, que existia desde o inicio daquela década. O TS20 não era de feito-solo, e quem não tinha um chassis desse tipo, seria totalmente ultrapassado. Logo, precisava urgentemente de dinheiro para poder pagar as despesas, porque o seu piloto principal, o italiano Vittorio Brambilla, não trazia todo o dinheiro, e o de Rupert Keegan tinha acabado após o GP holandês, onde Brambilla, curiosamente, tinha pontuado na sexta posição.

Para a corrida italiana, Surtees abriu o chassis deixado vago para um piloto que corria sob pseudónimo. "Gimax" era o nome usado por Carlo Franchi, nascido nos arredores de Milão no primeiro dia do ano de 1938. Apaixonou-se pelos automóveis aos oito anos de idade, e começou a participar em Turismos, conseguindo bons resultados. Também participava em subidas de montanha, numa vida que ele mesmo qualificou sendo uma de "viver a mais de 200 km por hora".

Naquele ano de 1978, com 40 anos de idade, já tinha imensa experiencia nos Turismos e nos Protótipos, ele corria no Campeonato Europeu de Turismos, a bordo de um Osella de 2 litros, um dos melhores pilotos a guiar os bólidos construídos por Enzo Osella, e as coisas correram bem, acabando por ser campeão europeu da categoria. De uma certa maneira, a sua aparição no GP italiano iria ser uma recompensa pela boa temporada que tinha tido.

Contudo, o seu desconhecimento e o pouco tempo de adaptação ao Surtees não deu grande coisa. De 32 carros inscritos, 28 participaram na qualificação, para 24 lugares. Franchi foi o último, 4,1 segundos pior que o "poleman", Mário Andretti, e assim sendo, viu de bancada a caótica partida que resultou em ferimentos graves quer no sueco Ronnie Peterson, no seu Lotus, quer em Vittorio Brambilla, noutro Surtees, que levara com um pneu em cima da sua cabeça. Franchi tentou de novo correr num Formula 1, no ano seguinte, no GP Dino Ferrari, em Imola, a bordo de um Williams FW06, E a sua prova acabou na volta 32 devido a um problema na embraiagem.

"Gimax", contudo, entrou na história por ser o último piloto a participar num Grande Prémio de Formula 1 sob um pseudónimo, e a sua carreira se prlolongou até 1984, altura em que pendurou o capacete, depois de duas décadas de uma carreira cheia. O seu filho usou o mesmo pseudónimo para ter a sua própria carreira no automobilismo italiano por mais algum tempo.

Carlo Franchi morreu ontem aos 83 anos, depois de uma vida cheia.  

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Youtube Formula 1 Video: Sergio Perez é o piloto ideal para a Red Bull?

Como sabem, a Red Bull fez algo invulgar em 2021, que foi de largar o seu piloto de formação e ir buscar alguém que não esteve no seu programa de jovens pilotos. O mexicano Sergio Perez irá para o lugar do anglo-tailandês Alexander Albon, e a ideia era ver se tornava num opositor digno desse nome a Max Verstappen.

Sobre isso tudo, o Josh Revell fez um video que divulgou hoje no seu canal. 

WRC: Rali do Ártico entra no calendário


O Rali do Ártico entra no calendário no lugar da prova da Suécia, cancelada depois de receios da pandemia do CoVid-19. A confirmação foi feita hoje pelo promotor do WRC, e acontecerá entre os dias 26 e 28 de fevereiro. Também confirmado está o Rali Ypres, na Bélgica, em agosto, embora não se saiba  ainda em que dias.

Para o diretor administrativo do WRC, Jona Siebel, “desde que foi confirmado em dezembro que o Rali da Suécia não iria ter lugar, temos trabalhado arduamente com a AKK Sports, a cidade de Rovaniemi e os entusiastas locais, para tentar fazer com que este evento aconteça. Tem sido uma corrida dura contra o tempo e os meus agradecimentos vão para todos os envolvidos. Embora o rali se desenrole em apenas 44 dias, sabemos que a AKK não deixará pedra sobre pedra para garantir que atinje os mesmos padrões elevados do tradicional Rali de verão na Finlândia.", começou por dizer.

"Os ralis de Inverno proporcionam alguma da ação mais espetacular do desporto. Um país maravilhoso de inverno, com muita neve e grandes bancos de neve ao longo das estradas são o sonho dos pilotos, por isso penso que o WRC vai ter um grande momento!”, concluiu.

