sábado, 9 de fevereiro de 2019

CPR: Pedro Heller também vem a Fafe

Ontem falou-se por aqui que o chileno Alberto Heller iria estar presente no Rali Serras de Fafe, a bordo de um Ford Fiesta R5 para preparar a temporada no WRC2. Contudo, o seu irmão Pedro Heller também irá marcar presença na prova de abertura do campeonato nacional de ralis, também a bordo de um Ford Fiesta R5, e com Marc Martí como seu navegador.

Aos 30 anos de idade, Pedro Heller vai estar pela terceira vez em Portugal, depois das participações nos ralis de Portugal em 2017 e 2018, nesta última temporada ao serviço de um Ford Fiesta R5 no Mundial WRC2, onde ficou no quarto lugar do campeonato.

Tal como acontece com o seu irmão, ele vai fazer seis provas no WRC, e o Serras de Fafe acontecerá depois de alinhar no Cambrian Rally, na Grã-Bretanha. E com esta participação, vai alargar o pequeno contingente de pilotos estrangeiros que estará na primeira prova no Nacional de Ralis, que será liderada por Dani Sordo, piloto oficial da Hyundai e que alinhará com um i20 R5 inscrito pela Hyundai Portugal.

O rali Serras de Fafe acontece no fim de semana de 22 e 23 de fevereiro.

CPR: Pedro Almeida apresentou o seu carro

O jovem piloto Pedro Almeida, sexto classificado no Nacional de Ralis de 2018, apresentou ontem à tarde o seu projeto para a nova temporada do campeonato, com uma nova montada, um Skoda Fabia R5, preparado pela ARC Sport.

Em Famalicão, à frente do edifício da Fundação Cupertino de Miranda, o jovem piloto - que terá como navegador Nuno Almeida - o piloto espera melhorar os resultados que teve na temporada passada, embora diga que com o novo carro, haverá o habitual tempo de adaptação.

Evoluir mais uma vez é o objetivo que temos para o este novo ano. Temos um novo carro, há aqui alguma adaptação a fazer mas temos a convicção de que podemos melhorar os resultados alcançados no primeiro ano”, começou por salientar o piloto.

Hoje tivemos aqui muitos que nos apoiam e motivam. Sabemos que este ano vamos ter um campeonato mais exigente e competitivo mas o trabalho de preparação que temos feito com a ARC Sport no carro, dá-nos a expectativa de voltar a realizar uma época competitiva”, continuou.

Pedro Almeida aproveitou a ocasião para afirmar o projeto de responsabilidade social que faz questão de abraçar, onde pretende mostrar instituições de solidariedade social consideradas relevantes nas regiões onde passarão as provas do campeonato nacional de ralis.

Os ralis são um palco privilegiado para expor e alertar para causas e situações em que todos podemos ajudar. Ao longo do ano, em cada uma das regiões onde a caravana dos ralis vai passar, vamos identificar situações e instituições para, com o apoio dos nossos parceiros, ajudar de forma positiva projetos sociais de mérito e valor, que vamos apoiar e incentivar a que outros também apoiem”, continuou. 

O CPR começa nos dias 22 e 23 de fevereiro, no Serras de Fafe.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Formula E: Organização considera corrida noturna

As corridas noturnas, especialmente no Médio e Extremo Oriente, tornaram-se algo interessante, especialmente na Formula 1. Mas parece que a Formula E está a pensar em ter a sua corrida noturna, pelo menos é o que diz o site e-racing365.com. Segundo contam eles, a organização saudita pretende fazer da prova de Ad Diriyah, nos arredores de Riyadh, uma prova dupla nos dias 6 e 7 de dezembro, uma sexta e sábado, e a primeira poderá ser uma prova noturna.

A data seria ideal, pois não colidiria nem com o GP de Abu Dhabi, prova de encerramento da Formula 1, que acontecerá a 1 de dezembro, nem com as Seis Horas do Bahrein, prova do Mundial de Endurance, que acontecerá a 14 do mesmo mês.

