sábado, 26 de outubro de 2013

Formula 1 2013 - Ronda 16, India (Qualificação)

Desde que se começaram a fazer cálculos sobre a maior possibilidade do piloto alemão obter o seu quarto título mundial consecutivo, tudo indicava que Sebastian Vettel o iria comemorar na Índia, dada a vantagem que começava a ganhar desde que começou a vencer corridas consecutivamente, ou seja, a partir do GP da Bélgica. Agora, cinco corridas depois, o circuito de Buddh, um dos "tilkódromos" que surgiram nos últimos anos, recebia - talvez pela última vez - um Grande Prémio da India e poderia coroar, na sua curta história, um campeão do mundo.

A qualificação não foi tão diferente das outras vezes. Sebastian Vettel acabou por ser o melhor, com os dois Mercedes a fazer "escolta" ao piloto alemão, mas para até lá chegar, houve obstáculos e histórias para contar. Como por exemplo, horas antes, quando o terceiro treino livre foi retardado por algum tempo devido ao nevoeiro indiano, que impedia a descolagem e aterragem dos helicópteros de emergência.

Mas a qualificação começou com as primeiras eliminações a ser os do costume, com a grande surpresa a ser a de Romain Grosjean, que ficou para trás - devido a uma má escolha de pneus... - acompanhado pelo Williams-Renault de Pastor Maldonado. As diferenças já começam a não ser muitas, o que poderá indicar que mais para o final do ano - quem sabe - poderemos ver algum Caterham ou Marussia a chegar ao Q2...

Por lá ficaram... os do meio. Não houve pilotos da ponta que tivessem tido uma má segunda parte ou algum grave despiste que interrompesse a sessão, logo, os que ficaram por lá foram os dois pilotos da Toro Rosso, os dois pilotos da Force India, o Williams de Valtteri Bottas ou o Sauber de Esteban Gutierrez, que cada vez mais deixa que Nico Hulkenberg faça os seus brtilharetes, agora que o carro começa a ser mais eficaz com os pneus.

Aliás, foi a escolha dos pneus que ditou a qualificação final, a que define o "top ten". Um exemplo são os Mercedes, que correrão com pneus duros, ou o Ferrari de Fernando Alonso, que sairá do oitavo posto, depois de ter sido batido - de novo! - por Felipe Massa na qualificação. O brasileiro foi quinto, atrás do segundo Red Bull de Mark Webber, e ambos usaram os pneus médios.

Mas Sebastian Vettel usou os pneus "moles" e acabou com um tempo de 1.24,119 segundos, mais de sete décimos de distância de Nico Rosberg e Lewis Hamilton, ambos em Mercedes. Aliás, para além deles, apenas Mark Webber conseguiu um tempo inferior a um segundo nesta qualificação, o que demonstra o dominio do piloto alemão em paragens indianas.

Agora que a qualificação acabou, toda a gente deverá saber que somente faltam 24 horas para que Sebastian Vettel se coroe como campeão do mundo pela quarta vez consecutiva. Da maneira como andam as coisas, poderemos não esperar pelo inesperado, mas sim pelo inevitável.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

WRC 2013 - Rali da Catalunha (Dia 1)

O primeiro dia do Rali da Catalunha é mais uma... primeira noite, dado que as especiais de classificação aconteceram há poucas horas. Foram três classificativas, mas foram suficientes para que Sebastien Ogier esteja a liderar o rali. Contudo, o destaque vai para outro piloto de Volkswagen, o finlandês Jari-Matti Latvala. O finlandês foi atingido por pedras atiradas por alguns espectadores na primeira especial, que atingiram no vidro, mas sem estragos de maior.

Os espectadores atiraram pedras para o pára-brisas mas felizmente não causaram danos muito graves. Não gosto destas coisas e as pessoas, quando atiram pedras, precisam de se lembrar que vão pessoas dentro dos carros!”, queixou-se. Contudo, no final do dia, o finlandês chegou à segunda posição, apenas a 8,8 segundos do líder Ogier, dando provisoriamente uma dobradinha à marca alemã.

Contudo, o terceiro classificado, o Citroen de Dani Sordo, admite que deixou o finlandês passar, quando afirmou no final do dia que “prefiro partir atrás do Jari-Matti do que à frente”, deixando no ar a ideia, depois de explicar que não teve qualquer problema mecânico, de que os 5,9 segundos perdidos para o finlandês num só troço aconteceram de forma artificial.

Thierry Neuville é quarto e o melhor dos Ford, seguido por Mikko Hirvonen (Ford) Anders Mikkelsen (Volkswagen) e Evgueny Novikov (Ford), com os três separados por... 1,2 segundos, numa luta intensa pela melhor posição.  Já a mais de um minuto do líder está Mads Ostberg, seguido pelo neozelandês Haydon Paddon, num Ford Fiesta WRC e a fechar o "top ten" está o checo Martin Prokop, a um minuto e treze segundos da liderança. Já o polaco Robert Kubica lidera o agrupamento WRC2, com quase 52 segundos de vantagem sobre o galês Elfyn Evans.

O Rali da Catalunha prossegue amanhã.