Do lado da da FIA, o seu diretor, Yves Matton, acrescentou que: “com a adesão da Finlândia ao calendário do WRC, vamos experimentar um rali numa região que sempre nos fez sonhar e onde as condições prometem ser ótimas para um evento de neve. Após o infeliz cancelamento do Rali da Suécia em dezembro, esta é a prova de que com desafios podem surgir oportunidades”, concluiu.

O Rali do Ártico e uma das mais tradicionais fora do WRC, e o seu centro é a cidade de Rovaniemi, também conhecia por ser a casa do Pai Natal. Normalmente acontece em janeiro, onde as temperaturas médias andam pelos 25 a 30 graus... negativos.

Noticias: Lelcerc testa positivo ao coronavirus


O monegasco Charles Leclerc apanhou uma forma mediana do CoVid-19 e está em casa em isolamento profilático. O anuncio foi feito por ele mesmo na sua conta no Instagram. 

Quero que saibam que testei positivo para o COVID-19”, escreveu Leclerc no Instagram. “Sou regularmente verificado de acordo com os protocolos da minha equipa. Infelizmente, soube que estive em contato com um caso positivo e imediatamente entrei em isolamento, notificando qualquer pessoa com quem tive contato. Um teste subsequente que fiz deu positivo.", continuou.

Estou me sentindo bem e tenho sintomas leves. Permanecerei isolado em minha casa no Mónaco de acordo com os regulamentos estabelecidos pelas autoridades de saúde locais. Fique seguro e tome cuidado.”, concluiu.

Leclerc tornou-se no quinto piloto a apanhar a doença no último ano. O primeiro foi Sergio Perez, que teve de se ausentar nas corridas britânicas, em julho, e depois foi Lance Stroll a ter também a doença durante o fim de semana do GP de Eifel, no Nurburgring. Em ambas as ocasiões, foi substituido por Nico Hulkenberg. No final da temporada, Lewis Hamilton também testou positivo para a doença e não pode participar na corrida de Shakir, indo para o seu lugar o seu compatriota George Russell

Noticias: Revelada a decoração do Alpine-Renault


A Renault vai-se chamar Alpine em 2021 e revelou hoje a sua decoração provisória até à primeira prova do ano, que será no Bahrein, a 28 de março. O carro terá a cor preta, homenageando o Alpine A500 de 1976, que serviu como plataforma de teste para a entrada da Renault no ano seguinte, com o seu motor Turbo.

Aparentemente, o chassis já tem sigla, será o A521, e é muito provável que terá cor azul, a cor nacional da França, mas também terá traços britânicos.

"A decoração apresentada hoje é a primeira evocação da nova identidade da equipa Alpine de Formula 1”, explicou o director de design, Antony Villain. “Alguns dos elementos gráficos estruturais permanecerão enquanto outros mudarão. O emblema Alpine ‘sobredimensionado’ num sistema gráfico tricolor é o primeiro símbolo claro da identidade da marca no desporto automóvel. O azul, branco e vermelho referem-se às cores das bandeiras francesa e britânica, o que é muito importante para nós. Numerosas variações sobre todos os bens do desporto automóvel estão ainda por vir”.

Esta apresentação acontece dias depois da saída de Cyril Abiteboul e de Jerome Stoll da estrutura, para ser substituído por Davide Brivio, que levou a Suzuki ao sucesso na MotoGP, e de Marcin Budkowski como director de equipa.


Fernando Alonso
e Esteban Ocon serão os pilotos da marca na temporada que aí vêm, e ainda não se sabe quando é que o A521 será apresentado, e onde. 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

A imagem do dia


Só sabemos se passamos dos limites quando saímos da estrada. Isso todos os pilotos tem em mente desde que começam a correr em algo com quatro rodas e um volante. Eles só esperam que saiam dos acidentes sem um arranhão.

Foi o que aconteceu hoje com Sebastien Ogier quando se treinava para o Rali de Monte Carlo. O "rollcage" cumpriu plenamente a sua função, logo, quer Ogier, quer Julien Ingrassia, o seu navegador, sairam ilesos.

Noticias: Ni Amorim confirma conversações avançadas com a FOM


Ni Amorim
, o presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) confirmou hoje que há negociações avançadas com a FOM para acolher o GP de Portugal, em principio, no fim de semana de 2 de maio. Em declarações à Agência Lusa, o presidente e ex-piloto do DTM afirma haver questões a ser ultrapassadas, nomeadamente se poderá haver público e quanto é que o governo está disposto a pagar para ter a Formula 1 em Portugal.