A ideia de uma corrida noturna, ou uma corrida que comece no por do sol para terminar noite cerrada, poderia servir para mostrar algumas caracteristicas do carro da Gen2, como por exemplo, as luzes no Halo, quando os carros estão em Attack Mode.

Até agora, pilotos e responsáveis estão de acordo com essa possibilidade de uma corrida noturna, como James Barclay, responsável pela Jaguar, e Alexander Sims, piloto da BMW Andretti e companheiro de António Félix da Costa.

O conceito de uma corrida noturna no calendário da Formula E é uma proposta atraente", começou por dizer Barclay. “Espero que os promotores possam trabalhar em conjunto com a Fórmula E para fornecer energia renovável para alimentar a infra-estrutura de iluminação - isso seria positivo e um espetáculo completamente diferente para o nosso desporto.

"Do ponto de vista do piloto, provavelmente não adiciona muito ao desafio, como um Sebring ou as 24 Horas de Spa, em que você geralmente não consegue enxergar muito além do que está em seus faróis", começou por dizer Sims. “Para mim, essas experiências são as melhores para mim em termos de dirigir sempre. Há uma maior confiança na sensação e nos reflexos do intestino, porque você está trabalhando com uma pequena zona de visão. Eu adoro isso."

A Formula E volta à ação no fim de semana de 16 de fevereiro com o ePrix da Cidade do México.

CNR: Alberto Heller vai a Fafe

O chileno Alberto Heller irá participar no Rali Serras de Fafe, fazendo parte de um pequeno, mas crescente grupo de estrangeiros que farão parte da primeira prova do campeonato português de ralis. O cabeça de cartaz será Dani Sordo, que participará na prova a convite da Hyundai Portugal, alinhando ao lado de Armindo Araújo e Bruno Magalhães.

No Rali Serras de Fafe, Heller, que venceu a categoria WRC2 no passado Rali da Austrália - e foi oitavo classificado no mesmo rali - vai tripular um Ford Fiesta R5 da experiente equipa espanhola Pro Racing Competición, acompanhado pelo navegador argentino José Luis Díaz.

Heller, que também tem o seu irmão Pedro Heller a correr, irá fazer sete provas no mundial de 2019, a bordo de um Ford Fiesta R5, mas apenas Argentina e México estão confirmados.

O rali Serras de Fafe acontecerá nos dias 22 e 23 de fevereiro.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

A(s) image(ns) do dia



Como é sabido, apareceu o novo carro da Haas. Dizendo melhor, a nova decoração do carro da Haas, porque o carro novo, propriamente dito, só aparecerá no primeiro dia de testes coletivos da Formula 1, em Barcelona. O que todos andam a dizer é a decoração, negra com uns fios de dourado, a fazer lembrar os dos Lotus dos anos 70, com o patrocínio da John Player Special.

Contudo, o que tudo isto me fez lembrar é algo que aconteceu na Lotus, mas há quase 40 anos. De alguém que escolheu a Formula 1 como forma de se mostrar ao mundo a sua enorme fortuna e o seu enorme ego. É que para mim, William Storey, o homem por trás da Rich Energy, marca de bebidas energéticas - na última foto, é o senhor de barba à esquerda de Romain Grosjean - não passa de outro David Thiemme.

Já falei sobre ele por aqui, mas caso já não se recorde, volto a falar dele: Thiemme era um americano, dono da Essex, que tinha enriquecido com a comercialização de petróleo por alturas do segundo choque petrolifero de 1978-79, quando o Xá do Irão é deposto e os "ayatollahs" tomam conta do país, transformando-a numa teocracia. Thiemme tem um acordo com a Credit Suisse e no final de 1978, consegue um rendimento de 70 milhões de dólares, fazendo dele um multimilionário. 

