sábado, 14 de setembro de 2013

O cartaz português de "Rush"

Enquanto que em sítios como o Brasil e a Grã-Bretanha, o filme já se estreou nas salas de cinema, por aqui em Portugal vou ter de aguardar por mais três semanas, até ao dia 3 de outubro, para poder ver "Rush". E mostro-vos aqui o cartaz da versão portuguesa (que posei noutro dia), que ganhou o subtítulo de "Duelo de Rivais".

Lá vou eu ter de esperar mais três semanas até chegar o filme. Pelo que sei, vamos estrear depois de Espanha (que é dobrado!) e nos Estados Unidos.

WSR: Nico Muller foi o melhor no Hungaroring, Félix da Costa abandona

O suiço Nico Muller foi o melhor este sábado na primeira das duas corridas da World Series by Renault, que decorreu no circuito húngaro de Budapeste, numa prova marcada pela chuva e pelo abandono de António Félix da Costa, vitima de um toque com Mikhail Aleshin.

A chuva intensa que estava a cair na hora da corrida fez com que a partida fosse dada debaixo do Safety Car, e nas primeiras quatro voltas, as coisas aconteceram dessa maneira. Quando este se foi embora, o "poleman" André Negrão não resistiu muito tempo na frente, sendo passado pelo seu companheiro de equipa, que seguiu em frente até à bandeira de xadrez, sem ser incomodado. Kevin Magnussen foi o segundo, seguido pelo russo Serguei Sirotkin e pelo belga Stoffel Vandoorne.  

Quanto a António Félix da Costa, esta foi uma corrida curta. Partindo do quarto posto da geral, quandso a corrida recomeçou, tentou atacar o terceiro lugar do russo Mikhail Aleshin, mas sofreu um toque que danificou a sua suspensão, obrigando-o a abandonar. A mesma coisa fez o russo na volta seguinte, e o azarado foi William Buller, que também o obrigou ao abandono. 

No final da corrida, o piloto de Cascais lamentava o sucedido. "Acreditei que poderia ir para a frente e arrisquei em demasia numa ultrapassagem. A pista estava muito molhada, um verdadeiro dilúvio e o toque foi suficiente para me danificar a suspensão da frente. Hoje não foi o nosso dia. Amanhã é um novo dia e vamos concentrar em tentar salvar o fim-de-semana.", comentou na sua página no Facebook.

No campeonato, Kevin Magnussen continua líder, com 181 pontos, mais 33 que Stoffel Vandoorne, o segundo classificado. Nigel Melker é o terceiro, com 108 pontos, mais três pontos que o britânico Will Stevens, e mais seis do que o suiço Nico Muller. António Félix da Costa é o sexto, com 95 pontos.

A segunda corrida da ronda húngara da World Series by Renault é amanhã.  

WRC 2013 - Rali da Austrália (Dia 3)

O terceiro dia do Rali da Austrália viu Sebastien Ogier a caminhar para o que parece ser uma vitória inevitável, e em consequência, de um título mundial. E ele já admite isso: "Nós temos aumentado a margem e isso é muito bom, mas não há outro longo dia de rali amanhã", disse Ogier. Na madrugada de hoje, a vantagem de Ogier sobre Mikko Hirvonen, o segundo classificado, aumentou para os 49 segundos, depois de ter vencido todas as especiais deste dia.

O terceiro dia deste rali ficou marcado pelo aparatoso acidente de Kris Meeke, que na altura lutava pelo terceiro posto com o Ford de Thierry Neuville. Meeke, que substitui Dani Sordo, estava sob pressão neste rali para assegurar pontos sólidos para o fabricante francês, mas a saída de estrada deitou tudo a perder. A Citroën confirmou que ninguém ficou ferido, mas este foi o segundo abandono de Meeke em duas provas com um DS3 WRC esta temporada.

Outro dos azarados do dia foi Jari-Matti Latvala, que sofreu um furo depois de um toque forte num buraco, que o fez perder mais de 15 segundos e o fez cair para o sexto lugar da geral. "Saímos largo e batemos num banco. Batemos com a frente e traseira do carro. Felizmente não foi forte!”, disse Latvala. Contudo, no final do dia, o finlandês conseguiu passar Mads Ostberg e Anders Mikkelsen, para ficar com o quarto posto da geral. Quem também furou neste dia foi Evgueny Novikov.

No final deste segundo dia, Ogier lidera com 45,9 segundos sobre Hirvonen, com Thierry Neuville no terceiro posto, a mais de um minuto e onze segundos. Jari-Matti Latvala é o quarto, a um minuto e 47 segundos de Ogier, não muito longe de Anders Mikkelsen, o quinto da geral, a dois minutos e dez segundos. Mads Ostberg é o sexto, com menos três segundos sobre o seu compatriota, enquanto que Evgueny Novikov é o sétimo, a mais de seis minutos do lider. O local Nial Quinn, no seu Mini, é o oitavo, enquanto que Khalid Al-Qassimi e o qatari Aziz Al-Kuwari fecham o "top ten".

O rali da Austrália termina na manhã deste domingo.

Youtube Rally Crash: o acidente de Kris Meeke no Rali da Austrália

Kris Meeke está a ter esta temporada uma oportunidade de demonstrar que merece estar no WRC, depois do seu afastamento durante ano e meio, depois de ter sido dispensado pela Prodrive. Contudo, os dois ralis que já fez até agora pela Citroen não têm corrido bem. Em ambos, andou entre os primeiros, mas não terminou os ralis. E na Austrália, onde substituía o espanhol Dani Sordo - recém-vencedor do Rali da Alemanha - seguia na luta pelo terceiro posto quando aconteceu isto. 

Capotando várias vezes a baixa delocidade com o seu DS3 WRC, não conseguiu meter o carro na estrada, e mais uma vez, não conseguiu chegar aos pontos.

Isto não poderia ter acontecido na pior altura possível para o piloto inglês, já que o diretor-geral da Citroen, Yves Matton, ficou muito desagradado, já que tinha pedido a Meeke que simplesmente chegasse ao fim do rali. E com a marca francesa a definir os seus pilotos para 2014 (entre os candidatos ao lugar está... Robert Kubica), isto pode ter sido um mau cartão de visita para ele...

Youtube Motorsport Soundtrack: "Car Trouble", Rush

Como disse ontem, descobri mais um sitio onde tinham colocado a totalidade da banda sonora de "Rush". E esta é uma delas: "Car Trouble", que é a 15ª do álbum, no total de 24. Algumas, como já disse anteriormente, não duram mais do que um minuto, mas esta têm mais tempo: 2:38 minutos.

Amanhã quero ver se meto uma das "cantadas".

Um testemunho americano sobre James Hunt

Nos dias em que todos nós falamos sobre James Hunt e sobre o filme "Rush", encontrei esta história interessante contada na mítica publicação britânica Motorsport sobre um aspecto pouco conhecido do piloto britânico: as suas aventuras americanas. Quando falo das suas aventuras, não digo tanto sobre as mulheres e a farra, mas sim sobre quando correu na na Formula 1 e noutros desportos, como a Can-Am, em 1973, e na formula 5000 em 1974, ambos ainda nos tempos da Hesketh.