Noticias: Marko denfende Kvyat, mas (ainda) mantêm Félix da Costa

As declarações de Helmut Marko sobre o futuro de António Félix da Costa mais me convencem que a escolha de Daniil Kvyat para o lugar de Daniel Ricciardo na Toro Rosso tiveram a ver mais com o dinheiro do que com o talento que o russo tenha. Não que ele não tenha - nunca contestei essa parte - mas que ele é demasiado novo para estar na Formula 1. Mas claro, Marko não deixa de ser critico para o piloto português, acusando-o de ceder à pressão.

Em declarações à revista alemã ‘Auto Motor und Sport’, Marko afirma que “não o excluímos, ele ficará na nossa família. Temos que pensar agora sobre o seu futuro. Desde já, continuará no simulador e como piloto de reserva da Red Bull Racing”. E como sabem, a prova imediata de que o piloto português ainda é necessário para a Red Bull foi a sua chamada para o GP de Macau, onde vai correr ao serviço da Carlin.

O consultor da equipa insistiu ainda que a opção em Daniil Kvyat tinha a ver com uma constante progressão que o piloto russo têm: “Ele é que nos dá melhores garantias. Provou que pode lidar com a pressão, algo que Félix da Costa falhou. Se ele está já a vacilar em categorias de promoção, como será na Formula 1?”, questionou. E ao comparar o português com o russo, Marko explicou que “existiram muitos pilotos com um enorme talento que falharam no topo. O progresso de Kvyat foi sempre em crescendo, mas o de Félix da Costa ficou na mesma, ou decaiu”.

Pode-se pensar que Marko quer um super-piloto. Se for assim, então pode-se justificar tantos pilotos "queimados" na Red Bull Junior Team. Mas acho estranha a razão porque Marko não dispensou imediatamente o piloto português. Há duas boas razões para isso. Primeiro, nem todas as equipas pensam como Marko, logo, ter um piloto como ele numa outra equipa não seria de bom tom. Mas numa altura onde a Formula 1 precisa mais de dinheiro do que talento, essa hipótese têm de ser descartada. A segunda hipótese é onde está o meu instinto: têm a ver com o meio de 2014. Se um dos pilotos da Toro Rosso não andar como se espera, sempre têm um piloto mais experiente por onde pegar...

Já agora, mais um comparativo Kvyat - Félix da Costa: o russo fez um teste de Formula 1, em Silverstone, contra cinco do português (quatro pela Red Bull, um pela Force India). Kvyat andou com um Toro Rosso e o teste acabou após 14 voltas... na gravilha.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

WRC: Neuville pode ter escolhido a Hyundai

Não é segredo nenhum que Thierry Neuville é um dos pilotos mais cobiçados do momento no WRC. Atualmente no segundo lugar do campeonato, quando ainda faltam duas provas para o final da temporada, o belga de 25 anos, e que corre pela M-Sport, com os seus Ford Fiesta WRC, tornou-se na revelação deste campeonato dominado por Sebastien Ogier, no seu Volkswagen. E tirando a Volkswagen, as restantes três equipas - Ford, Citroen e a novata Hyundai - gostariam de ter os seus serviços na próxima temporada. 

E provavelmente já fez a sua escolha: em 2014, será piloto da marca coreana. O patrão da Citroen, Yves Matton, afirmou esta semana que “já tivemos algumas negociações com ele, mas as mesmas foram terminadas”, o que significa que ele já descartou a estadia na equipa francesa.

Alain Penasse, chefe de equipa dos coreanos, confirmou que o piloto belga está interessado em correr com eles: “Estamos à espera do Thierry, embora estejamos a falar com a grande parte dos pilotos”, revelando que “gostaríamos de fazer um anúncio sobre os pilotos em outubro”. E falta uma semana para o final do mês...

Noticias: Button duvida do sucesso de Kvyat

O anuncio surpresa da Red Bull no inicio desta semana com a escolha de Daniil Kvyat na Toro Rosso, no lugar de Daniel Ricciardo, deixou alguns pilotos de Formula 1 espantados com tamanha decisão por parte de Helmut Marko e da Red Bull. Jenson Button é um deles, o que é algo estranho quando se sabe que se estreou na categoria máxima do automobilismo em 2000, quando mal tinha feito vinte anos de idade, vindo diretamente da Formula 3 britânica. "É definitivamente mais difícil agora. Há muito menos testes do que costumava ter, por isso é muito mais difícil. Será difícil para ele", começou por afirmar numa entrevista à Autosport britânica. 

Depois desenvolveu a ideia: "Claro que ele está achar que é algo ótimo correr na Formula 1, mas, se você pudesse ter a opção de entrar na aos 19 anos, depois de um ano na Formula 3 ou na GP3, ou fazer mais alguns anos em outras categorias, você certamente deveria optar por mais alguns anos. Dessa forma, você pode aprender muito mais sobre os pneus slick e a aerodinâmica, e aprender muitos dos circuitos que você correrá, bem como a forma com a qual uma equipa de Formula 1 aborda as corridas. É muito diferente de qualquer outra coisa", continuou.

"Há tanta coisa para aprender e que eu não entendia quando vim para cá que é um verdadeiro choque para alguém com 19 anos, que também terá que aprender a pilotar um carro de Formula 1 e trabalhar com motor e KERS... isto é algo completamente novo e estranho para a maioria de nós", concluiu.