Thiemme adora automobilismo, e ê a Formula 1 como maneira de se promover, bem como a sua empresa, e a personagem ideal é Colin Chapman, dono da Lotus. O estilo de vida de Thiemme seduz-o, numa altura em que para manter uma equipa vencedora,  o preço era de cinco milhões de dólares. E a meio de 1979, o nome e as cores da Essex aparecem nos flancos dos Lotus, e Thiemme é uma presença constante no paddock, sempre rodeado de "grid girls", de óculos escuros e um estranho chapéu negro, do qual esconde a sua calvície.

A apresentação do modelo 81 acontece no Royal Albert Hall, em Londres, e só aí, foram gastos um milhão de libras. Para terem uma ideia, a Fittipaldi gastou 750 mil para comprar a Wolf e ficar com os chassis e pagar os salários dos mecânicos e engenheiros. Para não falar das três milhões de libras que a Skol lhe pagava para as despesas e desenvolver o que viria a ser o F8. E poucas semanas depois, o segundo lugar de Elio de Angelis no GP do Brasil parecia ser indicação de que os bons tempos estavam de volta. 

Ledo engano. Na primavera de 1981, Thiemme é detido pela policia suíça quando chega a Genebra. A Credit Suisse tinha-o processado devido a divergências nos pagamentos e acusa-o de estar à margem da lei, fugindo aos impostos, por exemplo. Thiemme fica pouco tempo na prisão, as acusações são canceladas, mas a reputação da Essex fica tão abalada que poucas semanas depois, entra em falência.

Falo da história de Thiemme porque o senhor Storey lembra um pouco ele. Só que aqui, não há petróleo, mas sim bebidas energéticas. E a Rich Energy tem mais "ar" do que substância. Um pouco como o famigerado "T-Minus", do príncipe nigeriano que em 1999, decidiu comprar parte da Arrows com uma mão cheia de nada e outra de coisa alguma. Storey queria entrar na Formula 1 há mais de um ano. Primeiro, queria patrocinar, e depois, comprar a Force India. Chegou a mostrar contratos de patrocínio que tinham sido assinados, mas na realidade, pouco ou nada foi retorquido. E até agora, pouca ou nenhuma publicidade da marca foi vista, e as latas não estão à vista nas prateleiras dos supermercados britânicos, ao lado de outras marcas como a Red Bull, Monster ou mesmo Hype.

E hoje, na conferência de imprensa, Storey teve a ousadia de ambicionar bater a Red Bull, que está no mercado há mais de 25 anos. Que a formiga tem catarro, lá isso têm, mas Storey - com uma barba viking e um disico de jogador de rugby - deseja mais atenção que outra coisa, e andará a passear pelo "paddock", procurando por câmaras de filmar e máquinas fotográficas. Nada que já não se tenha isto antes. Mais um numa longa lista de personagens excêntricas que a Formula 1 já assistiu, como Thiemme ou Jean-Pierre Van Rossem, da Onyx...

É bom que a Haas não confie muito no dinheiro dele. Merece melhor.

Vende-se: Williams FW14B de 1992

Eis um carro mítico de Formula 1 à venda. Claro que não é todos os dias que se vê uma coisa destas, mas aquando se fala do Williams FW14B de 1992, o carro dominante que deu o título mundial desse ano a Nigel Mansell, não se pode deixar de lado.

O chassis, super bem preservado, esteve nas mãos de Mansell em sete Grandes Prémios, tendo vencido cinco e chegado em segundo uma vez, tendo desistido no GP do Canadá, vitima de despiste. Depois, passou para as mãos de Riccardo Patrese, companheiro de equipa de Mansell, que o usou noutras seis corridas, ajudando-o a alcançar o segundo lugar final no campeonato desse ano.  

O carro, que está desde há um tempo em mãos privadas, vai estar à venda a 5 de julho, durante o fim de semana histórico de Goodwood, e espera-se que o carro poderá ser vendido por três milhões de libras.