O jornalista Gordon Kirby conta como o encontrou pela primeira vez, algures no meio de 1973, no circuito de Elkhart Lake: "Lembro-me de ver James a vaguear pelo paddock usando uns jeans bem gastos e uma t-shirt rosa demasiado pequena para ele, onde se conseguia ver o seu umbigo. Não estava entusiasmado pelo Shadow twin-turbo. 'Esperava gozar alguma potência real. mas na realidade o carro era muito lento a responder, e quando começo a sentir a potência, a unica coisa que faz é rodar ainda mais os meus pneus. Não é muito divertido e durante a corrida o cockpit é como se fosse uma sauna'", respondeu.

Naquela temporada da Can-Am, assitia-se a um jogo desigual: a McLaren tinha-se retirado da competição e a Porsche dominava com o seu modelo 917-30K turbocomprimido, preparado pela Penske, guiado pelo local Mark Donohue. Com mais de 1200 cavalos, foi mais tarde chamado de "Can-Am Killer". Os únicos grandes rivais eram os Shadow, de Don Nichols, com Jackie Oliver como piloto principal - e nesse ano, estavam já na Formula 1, com Oliver e George Follmer como pilotos - mas na maior parte das vezes, estavam demasiado afastados dos Porsche. A crise do petróleo, no final daquele ano, fez com que a competição sofresse um abalo, que o fez suspender no final da temporada de 1974. Mas nessa altura, a Porsche tinha ido embora e a Shadow dominava sem oposição, com Jackie Oliver ao volante.

Nesse ano, Hunt voltou, mas para competir em duas corridas na Formula 5000, uma competição essencialmente americana, com motores Chevrolet V8. Dan Gurney tinha construido um chassis Eagle e convidou o piloto britânico a experimentar o carro em Laguna Seca e Riverside, ambos na California. As coisas tiveram resultados diferentes: na primeira corrida, foi segundo atrás de Brian Redman, e na segunda prova, era quinto quando se depistou a duas voltas do fim.

Mas o mais engraçado aconteceu depois da corrida de Laguna Seca, como conta o autor do artigo: "Uma noite, em Laguna Seca, houve uma festa improvisada onde James conseguiu arranjar umas cervejas, fumar uns cigarros e fumar de forma descontraída um "cigarro californiano" enrolado à mão por alguém. Nesses dias, não existia barreiras entre os pilotos e o pessoal da imprensa, e não havia aqueles irritantes PR's pelo caminho, e não existiam recriminações por estarem a gozar um bom tempo. Na realidade, todos entravamos na festa."

Em 1976, Hunt estava já na McLaren, e a Formula 1 estreava-se no circuito citadino de Long Beach. A temporada tinha começado algo mal para Hunt e tinha abandonado a corrida americana, enquanto via o seu rival Niki Lauda a vencer. Kirby escrevia na altura para uma revista chamada "Sport" e disse ao que ia com o piloto britânico. Ele respondeu dizendo... se não queria ir com ele a Nova Iorque no dia seguinte. Nos dois dias seguintes, os dois, acompanhados por uma namorada de ocasião de Hunt, andaram a falar sobre a sua vida e carreira, entre aeroportos, aviões, jantares e sessões onde ele fumou os famosos "cigarros californianos".

A fechar, refere uma história curiosa, que aconteceu quinze anos depois, numa entrega de prémios da Autosport britânica. Kirby ficou numa mesa com Hunt, Innes Ireland, Nigel Roebuck, Eoin Young e Maurice Hamilton. A razão porque estes dois ex-pilotos estavam na mesma mesa era porque ambos já eram jotnalistas, com Hunt a ser comentador da BBC ao lado de Murray Walker, enquanto que Ireland cobria a Formula 1 para outra publicação mítica, a Road & Track.

O convivio, segundo conta, foi ótimo, mas o mais engraçado foi o que aconteceu no fim: "No final da noite, James tirou o seu "smoking", dobrou-o numa mochila e foi-se embora de bicicleta, a caminho da sua casa de Wimbledon. Um ano ou dois depois, quer James, quer Innes tinham desaparecido, com o primeiro a ser vitima de um ataque cardíaco e o segundo a sucumbir a um cancro."

Em jeito de conclusão, o aparecimento de um filme como "Rush" fez reavivar as memórias de uma personagem carismática, com um jeito bem alegre de viver. Saboreou a vida como se não existisse mais o amanhã, pois ele sabia que algum dia, as coisas poderiam acabar numa curva qualquer. E deixou uma corrente de recordações e bons momentos que agora se desfiam para uma nova geração de adeptos, muitos deles nunca viram Hunt correr ou sequer comentar as corridas de modo honesto e politicamente incorreto.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Os detalhes da escolha de Kimi Raikkonen na Ferrari

Aos poucos, os pormenores sobre o regresso de Kimi Raikkonen à Ferrari estão a surgir na imprensa, e começam a ter contornos de novela. E tudo indica que o regresso do piloto finlandês a uma casa onde esteve entre 2007 e 2009 não é mais do que uma aposta pessoal de Luca di Montezemolo para "agitar as águas" em Maranello, pois a renovação de Felipe Massa por mais uma temporada esteve em cima da mesa até ao último momento, e era algo defendido por pessoas como Stefano Domenicalli.

O diretor desportivo da Scuderia afirmou há uns dias na Autosport portuguesa que “tivemos uma reunião para analisar a situação e decidimos que a renovação do contrato [de Felipe Massa] era uma das possibilidades em equação, talvez até a mais provável”. A situação do piloto brasileiro mudou devido a uma “série de corridas difíceis para ele e para a equipa e acabámos por entender que a melhor escolha, para ambas as partes, era fazer uma mudança”, explicou. Contudo, o jornal diz que todas as hipóteses estiveram em cima da mesa, incluindo a substituição de Fernando Alonso por Kimi Raikkonen, mantendo Felipe Massa na marca.

Mas com Luca di Montezemolo com a última palavra e esta a decidir por uma dupla de campeões do mundo que já não existia desde 1953,  tinha um obstáculo mais dificil: o próprio Kimi Raikkonen. É que as relaçoes entre ambos eram frias, desde que ele dispensou o finlandês no final de 2009, e Raikkonen recriminou o presidente por mais do que uma vez, ao longo destes últimos dois anos na Lotus. 

Mas de acordo com a cadeia de televisão finlandesa MTV3, Raikkonen incluiu nas negociações uma clausula inusitada: a exigência de um pedido de desculpas oficial da parte de Montezemolo. E obteve-a, de acordo com o jornalista Oskari Saari: "Entendi que o pedido de desculpas foi uma exigência do próprio Kimi antes de prosseguirem as negociações, e que fosse feita por Montezemolo em pessoa". 