Já agora, sabe-se que o piloto russo vai ter adaptações rápidas a um Formula 1, pois irá participar no Toro Rosso nas primeiras sessões de treinos livres em Austin e Interlagos, as duas últimas corridas do campeonato.

Rumor do dia II: Tom Cruise pode fazer "Go Like Hell"

Desde que o livro "Go Like Hell", escrito por A.J. Baime, saiu nas bancas, em 2010, que se fala sobre a hipótese de um filme de Hollywood baseado na história real da luta entre Ferrari e Ford nos anos 60, pela vitória nas 24 Horas de Le Mans. Houve uma altura em que já havia um diretor escolhido, Michael Mann, mas em meados de 2012, o projeto ficou "congelado" quando se soube que Ron Howard estava a rodar "Rush", cuja estreia nas salas de cinema aconteceu no passado mês de setembro.

Agora que o filme está a ser um sucesso de critica e de bilheteira - 72 milhões de lucro até agora com um custo de 38 milhões - e a possibilidade de nomeações para os mais importantes prémios de cinema parece ser real, surgiram hoje novidades sobre "Go Like Hell". E envolve um conhecido ator e "petrolhead" assumido: Tom Cruise.

Segundo o site "The Wrap", Cruise está interessado no filme e principalmente no papel de Carrol Shelby, o homem que ajudou a Ford a bater os Ferrari na emblemática corrida de resistência. Foi ele o homem que ajudou a construir o mítico Ford GT40, que em 1966 bateu por fim os carros da Ferrari, com os neozelandeses Bruce McLaren e Chris Amon ao volante. Ainda não existem muitos detalhes, mas fala-se que o projeto poderá ser realizado por Joseph Kosinski, que já trabalhou para ele no filme "Oblivion".

Caso o acordo vá para a frente, as filmagens poderão começar em meados de 2014, depois que Cruise termine "Missão Impossivel 5". Ainda não há noticias sobre outros nomes para os papeis de personagens como Henry Ford II, Enzo Ferrari, Lee Iacocca ou mesmo pilotos como John Surtees e Ken Miles

Tom Cruise já fez na sua carreira um papel de piloto, no filme de 1990 "Dias de Tempestade", ambientado na NASCAR. E foi aí que conheceu a sua segunda mulher, a australiana Nicole Kidman.

Rumor do Dia: Sauber pode trocar russo... por russo

Serguei Sirotkin poderá ser em março de 2014 o piloto mais jovem de sempre a alinhar num Grande Prémio de Formula 1. Mas esse futuro poderá estar ameaçado, caso se confirmem os rumores acerca do atraso dos pagamentos de alguns patrocinadores russos à Sauber, após o acordo assinado em agosto entre as duas partes, e que foi essencial à sobrevivência da equipa suiça.

De acordo com a publicação alemã "Auto Motor und Sport", Vitaly Petrov tenta conseguir um lugar na Sauber, a troco de um grosso patrocinio de 30 milhões de euros vindos da Gazprom. A equipa de Peter Sauber e Monisha Kaltenborn veria com bons olhos o regresso do piloto que passou por Renault e Caterham e que está fora da Formula 1 na temporada de 2013. Aliás, esta quinta-feira, Kaltenborn recusou a confirmar o jovem Sirotkin na equipa, sublinhando que “o nosso objetivo é preparar o Sergey para a Formula 1, mas temos alguma flexibilidade nas nossas atividades com ele”. 

Caso se confirme a entrada de Petrov, Sirotkin poderia ser o piloto de reserva da Sauber em 2014, não beliscando o acordo feito anteriormente. Atualmente com 29 anos, Petrov correu em 58 Grandes Prémios, conseguindo um pódio, uma volta mais rápida e 64 pontos.

Noticias: Félix da Costa vai defender o seu titulo em Macau

Dias depois de ter sido preterido pelo russo Daniil Kvyat, o português António Félix da Costa vai alinhar pela Carlin para defender o seu título na Formula 3 no Grande Prémio de Macau. O piloto de 22 anos vai a pedido da Red Bull para substituir... Kvyat no alinhamento da equipa para esta edição de uma das mais prestigiosas corridas de Formula 3 do mundo. Uma decisão que apanhou de surpresa o piloto português, mas do qual está feliz pelo convite feito:

Não esperava estar este ano em Macau, mas sempre disse que se trata do meu circuito preferido e encaro este convite como uma grande honra. Depois da vitória do ano passado todos os olhos vão estar postos em mim e tudo farei para trazer nova vitória para Portugal, mas não parto obcecado com esse objectivo. Sei que o nível do GP Macau é elevado, com pilotos de grande nível que competem habitualmente na Formula 3 e outros vindos de campeonatos muitos competitivos, mas acredito que com a Carlin temos as armas necessárias para lutar pela vitória. Será um prazer rever o público fantástico que todos os anos marca presença no circuito da Guia”, começou por afirmar.