Formula 1 2019 (I) - A decoração do Haas VF-19

A primeira apresentação do ano... é uma decoração. A Haas mostrou no Royal Automobile Club, em Londres, as cores que vai usar na temporada de 2019, com o seu novo patrocinador, a Rich Energy, em lugar de destaque. Apesar de tudo, o carro apresentado nestas imagens é, de facto, o VF-19. Contudo, apenas no primeiro dia de testes, em Barcelona, é que se verá o bólido em ação.

Com Romain Grosjean, Kevin Magnussen e William Storey, o dono da Rich Energy, presentes na apresentação, a equipa de Benburry espera melhorar o quinto lugar alcançado na temporada passada.

"Esta é a época da temporada em que você espera ter projetos certos e poder ser competitivo de imediato", começou por dizer Haas. "O novo carro parece distinto, não só em termos de esquema de cores, mas também com as novas regras do jogo. Espero que as mudanças de design trazidas para 2019 melhorem as corridas na pista e, mais importante, nos dêem uma chance de causar mais impacto em cada Grande Prémio.", concluiu o americano.

"É importante continuarmos progredindo como equipa, e esta temporada não é diferente", começou por dizer o diretor da equipa, Gunther Steiner. "Enquanto [a temporada de] 2018 entregou a nossa melhor temporada até hoje, o ano mostrou, às vezes acentuadamente, que ainda temos áreas para melhorar como equipa", concluiu.

A Haas, como é sabido, traz um patrocinador, na figura da Rich Energy. Ela queria entrar na Formula 1 há mais de um ano, primeiro, quanto tentou adquirir a Force India, e depois neste acordo de patrocínio com a Haas. Algo do qual o seu proprietário, William Storey, ficou contente.

"Estou naturalmente feliz por finalmente ver as cores da Rich Energy e o logo do veado na Fórmula 1 com a Haas F1 Team", disse o CEO da empresa, William Storey. "A parceria com a equipa já elevou significativamente o perfil de nossa marca, e esta novidade revelará novamente o nível de mais um nível."

Storey quer alcançar rapidamente a Red Bull, algo do qual os responsáveis da equipa não descartam, mas acham que isso ainda é cedo para tal. William não esconde que a ambição será de bater a Renault e a Red Bull num médio prazo, e Steiner diz que é bom ter ambição.

"Você tem que se esforçar", começou por dizer Steiner, quando perguntado pela Autosport britânica sobre o objetivo da Red Bull. "Se você não tem objetivos, nunca consegue nada. Fora do caminho eu não direi, William pode falar melhor sobre isso do que eu, porque eu não sou um especialista em bebidas energéticas. Mas com certeza é uma ambição", continuou. 

"Eles [Red Bull] são bons na competição. Mas você nunca sabe. No ano passado eu acho que nós tínhamos o quarto carro mais rápido e terminamos em quinto. Então o próximo [no ritmo] foi o Red Bull. Podemos tentar. Se conseguirmos ou não, eu não sei, mas se você não tentar, então com certeza você não o conseguirá. Por que você faria isso se você não colocasse a fasquia alta?", concluiu.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

The End: Dr. Robert Hubbard (1938-2019)

O médico e professor Robert Hubbard morreu ontem à noite no Michigan, aos 80 anos de idade. E quem era ele? Nada mais, nada menos, que um dos inventores do HANS, o dispositivo que os pilotos usam para proteger a cabeça e pescoço de embates fortes que possam causar fraturas basais do crânio, muitas das vezes fatais.

Professor de ciência e mecânica de materiais na Michigan State University, Dr. Robert Hubbard tinha trabalhado nos anos 70 do século passado na General Motors, ajudando na construção de "crash test dummies" para poder medir a dinâmica dos corpos em situações de colisão. Foi graças a essa pesquisa que completou o seu doutoramento em propriedades mecânicas.