Com isso feito, as coisas prosseguiram até ao momento da assinatura, enterrando o "machado de guerra" entre ambas as personagens. Resta saber como vai ser a convivência entre ambos os pilotos a partir de 2014...

Webber e Schumacher falam sobre a nova dupla da Ferrari

Mark Webber pode estar de saída da Formula 1, mas não deixa de agitar as águas. Numa entrevista à Sky Sports, o piloto australiano - que estará na Porsche em 2014 - afirma que a recente contratação de Kimi Raikkonen no lugar de Felipe Massa, não é mais do que um "aquecer" de lugar para que Sebastian Vettel vá para a Ferrari em 2016.

Há muitas razões por que isso é uma espécie de aposta para ajudar a Ferrari”, começou por dizer o australiano. “Na verdade, vão ser dois anos para ele. Eu acho que não mais do que isso. O que eles vão fazer depois disso, obviamente, é pegar Seb da Red Bull e continuar a partir daí”, declarou.

O australiano disse ainda que a contratação de Kimi Raikkonen não é mais do que uma jogada ousada de Luca di Montezemolo para colocar a Scuderia na frente do campeonato a todo o e qualquer custo. “É algo de curto prazo, uma declaração agressiva da Ferrari para colocar a equipa na frente”, encerrou.

Michael Schumacher, que está retirado da Formula 1 desde o ano passado, depois de três temporadas na Mercedes,  preferiu salientar a atenção do que significa a junção de dois campeões do mundo na Ferrari, algo que não acontece há... 60 anos. "Ferrari com Fernando e Kimi soa-me a uma mistura explosiva", começou por dizer ao jornal alemão Sport Bild. "Para os fãs de automobilismo, vai ser espectacular, mas vai ser duro em termos de competitividade. Vai ser excitante para seguir", concluiu. 

Youtube Movie Presentation: Anchorman falando sobre Goodwood

A comédia "Anchorman 2", sequela do famoso filme de 2004 com Will Ferrell no papel principal, anda a fazer pequenos "clips" com Ron Burgundy, o famoso apresentador desbocado sobre vários assuntos do momento. E ele não deixou passar despercebido o Goodwood Revival, que vai acontecer este final de semana, fazendo piadas sobre coisas velhas...

WRC 2013 - Rali da Austrália (Dia 2)

O segundo dia do Rali da Austrália foi, na realidade, o primeiro em que os pilotos andaram realmente na estrada, depois da especial dupla à volta de Coffs Harbour. E com isso, Sebastien Ogier decidiu dar largas ao seu estilo de condução, vencendo todas as classificativas do dia, excepto uma, que caiu nas mãos do seu companheiro de equipa, Jari-Matti Latvala

No final, Ogier era um piloto feliz: “Penso que foi um dia perfeito hoje. Não tivemos problemas e a pilotagem foi boa. As especiais de amanhã são muito mais rápidas e largas – prefiro essas estradas”, afirmou. E a continuar assim, faltam apenas dois dias para ser coroado campeão do mundo...

Mas apesar dessa vantagem, o segundo classificado está a apenas vinte segundos de si, e é o Citroen de Mikko Hirvonen, que está disposto a pagar caro essa vantagem. E a 38,1 segundos de Ogier, está o Ford de Thierry Neuville, que andou o dia inteiro e lutar com Kris Meeke e somente o superou na derradeira especial do dia, depois do britânico da Citroën ter cometido um erro e perdido dez segundos.

Latvala é agora o quinto, a quase um minuto de Ogier, depois de uma pobre performance ao longo dia, enquanto que no sexto posto está Mads Ostberg, a cerca de um minuto e três segundos, ou seja... não muito longe de Latvala. Anders Mikkelsen, depois de ter acabado o primeiro dia no comando, ao longo do dia de hoje caiu para o sétimo posto, e onde teve um susto na oitava especial, depois de bater contra um obstáculo.

A fechar o "top ten" estão o Ford do russo Evgueny Novikov, o Mini do local Nathan Quinn e o Citroen de Khalid al-Qassimi. O rali da Austrália continua amanhã. 

Dez razões pelo qual a lenda de James Hunt continua a ser cantada nos dias de hoje

O fluxo do Twitter é o equivalente aos rios: basta esperar um pouco para que apareçam coisas interessantes para serem ditas por aqui. Nestes dias em que falamos constantemente de "Rush" (cuja estreia internacional está marcada para esta sexta-feira), e especialmente de James Hunt, um artigo escrito pelo jornalista Michael Hogan, do jornal "The Daily Telegraph" dá dez boas razões pelo qual a lenda de James Hunt continua viva, mesmo vinte anos depois da sua inesperada morte, a 15 de junho de 1993. Vai muito para além do famoso "Sex, breakfast of Champions", das senhoras e da sua vida boémia.

Aqui vai a minha tradução. O artigo original podem ler por aqui.

1. A carreira de James Hunt na Formula 1 começou em 1973 com a Hesketh Racing, gerida pelo excêntrico Lord Hesketh (agora membro do partido UKIP). A equipa tinha uma reputação de "playboy", com os membros a hospedarem-se em hotéis de cinco estrelas, chando às corridas em Rolls Royce e celebrando com champanhe, independentemente do resultado.

2. Assinou pela McLaren imediatamente antes do começo da temporada de 1976 e causou logo controvérsia ao recusar assinar uma clausula que estipulava que aparecesse de fato em aparições publicitárias. Em vez disso, Hunt aparecia nesses eventos de T-Shirt, jeans e por vezes... descalço.

3. Hunt dormiu com mais de 5,000 mulhares e tinha o autocolante "Sex: breakfast of champions" (Sexo: o pequeno-almoço dos campeões) colocado no seu fato de competição. Aparentemente, existiu uma fila de hospedeiras da British Airways à porta do seu quarto de hotel no Japão. Casou-se por duas vezes e a sua primeira mulher, a modelo Suzy Miller, deixou-o a favor do ator Richard Burton.

4. Hunt venceu o campeonato do mundo de Formula 1 de forma dramática, na sua primeira temporada com a McLaren, vencendo seis corridas e conseguindo o título por apenas um ponto. Foi um dos campeões mais baratos de sempre, assinando por meros... 200 mil dólares.

5. Retirou-se em 1979, apenas com 31 anos de idade. Hunt teve depois problemas financeiros e pensou por duas vezes em regressar, especialmente depois de perder cerca de 180 mil libras numa conta no Lloyd's. Depois disso, deixava o dinheiro em casa.

6. Hunt começou a fumar aos 10 anos e mais tarde, chegava a fumar 60 por dia. Também usou cocaína e marijuana e era frequentador habitual de bares perto da sua villa em Marbelha. Frequentemente jantava com o seu cão Oscar em restaurantes de Mayfair. Anos depois, adquiriu um nightclub, ao que deu o nome do seu amado cão.