Trevor Carlin, o patrão da equipa Carlin, mostrou o seu contentamento por contar de novo com António Félix da Costa num dos seus monolugares: “Estamos muito satisfeitos por ter a oportunidade de contar com o António. Ele foi excelente em Macau no ano passado e como grande piloto que é, quando surgiu a oportunidade aproveitou para voltar este ano. Em Macau há muitos factores envolvidos e o talento e a velocidade nem sempre são suficientes para vencer, pois trata-se de um circuito citadino apertado, onde é preciso contar com o elemento 'sorte'. Não há nenhuma pressão sobre António de dominar novamente. Dito isto, o António é um trunfo enorme para a equipa e a sua experiência será valiosa para os nossos rookies. Vamos para Macau mais fortes por tê-lo connosco”, referiu.

O Grande Premio de Macau de Formula 3 acontecerá entre os dias 14 e 17 de novembro.

Youtube Formula One Classic: Chanoch Nissany, Hungria 2005


Já ouvi coisas sobre o primeiro israelita a correr num Formula 1 - mas não o primeiro judeu - mas não tinha visto as imagens da sua presença numa pista. Isso aconteceu no treino livre do GP da Hungria de 2005, ao volante de um Minardi. 

E as suas performances? Digamos que ele aqui teve uma performance que faz com que tipos como o Yuji Ide, o Taki Inoue e o Giovanni Lavaggi sentirem-se como Ayrton Senna, Sebastien Vettel ou Michael Schumacher. Há uma volta onde ele consegue ser... dez segundos mais lento do último carro. Acho que nem o Otto Stuppacher conseguiria arrancar tempos mais lentos.

Recorde-se que Chanoch Nissany tinha na altura... 42 anos, e ele começou a correr... aos 38! Bom, ainda vou a tempo para começar uma carreira automobilística. Hoje em dia, para além dos negócios, segue a carreira do seu filho Roy Nissany, que correu este ano na Formula 3 europeia.

Quem me enviou esta pérola foi o Nuno Pinto.

Rumor do dia: Felipe Massa vai para a Williams em 2014

O rumor é forte e surgiu esta noite. O jornalista Américo Teixeira Jr. anuncia no Diario Motorsport que Felipe Massa já assinou - ou está prestes a assinar - um acordo com a williams, com a duração de cinco anos. Massa, de 32 anos, aparentemente ganhará um salário, escusando de levar qualquer patrocínio consigo, como chegou a ser divulgado em alguns jornais por Nicolas Todt, seu empresário. A ser verdade, Massa correrá no lugar do venezuelano Pastor Maldonado.

Caso se confirme o rumor, esta será a terceira equipa do piloto de São Paulo ao longo da sua já longa carreira, que começou em 2002, ao serviço da Sauber. Esteve na Ferrari entre 2006 e 2013, onde conseguiu o segundo lugar no campeonato de 2008.

Parece que o rumor é tão verdadeiro que o Bruno Mantovani já publicou um desenho sobre isso... 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Formula 1 em Cartoons - Japão 1990 (Riko)

E o Frederico Ricciardi (Riko) regressou aos cartoons sobre os momentos históricos da Formula 1. Desta vez foi sobre o famoso GP do Japão de 1990 e sobre a famosa manobra da primeira curva que Ayrton Senna fez a Alain Prost.

A última vez que veremos a Índia

O subcontinente indiano têm cerca de mil milhões de pessoas, e tornou-se neste inicio do século XXI no segundo pais mais populoso do mundo, logo a seguir à China. E na última década e meia, está a abrir-se ao mundo em termos económicos e a mostrar o seu poder ao resto do mundo. E apesar da extrema pobreza existente, a classe média é tão grande do que, por exemplo, da Europa Ocidental, que têm uma percentagem de pobres bem mais baixa. E é isso que as grandes empresas e organizações vêm no país de Mahatma Gandhi, independente desde 1947.

Contudo, a Índia têm problemas graves para resolver. Apesar de ser uma democracia, o país batalha com grandes problemas, sendo a corrupção uma delas. A extraordinária burocracia existente, segundo contam alguns testemunhos, pode exasperar a paciência de monges, daí que muitos recorram a esse expediente para despachar alguns processos. Para além disso, há um certo orgulho nacionalista que faz com que certas ideias vindas de foram sejam pouco ou mal aceites. E parece que a Formula 1 é uma delas.

Este final de semana veremos o GP da Índia, e provavelmente será a última vez que a veremos em muito tempo. Sabe-se que não virá em 2014, alegando problemas orçamentais, com a promessa de que haveria um regresso em 2015. Mas pelo que leio esta semana, nem isso deverá acontecer: segundo o Joe Saward, o governo do estado de Uttar Pradesh, onde fica situado o circuito Jaypee, pediu aos tribunais para que retire à Formula 1 a isenção da taxa de entretenimento ao qual toda a gente está obrigada a pagar, sempre que alguém vai à Índia. É que para eles, a Formula 1 não é um desporto, e sim algo semelhante a um concerto de musica, por exemplo. Ou seja: 22 carros numa pista é o equivalente ao concerto de Justin Bieber ou de algum mega-artista de Bollywood.

