sábado, 20 de junho de 2015

A foto do dia

Estas são imagens de Graz, na Austria. A cidade fica a 76 quilómetros de Zeltweg, e essa cidade viveu esta tarde um dos seus piores dias quando uma pessoa entrou num recinto com a sua carrinha e matou três pessoas - entre elas uma criança de sete anos - e feriu outras 34, algumas delas em estado grave. A pessoa, em claro disturbio mental, não só atropelou as pessoas, como depois de fazer isso, saiu com uma faca na mão e andou a esfaquear mais gente até ser detido.

Desconhece-se as razões para isso, mas o ataque aconteceu numa "fan fest" dedicada à Formula 1. uma das testemunhas foi Siegfried Nagl, o presidente da câmara de Graz, afirmou ao jornal local Kleine Zeitung o seguinte. "O motorista foi deliberadamente em direção aos pedestres. Eu mesmo vi uma mulher ser atropelada", afirmou.

A policia local já confirmou que o atacante agiu sozinho e demonstrava perturbações.

O automobilismo - ou se preferirem, a Formula 1 - por muito que queira viver numa bolha, não pode estar imune ao mundo lá fora. E esse mundo lá fora tem muitas vezes demasiados acasos, demasiadas perturbações ou demasiadas pessoas que para chamarem a atenção, cometem loucuras como esta, ou como na quarta-feira aconteceu na Carolina do Sul, quando um racista branco de 21 anos entrou numa igreja e matou sete negros só porque queria começar uma guerra racial.

Não digo que a Formula 1 deve fazer alguma coisa por eles, mas que as suas discussões e os seus problemas não são nada comparados com o mundo que se vive, onde há oasis de paz e zonas de guerra de onde ninguém está seguro. Imaginem este tresloucado em Zeltweg?

Michel Vaillant como arte

Para quem vive na Europa e viveu a sua juventude nos anos 60, 70 e 80, conhece ou leu muitas das aventuras automobilísticas de Michel Vaillant, o piloto francês criado pelo autor Jean Graton. Vaillant, e o seu amigo e companheiro de equipa, o americano Steve Warson, corriam em tudo que tinha quatro rodas e um volante, desde a Formula 1 aos Ralis, passando pelas 500 Milhas de Indianápolis e as 24 horas de Le Mans, muitas vezes contra a sua rival, a Leader.

Pois bem, a francesa Autocult anunciou esta semana que foi feito um conjunto de treze quadros baseados nas várias tiras, e que foram expostos na Festa do ACO, durante as 24 Horas de Le Mans deste ano. O preço dessas obras varia entre os 900 e os 2400 euros, e se quiserem ver o conjunto das obras, podem ir ao site michelvaillantartstrips.com. Pela amostra que coloco aqui (os quadros fazem lembrar a pop-art de Roy Lichtenstein), vale a pena.

Youtube Motorsport Crash: o acidente de Gustavo Menezes em Spa-Francochamps


A Formula 3 europeia continua a ter os seus pilotos pouco disciplinados. Depois de o diretor de corrida em Monza ter decidido tomar uma manobra radical, cortando uma das corridas a meio devido aos vários acidentes que ocorreram nesse fim de semana italiano, agora em Spa-Francochamps, o americano Gustavo Menezes sofreu esta tarde uma forte batida na reta Kemmel, capotando o seu carro e arrancando o "roll-bar", pois este se arrastou por algumas dezenas de metros, até parar na zona de Les Combes.

Menezes nada sofreu, mas parece que aqueles pilotos só vão começar a portar-se bem quando tiverem sangue nas mãos, pelos vistos.

Formula E: Oliver Turvey vai correr em Londres pela China Racing

Nelson Piquet Jr. vai ter um novo companheiro de equipa na ronda dupla da Formula E, em Londres. O britanico Oliver Turvey, um dos pilotos de testes da McLaren, será piloto da China Racing no lugar do espanhol António Garcia, que correu pela equipa em Moscovo.

Atual piloto de testes da McLaren, Turvey, de 28 anos (nascido a 1 de abril de 1987), foi o grande vencedor da McLaren Autosport BRDC Award, em 2006, mas não corre em monolugares desde 2011, quando competiu em duas rondas da GP2, ao serviço da Carlin. Antes disso, foi quarto classificado na temporada de 2009 da World Series by Renault.

Em 2015 tem estado a participar na Super GT japonesa e nas 24 Horas de Le Mans, onde conseguiu o décimo posto - e segundo na classe LMP2 - nas 24 Horas de Le Mans deste ano.

Esta é o terceiro anuncio de pilotos para Londres, depois de Simona de Silvestro, pela Andretti, e de Sakon Yamamoto, da Amlin Aguri, no lugar de António Félix da Costa. Ainda poderá haver mais anúncios, principalmente na Trulli, para saber quem vai correr no lugar de Vitantonio Liuzzi.

Formula 1 2015 - Ronda 8, Austria (Qualificação)

Na Austria, como cantava a Julie Andrews, as montanhas estão vivas com o som da musica. Em Zeltweg, as musicas são os ruídos dos motores V6 Turbo - por muito que os mais puristas odeiem - e a Red Bull ofereceu este palco á Formula 1, no sentido de - inicialmente - ser o palco da sua dominação, nos tempos de Sebastian Vettel e Mark Webber. Mas nos tempos que correm, que domina são os Mercedes de Lewis Hamilton e Nico Rosberg. E aqui, claro, não foi excepção: Lewis Hamilton foi o melhor, com mais 200 centésimos de segundo sobre Nico Rosberg... apesar das saídas de pista de ambos na Q3.

E com este resultado, perguntar-me-ia isto: Hamilton irá fazer todas as poles até ao final do ano? Espero que não, a bem do espectáculo.

Mas não nos precipitemos. Vamos começar pelo fim, por causa das desgraças de uma equipa uma vez gloriosa. Com a noticia de que Jenson Button e Fernando Alonso foram penalizados, devido à troca de motor, turbo e unidade MGU, eles ficaram sujeitos a uma penalização inédita: 25 lugares. Numa grelha de vinte carros, isso poderia significar que os dois pilotos iriam largar de... Salzburgo, Innsbruck, Viena ou Ljubliana, dependendo do sentido da bussola ou algo assim. Ficamos com a sensação de que a McLaren vive os seus dias de "fundo do poço", sem grande perspectiva de saída nos próximos tempos. Podem melhorar as suas performances, mas por hoje, a última fila é deles.

Contudo, a Q1 não foi só dos McLaren. Numa pista à partida molhada, mas a secar durante o inicio da qualificação, os pilotos tiverem de achar o melhor momento de trocar de intermédios para os slicks. Os Toro Rosso apostaram e foram bem sucedidos, ficando com os primeiros tempos, mas o resto seguiu a mesma tática. Quem não fez foi Kimi Raikkonen, e ficou de fora, com o 18º tempo. No rádio, desabafou: "Como é que essa m**** foi possivel?" Quem também ficou pelo caminho foi Sergio Perez, mas ele subirá um lugar por causa de Fernando Alonso.

No Q2, a pista já estava seca o suficiente para que pudessem andar sem problemas com os supermacios. Inicialmente, pilotos como Nico Hulkenberg começaram a dar nas vistas, mas a normalidade assentou-se e os pilotos da Mercedes ficaram com as primeiras posições. com Nico Rosberg a fazer um tempo abaixo de um minuto e dez segundos. No final, entre os que ficaram de fora, a grande surpresa tinha sido o Red Bull de Daniel Ricciardo, que ficara apenas com o 13ª tempo, acompanhando Pastor Maldonado, Marcus Ericsson, Carlos Sainz Jr, e Fernando Alonso. Em contraste, Felipe Nasr, Nico Hulkenberg, Romain Grosjean, Daniil Kvyat, Max Verstappen acompanhavam os Mercedes, os Williams, os Mercedes e o Ferrari de Sebastian Vettel.