Há negociações avançadas para haver Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1 a 2 de maio”, começou por dizer. “A vinda da Formula 1 só faz sentido com público nas bancadas, e se o Estado português quiser”, continuou.

E alerta: “É preciso pagar, sim. A Formula 1 não se mexe de borla. O Grande Prémio [de Portugal de 2020] deu um retorno extraordinário e os dados já estão na posse do Governo. Mas entendemos que neste momento há outras prioridades e neste momento ainda não foi possível discutir o assunto”. 

Contudo, Ni Amorim mostra-se otimista quanto ao desfecho das negociações. Fala que os responsáveis do Autódromo Internacional do Algarve (AIA), estão “em contacto diário com o promotor [do campeonato]” e a pasta do Grande Prémio está entregue ao “Turismo, Desporto, autarquia de Portimão, AIA, FPAK e IPDJ [Instituto Português do Desporto e Juventude]”

Caso aconteça, o GP de Portugal seria a terceira corrida do calendário, entre as provas de Imola e de Barcelona, e seria a 18ª edição da prova, a segunda consecutiva no Autódromo de Portimão, inaugurada em 2008. 

WRC: Estónia por mais três anos


O Rali da Estónia ficará no calendário no Mundial de Ralis por mais três anos, anunciou hoje o promotor do WRC. O sucesso da edição passada - aproveitando as modificações do calendário devido à pandemia - fez com que ambas as partes assinassem um acordo de extensão da prova para, pelo menos, 2021 e 2022. Assim sendo, Ott Tanak terá a sua prova caseira por mais algum tempo.

Antes de mais, foi um evento notável, por isso eu diria que o desempenho do último ano foi um aspeto chave para a nossa decisão. O segundo fator é a paixão dos dos fãs estónios do WRC”, disse Jona Siebel, diretor executivo do Promotor do WRC.

O Rally da Estónia 2021 vai ser (por agora) a sétima prova da competição, entre o Rali Safari e o da Finlândia, e decorrerá entre os dias 15 e 18 de julho.

W Series: Valencia será palco dos testes de pré-temporada


O Circuito Ricardo Tormo, em Valencia, será palco dos testes de pré-temporada da W series, a série de acesso totalmente feminina. Os testes irão acontecer entre os dias 26 e 30 de abril, e o anuncio foi feito hoje no site oficial da categoria. 

Após o sucesso da temporada inaugural da W Series em 2019, a decepção com a pausa forçada na temporada passada e a emoção que se seguiu ao anúncio de nossa nova parceria com a Fórmula 1, todos na W Series estão ansiosos para a nossa segunda temporada.", começou por anunciar Catherine Bond Muir, a CEO da categoria.

Será disputado por todas as pilotos que deveriam ter competido connosco em 2020, incluindo o atual campeã em pista, Jamie Chadwick. Eu sei que cada um deles estará saboreando a perspetiva de chegar ao volante de nossos carros de corrida de Fórmula 3 Tatuus T-318 e estar em um paddock da Série W pela primeira vez desde o final espetacular para nossa primeira temporada em Brands Hatch em Agosto de 2019."

Nossa primeira corrida de 2021 acontecerá no Circuito Paul Ricard, França, em 26 de junho, e a sessão de cinco dias em pista de abril no Circuito Ricardo Tormo será a preparação perfeita para aquele circuito rigoroso.”, concluiu.

Dave Ryan, o diretor desportivo da competição, também falou sobre o anuncio dos testes de pré-temporada em Valencia. 

Os testes de pré-temporada são sempre importantes, mas este é especialmente importante dado o longo período que nossas pilotos passaram longe da ação devido à pandemia do Coronavírus. É por esse motivo que reservamos cinco dias para o teste de pré-temporada deste ano.", começou por afirmar.

Nossos engenheiros e mecânicos agora terão ampla oportunidade de colocar os carros de corrida Tatuus T-318 de Fórmula 3 da W Series em perfeitas condições para a temporada emocionante que se avizinha, quando organizará oito corridas de apoio de Fórmula 1. Cinco dias de testes irão garantir que nossos pilotos, antigos e novos, possam aprender o máximo possível sobre nossos carros e aprimorar sua técnica de direção, permitindo-lhes mostrar suas habilidades totalmente quando fizer sua estreia no maior palco do automobilismo em Le Castellet, França, em junho."