A decisão não me surpreende de todo. Há uns meses, em agosto, o presidente da federação de automobilismo da Índia, Vicky Chandhok - o pai do Karun, já agora - queixava-se à Forbes India que graças às burocracias e a falta de apoio governamental, a Formula 1 estava a fugir de um pais que chegou a ter dois pilotos e têm uma equipa. Há algum entusiasmo, é certo, mas nunca houve magotes de gente a irem ao circuito e acampar nas imediações, por exemplo. E os bilhetes não são tão caros assim.

Eis o que ele disse na altura: "Daquilo que eu estou a entender, estão a tentar cobrar 1/19 avos porque existem 19 corridas, do qual se inclui a Índia.  E o mais estranho no meio disto tudo é que estão a querer taxar 1/19 avos das receitas [da Formula 1] e não dos lucros. Ora, neste campo, ou encorajamos a receber eventos desportivos, ou a largamos, como a que dizer 'vão para o Inferno'. Depois do que aconteceu nos Jogos da Commenwealth [realizados em outubro de 2010 em Delhi], fizemos um bom trabalho quando recebemos a Formula 1. É um motivo de orgulho e deveria ser tratado como tal.", começou por afirmar. 

"Um pouco por todo o mundo, todos os governos providenciam dinheiro para receber a Formula 1, com a excepção do Reino Unido e a Índia Eles o fazem porque reconhecem o seu valor em termos turísticos ou uma maneira de promover o seu país no estrangeiro. Aqui na Índia encontramos todas as formas possíveis de cobrar taxas alfandegárias de todo o tipo. Nós não estamos a dar as boas vindas, estamos a dizê-los que não são desejados.", concluiu. 

De uma certa forma, a acontecer, o desaparecimento definitivo da Índia do calendário até se torna numa bênção. Não só por ser um tilkódromo insonso, mas pelo facto da burocracia governamental não facilitar a vida a ninguém. Tirar um visto para estar lá é complicado, movimentar as bagagens para Nova Delhi também é um inferno, porque é um país onde o funcionário público é rei e senhor, e todos têm de ir à velocidade deles. E ao contrário de alguns países, onde fizeram leis para facilitar as coisas em relação ao "circo da Formula 1 - ironicamente, o Bahrein é uma delas - na Índia, todos têm de seguir a lei, por mais opressora que seja para a circulação de pessoas e bens. E num mundo onde o circo têm de estar ali num dia e noutro lugar noutro, um bando de chatos é a pior coisa que se pode ter. Então, é preferível cortar o mal pela raiz. Até ao dia em que mude a lei. 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Noticias: Honda confirma três carros no WTCC em 2014

A Honda confirmou esta tarde que confirma para 2014 os pilotos que têm no seu alinhamento nesta temporada. Tiago Monteiro e Gabriele Tarquini continuarão a ser pilotos oficiais, enquanto que o húngaro Norbert Mischelisz terá o mesmo carro para a Zengo Motorsport, com a possibilidade de haver um quarto carro durante a próxima temporada.

Quando uma nova máquina estreia num campeonato, é preciso que trabalhemos muito contra o relógio. É um trabalho que requer tempo, experiência e conhecimento para que possamos atingir nossos objetivos antes do prazo previsto. Por isso consideramos fundamental a permanência de Gabriele e Tiago conosco em 2014. O trabalho em equipe que os dois desenvolveram neste ano mostrou que fizemos grandes progressos. Ambos deram o seu melhor para que alcançássemos vitórias e pódios nesta temporada.” afirmou o diretor desportivo da marca no WTCC, Hideo Sato.

A Honda teve este ano a sua primeira temporada completa, depois de uma estreia a meio de 2012. Até agora, venceu três corridas, duas por Gabriele Tarquini e outra por Norbert Mischelisz, com o piloto italiano a se classificar no segundo lugar da classificação geral, enquanto que Mischelsz é o sexto e Tiago Monteiro é o décimo. Em termos de Construtores, conseguiram o título, contra a concorrência... da Lada. 

Noticias: Félix da Costa reage à escolha de Kvyat

Menos de 24 horas depois do surpreendente anuncio da Red Bull, que escolheu o russo Danil Kvyat para o lugar de Daniel Ricciardo, António Félix da Costa decidiu reagir às novidades, escrevendo na sua página de Facebook que apesar da decepção, continua disposto a lutar por um lugar na Formula 1 nos tempos mais próximos.

Ele afirmou que, apesar da noticia, continua a trabalhar com a marca para a temporada de 2014, e agradeceu a todos os que manifestaram a sua solidariedade, e revelou que têm marcado para o final do ano um teste com a Carlin no sentido de correr para eles mais uma temporada na World Series by Renault, e que em breve daria mais novidades sobre o seu programa desportivo.

Esta é uma notícia que ninguém em Portugal queria ouvir, mas a Red Bull optou pelo Daniil Kvyat para a Toro Rosso em 2014 e o objetivo de entrar na Fórmula 1 como piloto titular não foi, para já, atingido. Acredito que estou preparado para dar o salto para a Fórmula 1, mas cabe à Red Bull decidir e por mais que custe, há que levantar a cabeça e ir à luta." 

