Sabia-se que o Rali Serras de Fafe tinha tudo para ser um grande rali, e as expectativas não foram frustradas. Ricardo Moura liderou até abandonar, José Pedro Fontes e Pedro Meireles lutaram até ao fim para saber quem seria o vencedor, e ambos fizeram com que a derrota saísse cara. E no final, foi o piloto do Citroen DS3 R5, que levou a melhor sobre o Skoda Fabia R5 de Pedro Meireles por 7,2 segundos.
“Foi um excelente trabalho da equipa, acho que merecíamos há muito esta vitória em terra. Fizemos aqui uma boa demonstração do trabalho sério que temos feito ao longo de todo este projeto e é toda a equipa que está de parabéns.”, começou por dizer Fontes, à chegada a Fafe.
O piloto elogiou também o seu Citroen DS3 R5 e a forte concorrência. “Temos um excelente carro e foi um rali muito difícil, com muito mérito da parte de todos os meus adversários, que andaram todos muito depressa. Mas nós ganhámos e ainda bem.”, concluiu.
“Foi um excelente trabalho da equipa, acho que merecíamos há muito esta vitória em terra. Fizemos aqui uma boa demonstração do trabalho sério que temos feito ao longo de todo este projeto e é toda a equipa que está de parabéns.”, começou por dizer Fontes, à chegada a Fafe.
O piloto elogiou também o seu Citroen DS3 R5 e a forte concorrência. “Temos um excelente carro e foi um rali muito difícil, com muito mérito da parte de todos os meus adversários, que andaram todos muito depressa. Mas nós ganhámos e ainda bem.”, concluiu.
Depois dos troços noturnos de Confurco, na véspera, onde Ricardo Moura tinha conseguido uma ligeira vantagem sobre José Pedro Fontes e Miguel Campos, o dia de hoje prometia luta pelos lugares da frente, e ainda por cima com carros de três marcas: Skoda, Citroen e Ford. Mas o dia começou com o abandono de João Barros, que depois da segunda especial, teve problemas com o seu diferencial por causa de uma peça partida e do qual não conseguiram repará-lo a tempo.
Quem também tinha abandonado o rali foi Ricardo Teodósio, mas este tinha saído de cena devido a problemas de travões no seu Ford Fiesta R5.
Na primeira classificativa do dia, a primeira passagem por Luílhas, Campos mostrou que "quem sabe não esquece" e conseguiu vencer a especial na frente de Ricardo Moura, subindo ao segundo posto, e ficando a pouco mais de dois segundos do piloto açoriano. Campos explicou depois que tinha passado a noite a alterar a afinação no seu Skoda Fabia R5, para que fosse melhor nos pisos escorregadios que tinha de lidar. Quanto a Moura, foi apenas quarto, a 11,4 segundos, ficando atrás de Pedro Meireles - segundo, a 0,2 segundos - e José Pedro Fontes - terceiro, a pouco mais de oito segundos.
Quem se atrasava na geral era Carlos Vieira, que capotou na especial, com alguns danos no carro.
Campos continuou a acelerar, e na quarta especial, a primeira passagem por Montim, voltou a ser vencedor, ganhado 0,9 segundos a Moura, apertando os calos ao piloto da Ford. O piloto açoriano foi o terceiro, perdendo para José Pedro Fontes, que perdeu apenas 0,2 segundos para o piloto da Skoda. Pedro Meireles tinha feito o quarto melhor tempo, a um segundo do vencedor, e mantinha o quarto lugar, mas a 18,9 segundos do líder.
A quinta especial seria dramática para o piloto dos Açores, quando uma avaria mecânica - quebra da transmissão do seu Ford fiesta R5 - o atirou para fora da luta pela vitória neste rali. Mais tarde, lamentou o sucedido: “Este resultado é uma desilusão muito grande até por toda a preparação que a nossa equipa fez para este rali, nada foi deixado ao acaso”, contou, em declarações à Autosport portuguesa.
"É uma pena. É verdade que liderei o rali desde a primeira especial até ter desistido, mas mais do que tudo tinha a perfeita convicção de que estaria à altura de fazer um grande rali aqui, mas infelizmente as coisas não correram bem. Há dias assim…”, concluiu.
Apesar do vencedor ter sido José Pedro Fontes, Campos foi o terceiro, a 4,7 segundos do piloto da Citroen, e era o novo líder do rali, mas com uma vantagem de 1,7 segundos sobre Fontes, e 13,1 segundos sobre Pedro Meireles. Paulo Meireles, irmão de Pedro, era o quarto na geral, mas já tinha quase um minuto e meio de atraso para o líder, aproveitando os problemas de Fernando Peres, que se atrasara nesta especial, devido a problemas mecânicos no seu Ford. Carlos Martins era o quinto e Miguel Barbosa o sexto, mas já tinham mais de dois minutos de atraso.
Na sexta especial - a segunda passagem por Luilhas - mostrava um novo líder no rali. Apesar de ter sido apenas o segundo classificado - perdendo 3,3 segundos para Pedro Meireles - José Pedro Fontes era o novo líder do rali, beneficiando dos problrmas que sofrera Miguel Campos, que o fez perder mais de um minuto para a geral e caindo para o quarto posto. Assim, a diferença entre Fontes e Meireles era agora de 8,1 segundos, quando faltavam fazer as classificativas da tarde.
Pela tarde, Campos recuperou o fôlego e venceu a sétima especial, batendo Pedro Meireles por 3.1 segundos e José Pedro Fontes por 6,5 segundos. Este último mantinha a liderança, mas a diferença para o piloto de Guimarães era meramente de 4,6 segundos, com Campos a ser o terceiro, mas a 59 segundos. Nesta altura, Paulo Meireles já tinha abandonado o rali devido a problemas de travões. A seguir, Fontes tirou 1,6 segundos ao piloto da Skoda, com Campos a consolidar o terceiro posto.
Assim, as classificativas finais deixaram um pouco de incerteza no ar, e no final... José Pedro Fontes levou a melhor, vencendo as duas últimas especiais do dia, a terceira passagem por Luílhas e Montim, alargando a vantagem para 7,2 segundos sobre Pedro Meireles. Miguel Campos foi o terceiro, a um minuto e sete segundos, apesar de ter sido o segundo classificado na última especial.
“Ontem perdemos muito tempo na segunda especial devido a uma ligeira saída de estrada, e isso prejudicou-nos. Hoje abrimos a estrada e a manhã nao foi fácil. Fiz a primeira passagem por Montim debaixo de chuva forte e depois tentámos forçar, mas mantendo sempre a calma. Tivemos também uma boa réplica por parte do Miguel, do Pedro e do Ricardo. Da tarde também foi difícil de gerir. Acho que foi um belo espetáculo para todos, estamos todos de parabéns e é para continuar”, comentou Fontes.
Carlos Martins levou a melhor sobre Miguel Barbosa e ficou com o quarto posto da geral, mas a mais de três minutos e 29 segundos, menos oito do que o piloto do Skoda Fabia R5. Diogo Salvi foi o sexto e o melhor dos Ford, a mais de quatro minutos e meio - 4.32,1 - não muito longe de Joaquim Alves, o sétimo. Manuel Castro e Elias Barros ficaram logo a seguir e Diago Gago fechou os pontos, na décima posição, e o melhor dos R4.
Com o Rali Serras de Fafe encerrado, máquinas e pilotos preparam-se para voltar a defrontar-se a 24 de abril, em Castelo Branco, no primeiro rali de asfalto da temporada nacional de ralis.