Contudo, o motivo para que se começasse a pesquisar por um dispositivo como o HANS aconteceu em 1981, devido a um acidente trágico. Durante a prova de Mid-Ohio, da IMSA, Patrick Jacquemart, que guiava um Renault 5 GT Turbo, sofreu um forte impacto contra o muro, que causou a sua morte, vítima de uma fratura basal no crânio. Jacquemart era amigo de Jim Downing, que por sua vez era cunhado de Hubbard, e juntos começaram a discutir um método de fazer manter o crânio no seu lugar em situações como esta, onde as forças centrifugas são bem superiores aos que o corpo suporta.

O trabalho deu os seus frutos em 1985, quando foi criado o primeiro dispositivo para segurar a cabeça e o pescoço (HANS,  na sua legenda inglesa), e no ano seguinte, Downing foi o primeiro a usá-lo. Apesar das resistências iniciais por parte da comunidade automobilística, foi o trabalho feito com engenheiros acadêmicos da Universidade Wayne State, em Detroit, ajudaram Hubbard a compilar trabalhos de pesquisa que demonstraram formalmente o valor do HANS.

O primeiro exemplar foi vendido em 1991 e marcas como a General Motors e a Ford ajudaram no seu desenvolvimento. 

Quem também começou a se interessar pelo dispositivo foi o Dr. Syd Watkins, que após os acidentes de Imola, em 1994, soube que este dispositivo poderia ajudar imenso na segurança dos pilotos. As primeira experiências aconteceram em 1995, mas foi apenas em 2002 que a FIA aprovou o dispositivo, para entrar em vigor na temporada seguinte. Já nessa altura, a CART e a NASCAR também usavam, mas não de forma obrigatória. Apenas quando Dale Earnhardt morreu, nas 500 Milhas de Daytona de 2001, e se descobriu que o seu ferimento fatal tinha a ver com uma fratura na base do crânio, fez com que o HANS se tornasse obrigatório em todas as disciplinas do automobilismo, quer na América, quer no resto do mundo.

Hoje em dia, as resistências já dissiparam há muito, e todos reconhecem a importância de um dispositivo destes na diminuição dos acidentes graves e mortais no automobilismo. E esse trabalho de pioneiros como o Dr. Robert Hubbard merece ser recordado. Ars lunga, vita brevis.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Mallya vai ser extraditado para a Índia

O indiano Vijay Mallya, uma das maiores fortunas da Índia e até ao verão passado o dono da Force India, soube esta semana que perdeu no Tribubal de Westminster o seu processo para impedir a sua extradição para a Índia, onde teria de responder por acusações de fraude devido à falência de Kingfisher Air, em 2013.

Desde então, os credores perseguem Mallya, fazendo pressão nos tribunais indianos para que seja emitido um mandado de prisão. No inicio de 2015, ele refugiou-se na Grã-Bretanha, e só agora, destes processos parecem terem surtido efeito, com o governo britânico a concordar com a ordem de extradição, onde o empresário enfrentará várias acusações de fraude e lavagem de dinheiro.

Mallya, porém, insiste que ele é o alvo de uma “caça às bruxas” motivadas por cunho político e confirmou sua intenção de recorrer.

Depois que a decisão foi proferida em 10 de dezembro de 2018 pelo Tribunal de Magistrados de Westminster, afirmei minha intenção de apelar. Eu não poderia iniciar o processo de recurso antes de uma decisão do Ministério do Interior. Agora vou iniciá-lo”, escreveu na sua conta oficial do Twitter.

Mallya comprou a Spyker em 2007 por 75 milhões de libras, rebatizando-a de Force India em 2008, e ficando com ela para as onze temporadas seguintes. Durante esse tempo, teve uma pole-position, cinco voltas mais rápidas e seis pódios, alcançando como melhor resultado dois quartos lugares no campeonato de Construtores, em 2016 e 2017.