A Q3 foi mais emocionante, e foi decidida graças aos erros dos pilotos da Mercedes. Apesar da Ferrari ter decidido esperar para a segunda parte para marcar um tempo, isso de pouco serviu. Nico Rosberg ficou provisóriamente com a pole, mas Hamilton fez um tempo duzentos centésimos mais veloz do que o seu companheiro de equipa. Mas as últimas tentativas foram dramáticas: Hamilton perdeu o controle do seu carro na primeira curva e perdeu a chance de melhorar, e Rosberg perdeu a sua chance de ficar com a pole quando perdeu o controlo do seu carro na última curva, acabando na gravilha.

Com isso tudo, Lewis Hamilton ficou com a sua 45ª pole-position da sua carreira, igualando Sebastian Vettel no mesmo numero de largadas do primeiro posto, e ficando apenas atrás de Ayrton Senna e Michael Schumacher. Rosberg ficou no segundo lugar, na frente do Ferrari de Sebastian Vettel, enquanto que Felipe Massa quase surpreendia o pelotão com o seu quarto posto. 

Depois, o quinto lugar de Nico Hulkenberg, a demonstrar que ainda está no estado de graça após a sua vitória em Le Mans, na frente de Valtteri Bottas e do Toro Rosso de Max Verstappen, na frente do Red Bull de Daniil Kvyat, e a fechar o "top ten", o Sauber de Felipe Nasr, e claro, o Lotus de Romain Grosjean.

Amanhã, a Formula 1 efetua mais uma corrida na Austria. Poderia dizer que provavelmente já conhecemos o desfecho, mas com a possibilidade de haver chuva para amanhã por aquelas bandas, queremos ficar sempre à frente da televisão, pois ainda não adivinhamos quando é que os Mercedes irão falhar.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Youtube Motorsport Ad: Murray Walker no Twitter

Não acredito que ele tenha aderido ao Twitter - ele têm 90 anos de idade - mas a Esso decidiu fazer uma promoção nas ilhas britânicas para que o mítico comentador da BBC diga os nossos "tweets" a 4 de julho, dia do GP da Grã-Bretanha, em Silverstone. Graças à "hashtag" #MurrayYourTweets, ele lá vai dizer em 140 caracteres os nossos estados de alma... desde que sejam politicamente corretas.

Deve ter a sua graça. Vou ver no que vai dar. Não dêem essa chance ao Galvão Bueno, OK?

Esta vi no WTf1.co.uk  

Youtube Formula 1 Incident: Como Massa quase atropelou Arrivabene

Esta sexta-feira em Spielberg ficou marcado por este incidente na saída das boxes, quando o patrão da Ferrari, Maurizio Arrivabene, quase foi atropelado pelo Williams de Felipe Massa, que teve reflexos suficientes (e bons travões) para evitar um acidente grave.

Como se pode ver pela repetição, Arrivabene não reparou em Massa, e o piloto brasileiro teve reflexos para evitar o pior. Pouco tempo depois, o patrão da Ferrari foi até à boxe da equipa inglesa e pediu desculpas pelo sucedido.

A(s) foto(s) do dia







Já falei bastante sobre esse dia na postagem anterior, mas como costumo fazer esta secção, achei por bem colocar aqui as fotos mais conhecidas desse dia infame na Formula 1, por motivos políticos.  

Sobre esta história, para além de lerem o que escrevi,  recomendo também a leitura no sitio do Hugo Becker que conta sobre essa história, as suas origens e as suas consequências.

E há uma coisa interessante, para quem ainda não viu: se forem à página principal da Wikipédia em inglês, o artigo de hoje em destaque é precisamente o GP dos Estados Unidos de 2005. Para verem até que ponto isto teve impacto. 

O dia da Formula Zero


As imagens que ilustram esta postagem são do jornal "A Bola" do dia 20 de junho de 2005. Nesse dia estava a começar um curto período de férias com os meus amigos, colegas de universidade, no Alentejo, e esperava pelo autocarro quando tentava acompanhar, na melhor medida do possível, os desenvolvimentos do GP dos Estados Unidos. Sabia da situação e tinha acompanhado os desenvolvimentos desde que Ralf Schumacher tinha batido no muro na Curva 13 (a curva 1 do Brickyard, para os mais incautos

Ao longo daquela tarde, nas horas anteriores à corrida, sempre pairou no ar as duas chances: que o impensável aconteceria, e que acabaria por haver uma espécie de "acordo de última hora" e que todos iriam correr. Mas quer eu - quer provavelmente a grande maioria dos que seguiam o caso - só acreditou no impossível quando viu os carros a pararem nas boxes após a volta de aquecimento e apenas os seis carros calçados com Bridgestone a alinharem na grelha. Aquela imagem (que depois colocarei noutro post) foi inesquecível para mim.

Não vi a corrida - estava em viagem - e sabia que não iria perder nada. E era verdade: ninguém desistiu, todos levaram os carros até ao fim e os espectadores decidiram sair da pista mais cedo, pois sentiam-se totalmente defraudados com o triste espectáculo.

Se em muitos sítios um pouco por todo o mundo se escreveu sobre a "Formula Zero", aqui em Portugal não deixou de passar a chance de comemorarmos um inédito pódio, mesmo que tenham apenas entrado seis carros na pista para dar aquele triste espectáculo que os fãs viram. Nunca comemorei esse feito, sempre tive sentimentos de repulsa por causa das circunstâncias que rodearam aquele pódio. Mas lembro dos jornais e das televisões a darem conta desse feito, porque quem estudou jornalismo sabe da importância do valor-noticia, onde um deles é a proximidade. E ter um português no pódio de um Grande Prémio de formula 1 conta, independentemente das circunstâncias.

Fiquei com a sensação de que só aqui é que se comemorou o resultado de Indianápolis, e francamente, fugi dessa comemoração, mesmo que os meus amigos soubessem da minha preferência pelo automobilismo. Andei o dia seguinte a explicar o que aconteceu e porque é que não alinhava nas comemorações. E tinha razão: não havia qualquer motivo de comemoração. Quem o fazia, era ou porque desconhecia o automobilismo (a Formula 1 em particular) ou era por um nacionalismo bacoco, como se podia ver na foto da piada da última página do jornal. 

Óbvio que o Tiago Monteiro não teve culpa do que aconteceu, nem os restantes pilotos que tinham pneus Bridgestone calçados naquele dia. E claro, a Formula 1 teve dias assim no passado (as famosas "corridas piratas" de Jarama 1980, Kyalami 1981 e Imola 1982, por exemplo) mas aqui houve mais um exemplo de como a politica da Formula 1 interferiu com as aspirações das equipas, para levar adiante as suas ideias e convições. Se querem saber porque é que temos hoje monopólios no campo do fornecimento de pneus, e provavelmente, teremos enquanto esta geração durar, esta foi a razão.