"Neste momento estou triste, como muitos portugueses estarão, mas aprendi que na vida nada é garantido e vou continuar a trabalhar arduamente para chegar à Formula 1, em conjunto com a Red Bull e toda a estrutura que me acompanha de há vários anos para cá, casos do Tiago Monteiro, o meu irmão Duarte, o meu preparador físico Emiliano Ventura e os meus parceiros. Continuo a fazer parte da família Red Bull e muito brevemente, logo que tudo esteja definido, comunicarei o meu programa desportivo de 2014." 

"Como piloto profissional garanto a todos os portugueses que vou continuar a competir ao mais alto nível, com a mesma determinação e vontade de vencer. Quero desejar boa sorte ao Kvyat, esperando que ele seja um digno sucessor do Daniel Ricciardo. Resta-me agradecer ainda todo o incrível apoio que recebi nestas últimas horas, sinto que os Portugueses estão frustrados, mas continuem a acreditar, pois o meu caminho para a Fórmula 1 não termina aqui!”, concluiu.

Os fãs que desejam Sean Edwards campeão

Uma semana depois do acidente mortal do britânico Sean Edwards, no Queensland Motorway, na Austrália, os fãs do piloto decidiram elaborar uma petição pedindo aos responsáveis da Porsche Supercup para que o coroem como campeão póstumo, declarando que as corridas que irão ser disputadas em Abu Dhabi não contem para os pontos, e assim entregar o título à família do malogrado piloto, morto aos 25 anos no passado dia 15 de outubro.

Até agora, a petição - cuja ideia veio do americano John Miller - foi assinada por 5441 pessoas, um pouco por todo o mundo, bem acima do objetivo inicial das três mil assinaturas. 

Eis o texto da petição na íntegra:

Porsche, você tem a oportunidade de fazer algo raro e muito especial. Estamos pedindo para você optar por realizar as duas últimas rodadas do 2013 da Porsche Supercup (realizadas a 8 e 9 de novembro no circuito de Yas Marina) como corridas que não valem pontos.

Acreditamos que o legítimo campeão da temporada de 2013 já foi coroado, no entanto, ele não será capaz de assistir a corrida final para torná-lo uma mera formalidade. Pilotos e fãs ao redor do mundo estão de luto pela perda do piloto, Sean Edwards, que atualmente lidera o Campeonato Super Cup por 18 pontos, com três vitórias em sete corridas. Com uma vitória valendo 20 pontos, e como Sean nunca terminou abaixo do que o quinto lugar, ele mereceria ser campeão. Se o seu concorrente mais próximo vencesse ambas as corridas na rodada final, Sean só precisaria combinar com o seu pior resultado final até o momento (5º) e o campeonato ainda iria para ele. Se Sean vencesse a primeira corrida do fim de semana, ele poderia estacionar seu carro e não marcar nenhum ponto durante a corrida 2 – e ainda seria campeão. Nem mesmo seus concorrentes não podem argumentar: Sean Edwards dominou Porsche Supercup este ano. Ele merece o título.

Queremos ter certeza de que Sean irá para o livro dos recordes como ele está nos corações e mentes de seus familiares, amigos e concorrentes: como um campeão. Por favor, dedique as duas últimas corridas da Porsche Super Cup para Sean Edwards, implore para seus pilotos para correrem em sua honra e coloque-os em um show fantástico para os fãs. Paguem a eles o prémio em dinheiro e contratem os bons para as equipas de fábrica para o próximo ano. Mas não dê a eles todos os pontos.

Por favor, Porsche, faça Sean Edwards seu campeão da Super Cup 2013 e celebre em sua honra na festa do campeonato em Abu Dabhi.

Obrigado,

Fãs de corridas, os fãs da Porsche e fãs Sean Edwards em todos os lugares.

Para ler - a assinar a petição, caso queira - pode seguir este link.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Red Bull surpreende e anuncia Daniil Kvyat na Toro Rosso

No mínimo, deve ser a noticia mais surpreendente do ano: a Red Bull acaba de anunciar que o piloto que substituirá Daniel Ricciardo, na Toro Rosso, será o russo Daniil Kvyat. Surpresa, porque toda a gente no mundo da Formula 1 esperava que o escolhido fosse o português António Félix da Costa, que terminou o campeonato da World Series by Renault na terceira posição, atrás do dinamarquês Kevin Magnussen e do belga Stoffel Vandoome. E a noticia está a ser recebida neste momento com choque por parte de muitos dos que seguem a categoria máxima do automobilismo.

Sobre este anuncio, Franz Tost justificou a decisão da marca: "Estamos muito satisfeitos em continuar com a nossa política de promover jovens pilotos do programa júnior da Red Bull. Daniil é um piloto muito talentoso, o que pode ser comprovado pelos seus resultados em todas as categorias que correu. Ele foi um piloto de karting muito bem sucedido e, em 2012, foi Campeão da Fórmula Renault 2.0. Este ano, competiu em seis provas do Campeonato Europeu FIA de Fórmula 3, obtendo uma vitória e cinco pódios. Além disso, está ainda em posição de vencer a GP3 Series, já que está apenas sete pontos atrás do líder. Ele impressionou-nos com um forte desempenho e feedback técnico muito informativo no teste de jovens pilotos de julho, em Silverstone e isto sugere que possui as qualidades básicas para progredir. O Daniil pode ter certeza que vamos utilizar toda a nossa experiência de treino de jovens para lhe dar o melhor começo para sua carreira na Fórmula 1", disse Tost. 