O Circuito Ricardo Tormo é perfeitamente adequado para testar carros de Fórmula 3. O layout estreito e sinuoso tem 4005 metros de comprimento e consiste em uma longa reta e 14 curvas. Poucos são mais complicados do que a Curva Um - uma esquerda de 80 graus que requer uma travagem precisa, mas pesada. Sei que todos os nossos pilotos estão ansiosos para começar e trabalhar o máximo possível para se prepararem para a temporada de 2021, e espero ver algumas performances impressionantes de estrelas estabelecidas da W Series e dos novatos ao longo dos cinco dias em Valência.”, concluiu.

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

A imagem do dia (II)

 

Paulo Gonçalves só desistia se não podia mais. A imagem que escolhi hoje, que passa exatamente um ano da sua morte mostra tudo que ele era: determinado a correr, competitivo, puxado pela adrenalina. Isto aconteceu em 2014, e mostra ele, afastado da sua moto em chamas, chorando porque não podia continuar. Nós, que assistimos ao seu choro, também derramamos lágrimas porque achávamos que aquilo que tinha acontecido tinha sido injusto.

Temos pena que ele nunca tenha vencido um Dakar à geral. Esteve sempre perto, era competitivo, e respeitado pelos adversários. Tanto que este ano, gente como Toby Price e Ricky Brabec, que competiram ao seu lado, colocaram o seu nome e a bandeira portuguesa nos seus capacetes e fatos para homenagear "Speedy" Gonçalves. Porque era bom no que fazia e eles sofriam com ele.

Passado um ano, e em pleno Dakar saudita, vê-se as motos e os carros a passarem pelas dunas e não se deixa pensar nele. Ainda por cima, ele tinha decidido em 2020 que aquele iria ser o seu último em termos competitivos. O destino chegou mais cedo à meta que ele, e é disso que temos saudades, porque sempre que o viamos em cima de uma moto, não interessa de qual marca, ele nos fazia sorrir de orgulho e chorar de tristeza, porque dava tudo.  

A imagem do dia


As mãos de Romain Grosjean, já sem os curativos. De facto, aquele acidente e subsequente incêndio foi bem mais grave do que parecia, e meros vinte ou 30 segundos de luvas expostas a mais de mil graus de temperatura, dá nisto. 

É certo que se calhar haverá mais operações para fazer, para diminuir estas cicatrizes, mas é para ver que o automobilismo é perigoso, e pode causar cicatrizes. Poderia mandar uma graça e dizer que Grosjean não será Niki Lauda porque não afetou a cara e não vai ser campeão, mas ele vai carregar cicatrizes para o resto da vida, como o austríaco.

E falo por mim mesmo, que tenho cicatrizes no meu corpo: até ao último dos seus dias, vai se lembrar daquela noite em Shakir, e que o automobilismo é perigoso. 

Youtube Rally Video: Poesia em câmara lenta

A uma semana do inicio no Mundial de Ralis, começamos com um video que o Antti Kalhola colocou hoje sobre essas brutais máquinas que andam a fundo em carreiros de cabas, tenham eles terra ou asfalto, estejam eles secos, molhados ou nevados. 

O video faz-me lembrar o "Racing in Slow Motion" do Mathias Mannizer, logo, é visualmente belo. Espero que gostem. 

WRC: Divulgada lista de inscritos do Rali de Monte Carlo


Foi ontem divulgada a lista de inscritos do rali de Monte Carlo, que acontecerá entre os dias 21 e 24 de janeiro e será encurtada e sem espectadores devido à pandemia. Serão 84 máquinas ao todo, com três máquinas da Hyundai, quatro da Toyota e dois da Ford, pelo menos os oficiais do WRC. 

No lado da marca coreana, eles inscrevem Ott Tänak, Thierry Neuville e Dani Sordo em três Hyundai i20s WRC. O espanhol Sordo terá ao lado Carlos Del Barrio pela última vez, antes do compatriota Borja Rozada assumir o papel de navegador na prova seguinte. Na Toyota Gazoo Racing, eles terão Sébastien Ogier, Elfyn Evans, Kalle Rovanperä e o japonês Takamoto Katsuta, todos num Yaris WRC. Por fim, a M-Sport inscreve dois Ford Fiesta WRC para o britânico Gus Greensmith e o finlandês Teemu Suninen.