Mas também houve outra consequência: depois disto, foi aplicada a "sentença de morte" da Formula 1 no "Brickyard". A familia Hulman decidiu expirar o acordo que tinha com Bernie Ecclestone em 2007 e eles não visitaram mais o local. O regresso a paragens americanas apenas aconteceu em 2012, quando foi construido o Circuito das Américas, em Austin, um projeto de raíz feito pela Formula 1 (desenhado por Hermann Tilke), para a Formula 1. De uma certa maneira, a Formula 1 é o que é porque eles querem assim. Qualquer coisa que não concordam, ou do qual eles sairiam desautorizados, preferem dar tristes espectáculos ao mundo, desrespeitando os fãs, só para que eles saiam a ganhar. Nesse dia, os vencedores foram Max Mosley e Bernie Ecclestone, e nós fomos todos perdedores.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Quem quer ser apresentador do Top Gear?

Com Chris Evans escolhido como apresentador do Top Gear, o radialista britânico vai começar a ver candidatos a preencher os lugares deixados vagos por James May e Richard Hammond. E vai vê-los da maneira mais simples possível: videos de 30 segundos de candidatos que provavelmente virão um pouco por todo o mundo. E porquê? Ele anda a pedir a todos nós: fãs, famosos, e todo e qualquer "petrolhead" que goste do programa.

"A forma como Richard e James foram encontrados foi através de uma audição", disse Evans ao TopGear.com. "Então, o que nós vamos fazer são audições. Não apenas para pessoas famosas, ex-famosas, aspirantes a famosos, mas para as pessoas que assistem ao programa.", continuou.

As condições não são muito exigentes. "Você pode ser um mecânico, um piloto amador, um bombeiro, quem está construindo o seu próprio Land Rover na sua garagem durante cinco anos, mas você tem de saber sobre carros. Pessoas vindas de todo o mundo são bem-vindos, mas você tem que ter pelo menos 16 anos. Nós esperamos que tenha vontade de mudar para o Reino Unido, pois provavelmente é também uma necessidade", declarou.

No entanto, não quer fazer isto uma espécie de American Idol. "Não há absolutamente nenhuma garantia de que os futuros apresentadores saiam daqui". Descrevendo o que ele quer, Evans afirmou o que pretende ao TopGear.com: "Deve ser apenas você, a câmera da cintura para cima. Sem acrobacias, sem truques, apenas você mesmo falando para a câmera. Se a equipa de produção achar que gosta do clip, essa pessoa pode ser convidado para o Reino Unido para uma nova audição", concluiu.

Os clipes podem começar a ser mandados a partir de amanhã, e podem tentar a vossa sorte a partir daqui. http://www.topgear.com/uk/car-news/do-you-want-to-present-top-gear-chris-evans-2015-06-18

GP Memória - Canadá 2000

Duas semanas depois do GP do Mónaco, máquinas e pilotos estavam a atravessar o Atlântico para a primeira de duas viagens à América do Norte, mais concretamente a Montreal, para disputar o GP do Canadá. A grande dúvida que existia antes da corrida era saber até que ponto Ralf Schumacher estava apto a correr, pois na corrida monegasca, tinha-se magoado seriamente na perna direita, e tinha passado o tempo todo a recuperar dos ferimentos. Após uma vistoria médica e uma sessão de testes na quinta-feira, o irmão mais novo de Michael Schumacher estava apto a correr, mas a Williams tinha o seu piloto de testes, o brasileiro Bruno Junqueira, pronto para o substituir em caso de necessidade.

Na qualificação, o mais veloz é Michael Schumacher, que conseguiu bater o McLaren de David Coulthard por meros 98 centésimos de segundo. Rubens Barrichello ficou com o terceiro posto, com Mika Hakkinen logo atrás, a 546 centésimos de Schumacher, enquanto que a terceira fila era ocupada com o jordan de Heinz-Harald Frentzen e o BAR-Honda de Jacques Villeneuve. Jarno Trulli era o sétimo, com o segundo Jordan-Honda, seguido pelo segundo BAR-Honda de Ricardo Zonta, enquanto que a fechar o "top ten" ficavam o Arrows de Pedro de la Rosa e o Benetton de Giancarlo Fisichella.

Num frio domingo de junho, com céu nublado e com vento, máquinas e pilotos preparavam-se para a corrida. Na volta de instalação, David Coulthard viu o seu motor Mercedes "morrer", mas os mecânicos conseguiram colocar o motor a funcionar antes do pelotão passar totalmente por ele. com o escocês no seu lugar na grelha, a corrida começou com Schumacher a defender-se dos ataques de Coulthard, enquanto que Villeneuve conseguia subir de sexto para terceiro, na frente do Ferrari de Barrichello e do McLaren de Hakkinen. Atrás, Irvine ficava parado na grelha e era empurrado para as boxes, onde o motor voltaria a funcionar e regressaria à corrida.

Nas voltas seguintes, Schumacher ganhou alguma vantagem sobre Coulthard, enquanto que ambos se afastavam de Villeneuve, que sendo menos veloz do que Barrichello e Hakkinen, começava a ter um comboio atrás. Contudo, na décima volta, a McLaren recebe informação da organização que Coulthard iria ser penalizado em dez segundos devido ao facto dos mecânicos terem trabalhado no carro dele quando ele ficou parado na pré-grelha. O escocês cumpriu a penalidade na volta 14 e regressou à pista na décima posição. Duas voltas depois, Hakkinen tentou passar Barrichello para o terceiro posto, mas a tentativa correu mal ao finlandês, que saiu de pista e voltou, perdendo mais alguns segundos.

Na volta 20, Schumacher já tinha uma vantagem e 22 segundos sobre Villeneuve, numa altura em que se começava a fazer os primeiros reabastecimentos. Mas ao mesmo tempo que aconteciam os primeiros reabastecimentos, começava a chover na pista e esta começava a ficar escorregadia. Barrichello conseguiu ultrapassar Villeneuve nsa volta 25, ao mesmo tempo que Coulthard escorregava numa poça de óleo e perdia ainda mais tempo.

A chuva ainda não fazia estragos na pista, mas alguns pilotos tinham problemas por si mesmos, como o Jordan de Frentzen, que na volta 33, acabaria por se retirar devido ao desgaste prematuro dos seus travões.

Schumacher chega às boxes na volta 34 para reabastecimento, ao mesmo tempo que Hakkinen pressiona Villeneuve para o terceiro posto. Devido à distância acumulada anteriormente, ele volta à pista ainda na frente, enquanto que Hakkinen consegue passar Villeneuve para ficar com o terceiro posto. nas voltas seguintes, até à 43ª, os pilotos da frente fizeram mais uma ronda de reabastecimentos, na altura em que a chuva caia mais fortemente na pista. Com isso tudo, Fisichella era agora o segundo classificado, na frente de Barrichello, mas na volta 46, o italiano escorrega e perde o segundo posto para o brasileiro da Ferrari.

Na volta 48, Schumacher faz um pião, mas a distância que tinha para Barrichello era de tal ordem que não perdeu muito tempo, nem a liderança. Nas voltas seguintes, a chuva caiu com mais intensidade, e isso causou mais alguns despistes, principalmente com Jacques Villeneuve, que acabou por se retirar na volta 64, depois de bater no Williams de Ralf Schumacher.

Na parte final da corrida, Barrichello começou a aumentar o ritmo, enquanto que o seu companheiro de equipa queria levar o carro até ao fim na primeira posição, o que acabou por acontecer, com menos de meio segundo de diferença entre os dois. Giancarlo Fisichella ficou com o lugar mais baixo do pódio, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficaram o McLaren de Mika Hakkinen, o Arrows de Jos Verstappen e o Jordan de Jarno Trulli.

O regresso de Armindo Araujo aos ralis

No fim de semana de Le Mans, passou algo despercebida a noticia do regresso de um piloto de ralis à competição, quatro vezes campeão nacional e com experiência no Mundial WRC. Falo de Armindo Araujo, que foi anunciado como piloto do projeto da JP Racing, um projeto essencialmente do Norte.