CPR: Apresentado o Rali Serras de Fafe

Foi apresentado nesta segunda-feira à tarde, na câmara Municipal de Fafe, o Rali Serras de Fafe, prova de abertura do campeonato nacional de ralis. Com a presentça de Ni Amorim, o presidente da FPAK, Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, bem como Carlos Cruz, o presidente da DemoPorto, que organiza este rali, e o autarca de Fafe, todos referiram as alterações em relação ao percurso do ano passado, como o regresso de troços como o de São Pedro, e a chegada de Aboim, na zona de Vizela. E claro, a organização não deixou de falar sobre a presença de Dani Sordo nesta prova e também apelou para a segurança do público nos troços. 

Acrescento que é muito bom em termos desportivos, termos a presença do Dani Sordo e sabemos que onde está o Sordo estão, normalmente muitos espanhóis e assim teremos que reforçar segurança. Apelo mais uma vez aos órgãos de comunicação social para apelarem à segurança, para apelarem ao público, para que se mantenha nos locais seguros”, começou por dizer.

Na Sexta-feira teremos a novidade do traçado da Fafe Street Stage que começa pelas 21.00 horas. Arranca com o Campeonato de Ralis Norte de Ralis e termina com os participantes do Campeonato de Portugal de Ralis", continuou. 

"No Sábado realiza-se Ruivães com novo traçado. São Pedro, que já não se faz há muito, regressa à prova e vamos ter o troço Aboim/Vizela, que começa em Aboim, passa pelo rio Vizela e regressa à mesma localidade de Aboim, onde termina. À tarde teremos os clássicos Montim e Lameirinha e esperamos terminar às 17.30, em Fafe, com uma grande festa na Praça do Município”, rematou o homem do Demoporto.

Já Ni Amorim, o presidente da FPAK, realçou na sua intervenção a importância do Serras de Fafe para o campeonato nacional de ralis.

É o primeiro Rali do Campeonato e por isso é um momento muito importante, pois o que se passa em Fafe serve de barómetro para o que se vai passar no resto da época. Ano passado foi assim e chegamos ao Algarve com praticamente o mesmo número de carros que tivemos em Fafe e com três pilotos a disputarem o título.

Ní Amorim realçou ainda a presença de Dani Sordo: “Este ano temos o Dani Sordo, o que é muito bom, pois temos um ponto de referência para os portugueses e contamos ter ainda mais espanhóis do que o normal e mais notoriedade a nível internacional. Ora, isto é bom para o Rali, para o desporto, para a região e para a economia.

O Presidente da Câmara Municipal de Fafe, Raúl Cunha, reforçou o apelo à segurança e explicou o porquê da necessidade de alterar o traçado da Fafe Street Stage. 

Este ano é o terceiro em que fazemos a street stage. É uma prova muito bem aceite, trouxe muitos visitantes a Fafe, embora tenha criado algumas perturbações no funcionamento da cidade. Queremos fazer um percurso que traga o rali ao centro da cidade, mas não perturbe o seu bom funcionamento. Este ano a Fafe Street Stage passa mais perto do parque da cidade e dessa forma deixa o centro mais livre, para que a cidade funcione. A nossa preocupação com o desenvolvimento do rali e com o bom funcionamento da cidade obrigou-nos a estas alterações e acreditamos que o espectáculo não vai sair prejudicado”, afirmou.

O rali Serras de Fafe irá acontecer nos dias 22 e 23 de fevereiro.

Formula E: Felipe Naser correrá pela Dragon

O brasileiro Felipe Nasr será o quarto piloto do seu país a participar na Formula E, ao lado de Nelson Piquet Jr, Lucas di Grassi e Felipe Massa. O piloto de Brasília correrá pela Dragon a partir da corrida da Cidade do México, no lugar de Maximilian Guenther. O brasileiro já deveria ter-se juntado à Dragon nos treinos após o ePrix de Marrakesh, mas não aconteceu devido a questões contratuais.

A idéia é de ficar para o resto da temporada, mas a 13 de abril, o fim de semana do ePrix de Roma, coincide com uma corrida da IMSA em Long Beach, logo, os compromissos poderão o impedir de alinhar pela equipa de Jay Penske, o que poderá fazer com que Guenther volte a correr.