7. Fez uma aparição como um camionista zarolho no filme "The Plank", de 1979.

8. Antes do GP da Africa do Sul de 1977, a sua bagagem foi revistada pelos oficias de alfândega sul-africanos. Apesar de não encontrarem qualquer vestígio de drogas, encontraram uma cópia da revista "Penthouse". Não ficaram impressionados quando disse que precisava da revista "por negócios", e acabaram por apreendê-la.

9. Quando foi contratado como comentador da BBC, ao lado de Murray Walker, Hunt bebeu duas garrafas de vinho rosé e passou toda a corrida com a sua perna - em gesso após um acidente em ski - em cima das pernas de Walker.

10. Hunt foi mentor de Mika Hakkinen na sua carreira automobilística, para além de ser o ídolo de Kimi Raikkonen, que usou uma réplica do seu capacete em dois Grandes Prémios. 

Youtube Rally Crash: O acidente de Robert Kubica nos ensaios do Rali da Polónia

O Rali da Polónia acontece neste fim de semana, e conta para o campeonato europeu de Ralis. E um dos participantes - provavelmente um dos favoritos à vitória - é Robert Kubica, que na passada terça-feira, enquanto ensaiava para o rali, sofreu este despiste, que quase atropelou uma manada de vacas que pastava alegremente à beira da estrada...

Felizmente, nem ele, nem o navegador sofreram quaisquer ferimentos. E o carro deve estar recuperado para fazer o rali.

Youtube Motorsport Soundtrack: "Lost but Won", Rush


Dos cinco que consegui arranjar até agora, este é o mais longo. Está na parte final do álbum, e tenho aquela impressão que ver na parte final do filme, nalguma cena ou quando os créditos começarem a rolar. É longo, têm mais de seis minutos, e vale a pena ouvir. Até creio que se tornou no meu favorito...

Entretanto, encontrei mais musicas da banda sonora. Alguns são pequeníssimos, mas há musicas que valem a pena, para além das cantadas por artistas contemporâneos à trama. Vou colocar mais alguns ao longo dos próximos dias.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Formula 1 em Cartoons - O regresso de Kimi à Ferrari (Riko Cartoon)

Sempre ouvi dizer que a História se repete. Karl Marx até foi mais especifico: disse que à primeira vez era uma tragédia, à segunda arriscava a ser uma farsa. 

Veremos o que vai ser Maranello em 2014, e se Luca di Montezemolo não se arrepende da escolha.

5ª coluna: As melhores duplas nem sempre são as mais fortes

A noticia de Kimi Raikkonen iria fazer o regresso à Ferrari na temporada de 2014, quatro anos depois de ter saído de lá, só deverá ter surpreendido quem acreditou até ao fim que as noticias referentes à sua chegada iminente fossem falsas. Tanto que quando a Renault soube da noticia, decidiu colocar dois coelhos em ação de cópula para dizer que aquilo lhes tinha doído um pouco.

Mas isso já era esperado. Kimi Raikkonen quer ganhar dinheiro e ter um carro competitivo, mas a Lotus, apesar do bom carro que têm entre mãos, não tem dinheiro para pagar o salário que Steve Robertson andou a pedir às outras equipas neste verão.E ele pediu vinte milhões de euros à Red Bul, antes desta em resposta fechar a porta na cara dele. Aliás, a Lotus deve dinheiro a toda a gente (mais de vinte milhões de euros são os prejuízos anuais) e até Kimi tem razões de queixa em termos de salário, pois alegadamente têm cerca de nove milhões de euros para receber. 

Para ele ir para a Ferrari, foi porque eles disseram "sim" à proposta da marca de Maranello. E se são capazes de pagar 30 milhões por Fernando Alonso, também são capazes de pagar um pouco menos pelo finlandês.

Agora pergunta-se: porque é que a Ferrari decidiu apostar em dois pilotos de primeira linha para a temporada de 2014? Há várias leituras para isto. Como é uma nova temporada em termos de motor e chassis, Luca di Montezemolo achou por bem que seria a altura ideal de atacar o dominio da Red Bull, pois estes vão apostar numa dupla teoricamente mais fraca, com Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo. E uma segunda leitura serviria como aviso e desafio para Fernando Alonso, que sempre teve a equipa para si mesmo e nunca teve concorrência a sério durante os seus tempos na Scuderia - e na sua carreira, se exceptuarmos o que aconteceu com Lewis Hamilton na McLaren em 2007. Dois pilotos concentrados na vitória e deitar abaixo o domínio da Red Bull em 2014 é uma boa razão para escolher este tipo de dupla. 

Claro, os fãs deliram. Todos querem ver os melhores pilotos juntos em determinada equipa para vê-los lutando pela vitória, mas secretamente - ou nem tanto - para ver "o circo a arder". As pessoas tendem a esquecer que os pilotos são egoistas: só querem vencer e que a equipa trabalhe para eles. Exemplos no passado não faltam, especialmente no final dos anos 80, inicio dos anos 90. Pedro Matos Chaves costumava dizer que, em 1990, Nigel Mansell (que na altura era patrão da sua equipa de Formula 3000 britânica) se queixava de Alain Prost, seu companheiro de equipa, pois este conseguia dar-lhe a volta nas reuniões porque este sabia falar italiano... e ele não. Daí que ambos não aguentaram mais do que uma temporada juntos.

E é aí que mora o perigo: o risco de volatilidade de uma dupla Alonso/Raikkonen. Há exemplos no passado de que o espanhol não aguentou quando teve um companheiro de equipa ao seu nível, sendo que o caso de Hamilton o mais óbvio. Mas mesmo entre outros pilotos de nivel equivalente, num passado mais ou menos distante, a convivência quase sempre foi de curta duração e muitas vezes terminou de forma amarga, para não falar de uma briga interna. O que irá fazer quando Alonso ouvir nos "headfones" de uma corrida qualquer: "Fernando, Kimi is faster than you"? Qual vai ser o limite do orgulho de Alonso?

E há um segundo fator a ter em conta: que chassis e motor a Ferrari irá ter em 2014? Será um conjunto capaz de bater os Renault e os Mercedes? Sabe-se que o túnel de vento de Maranello, uma peça fundamental em toda e qualquer construção de chassis, esteve mal calibrado durante o ano de 2012, e os problemas continuam por resolver, mesmo com as reparações que foram feitas ao longo deste ano, que fizeram com que o chassis desta temporada fosse em parte desenhado em Colonia, no túnel de vento da Toyota. Alguns criticos chegaram a dizer que esse túnel de vento deveria ser demolido para dar lugar a outro mais avançado, mas decidiu-se que o melhor seria renovar. Resta saber se estes problemas foram ou não resolvidos.  

Em jeito de conclusão: as duplas de sonho muitas vezes acabam em pesadelo. A História está farta de mostrar esses exemplos, especialmente na Formula 1. Mas somente a mente de Luca di Montezemolo para poder entender esta jogada em 2014. Os fãs estão a agradecer, mas muito provavelmente, a vai ser apenas até ao inicio da temporada.

Formula 1 em Cartoons: Daniel Ricciardo na Red Bull (Jim Bamber)

O caricaturista britânico Jim Bamber leu as noticias de que o rabo de Daniel Ricciardo poderia ser demasiado grande para caber nos Red Bull e decidiu fazer isto.