Do lado da WRC2, haverá oito inscritos. Dois Skoda Fabia Rally2 evo para Andreas Mikkelsen e o boliviano Marco Bulacia Wilkinson, enquanto Oliver Solberg faz a sua estreia na Hyundai num NG i20, e Adrien Fourmaux está ao volante do Ford Fiesta Rally2 da M-Sport Ford. Para além disso há um Volkswagen Polo R5 para o russo Nikolay Gryazin e um Skoda Fabia R5 evo para Enrico Brazzoli, enquanto Eric Camilli e Sean Johnston conduzem o Citroën C3, com o francês a fazê-lo com a preparadora portuguesa Sports &You.

Para a categoria WRC3, existirão dois Citroën C3 R5 para os franceses Nicolas Ciamin e Yohan Rossel, enquanto cinco Skoda Fabia foram inscritos para o italiano Fabrizio Arengi Bentivoglio, Cedric De Cecco, Cédric Cherain, Johannes Keferböck e Miguel Diaz Aboitiz. Com Citroën C3 R5 correm Giacomo Ogliari e Davy Vanneste.

O rali de Monte Carlo terá 14 troços, num total de 257,64 quilómetros cronometrados.

Noticias: Calendário da Formula 1 modificado


A Formula 1 modificou o seu calendário para 2021, com o adiamento dos GP's da China e da Austrália, passando a abertura do campeonato para o dia 28 de março, no Bahrein. A corrida australiana foi remarcada para o dia 21 de novembro, enquanto no lugar de Xangai entra Imola, que será a segunda corrida do ano, a 18 de abril. A vaga do dia 2 de maio, que deveria ser o GP do Vietname, ainda não está preenchida, mas tudo indica que pertencerá a Portimão

Para poder acomodar o GP da Australia para uma data que não é tão estranha assim - as corridas em Adelaide aconteciam sempre no inicio de novembro, primavera naquelas paragens - as corridas na Arábia Saudita foram atrasadas em mais uma semana, recuando para os dias 5 e 12 de dezembro, enquanto o GP do Brasil foi adiantado em uma semana, para o dia 7 de novembro, essencialmente, encaixando num "triple-header" (três corridas em três fins de semana seguidos) com Austin e a Cidade do México.

Contudo, apesar destas modificações, não deverão ser as últimas. A Auto Motor und Sport alemã fala que há dúvidas sobre o GP do Mónaco, que tem até meados de maio para saber se a prova irá ou não seguir em frente, e as provas de Baku e Montreal, que acontecerão em junho, também estão em dúvida devido às circunstâncias atuais.

IndyCar: Anunciada a primeira corrida com carros autónomos


A Indianápolis Motor Speedway anunciou esta segunda-feira que haverá um desafio de carros autónomos, o Indy Autonomous Challenge (IAC), que acontecerá no próximo dia 23 de outubro, com um prémio de um milhão de dólares, para saber que é o melhor e quem tem a melhor tecnologia para o avanço deste tipo. O desafio irá acontecer em chassis Dallara IL-15.

Na apresentação do desafio, durante o Consumer Electronics de 2021, o CES2021, foi referido que esta tipo de competição serve para incentivar os melhores e mais brilhantes engenheiros e estudantes de engenharia, das diversas universidades um pouco por toda a América, para ajudar a fazer acelerar a comercialização de veículos totalmente autónomos e melhorar os aspetos de segurança e performance.

O Dallara IL-15 [construido pela IAC] é o veículo autónomo mais avançado e mais veloz já desenvolvido”, começou por afirmar Paul Mitchell, o presidente e CEO da Energy Systems Network (ESN) e co-organizador do IAC. “Nossos patrocinadores do IAC estão fornecendo radar, lidar, cameras óticas e computadores avançados, elevando o valor de cada veículo para um milhão de dólares.

A inspiração, afirmam, veio do DARPA Grand Challenge de 2005.

"O DARPA Grand Challenge provou que os robôs podem dirigir-se em ambientes muito confinados, mas não têm a agilidade e a habilidade de um piloto de corrida humano muito bem treinado para agir em situações extremas. IMS é o melhor lugar do mundo para desafiar a comunidade de robótica a testar carros autônomos. Ao entrar em um contexto de corrida, vamos levar os carros autônomos ao limite absoluto.”, afirmou Sebastian Thun, o vencedor dessa edição.

O IAC vai trazer as melhores mentes de todo o mundo para resolver um problema muito complexo, bem aqui na Capital Mundial do Automobilismo”, disse o presidente da Indianápolis Motor Speedway (IMS), J. Douglas Boles. “Como o berço da inovação do automobilismo, o IMS é um cenário adequado para este evento, e mal podemos esperar para ver a equipa vencedora cruzar o Yard of Bricks para a história.”, concluiu.