A JP Racing é o projeto de Jorge Portela, um piloto experimentado, e que decidiu recentemente construir uma equipa colocando dois carros na estrada, mais concretamente Skodas Fabia R5, eventualmente para um mínimo de duas temporadas, quer para o campeonato nacional de ralis e para seis provas do Europeu, a partir do Rali da Irlanda, em abril.

"Optamos pelo Armindo porque é um piloto que não desaprendeu por ter ficado parado nestes últimos três anos. É um piloto que não tem nada a provar a ninguém, e temos a certeza que com bons meios técnicos, boas condições, ele poderá lutar com toda a certeza por vitórias no ERC e por resultados até no Rali de Portugal, dentro da sua classe, e dar um retorno fantástico aos patrocinadores", comentou Jorge Portela em entrevista a Gonçalo Sousa Cabral, do podcast 16 Valvulas.

Para além disso, irão apoiar um piloto de 12 anos, Ruben Silva de seu nome.

Atualmente com 37 anos, Armindo Araujo foi bicampeão do mundo de Produção, em 2009 e 2010, a bordo de um Mitsubishi Lancer EVO IX e esteve no Mundial WRC em 2011 e 2012 a bordo de um Mini JCW Cooper preparado pela Motorsport Itália, onde alcançou um sétimo lugar no rali do México de 2012.   

quarta-feira, 17 de junho de 2015

A foto do dia

Ao ver esta foto de apresentação do Lotus 80, em 1980 no Facebook, lembrei-me das circunstâncias que rodearam essa apresentação e das personagens envolvidas. E claro, de como isto dá uma excelente história para contar aqui, como costumo fazer.

Em meados de 1979, o mundo vivia o segundo choque petrolifero, com a queda do Xá do Irão e a ascensão do regime dos "mullahs", liderados pelo Ayatollah Khomeni. O preço do petróleo aumentou imenso, mas o impacto não foi tão chocante como acontecera em 1973. Contudo, havia quem enriquecesse com isto. Um deles tinha sido um americano de 39 anos, de seu nome David Thiemme, que tinha feito um acordo com a Credit Suisse para fazer a sua propria companha, a Essex. Nesse ano de 1979, tinha conseguido lucros fabulosos: 70 milhões de dólares.

Thiemme gostava de dar nas vistas, especialmente com o dinheiro recém-adquirido. E a Formula 1 era uma delas. Admirador de Colin Chapman e da Lotus, mostrou a sua riqueza no Mónaco e atraiu a atenção do fundador da equipa, de tal forma que a meio da temporada de 1979, a Essex já estava nos flancos do carro. Mas foi no ano seguinte que tinha entrado a todo o vapor, construindo o modelo 80 e injetando dinheiro como a Formula 1 nunca tinha visto.

Para terem uma ideia: em 1980, a Williams, com o dinheiro dos sauditas, tinha um orçamento a rondar os cinco milhões de dólares. A Fittipaldi, com a cerveja Skol, sustentava-se com três milhões... e tinha comprado o espólio da Wolf por cerca de 750 mil. Só a apresentação da Lotus, que tinha acontecido no Royal Albert Hall, em Londres, com toda a pompa e circunstância, custou... um milhão de dólares. E como vêm pela foto, atraiu a fina flor da Formula 1: Bernie Ecclestone e Max Mosley podem ser vistos nessa foto, por exemplo. 

Só que quando a esmola é muita, o pobre desconfia. É certo que em momento de crise, há quem lucre com a situação, mas a maneira como adquiriu todo esse valor despertou alguns alertas, e Thiemme, que estava nas boxes da Lotus ao lado de Chapman, para ver e ser visto, foi detido em meados de 1980 à chegada ao aeroporto de Genebra, suspeito de fraude fiscal e fuga aos impostos. Tinha sido denunciado pela Credit Suisse e começou a ser investigado. Thiemme ficou pouco tempo na cadeia, e foi libertado sem acusação formal - as queixas foram depois retiradas. Mas isso causou impacto e em meados de 1981, a Essex - e Thiemme - desapareciam de circulação.

A foto de hoje mostra como a Formula 1 já foi vulnerável aos excessos de excêntricos...

O regresso do Green GT

Há cerca de dois anos que se conhecia com toda a pompa e circunstância o projeto do Green GT, mas o carro movido a hidrogénio, que deveria ocupar a "Garagem 56" acabou por não aparecer. Aliás, nos dois anos seguintes, não ouvimos mais detalhes ou noticias sobre o projeto. Pelo menos... até agora. É que os responsáveis deste projeto reapareceram esta quarta-feira para anunciar que estarão a testar o carro no próximo dia 27 de junho no circuito de Paul Ricard, com a família Panis ao volante, segundo conta o site francês endurance-info.

Jean-François Weber, diretor do programa, afirma que o Green GT emite apenas de vapor de água como escape e funciona sem bateria, conseguiu agora o mesmo tipo de desempenho do que um GT, com uma autonomia comparável aos carros com motor de combustão.

"Nosso programa de desenvolvimento já tem 35 dias de ensaios sérios, deu aos responsáveis técnicos uma inestimável experiência no campo da operação dinâmica de uma célula de combustível de hidrogênio de alta potência. O nosso trabalho tem-se concentrado em compreender os fenômenos complexos associados a esta nova tecnologia e a integração das soluções técnicas resultantes. Assim, a optimização de componentes e programas melhorou significativamente os rendimentos e a fiabilidade de todos os órgãos que integram o GreenGT H2", comentou.

Em termos de pilotagem, Olivier Panis está a lidar com a nova máquina: "O GreenGT H2 vai ser um enorme laboratório de demonstração de uma tecnologia híbrida entre a eletricidade e o hidrogênio, que oferece potência e autonomia. Esta solução inovadora e limpa poderia ser usada em todos os veículos que requerem alta potência como veículos industriais, autocarros, camiões, etc... Estou muito feliz por fazer parte desta grande aventura, porque estamos apenas no início de uma nova era , onde grandes mudanças estão a chegar", afirmou.

Para alem de Olivier, o seu filho Aurélien Panis (que corre atualmente na World Series by Renault) também vai estar a dirigir o GreenGT H2.

Youtube Comedy Moment: quando um presidente não reconhece um ator de Hollywood



Não sei se direi "cómico, se não fosse trágico", mas no sábado de manhã, horas antes da partida das 24 Horas de Le Mans, o presidente Francois Hollande esteve no local para assistir à partida da mítica corrida de Endurance, e entre os pilotos que cumprimentou, esteve Patrick Dempsey, o ator-piloto que como sabem, foi o "McDreammy" da série "Anatomia de Grey".

Até aqui tudo bem, nas quando ambos se encontraram... "Monseiur le President" não o reconheceu. Apenas perguntou de onde é que vinha e ele respondeu que era americano. Eu sei que pode não ver a série, ou goste mais de coisas mais policias como o "House of Cards", mas creio que após este tempo todo - a série vai já na sua 11ª temporada - qualquer pessoa no mundo reconheceria quem era Dempsey, não acham?

Este vi no Motorsport.com

terça-feira, 16 de junho de 2015

A foto do dia

Niki Lauda perseguindo Nelson Piquet durante o GP da Áustria de 1984, lugar da corrida numero 400 da história da Formula 1. Apesar da longa carreira e das vitórias que alcançou, o austríaco de Viena só venceu por uma vez na sua terra, e foi nesse ano de 1984, treze anos após a sua estreia no mesmo circuito de Zeltweg, a bordo de um March oficial. E isso poderia não ter acontecido, como conta hoje o Luis Fernando Ramos, o Ico. É que nesse ano de 1984, Lauda perdeu a terceira marcha na sua caixa de velocidades e considerou abandonar a corrida. Só não o fez... por preguiça.