Noticias: McLaren de James Hunt vai a leilão

Em temporada de "Rush" - que está prestes a estrear-se nos cinemas um pouco por todo o mundo - noticias sobre algum dos carros que os protagonistas andaram não passam despercebidas aos olhos do público. É o que acontece esta tarde, quando se soube que um dos carros em que James Hunt andou irá a leilão no próximo mês de outubro, na cidade americana de Charlotte.

Não é um M23, semelhante ao que Hunt venceu a temporada de 1976, mas é o chassis que vêm a seguir: um M26, que se estreou em 1977, e que deu ao britânico a sua última vitória na Formula 1, no GP do Japão de 1977 e que o guiou durante a temporada de 1978, quando foi superado pelos Lotus de Mário Andretti e Ronnie Peterson. O carro, o chassis numero 3 daquele modelo, têm um motor Ford Coswoth de 3 litros, com uma potência de 525 cavalos, às 10,800 rotações por minuto.

Estamos orgulhosos de apresentar este exemplar, que é uma oportunidade única de investimento para qualquer colecionador apaixonado por este capitulo unico do mundo do automobilismo", começou por dizer Bill Mathews, o vice-presidente da casa de leilões RKMCCA. "Com 'Rush' prestes a estrear no final do mês nos cinemas, a saga de Hunt e o seu rival Lauda não pertencerá apenas aos entusiastas, mas irá apresentar as alegrias e tristezas do automobilismo a uma nova geração", concluiu.

Desconhece-se ainda o valor que vai a leilão deste chassis.

WRC 2013 - Rali da Austrália (Dia 1)

Do outro lado do mundo, o Mundial de ralis prosseguiu nesta madrugada e manhã em paragens australianas. O primeiro dia do rali foram feitas apenas duas classificativas, logo, as diferenças não são muitas. Mas já há algumas surpresas, com o Volkswagen de Anders Mikkelsen a liderar, com 0,9 segundos de diferença sobre o Citroen do britânico Kris Meeke. Mas mesmo assim, o norueguês teve um susto durante a segunda classificativa, referindo que “decidiram pôr água na curva que ficou muito escorregadia e embati na barreira”.

Atrás de Mikkelsen e Meeke está outro Volkswagen, o de Jari-Matti Latvala, que está a 1,4 segundos do lider, onde andou pelos lugares do pódio nestas duas primeiras classificativas, ao contrário de Sebastien Ogier, que entrou mal, e apesar de ter triunfado na segunda passagem por Coffs Harbour, e o quarto classificado, a... 1,5 segundos. Em suma, andam todos colados uns aos outros. Mikko Hirvonen é o quinto, seguido pelo melhor dos Ford, o do belga Thierry Neuville. Mads Ostberg, Evgueny Novikov, Khalid Al-Qassimi e o local Nathan Quinn encerram o "top ten".

Amanhã é o segundo dia do rali da Austrália.

Youtube Motorsport Soundtrack: "Budgie", Rush

O terceiro video que coloco da banda sonora de "Rush" é tão pequeno como o anterior: um minuto e 33 segundos, mas fica situado no sexto lugar na ordem deste álbum. Creio que, devido à quantidade de musicas ali incluidas, deverá haver muitas pequenas. Mas como ainda não ouvi o álbum todo, não posso responder a essa pergunta.

Amanhã colocarei outro video da banda sonora.

Formula 1 em Cartoons - A vingança de Massa? (GP Toons)

Vi este cartaz agora no GP Toons do Hector Garcia. O cartaz está bem feito, mas... será que vai ser assim mesmo em 2014? Há muito ceticismo no ar.

A capa do Autosport desta semana

A capa do Autosport desta semana têm Formula 1 e Todo o Terreno como destaques. Se em destaque temos a conquista de mais um titulo nacional ("Barbosa confirma 6º título"), mais em baixo temos o resultado final do GP de Itália, em Monza. ("Catedral de Vettel")

Ao lado, as incidências do fim de semana do WTCC em Sonoma ("Tiago perto da vitória") e sobre o Caramulo Motor Festival ("Nova emoção na Serra") E há ainda referência ao Autosport histórico, que começa a ser publicada esta semana.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

E vou ver "Rush" nos cinemas da minha terra!

Bom, quem ainda não viu, eu mostro: já colocaram os cartazes de "Rush" nos cinema da minha terra. O filme vêm aí dia 26 e tou mais feliz do que pinto no lixo. A piada é que tive de esperar até aos 37 anos de idade para poder ver no cinema um filme sobre... Formula 1. Até poderia ter sido mais cedo, se tivessem distribuido o documentário sobre o Ayrton Senna, mas os distribuidores têm uma visão muito curta sobre documentários.

Enfim, o que interessa é que no final do mês, vou ver o filme. E começa a ser complicado conter a minha excitação, porque... tou mais feliz do que pinto no lixo.

A foto é do meu amigo António Pedro Bernarda.

Youtube Motorsport Soundtrack: "Stopwatch", Rush


Das 25 musicas que estão na banda sonora (parecem muitos), esta é a quarta. Pode haver muitas musicas, é certo, mas algumas são pequenas, como esta, que apenas têm um minuto e 33 segundos de duração. 

E esta não é a única, pois sei que há mais outra. Depois coloco, assim que puder, mais musicas desta banda sonora.

Noticias: Kimi Raikkonen volta à Ferrari em 2014

Agora sim: a Ferrari confirmou esta manhã que Kimi Raikkonen voltará a ser piloto da marca a partir da próxima temporada, correndo ao lado de Fernando Alonso e substituindo Felipe Massa. O contrato é válido para as próximas duas temporadas.

Com isto, oficializa-se o regresso do piloto finlandês de 33 anos a uma casa onde esteve entre 2007 e 2009, com Felipe Massa a seu lado. Durante esse tempo, Räikkönen disputou 52 Grandes Prémios, conquistando nove vitórias, cinco pole-positions, 16 voltas mais rápidas e 26 pódios. A relação com Maranello acabou no final de 2009, depois de três anos de trabalho, quando ambas as partes decidiram separar-se e a equipa contratou Alonso à Renault.

A partir dali, Raikkonen saiu para mudar de vida "disputando" duas temporadas no WRC, com um Citoen, antes de regressar em 2012, pela Lotus-Renault, vencendo duas corridas e conseguindo 13 pódios.

Com a entrada de Raikkonen, o lugar na Lotus-Renault fica vago e candidatos ao lugar não faltam. Felipe Massa pode ser candidato, o que daria uma troca de lugar, mas existem outros candidatos à esquina, como o alemão Nico Hulkenberg.   

Formula 1 em Cartoons - GP de Itália (GP Toons)

A visão do pódio do GP italiano, visto pela pena corrosiva do venezuelano Hector Garcia, do GP Toons. Tem alguns pormenores engraçados...