Formula E: McLaren reserva lugar para 2022


A McLaren está seriamente a a avaliar a possibilidade de se juntar ao campeonato cem por cento elétrico. A marca confirmou hoje que assinou um acordo de opção para 2022 com a Fórmula e, reservando uma vaga no campeonato que não podia antes porque era o fornecedor exclusivo de baterias para a Fórmula E. Contudo, com o contrato a expirar no final da temporada de 2021-22, altura também da apresentação do Gen3, a marca de Woking está livre para incluir a Formula E na sua expansão, depois da IndyCar Series.

Temos vindo a observar de perto a Fórmula E há algum tempo e a monitorizar o progresso da série e a direção futura”, começou por dizer o CEO da McLaren Racing, Zak Brown. “A oportunidade de tomar uma opção sobre uma possivel entrada, juntamente com a conclusão do contrato de fornecedor da McLaren Applied com a FIA no final dos Gen 2, dá-nos o tempo necessário para decidir se a Fórmula E é adequada para a McLaren como uma futura plataforma de competição”, concluiu.

Alejandro Agag, fundador e presidente da Fórmula E, está encantado por ver o campeonato atrair a atenção da McLaren, um dos maiores nomes do desporto automóvel.

A McLaren Racing garantindo uma opção para se juntar à grelha da Fórmula E do Gen3 é uma prova do impacto contínuo do nosso desporto”, disse ele. “Com alguns dos nomes mais famosos do desporto automóvel já a competir na Fórmula E, estamos encantados com o facto da McLaren Racing ter decidido examinar uma potencial entrada na Fórmula E”.

domingo, 10 de janeiro de 2021

The End: Hubert Auriol (1952-2021)


Hubert Auriol, uma das lendas do Dakar, o primeiro triunfador em carros e motos, e mais tarde o seu diretor, morreu hoje em Paris, aos 68 anos de idade. Estava internado há mais de dois meses por causa de complicações por causa do coronavírus, mas a causa da sua morte acabou por ser um acidente vascular cerebral. Não se sabe se tinha sido informado que a sua primeira mulher, e mãe das suas três filhas, tinha morrido num acidente de bicicleta há cinco semanas. 

Nascido a 7 de junho de 1952 em Adis Abbeba, na Etiópia, e filho de um engenheiro de caminhos de ferro, regressou a França na adolescência e começou a correr em Enduro aos 21 anos, em 1973, depois de se ter relocalizado para o sudeste de França, e começou a competir no campeonato nacional, chegando até a ser campeão numa categoria de acesso à elite em 1980. Foi por essa altura que começou a participar na prova que o colocaria na ribalta, o Paris-Dakar. Foi um dos participantes na primeira edição de sempre, em 1979, acabando na 12ª posição da geral, e sétimo da classe motos, a bordo de um Yamaha XT500, sendo parceiro de Cyril Neveu.

Dois anos depois, a bordo de um BMW, acabou por triunfar numa BMW R80G/S inscrita pela BMW France, repetindo esse triunfo em 1983. depois de um abandono em 1982. Em 1984, acaba em segundo, atrás do belga Gaston Rahier, e decide abandonar a marca, afirmando que eles o favoreciam. Nos dois anos seguintes, andará de Cagiva, sem resultados de relevo por causa de quedas. Em 1987 passa para a Honda, onde lidera destacado... até cair com as areias de Dakar à vista, partindo ambas as pernas. 

Recuperado do acidente, passou para as quatro rodas, correndo em 1988 com um Mitsubishi Pajero, para depois ser segundo classificado na edição de 1989, atrás de Ari vatanen. Contratado pela Citroen para a sua equipa oficial, a bordo do modelo ZX Rally Raid, acaba por triunfar em 1992, com Philippe Monnet como co-piloto. Será o primeiro a ganhar quer nas duas, quer nas quatro rodas.

Em 1994, Auriol responde positivamente ao convite de fazer parte da Amaury Sports Organization (ASO), que toma conta do Dakar. Em 1995, é o seu diretor, e fica na direção até 2004, altura em que sai e ajuda a criar a Africa Eco Race, ao lado de Jean-Louis Schlesser.

Nos últimos tempos morava em Sursennes, nos arredores de Paris, com a sua mulher e três filhos, e não tinha qualquer relação de parentesco com Didier Auriol, piloto de ralis, campeão do mundo em 1994.