Eu liderava a corrida com alguma vantagem. Na saída da curva Bosch a terceira marcha não funcionava mais. Ia encostar o carro porque sabia que sem a terceira marcha não daria para continuar” começou por contar ao jornalista brasileiro.

Só que o sitio onde queria encostar, a curva Bosch, fica situado a mais de dois quilómetros das boxes, e ele não tinha muita vontade de caminhar nesse dia:  “Me lembrei que dali seria uma caminhada longa até os boxes. Então procurei outras marchas na caixa de velocidades e achei a quarta e a quinta. Estava indo para as boxes, mas deu para ver que poderia continuar assim e fui até o final, sem a terceira marcha”, continuou.

Ganhei com o Piquet em segundo, mesmo rodando até quatro segundos por volta mais lento que ele. Perguntei porque ele não tinha me alcançado. Ele disse que achava que eu só estava fazendo um jogo com ele e que eu teria reservas. Quando eu disse que tinha um problema na caixa de velocidades, ele disse: ‘merda, essa corrida eu poderia ter ganho’. Ainda bem que ele não ganhou”, concluiu.

Ainda bem que lhe deu a preguiça nesse dia. Mais do que por fim ter a vitória "em casa" no seu palmarés, a sua luta pelo título mundial poderia ter sido logo entregue a Alain Prost. É que o francês tinha desistido, vitima de um despiste, e aqueles nove pontos que Lauda conquistou foram bem importantes para a sua caminhada rumo ao tricampeonato...

As novidades do Top Gear

Esta terça-feira foi pródigo em novidades sobre o futuro do programa Top Gear. Primeiro foi o anuncio de que o último episódio do programa com Jeremy Clarkson, Richard Hammond e James May, com os programas gravados da interrompida 22ª temporada a irem para o ar no próximo dia 28 de junho, pelas oito da noite, hora de Londres, e depois a confirmação de uma noticia que se falava há muito, de que Chris Evans, apresentador de rádio e notório "petrolhead", será um os apresentadores do novo "Top Gear", depois de ser anunciado um acordo para as próximas três temporadas.

"Estou emocionado, Top Gear é meu programa favorito de todos os tempos", começou por dizer o apresentador. "Foi criado por uma série de mentes brilhantes que gostam de carros e entendem como o fazer algo complicado surgir como algo divertido, desempoeirado e sem esforço. Na verdade, pode ser qualquer coisa, mas e esse é o gênio do sucesso global do Top Gear", continuou.

"Eu prometo que farei tudo o que for possível para respeitar aquilo que aconteceu antes e levar o programa para a frente", concluiu.

Kim Shillinglaw, um dos diretores da BBC Two e da BBC Four, acrescentou: "Estou muito satisfeito que Chris seja o apresentador da próxima série de Top Gear. Seu conhecimento e paixão por carros é bem conhecido e combinados com sua enorme criatividade e imprevisibilidade insolente, ele é a escolha perfeita para levar nosso programa muito amado para o futuro. Chris é um grande fã do Top Gear e tem grande respeito pelo ofício e ética de trabalho de uma das melhores equipes de produção no mundo. Ele sabe que existe uma atenção fenomenal aos detalhes necessários para fazer uma única sequência de Top Gear, quanto menos uma série inteira. Ele já está cheio de idéias brilhantes e eu não posso esperar que ele comece", concluiu.

Ainda não se sabe quem serão os outros apresentadores, mas a BBC espera de dentro de algumas semanas comecem as filmagens para a 23ª temporada, que à partida será estreada no próximo inverno.

Horas antes, o site anunciou que o episódio especial com as cenas do exterior dos episódios que faltavam para terminar a 22ª temporada, iria para o ar no próximo dia 28, dentro de doze dias. Nesse episódio, aparecerão os três com clássicos como o Fiat 124 Spyder, Peugeot 204 Cabriolet ou um MGB. Mais tarde, eles andarão com jipes como o Opel Frontera, Jeep Cherokee ou Mitsubishi Pinin, tudo por apenas... 250 libras.

Haverão muitas corridas, uma delas com caravanas (que serão destruídas numa corrida) e o The Stig aparecerá para alguns testes. Veremos como isto acabará.

Formula E: Piquet Jr. renova com a China Racing

A pouco mais de dias semanas da ronda final da Formula E, Nelson Piquet Jr. anunciou esta terça-feira que será piloto da NEXTEV TCR - o novo nome da China Racing - para a próxima temporada. O filho de Nelson Piquet, que é candidato ao título e já venceu por duas vezes nesta temporada, em Long Beach e Moscovo, assinou um contrato que poderá durar por mais algumas temporadas, para além da de 2016.

"Estou muito feliz por anunciar que irei correr com a NEXTEV TCR na Fórmula E nos próximos anos. Temos tido bons resultados juntos esta temporada e construído a nossa experiência juntos e estamos a ver-nos crescer como uma força neste campeonato”, afirmou em comunicado oficial da marca.

Tenho adorado competir na Fórmula E, penso que é um sítio entusiasmante para se estar nas corridas. O plantel é forte, a tecnologia nos monolugares está em constante desenvolvimento e estamos a oferecer algo verdadeiramente entusiasmante para os adeptos de corridas nas cidades”, finalizou.

Piquet Jr, é o atual comandante da Formula E, com 17 pontos de vantagem sobre o seu compatriota Lucas di Grassi, quando falta apenas a jornada dupla de Londres para concluir a edição inaugural da Formula E.

WRC: Nandan elogia Paddon pelo resultado na Sardenha

O segundo lugar de Hayden Paddon no rali da Sardenha, aliado ao terceiro posto de Thierry Neuville, num rali tão duro como este, constituiu o melhor fim de semana até agora na segunda temporada completa do Mundual WRC para a Hyundai. E devido a isto, o seu diretor, Michel Nandan, não se cansou de elogiar os seus pilotos pelo resultado coletivo alcançado, que só é superado pela dobradinha alcançada no ano passado no Rali da Alemanha.

A nossa dobradinha na Alemanha será sempre um vitória e um grande resultado, mas aconteceu em circunstâncias muito especiais e, para mim, este segundo e terceiro lugares na Sardenha são mais importantes, mesmo que normalmente não o devessem ser”, começou por dizer.

Penso que esta é a primeira pez que temos um resultado no pódio 'que se adequa' aos dois carros. Neste rali o Hayden mostrou tudo. Claro que temos de admitir que a sua posição na estrada lhe deu um grande ajuda, mas durante as segundas passagens, no geral, a diferença foi ainda menor e ele foi capaz de manter o ritmo, não cometeu erros, e foi capaz de gerir a pressão. Isto apenas confirma que ele não é apenas rápido mas pode também ser consistente”, finalizou.

O Mundial de WRC continuará em terra polacas, entre os dias 3 e 5 de julho, e lá, espera-se que os três pilotos da marca continuem a mostrar o seu potencial à Citroen, Ford e Volkswagen.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

A foto do dia

James Hunt no GP do Mónaco de 1979, há 36 anos, numa foto de Bernard Cahier. Esta vai ser a última corrida do britânico na sua carreira da Formula 1, começada sete anos antes, precisamente no mesmo local, a bordo de um March inscrito pela equipa Hesketh.