Já Kvyat era um piloto naturalmente eufórico com o anuncio: "Esta é uma notícia fantástica, um sonho e eu quero agradecer à Red Bull e Toro Rosso por esta oportunidade. Desde que comecei no karting que pretendia chegar à Fórmula 1 e agora esse desejo vai tornar-se realidade na próxima temporada. Tive um breve ‘gostinho’ de trabalhar com a equipa Toro Rosso, quando pilotei para eles no teste de Silverstone e gostei muito da experiência.", disse.

Atualmente com 19 anos - nasceu a 26 de abril de 1994, na cidade russa de Ufa - Kvyat é o segundo classificado do campeonato de GP3, que é liderado pelo argentino Facundo Regalia. E têm talento: começou a sua carreira nos monolugares em 2010, na Formula BMW, em 2011 passou para a Formula Renault 2.0 pela Koiranen Bros, onde terminou na segunda posição na categoria NEC e no terceiro posto na categoria Eurocup. No ano seguinte, venceu o campeonato da formula Renault Alps, enquanto que foi vice-campeão na Euroseries.

Em 2013, corre na GP3, ao serviço da Arden, onde venceu duas corridas, subiu ao pódio por mais duas, fez a pole-position em mais uma e a volta mais rápida em mais três ocasiões, estando agora na segunda posição do campeonato, com 131 pontos, menos sete do que o argentino Facundo Regalia.  

As movimentações da Toro Rosso

A equipa do momento é... a Toro Rosso (STR). Provavelmente deverá ser a equipa média com maior potencial de crescimento em 2014, dado que vai ter cada vez mais ligações à Red Bull. Contratou um bom projetista, James Key, e aparentemente, o carro está a ser desenvolvido em Milton Keynes, em vez de ser em Faenza. Irá ter motores Renault, em troca com os Ferrari - igual aos carros da "equipa A", a Red Bull - e com os novos regulamentos, poderá ser que ande ao nível - e até supere - equipas como Force India e Sauber. 

Assim sendo, a vaga que está por preencher é a mais cobiçada no momento. É certo que existe um candidato mais do que óbvio, o português António Félix da Costa, e deveria ser do interesse da estrutura da Red Bull em fazer o anuncio o mais rapidamente possível, pois nos últimos dias surgiram noticias sobre possíveis candidatos ao lugar deixado vago por Daniel Ricciardo, que vai ser promovido para a Red Bull. Na sexta-feira falei de Stoffel Vandoorne, que disse que tinha sido abordado pela casa de Salzburgo, mas na realidade, não foi mais do que o exagero de um contacto feito por eles. Porque sabe-se agora que nunca houve uma reunião entre os representantes do belga e Helmut Marko. E a razão por todo este alarido, então? Simples: Kevin Magnussen está a caminho da Formula 1. E se não é em 2014 (Marussia) será certamente em 2015, na McLaren, provavelmente ao lado de Fernando Alonso, com os motores Honda.

Ontem, surgiu um desabafo no Twitter por parte do brasileiro Luiz Razia sobre o tal lugar vago na STR, afirmando que sabe que o segundo lugar está à venda há muitos anos. Isso é verdade o que Razia diz, por dois motivos, um pessoal e outro profissional. Do primeiro, sei de uma conversa que tive no ano passado com uma pessoa que conhece bem esses meandros que o último piloto que a Red Bull pagou todas as despesas foi o suiço Sebastien Buemi. Todos os outros tiveram de dar algum dinheiro à STR para garantir o lugar, mas é um valor pequeno. Em 2009, o valor era de oito milhões de dólares, que esse foi o preço exigido por eles a Filipe Albuquerque, que estava interessado no lugar que acabou por ir para o francês Sebastien Bourdais.

O Humberto Corradi escreve hoje sobre este assunto que há dois óbvios candidatos ao lugar. Ele fala de um - o russo Danil Kvyat - mas sei que Carlos Sainz puxa os cordelinhos em Espanha para que o seu filho fique com o lugar. Mas a Red Bull não quer nem um, nem o outro. Por uma simples razão: são demasiado novos, demasiado "verdes". Sainz Jr. não convenceu muito na World Series by Renault - para além de ter 19 anos - e Kvyat, que anda na GP3, lutando pelo título após duas vitórias e uma temporada regular, têm o problema da idade: também têm 19 anos. E mais importante ainda: ainda não andou num carro da World Series by Renault. E ele têm de passar por isso, se quer chegar à Formula 1.

E provavelmente agora nesta época, eles poderão ter modificado a postura em relação aos lugares na STR, importando menos com o dinheiro e mais com o talento. E eles gostam cada vez mais de Félix da Costa, que trabalha cada vez mais com a Red Bull em Milton Keynes, ajudando Vettel e Webber. E quando Buemi não pode ser o terceiro piloto devido aos seus compromissos com a Toyota, é o piloto de Cascais que fica com o lugar.