Youtube Movie Teaser: "Rush", Hunt e Lauda em Interlagos

Descobri agora este "teaser" do Rush. São apenas 53 segundos, mas mostra os dois pilotos em Interlagos, na primeira corrida da temporada de 1976, quando James Hunt conseguiu ser um improvável "pole-position" na frente de Niki Lauda. E os dois a falarem no meio das sambistas, no calor austral de janeiro, pelo exemplo dado dos cubos de gelo a serem vertidos nos pneus do Shadow de Tom Pryce.

Quem me deu a dica foi o Alexandre Caldeira.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Noticias: Felipe Massa sai da Ferrari

Agora é oficial: Felipe Massa anunciou esta noite que não correrá mais pela Ferrari em 2014. 

Na sua comunicação para o Twitter, o piloto brasileiro de 32 anos deixou a seguinte mensagem: "Não vou mais correr pela Ferrari a partir de 2014! Gostaria de agradecer pela amizade, Vitorias e um lindo momento com a Ferrari. A ajuda da minha esposa , da minha família e de todos os meus Fans. Toda a ajuda dos meus patrocinadores! vou com tudo para as ultimas 7 corridas como piloto da Ferrari! A partir de agora quero achar uma equipe que me de um carro competitivo para conseguir mais vitorias e vencer um campeonato que é o meu sonho!"

Assim sendo, termina uma passagem de oito temporadas pela Scuderia, que começou em 2006, vindo da Sauber e como substituto de Rubens Barrichello. Ao todo foram 132 corridas (até agora) pela casa de Maranello, com onze vitórias, 35 pódios, 15 pole-postions e 14 voltas mais rápidas. Entrou com Michael Schumacher como companheiro de equipa e aproveitou o que pôde os seus ensinamentos, dado que ele acabaria por abandonar nessa temporada. A sua primeira vitória foi na Turquia e voltou a ganhar no Brasil, na primeira vitória de um brasileiro desde 1993.

Em 2007, com Kimi Raikkonen como companheiro de equipa, venceu três corridas e acabou no quarto lugar do campeonato, mas em 2008, aproveitando um mau momento de forma de Raikkonen, teve uma real chance de título contra Lewis Hamilton, na McLaren. A luta durou até à última corrida do ano, em Interlagos, onde ficou decidido... na última curva, a favor do britânico.

Em 2009, ainda com Raikkonen como companheiro, conseguiu um pódio na Alemanha, antes de sofrer um acidente nos treinos do GP da Hungria, quando foi atingido por um parafuso na cabeça, obrigando-o a ficar de fora no resto da temporada. No seu regresso, em 2010, tinha um novo companheiro de equipa, na figura do espanhol Fernando Alonso. As coisas poderam ser equilibradas à partida, mas o incidente de Hockenheim, onde foi obrigado a abdicar da vitória a favor do espanhol, colocou-o como segundo piloto aos olhos do mundo. 

A partir dali, foi uma luta para conseguir algo, pois na esmagadora maioria das vezes, era superado por Alonso. Chegou a estar 35 corridas sem alcançar um pódio, entre o GP da Coreia do Sul de 2010 ao GP do Japão de 2012, e não vence corridas desde a prova do Brasil de 2008. Nesta temporada, está no sétimo posto, com 79 pontos e somente conseguiu um pódio, em Espanha.

Com a sua saída, colocam-se algumas hipóteses no seio da Formula 1. Lotus-Renault e Sauber-Ferrari são duas boas hipóteses, com esta última a surgir não só por causa das suas ligações com o passado, mas também pelo facto de Peter Sauber poder querer ter um piloto experiente ao lado do jovem russo Serguei Sirotkin. Mas para muitos, a saída de Massa poderá ser também a sua saída da Formula 1, e isso poderá ser grave para o Brasil, pois podia deixar de ter pilotos desde... 1970. Sem dúvidas, é o final de um ciclo.

Veremos os próximos capítulos. Amanhã, Kimi Raikkonen será anunciado como substituto de Massa na Ferrari.

Youtube Onboard Record: Porsche 918 no Nurburgring Nordschleife


Por estes dias está a ser apresentado do Salão Automóvel de Frankfurt o novo Porsche 918, do qual a marca alemã quer que seja uma referência no mundo dos supercarros. Sendo um híbrido combustível-elétrico, até é um carro bem interessante, pois combina performance com economia. E foi por causa disso que a marca de Estugarda decidiu levar o seu carro ao Nurburgring Nordschleife.

Levar o carro para a mítica pista alemã se tornou em algo semelhante a um ritual para as marcas de supercarros, só para demonstrar que o seu é mais veloz do que a concorrência. Mas este teve uma particularidade: conseguiu ultrapassar a barreira dos sete minutos, mais concretamente, seis minutos e 57 segundos, o que é um grande tempo. O piloto que o fez foi o local Marc Lieb.

Eis o video da tentativa "onboard", divulgado hoje pela marca alemã.

Formula 1 em Cartoons - Vettel e Muller (GP Toons)

Se alguns desenham sobre o GP de Itália, outros já vão mais adiante no calendário, como o Hector Garcia, do GP Toons, que como sabe que daqui a duas semanas vai haver Formula 1 em Singapura (com Sebastian Vettel) e o WTCC no Japão (com o francês Yvan Muller), decidiu fazer este cartoon.

Click! O carro de Robert Kubica após o seu acidente na Polónia

Robert Kubica teve esta tarde um acidente enquanto treinava para o Rali da Polónia, prova a contar para o Europeu de Ralis. Se piloto e o seu navegador, Macijek Baran, não sofreram nada, o carro não ficou em grandes condições para continuar.

Mas o que mais impressiona é a quantidade de pessoas que estão a tirar uma foto do carro acidentado. Conto ali, pelo menos, duas paramédicas e um policia... 

A dramática corrida de Fuji, contada por quatro dos pilotos que estiveram lá

Descobri esta entrevista há uns dias no meu Twitter, e achei por bem traduzi-la, pois é um relato direto de quatro pilotos que estiveram no Monte Fuji, naquele dramático Grande Prémio do Japão de 1976, onde, debaixo de chuva, se decidiu o campeonato do mundo daquele ano, entre Niki Lauda e James Hunt. O jornal "The Scotsman" publicou no passado dia 31 de agosto uma "conversa a quatro" com os pilotos Mário Andretti, que fez a pole-position e venceu aquela corrida pela Lotus; o norte-irlandês John Watson, então piloto da Penske; o sul-africano Jody Scheckter, que dirigia o Tyrrell P34 de seis rodas, e o novato australiano Larry Perkins, que pilotava um Brabham-Alfa Romeo que então tinha substituido a meio da época o argentino Carlos Reutemann.

A dias da estreia de "Rush" nos cinemas um pouco por todo o mundo, os jornais e as revistas aproveitam a oportunidade para colocar coisas sobre essa temporada. E falar com quatro dos sobreviventes dessa corrida absolutamente louca, mas tão decisiva para um campeonato do mundo que viu o seu lider quase morrer e "regressar dos mortos" para tentar ficar com o segundo título mundial consecutivo, era algo do qual valia a pena seguir, era uma ocasião unica para eles recordarem os eventos de há quase 37 anos atrás.