Nesse ano, Hunt sofria com os seus excessos e a sua desmotivação após a conquista do título mundial, em 1976, numa épica batalha com Niki Lauda. No ano anterior, tinha saído da McLaren, conquistando apenas oito pontos, arrasado pelos voadores Lotus 79 de efeito-solo. Indo para a Wolf, não conseguiu melhor do que um oitavo lugar em Kyalami, num carro que não era competitivo.

Meses antes, em setembro de 1978, tinha-se envolvido no acidente na partida do GP de Itália, onde o seu amigo Ronnie Peterson iria sofrer ferimentos fatais. Hunt culpou o italiano Ricciardo Patrese pelo incidente, quando na realidade, o acidente começou quando Hunt se tentava desviar de outro carro e tocou no Lotus do sueco, esprimido entre o McLaren do inglês e o Arrows do italiano. Aliado a todos esses factores, os excessos com a bebida e o tabaco - e mais algumas drogas - tinham-no envelhecido, mesmo que tivesse apenas 32 anos de idade.

A solução veio com os comentários na BBC, ao lado de Murray Walker, que faria para o resto da sua vida. Os seus comentários eram honestos e politicamente incorretos, não deixando de falar mal de pilotos que eram notóriamente "chicanes móveis". Andrea de Cesaris, René Arnoux ou Philippe Alliot foram vitimas das suas criticas. De Jean-Pierre Jarier, apelou ao seu banimento por ser "ele mesmo". Imagino como seria agora, se visse pilotos como Romain Grosjean e Pastor Maldonado...

James Hunt morreu faz hoje 23 anos, na sua casa, vitima de um ataque cardíaco fulminante. Tinha 45 anos na altura e planeava casar-se pela terceira vez com Helen Dyson, uma pessoa 18 anos mais nova do que ele. Dias antes, tinha estado em Montreal a comentar o GP do Canadá, uma corrida ganha por Alain Prost, na frente de Ayrton Senna, em mais um dos seus comentários que o tinha tornado famoso, pois lhe dera uma segunda vida. A noticia caiu que nem uma bomba, pois ele já tinha deixado os maus hábitos para trás, mas o seu corpo já tinha sofrido estragos suficientes para quebrar em situações mais fragilizadas.

Após este tempo todo, mesmo com uma geração mais nova a conhecer os seus feitos graças a filmes como "Rush", sente-se a falta de uma pessoa que além de dizer o que pensava, era alguém que sabia viver a vida como se fosse o último dia à face da Terra. Mesmo depois de ver que tinha contrariado as estatísticas e sobrevivido...

Formula 1 em Cartoons - O mistério do despiste de Raikkonen (Riko)

O pião de Kimi Raikkonen deu azo a algumas discussões no seio da Ferrari, pois parece que Maurizio Arrivabene não gostou muito do que aconteceu, pois privou a Scuderia de um possível pódio.

Contudo, para o "Riko", a história aparentou ser outra...

Traduzido:

"Desculpa, Kimi... devo confessar que pensei maliciosamente que dada a corrida estar tão chata que você estava realmente a dormir... que também estavas sonhando que ganhavas... e quando acordaste, fizeste o "burn-out"

"Obviamente, estavas a gozar..."

"Ora... não me digas que era real"

"ZZZZ!"

Noticias: Yamamoto no lugar de Félix da Costa em Londres

Mais um ex-piloto de Formula 1 vai fazer a sua estreia na Formula E. Desta vez é o japonês Sakon Yamamoto que vai correr no lugar de António Félix da Costa. O piloto português da equipa Amilin Aguri vai estar ausente na jornada dupla de encerramento do campeonato, pois vai estar em Norisging para mais uma jornada dupla do DTM nesse fim de semana. O anuncio foi feito esta segunda-feira.

Aos 32 anos de idade (nasceu a 9 de julho de 1982), Yamamoto correu em três temporadas - nenhuma completa - pela Super Aguri, Spyker e Hispania. O seu melhor resultado foi um 12º lugar no GP do Japão de 2007, pela Spyker, no circuito de Mont Fuji, numa prova marcada por muita chuva.

Atualmente, Yamamoto é comentador na televisão japonesa.

Esta vai ser a segunda estreia de um piloto na ronda de Londres da Formula E. Ontem, a Andretti anunciou que a suiça Simona de Silvestro será piloto da equipa americana na ronda final da temporada inaugural da competição elétrica. 

A Audi saúda a vitória da Porsche

Ao contrário da publicidade que coloquei ontem à noite, este é bem real. E mais do que saber ganhar, saber perder é uma virtude. E como eles mesmo dizem, ganham o nosso respeito.

A União Europeia quer ver as contas da Formula 1

Acho que toda a gente sabe sobre a atual situação da Formula 1. De como existe uma coisa chamada Grupo de Estratégia, de como começa a existir um fosso entre as equipas ricas e equipas pobres, sobre a má distribuição dos dinheiros, da idade de Bernie Ecclestone e da aparente colocação da lado da FIA, do crescente desaparecimento das provas europeias em detrimento de corridas no Golfo Pérsico, entre outras coisas.

Soubemos como foram as coisas no inverno passado, com o desaparecimento da Caterham e das dificuldades da Marussia em se manter para 2015, convertendo-se em Manor e recebendo os 35 milhões de euros a que tinha direito, pelo seu nono lugar no Mundial de Construtores. E como as equipas do meio do pelotão tentaram revoltar-se, a começar pela Force India, seguidos pela Sauber e Lotus, para conseguir mais dinheiro, e do qual as seis equipas do Grupo de Estratégia disseram não. E claro, como os rumores sobre a possibilidade de Sauber e Force India poderem nem ter carros prontos no inicio do ano, podendo reduzir os carros no pelotão a 16, o que seria perigosamente baixo.

Agora, as coisas estão mais calmas, mas é tudo aparência. O jornalista e blogger britânico Joe Saward escreve esta terça-feira que uma das equipas ditas médias poderá estar a preparar uma queixa junto da União Europeia, em Bruxelas, sobre a maneira pelo qual o desporto está a ser gerido, alegando que as suas estruturas comerciais são anti-concorrenciais. E sobre isso, ele escreve sobre o paradoxo que vive atualmente:

"Definir o problema serve para encontrar uma solução e diferentes grupos têm diferentes pontos de vista, e eles têm estado ocupados a turvar as águas. O ponto-chave é este: Como pode um desporto como este, que gera 1,8 mil milhões de dólares por ano em receitas, ser incapaz de suportar 12 equipas de dois carros cada um em apenas 20 ocasiões cada temporada? A única resposta possível a esta pergunta é que o modelo de negócio não é muito bom para todos os interessados, mesmo que algumas equipas de Formula 1 estejam a encher os seus bolsos, bombeando acima dos seus egos e fazendo se sentir poderosos. Essas pessoas realmente não querem que as coisas mudem, a menos que eles queiram obter mais dinheiro ou mais poder. Eles são pessoas inteligentes e por isso seus argumentos vão soar muito plausíveis, mas na realidade isso é em grande parte uma ilusão, com todos a vestirem os seus próprios interesses, afirmando que as coisas que são melhores para o desporto".

A entrega formal poderá acontecer dentro de um mês, no máximo, e a ideia poderá servir para impedir a implementação de algumas das medidas do Grupo, como por exemplo os chassis-ciente. É sabido que as equipas mais prósperas querem fazer isso, quase da mesma forma como a Red Bull têm uma "equipa B" na Toro Rosso, embora os chassis sejam fabricados autonomamente, sem cópias. Mas com a implementação do chassis-cliente, isso impediria que as equipas do meio do pelotão - Sauber. Force India ou Lotus - não tenham qualquer chance de vitória, e isso seria uma violação das regras de livre concorrência. Porque, como sabem, um chassis cliente não significa que qualquer equipa que queira comprar um chassis, por exemplo, da Mercedes, não teria o chassis desse ano, logo, não teria chances de lutar de igual para igual para a vitória.