São pequenas coisas dos quais podem determinar quem será o piloto que preencherá o lugar de Daniel Ricciardo em 2014. Mas creio que apesar de estarem a pensar, não deve haver alterações no plano inicialmente traçado: António Félix da Costa é o candidato numero um à titularidade em 2014. 

domingo, 20 de outubro de 2013

Youtube Eletric Testing: FUTI, um carro elétrico português

Há muito tempo que sei que Portugal fabrica carros elétricos. Mais de dez anos, para ser mais concreto. Antes do Veeco, há uma fábrica perto da cidade onde moro, em Maceira, que faz veiculos elétricos unicos e originais. É o FUTI, de António Febra, um industrial da zona.

Esta semana, o pessoal da Preguiça Magazine decidiu experimentar um dos modelos FUTI no kartódromo dos Milagres. Sim, o modelo é feio para caramba, mas têm quatro rodas e dois lugares e chega aos 80 quilómetros por hora. E tem o tamanho de um Smart, com uma autonomia de 200 quilómetros. E o pessoal foi experimentá-lo, com os resultados que podem ver neste video.

WSR: Magnussen fecha o ano com vitória, Félix da Costa é apenas 13º

A segunda corrida da World Series by Renault, em Montemeló, na Catalunha, foi marcada por mais uma vitória de Kevin Magnussen e uma prova decepcionante para António Félix da Costa, que por causa de uma má qualificação - altamente prejudicada por causa do nevoeiro - terminou a corrida apenas na 13ª posição.

A prova foi dominada por Kevin Magnussen, que apesar de ter trocado de pneus, não perdeu a liderança para o belga Stoffel Vandoorne, que depois de se livrar de Arthur Pic, andou isolado para garantir o segundo lugar na corrida... e no campeonato. Will Stevens foi o terceiro, a fechar o pódio, na frente de Nico Muller, o francês Norman Nato e o espanhol Carlos Sainz Jr.

Já Félix da Costa, a sua corrida ficou marcada por um incidente, onde alargou a trajetória numa das curvas e caiu alguns lugares. Pouco depois, ele recuperou até ao 13º lugar final, colado a Zoel Amberg, mas o resultado foi bastante decepcionante, para quem ainda tinha aspirações para chegar ao vice-campeonato.

Algumas horas mais tarde, na sua página oficial do Facebook, Félix da Costa comentou sobre o fim de semana catalão: "Estou desiludido com este último fim-de-semana da época, mas ao longo da minha carreira aprendi a vencer junto com a equipa, mas também a perder com a equipa e este foi sem dúvida um fim-de-semana complicado para nós. Sobre a época 2013 foi psicologicamente muito dura, com muitos problemas que nos impediram de lutar pelo titulo, mas também mostrámos o nosso valor sempre que possível e terminámos em 3º do campeonato com três vitórias conquistadas. Quero agradecer à Red Bull por todo o apoio que tem dado à minha carreira, aos meus parceiros pessoais e por fim aos meus apoiantes que são incansáveis em todos os momentos!"

Seis Horas debaixo de chuva

Quando comecei a ver os primeiros minutos das Seis Horas de Fuji, debaixo de chuva, não só me fez recordar eventos mais antigos - um deles agora passado em filme - como não pensei que tal coisa iria ter consequências tão grandes. Não vi a corrida toda, mas quando acordei esta manhã para saber o resultado final, descobri que as Seis Horas de Fuji, prova a contar para o Mundial de Endurance, teve apenas... dezasseis voltas. Numa corrida de seis horas!

No final, a Toyota celebrou uma vitória "pirrica", com a Audi a comemorar o título de Construtores. Kazuki Nakajima, Alexander Wurz e Nicolas Lapierre subiram ao lugar mais alto do pódio "só para japonês ver", porque de competição propriamente dita, não houve. Basta olhar para as caras dos pilotos no pódio... 

E é esse o perigo de correr em Mont Fuji em pleno outono: o risco de ter dias e dias só de chuva, frio e quase neve é bem alto. E fico cada vez mais com a sensação de que aquele circuito, um dos mais antigos do Japão e onde a Formula 1 começou a correr, está mal localizado. Pelo menos, em comparação com Suzuka, mais no centro do país.

E fico a pensar no seguinte: será que vale a pena correr em Mont Fuji em outubro? Sei que tem de ser ali por causa da Toyota - o circuito pertence a eles, como Suzuka pertence à Honda - mas acho que correr por ali seria melhor em junho ou julho, onde as possibilidades de chuva são mais escassas. É que das corridas que conheço e que foram disputadas nesta altura do ano, as possibilidades de chuva chegam aos 50 por cento, no mínimo. E quando chove, as condições são impossíveis e os pilotos correm com o coração nas mãos. E agora numa altura em que os pilotos quase não correm com "ribeiros" a atravessarem a pista, coloco em causa a necessidade de correr neste circuito, nesta época do ano.

E sei que em 2014, as Seis Horas de Mont Fuji estão marcadas para esta altura. Mais do mesmo ou esperemos pelo "milagre" de um céu limpo nesse fim de semana?

As Seis Horas de Fuji, em direto, no blog!


FIA WEC - LIVE por fiawec
A partir das três da manhã, hora de Lisboa, podem assistir aqui em direto as emoções das Seis Horas de Fuji, prova a contar para o Mundial de Endurance. Com a Toyota a querer ganhar em casa, a Audi tudo fará para que leve a melhor em paragens japonesas.