Eis a matéria na íntegra, assinada pelo jornalista Tom English:

"24 DE OUTUBRO DE 1976. Setenta e três voltas, ou 319,690 quilómetros, no Fuji Speedway, no sopé do Monte Fuji, para determinar quem seria o campeão do mundo de Formula 1.

Era um duelo entre Niki Lauda e James Hunt, uma rivalidade tão falada e uma corrida tão dramatizada que [Hollywood] decidiu fazer um filme sobre isso. "Rush", o filme realizado por Ron Howard, aparecerá no próximo mês num cinema perto de si. Niki Lauda tinha recuperado de uma experiência de quase-morte a 1 de agosto, em Nurburgring, e ainda estava na frente de Hunt no campeonato por apenas três pontos quando chegaram à prova final, no Japão. Scotland on Sunday falou com quatro homens que correram naquele dia memorável.

John Watson: Não sei se estou no filme, mas se quiserem saber o que faço, estou no carro numero 28.

Jody Scheckter: Eu estava no meu Tyrrell, na terceira fila da grelha.

Larry Perkins: Parti do 17º posto e não durei muito. Era um novato naquela altura.

Mario Andretti: Estava na pole-position com o Lotus. Tinha James ao meu lado e o Niki atrás de mim. Claro, era um milagre o Niki estar ali a competir connosco.

JW: Eu acho que aquilo que fez, voltar ao cockpit para correr após a sua experiência na Alemanha, apenas algum tempo antes, foi das coisas mais corajosas que jamais vi a ser feito. Não foram as queimaduras que quase o mataram, foram os fumos tóxicos que ele respirou enquanto o carro esteve a arder.

MA: Todos ficaram espantados quando Niki recuperou de uma maneira tão rápida. Esteve muito perto da morte. Foi inspirador de muitas formas. Temos de respeitar grandemente uma pessoa como aquela.

JW: Considerando aquilo que ele sofreu, para se estar suficientemente curado para guiar não é só inacreditável como corajoso, indo para além do possível  É um pouco como aqueles pilotos da II Guerra Mundial que ficaram feridos em combate e logo depois voltarem ao avião para ir combater de novo os alemães. O seu maior ferimento não foram as queimaduras, foi a inalação de fumos tóxicos do seu chassis. O grande perigo foram os seus pulmões queimados. Foi por isso que lhe deram os últimos sacramentos. Semanas depois, estava de volta ao carro e a conseguir pontos!

MA: Niki and James eram personalidades completamente opostas.

JW: James desprezava as pessoas porque gostava disso. Ele tinha duas faces e às vezes eu achava que exagerava. Era rude e desrespeitoso. Niki nunca foi assim. James podera aparecer em certas cerimónias onde se esperava um pouco de etiqueta, mas aparecia quase "despido" e com um comportamento de adolescente.

JS: Gostava de ambos. Dois animais de tipos diferentes.

JW: Eles eram semelhantes de uma certa forma. Ambos adoravam fo*** muito, mas o Niki era bem selectivo. Ele tinha mais a ver com o estilo do que com a quantidade. Eles gostavam de fazer. Como piloto, Niki era o profissional consumado. O seu caratér era tipicamente teutónico. James era um piloto muito veloz, mas não era muito bom em termos técnicos. Niki estava intimamente ligado ao desenvolvimento do carro, estava ali pelo desafio intelectual. Com James, bastava um carro veloz e algumas indicações.

MA: Você deve ter ouvido todo o tipo de histórias sobre o James. Principalmente aquela semana antes do Japão.

JW: Há aquela historieta de que ele dormiu com 33 hospedeiras da British Airways num hotel em Tóquio na semana anterior à corrida. Não sei como é que essa história aparece, porque ele não era um tipo selectivo em relação a hospedeiras dessa companhia em favor de outras como Lufthansa ou Aeroflot. Acho que existiu uma certo exagero nessa história, para ser honesto, porque mesmo para os padrões de Hunt, ir para a cama com 33 mulheres deixaria-te sem energia para guiar um carro. Acredito muitas das histórias sobre ele, mas creio que esta das 33 hospedeiras é um exagero.

MA: Tenho a certeza que nada foi exagerado.

JS: No dia da corrida, ninguém acreditava na quantidade de água que caia na pista.

MA: A Lotus não era o melhor carro do pelotão, mas estava na pole-position. Coloquei aquele carro com a pista seca, não em pista molhada, e no dia da corrida estava um diluvio. Na reunião com a organização, pedimos a eles que atrasassem a partida por 30 minutos, mas não nos deram ouvidos. Niki estava a tentar convencê-los a fazerem isso. Niki e James não queriam correr.

LP: Não tive nada a ver com aquilo. Era um novato e nessas situações, sentas-te no teu cantinho e não dizes absolutamente nada. 

MA: Os organizadores não estavam para serem persuadidos. Tinham o controlo total da situação e os pilotos não. Nós não dissemos que não queriamos correr, apenas dissemos: "Considerem a situação existente. Está a acontecer algo fora do vulgar, mas irá passar". As piores condições que jamais experenciei no inicio de uma corrida. Nunca tinha passado por algo assim.

JW:  O mundo inteiro estava à espera. A televisão queria transmitir o resultado de um duelo entre Lauda e Hunt [foi a primeira transmissão em direto de uma corrida de Formula 1] e inevitavelmente, a corrida tinha de ir adiante [por causa do tempo de satélite]. A certa altura, a pista estava inundada, mas a corrida tinha de acontecer de qualquer maneira. Tinhas de aceitar isso.

LP: Fui fazer a volta de aquecimento e entrei em "acquaplanning". De lado contra um poste telegráfico, que era algo imóvel. Eu guiava na altura para a Brabham e disse: "não é um bom inicio de carreira a correr para Bernie Ecclestone". Ele era o dono da equipa, e tinha danificado seriamente o carro. Quando estava a afastar-me do local, o meu companheiro de equipa, o Carlos Pace, saiu de pista exatamente no mesmo sítio. Estava a chover pesado.

MA: Quando entras no carro, tu gostarias de estar seco. Mas os teus sapatos estavam molhados e escorregadios quando tu pressionas os pedais. Estamos molhados. A partida foi às cegas, tinhamos uma visibilidade de dez por cento, se muito. A pior parte foi na primeira volta, quando estavamos numa parte de descida, após uma longa reta, que estava "ondulando" porque tinha imensa água. O "acquaplannig" era algo do qual nunca tinha experienciado em lado algum nas corridas. Havia "rios" a atravessarem a pista. Pilotos como o Hans Stuck e outros estavam de prego a fundo naqueles sitios.

JW: Tu poderias estar a fazer tudo bem, mas poderia haver alguém à tua frente que poderia cometer um erro e não verias nada. Corrias o risco de ser morto.