E provavelmente, em vez de ter mais concorrência, será o contrário: novas equipas não teriam a chance de ganhar se ficarem com chassis-cliente, sem construir os seus próprios carros.

Para além disso, outra das coisas que iria ser investigada pela União Europeia seria o Pacto de Concordia, especialmente a sua mais recente versão, assinada em 2013. É certo e sabido que os detalhes do Acordo são altamente opacos, para não dizer secretos, e logo, essa falta de transparência merece ser investigada, especialmente qual é o papel da CVC Capital Partners no processo, ou então que papel têm a FIA no meio disto tudo. E qual é a real percentagem que Bernie Ecclestone recebe, por exemplo.

Com tudo isto em jogo, e numa altura em que a FIFA, a entidade que regulamenta o futebol, vive um escândalo sem precedentes à custa da corrupção latente entre os seus membros - e que lançou uma série de suspeitas que vão até à atribuição dos dois próximos mundiais à Russia e ao Qatar, respectivamente - a investigação da União Europeia à Formula 1 poderá abrir a entidade a uma maior transparência ao mundo, mas também poderá mostrar os "podres" dos contratos às equipas e às entidades.

Resta contar os dias até ao anuncio oficial. E muito provavelmente, poderá ser aberta uma "caixa de Pandora". Ou então, algo do qual poderá levar a lado algum. Veremos.

Youtube Motorsport TV Show: O novo Top Gear?


Quem acompanha a história toda desde março sabe que Jeremy Clarkson andou à briga com um produtor do Top Gear e acabou por ser despedido da BBC. E por causa disso, os outros dois apresentadores, James May e Richard Hammond, sairam do programa e decidiram fazer o seu próprio espectaculo noutro canal, provavelmente no Netflix, acompanhados pelo seu produtor, Andy Willman.

Por agora, os três estão em digressão pelas ilhas britânicas a mostrarem-se (chama-se "Clarkson, Hammond & May Live") e no passado dia 23 de maio, quando estavam em Belfast, mostraram o que poderá ser o inicio do novo programa. Rodado no circuito de Thruxton, os três andavam cada um com o seu carro: Hammond num Corvette, Clarkson num Porsche 911 e May num Mercedes AMG. 

E o piloto de testes? Tem um "The" para começar, mas o tipo é real: é o Ben Collins. Um ex-The Stig (e já agora duplo nos dois últimos filmes de James Bond), para quem não sabe.

Um dos espectadores gravou essa parte para o seu telemóvel e colocou no Youtube para que o resto do mundo pudesse ver, e este é o resultado. Vi isto no FlatOut! Brasil.

A comemoração da Volkswagen em Le Mans...

Eu quero acreditar que isto não é real, mas já vi coisas assim no passado. Coloco as minhas duvidas sobre a credibilidade desta publicidade porque... já leram a frase sobre a Nissan?

domingo, 14 de junho de 2015

A imagem do dia (II)

Esta imagem têm um ano, mas a razão pela qual meto aqui, na realidade... são duas. Se Nico Hulkenberg comemora hoje uma vitória na maior prova de Endurance, este senhor, Fernando Alonso de seu nome, poderia estar no pódio, provavelmente no lugar mais alto. A razão porque tal não aconteceu deve-se ao veto de outra fábrica, outra marca de automóveis.

A revelação é feita hoje pelo Renan do Couto, no site brasileiro Grande Prêmio: a Porsche convidou Alonso e Hulkenberg para correr na sua equipa nas 24 Horas de Le Mans. A Force India aceitou a cedência, pois não prejudicava os seus planos, que aqui, quer na corrida anterior, as Seis Horas de Spa-Francochamps, mas a Honda vetou esse propósito.

Claro, o veto não é oficial. As informações vieram de duas publicações: a alemã Auto Motor und Sport, em janeiro, e a espanhola Marca, em abril, neste último afirmando que o eventual GP da Coreia do Sul, então marcado para o dia 3 de maio, iria atrapalhar a situação. Como sabem, a corrida não aconteceu, foi mais uma manobra de Bernie Ecclestone para sacar sabe se lá o quê...

Mas para quem conhecia mais ou menos esta história, sabe das movimentações que ele andou a fazer no ano passado, que renderam até uma passagem pelas Seis Horas do Bahrein, no ano passado, onde conversou longamente com os responsáveis da Porsche. Para melhorar as coisas, Mark Webber, seu amigo pessoal, estava na Porsche e certamente deve ter feito "lobby" para que ele entrasse por ali, e pelos vistos, convenceu os responsáveis da casa de Zuffenhausen a contratá-lo. 

Só que isso aconteceu durante a transferência de Alonso da Ferrari para a McLaren (se calhar a ideia era para ter um plano B na Endurance...) e provavelmente a Honda deveria querer alguém concentrado no projeto em vez de ter alguém que em algumas semanas do ano se distrairia num projeto noutra categoria. Ainda por cima, no atual projeto da McLaren-Honda...

No final, Alonso deu os parabéns à Porsche na sua conta do Twitter. Provavelmente com algum amargo de boca pelo seu campeonato e se calhar por ele poder pensar que poderia estar naquele pódio... 

A imagem do dia

Nico Hulkenberg comemora dentro do seu Porsche numero 19, momentos depois de uma inédita vitória na Endurance. A aposta da marca de Estugarda no piloto de 27 anos rendeu certo, pois pode ter sido o alento que faltava a uma carreira que emperra na Formula 1, por causa daquilo que tanto prometeu nas categorias de formação.

Quem segue a carreira deste alemão, sabe do potencial que ele já deixou: campeão da A1GP em 2007, campeão da Formula 3 Euroseries em 2008, campeão da GP2 em 2009 - e logo na sua primeira temporada, e uma inesperada pole-position no GP do Brasil de 2010. Todo este palmarés, logo nas primeiras temporadas das competições onde entrou - excepto na Formula 3 - fazia com que algumas pessoas pensassem que ele seria o próximo talento alemão depois de Michael Schumacher e Sebastian Vettel

Contudo, a partir de 2011, as coisas ficaram paradas. Primeiro, a dispensa da equipa de Grove - para entrar os bolivares de Pastor Maldonado - e depois as passagens sem grande brilho por Force India, Sauber e de novo Force India. Sem pódios, apenas com uma volta mais rápida no GP de Singapura de 2012, na primeira passagem pela equipa indiana. E como melhor resultado na Formula 1, um nono lugar no ano passado. Muito longe de tentar a sua sorte nas equipas mais fortes, como a Ferrari.

Muitos já achavam que Hulkenberg já merecia uma chance na frente, ainda por cima têm o mitico número 27, que já foi usado por pilotos como Alan Jones, Gilles Villeneuve, Michele Alboreto, Ayrton Senna e Jean Alesi. Mas há quem ache que esta oportunidade que a Porsche concedeu poderia ser um sinal para o mundo de que deveria aceitar a oportunidade que a Porsche está a dar e ser feliz na Endurance, onde teria um lugar pago pela fábrica e um carro ganhador.