Nasr, de 26 anos, correu na Formula 1 entre 2015 e 2016, pela Sauber, onde alcançou 29 pontos e teve como melhor lugar um quinto posto no GP da Austrália de 2015. Atualmente está no WeatherTech SportsCar Championship, o nome comercial da IMSA, pela Whelen Engeneeering Racing, tendo sido segundo classificado nas duas últimas edições das 24 Horas de Daytona.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Youtube Rally Testing: O teste de Marcus Gronholm para a Suécia

Suécia já é "amanhã" - na realidade, é dentro de semana e meia - mas já se preparara há muito tempo pela prova. E a melhor prova disso é Marcus Gronholm, que aos 51 anos, vai fazer a sua reaparição no WRC, a bordo de um Toyota Yaris WRC. Eis um video desses testes, tirado este domingo.


Noticias: Extreme E têm interessados

Alguns dias depois do lançamento da Extreme E, as construtoras não estão muito entusiasmadas com a ideia dessa competição extrema em lugares longe da civilização, onde estão em perigo devido às alterações climáticas. Contudo, Alejandro Agag afirma estar em conversações com nove construtoras com vista a participar na competição, que arrancará algures em 2020.

"Esses nove fabricantes são todos muito sérios e muito grandes", começou por dizer Agag à imprensa, na conferência de imprensa da apresentação da competição, que aconteceu a bordo do RMS St. Helena.

"Eles são nove dos suspeitos do costume, mas eu não sei quantos estão realmente sérios ou não. Estamos em conversas muito preliminares com algumas que foram realmente interessantes”, concluiu.

Segundo conta o site e-racing365.com, por agora, nenhuma equipa que participa na competição ainda decidiu entrar na Extreme E, Mas a Audi ABT e a Andretti já disseram que pensam na ideia. Contudo, outras, como a NIO, Jaguar, e BMW já disseram não estarem interessados.

Jens Marquardt, diretor desportivo da BMW, diz que a melhor estratégia para o fabricante alemão é manter por enquanto um olho na maneira como o campeonato se desenvolve.

Se você olhar para que tipo de carros estão chegando como e-carros, os SUVs estão chegando agora. Eu posso ver o ponto e o conceito [do Extreme E] com certeza é interessante”, ele disse ao e-racing365.

Estamos felizes com a nossa parceria que temos na Fórmula E e estamos felizes com a maneira como as coisas passaram do parceiro de segurança e veículo agora para a entrada completa. Para nós esta plataforma leva toda a nossa atenção. Então vamos ver o que vai acontecer, mas não temos que ser os principais impulsionadores [do Extreme E]".

WEC: ACO ajuda na construção da primeira equipa a hidrogénio

Quase um ano depois da apresentação do H24, projeto da Green GT e apoiada pelo Automobile Club de L'Ouest, o projeto vai avançar com a constituição de uma equipa, a H24 Racing, com a ideia de ajudar à introdução deste tipo de carros, em 2024. 

A criação de uma equipa de competição é sempre acompanhada de emoção, entusiasmo e curiosidade“, começou por afirmar Pierre Fillon, presidente do ACO. “Hoje, com a chegada do H24Racing ao mundo do automobilismo, não posso esconder uma certa satisfação. Esta equipa incorpora o trabalho de uma entidade, a GreenGT, que adquiriu ao longo dos anos uma experiência inegável na investigação, desenvolvimento e implementação no universo da mobilidade, dos sistemas de propulsão de hidrogénio de alta potência", continuou.

Em 2012, quando o Campeonato Mundial de Endurance da FIA recebeu os primeiros protótipos híbridos, Endurance liderou o caminho. Foi pioneiro.” diz Gérard Neveu, diretor geral da WEC e da ELMS. “Hoje, com o MissionH24 e H24Racing, a expressão desportiva das crenças do ACO e da GreenGT sobre hidrogénio, os nossos campeonatos entrarão numa nova dimensão. Eles vão ser o banco de testes, a base de lançamento para atingir o objetivo declarado MissionH24: uma categoria de hidrogénio nas 24 Horas de Le Mans em 2024", concluiu.