LP: Não queria acreditar quando soube que o diretor da corrida decidiu levar a coisa por diante. Quando os carros começam a "acquaplanar" na reta, está demasiado molhado para correr. Mas esta aconteceu e eu parei após uma volta. Disse ao Bernie: "Eu até posso continuar, mas depois destruo o teu carro num despiste, logo, não vejo a utilidade em continuar por ali". Não abandonei porque tinha medo, era jovem e não me preocupava com a minha segurança. Parei porque não queria estragar outro dos carros do Bernie Ecclestone. E na volta seguinte, Lauda decidiu retirar-se. E isso foi bem dramático, posso-te dizer.

JS: Niki parou nas boxes e disse: "Não quero continuar esta corrida". Isso é bem mais corajoso do que acabá-la naquelas condições. Estava a chover demasiado, era impossível  Deveriam ter parado, mas não o fizeram na altura. Niki achava que era desnecessariamente perigoso correr e tinha razão: naqueles dias, os piloto morriam. No Japão, por causa do "spray", não vias nada à tua frente. Só tinhas o ouvido para saber se algum motor à tua frente se tinha desligado e os reflexos para evitar bater nele. Não vias nada indo a mais de 250 km/hora. Se por azar algum carro parasse à tua frente, não tinhas hipóteses. Lutas pela segurança quando estás fora da pista, mas dentro dela, lutas ao máximo para venceres, e não pensas em mais nada. 

MA: Era complicado manter-me na pista. tinhas momentos aqui e ali, mas eu não iria desistir nunca de correr. Não podes abandonar a equipa. No momento em que estás "na pista de dança", danças o ritmo, quer gostes ou não da musica. Nunca me ocorreu a ideia de parar. Olhando para a situação do Niki, eu tenho de compreender a sua decisão, depois do seu acidente horrível na Alemanha. Era uma notável excepção, mas vendo bem as coisas, Niki sempre foi uma pessoa pragmática. Ele disse: "Se eu não vejo, não guio". Depois do que aconteceu na Alemanha, toda a gente entendeu.

JW: Houve muitas razões pelo qual ele decidiu abandonar. Os eventos no Japão mostraram até que ponto as condições eram ou não aceitáveis. Niki abandonou porque as condições eram inaceitávelmente perigosas, mas também porque ele tinha problemas em controlar um canal lacrimal, que tinha sido danificado por causa do incêndio. E também ele jogou com a situação, lançando os dados: James tinha de acabar em primeiro, segundo ou terceiro para ser campeão do mundo, e naquelas condições, não havia a garantia de que ele iria conseguir. A decisão do Niki era baseado no que aconteceu na Alemanha, mas também no seu pragmatismo. Ninguém conseguiria prever o que James iria fazer durante a corrida. Chegaria em terceiro? Ou poderia ter um acidente ou uma falha mecânica? Naqueles tempos, as falhas mecânicas eram bem mais frequentes do que agora. Não tinhas garantias de que irias acabar a corrida. Então, Niki Jogou os dados e... perdeu. 

MA: Foi uma corrida de sobrevivência durante cerca de um terço dela, mas depois a chuva amainou e parou, e era mais suportável. Acabei por ganhar e claro, houve euforia, mas também muito alivio.

JS: Eu acabei por me retirar na volta 50 e tal. Quando fiz, só pensei: "Ainda bem que acabou"

JW: James acabou em terceiro e levou o título mundial. Houve uma festa depois, e estive por lá durante um pouco. Pode-se imaginar o ambiente...

MA: Se não tivesse chovido naquele dia? Bastava que Niki tivesse levado o carro até ao fim que ficava com o título. Somente levar o carro até à meta.

JW: Se a pista estivesse seca, o desfecho teria sido diferente, sem dúvida.

MA: Mas foi por causa do que aconteceu que fizeram um filme, não foi?

Marko descarta Nasr e acolhe Félix da Costa

Nestes dias agitados pós GP de Itália, os rumores no "paddock" andam vulcânicos, mas uma das coisas que passou algo despercebida foram das declarações de Helmut Marko durante o fim de semana italiano ao jornalista brasileiro Livio Orrichio, do jornal "Estado de São Paulo". Ali, o ex-piloto de 70 anos afirmou que descarta Felipe Nasr como possibilidade de estar na equipa em 2014, a favor de António Félix da Costa.

Apesar da GP2 ter um campeonato longo ele [Nasr] não venceu corridas”, disse o responsável. Quando questionado sobre o português António Félix da Costa, Helmut Marko frisou que “o Costa impressionou-me no ano passado, na estreia na Fórmula Renault 3.5. Vamos ver, não temos pressa”. O consultor da equipa austríaca deixou bem claro que o sucessor de Ricciardo “terá que ser alguém não apenas com potencial para se tornar piloto, mas essencialmente de lutar pelas vitórias e títulos”, disse.

Sobre o papel de Ricciardo na Red Bull, Marko revelou que “desejamos que depois de três ou quatro corridas se torne num desafio para Vettel”, colocando de lado uma situação de concorrência interna: “não digo que é para o Daniel bater o Vettel, mas que traga os pontos necessários para conquistarmos o título de Construtores e depois esteja perto do ritmo do Sebastian [Vettel]”, explicou.

Em relação a Félix da Costa, posso afirmar com alguma propriedade que o anuncio oficial é uma questão de tempo. Até no quesito patrocínios  ele já poderá ter arranjado a verba suficiente para poder estar como piloto titular na temporada de 2014. 

Para além disso, o Felipe Nasr poderá ter algumas dificuldades em arranjar dinheiro de alguns dos patrocinadores que o sustentam, nomeadamente da OGX do Eike Batista. Mas o próprio Livio Orrichio fala que a TV Globo - e um empurrãozinho de Bernie Ecclestone - poderá vir na ajuda de Nasr no sentido de o Brasil não ficar sem qualquer piloto na próxima temporada da Formula 1.

Youtube Music Soundtrack: "1976", Rush

Descobri isto ontem à noite, procurando no Youtube: encontrei cinco musicas que pertencem à banda sonora de "Rush", que se estreará no próximo dia 13 nas salas de cinema um pouco por todo o mundo. Esta é a primeira do álbum e não têm um nome como título. É um ano. E claro, não é um ano qualquer.

Com calma, vou colocando mais algumas musicas dessa banda sonora.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Formula 1 em Cartoons - Itália (Thomson Studio)

O Brian Thompson decidiu concentrar-se numa comunicação de rádio que foi ouvida na volta 29 da Mercedes a Nico Rosberg e desenhou sobre o absurdo da situação:

- "OK Nico! Chance de Pódio!"

- "O que eles queriam dizer era... se o motor de Hulkenberg explodisse em mil pedaços, se Massa decidisse parar para tomar um café e se Webber decidisse terminar o seu contrato com a Red Bull nas próximas 21 voltas..."

- Uau... um pódio! Que fixe isso seria?"

- Para a surpresa de... ninguém, Rosberg acabou em sexto."