Contudo, isso gera discussões. Discussões sobre se a Formula 1 é a melhor categoria do mundo, e se ser um piloto mediano na categoria máxima do automobilismo dá-lhe toda a visibilidade que a Endurance não dá, mesmo que corra numa equipa de fábrica e com um carro vencedor. Mas para isso, iria-se entrar noutra discussão, tão importante como o sexo dos anjos sobre se a Formula 1 é a melhor categoria do mundo e que todos os outros são meros "piolhos" dos quais nem sequer se deveriam tentar retirar protagonismo. Sou dos que acham que as categorias se complementam e não se competem, e cada um têm a sua especificidade.

Mas para os que duvidavam se o talento do Hulkenberg tinha ido embora, aqui está: não foi. Agora falta dar-lhe um carro competitivo para que não se diga que passou ao lado de uma carreira. Só falta isso.

Formula E: Simona de Silverstro corre em Londres pela Andretti

A Andretti pode ter os seus lugares sempre disponíveis para vários pilotos, sem uma dupla definida - apesar de Jean-Eric Vergne ter corrido permanentemente desde a etapa de Punta del Este, no Uruguai. Contudo, na etapa dupla de Londres, a acontecer no final do mês, vai colocar uma mulher a correr: será a suíça Simona de Silvestro, que já esteve na equipa nas duas primeiras etapas da IndyCar deste ano e nas 500 Milhas de Indianápolis. A piloto de 26 anos vai competir na categoria elétrica do automobilismo, depois de no inicio do ano ter feito uma demonstração nas ruas de Genebra, a mais importante cidade suíça.

Simona vai correr no lugar de Justin Wilson, que participou na etapa anterior, em Moscovo, onde conseguiu chegar ao fim na décima posição. E ela vai ser a terceira mulher a correr na categoria, depois da britânica Katherine Legge ter participado nas duas primeiras provas do ano, pela Amlin Aguri, e da italiana Michela Cerruti, que correu em quatro corridas pela Trulli, ambas sem conseguirem pontuar.

Contudo, esta não vai ser a unica substituição no pelotão da Formula E. O português António Félix da Costa e o italiano Vitantonio Liuzzi não participarão nas duas corridas londrinas devido a compromissos dos pilotos noutras competições. No caso do piloto português, correrá no mesmo fim de semana em Norisring, na etapa do DTM.

WRC: Ogier foi o vencedor na Sardenha

O francês Sebastien Ogier foi o grande vencedor do Rali da Sardenha, e conseguiu o seu quarto triunfo em seis provas do Mundial de 2015, demonstrando que é cada vez mais o favorito à vitória neste campeonato do mundo. Ogier conseguiu uma diferença superior a três minutos sobre o segundo classificado, o surpreendente neozelandês Hayden Paddon, que a bordo do seu Hyundai i20 WRC, conseguiu o seu primeiro pódio na categoria principal dos ralis. 

A fechar o pódio, outro piloto da Hyundai, Thierry Neuville, que conseguiu sobreviver aos troços da Sardenha.

Os quatros últimos troços do rali, percorridos esta manhã, serviram para consolidar a liderança de Ogier, que culminou com a vitória do piloto francês na Power Stage de Cala Flumini, batendo Jari-Matti Latvala e Mads Ostberg, que conseguiram pontos extra.

Após o pódio, Elfyn Evans ficou com o quarto posto, sendo o melhor dos Ford - ou se quiserem, o único que não regressou à prova em "Rally2" - conseguindo voltar aos pontos depois do acidente no Rali de Portugal. Mads Ostberg foi o quinto, e o melhor dos Citroen, na frente Jari-Matti Latvala, que com o sexto posto final, foi um consolo em relação aos problemas que teve ontem com o carro.

O ucraniano Yuri Protassov foi sétimo e o melhor dos WRC2, conseguindo vencer a batalha pelo primeiro posto na categoria ao local Paolo Andreucci, que corre num Peugeot 208 Ti16. E a fechar o "top ten" ficaram o checo Jan Kopecky, num Skoda, e o Citroen de Khalid al Qassimi.

O WRC volta à estrada entre os dias 3 e 5 de julho, em terras polacas.

Le Mans: Porsche regressa ao lugar mais alto do pódio

Dezassete anos depois, e um ano depois de estrear o projeto 919, a Porsche volta a vencer em Le Mans, com uma tripla totalmente virgem: o alemão Nico Hulkenberg, o neozelandês Earl Bamber e o britânico Nick Tandy levaram o carro numero 19 ao lugar mais alto do pódio, na frente de outro Porsche, o numero 17, guiado pelo australiano Mark Webber, o neozelandês Brandon Hartley e pelo alemão Timo Bernhard. O Audi numero 7, de André Lotterer, Bernard Treulyer e Marcel Fassler ficou com o lugar mais baixo do pódio, enquanto que o carro numero 9, guiado por Filipe Albuequerque, Marco Bonanomi e René Rast teve problemas no seu sistema híbrido e acabou no sétimo lugar final, a oito voltas do vencedor.

E para Nico Hulkenberg, o piloto alemão entra na pequena lista de pilotos de formula 1 no ativo a vencerem as 24 horas de Le Mans. O piloto de 27 anos tornou-se no primeiro piloto a conseguir desde 1991, quando Johnny Herbert e Bertrand Gachot conseguiram com o seu Mazda 787, mas se consideramos a temporada completa, o recorde é mais distante: vem desde 1978, quando Didier Pironi venceu com o Alpine-Renault 442 Turbo.

Foi uma corrida épica entre Porsche e Audi, com o recorde da pista a cair por duas vezes, a primeira no final da tarde, quando Filipe Albuquerque estabeleceu um tempo de 3:17,647 e depois, na manhã desde domingo, quando Andre Lotterer melhorou com 3:17,475.

As grandes desilusões, em ternos de LMP1 foram os Toyota, que nunca estiveram na discussão da vitória - rodaram sempre entre o sétimo e o oitavo posto - e sobretudo, os Nissan, que estiveram na cauda do pelotão e com o carro numero 21 a desistir no inicio da madrugada, quando perderam uma roda. O melhor deles, o numero 22, guiado por Michael Krumm, Harry Ticknell e Alex Buncombe... não se classificou, fazendo apenas 242 voltas ao circuito de La Sarthe. Ficou até atrás do Kolles de Tiago Monteiro, Pierre Kaffer e Simon Trummer, que fizeram 260 voltas... e também não se classificaram.

Na LMP2, o carro da KCMG, de Hong Kong, foi o melhor, com Nicolas Lapierre, Richard Bradley e Matthew Hownson a guiarem o Oreca 05 até ao lugar mais alto do pódio, conseguindo bater o carro da Jota Motorsport de Simon Dolan, Mitch Evans e Oliver Turvey, enquanto que na GTE-Pro, o melhor foi o Corvette de Simon Taylor, Oliver Gavin e Tommy Milner.

Na GTE-Am, parecia que o Aston Martin de Paul Della Lana, Pedro Lamy e Mathias Lauda ia a caminho da vitória, mas o canadiano despistou-se e ficaram apenas com o quarto lugar final. O grande vencedor foi o Ferrari 458 da russa SMP Racing, com Andrea Montermini e os russos Viktor Sahitar e Alexey Basov a subirem ao lugar mais alto do pódio.

No final, foi uma prova bem disputada, e foi a segunda corrida mais longa da história das 24 Horas, pois as entradas do Safety Car, apesar de terem sido poucas, estragaram a média. Mas esta é uma edição que entra na história por causa da queda do recorde de pista e do feito da marca de Estugarda.

As próximas 24 Horas serão a 18 e 19 de junho de 2016, enquanto que o Mundial de Resistência regressa à ação no final de agosto - mais concretamente a 30 desse mês - com as Seis Horas de Nurburgring.