Cinco épocas e alguns meses nos separam das 24 Horas de Le Mans em 2024”, disse Jean-Michel Bouresche, diretor da H24Racing. “Cinco temporadas durante as quais a H24Racing participará em eventos de média e longa distância para testar a tecnologia de hidrogénio, com o protótipo LMPH2G. Alimentado por um módulo de energia elétrica e hidrogénio de alta potência, criado pela GreenGT, o LMPH2G acaba de completar a primeira fase de seu desenvolvimento, durante a qual sua configuração técnica foi definida. A segunda fase, que se abre agora, é uma busca por desempenho, velocidade e resistência. A terceira fase, que começará no decorrer de 2019, fará com que o LMPH2G enfrente adversidades, em competição, sob as cores do H24Racing. É o futuro do automóvel que vamos escrever“, concluiu.

Resta saber quando é que se estreará, e se aproveitará a chance de usar a Garagem 56, para fazer uma participação extra-competição nas 24 Horas de Le Mans a partir de 2019.

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Youtube Motoring Cult: O culto ao DeLorean

A DeLorean foi uma marca que durou pouco tempo, entre 1978 e 1982, e apenas montou um modelo numa fábrica em Dunmurry, na Irlanda do Norte. E a história do John Z. DeLorean, que inventou o conceito do "muscle car" e em vez de ser o presidente da General Motors, decidiu montar a sua própria marca, é algo digno de um filme de Hollywood.

E neste domingo, dei por mim a ver este artigo da Vox sobre o carro e o culto que causou, muito por culpa do filme "Regresso ao Futuro" de 1985, pouco menos de três anos depois do último carro ter saído da linha de produção da fábrica em Belfast. E longo, mas vale a pena. 

E agora, Dakar?

O ano de 2019 vai marcar uma estreia. Pela primeira vez em quarenta anos, o Rali Dakar foi realizado num só país. Com partida e chegada a Lima, o Rali Dakar foi curto - onze dias - mas bem duro, onde as dunas de areia foram reis e senhores. E claro, os melhor adaptados foram os vencedores, logo, o triunfo de Nasser al Attiyah é de uma certa forma, natural.

Contudo, até cerca de três meses antes, a realização deste Dakar esteve em dúvida. Não havia mais países dispostos a o receber para além do país dos Incas, e o cancelamento esteve a pairar sobre as cabeças dos responsáveis da ASO (Amaury Sports Organization). No final, foi o governo peruano que desembolsou cerca de quatro milhões de dólares, através do seu ministério do Turismo, que assegurou a realização desta edição. 

No final, em Lima, Etiénne Lavigne, o diretor da prova, confessava não ter muitas ideias sobre a edição de 2020. Numa conversa com os jornalistas, Lavigne disse que está "super difícil falar sobre o futuro, porque a situação na América do Sul mudou dramaticamente, e negativamente, ao longo de vários anos. Até 2016/17 havia uma série de países para sediar o evento e hoje há condições económicas complicadas na Argentina, Chile ou Peru, que dificultam as intenções dos líderes políticos. O Dakar é um evento desportivo, mas a sua exposição mediática não é suficiente para um líder político quando tem que reduzir despesas."

(...)

Onze anos depois do polémico cancelamento em Lisboa, que resultou na ida do Dakar para a América do Sul, a competição chegou a um impasse. As crises em alguns países latino-americanos, que resultou no cancelamento das verbas para esta competição, fez que a competição tenha estado em dúvida até relativamente pouco tempo antes do inicio da competição.

No final desta edição, várias hipóteses se colocam em cima da mesa, quase todas em África. O governo argelino já convidou a ASO para ver a chance do regresso do rali a um lugar onde não está desde 1991, e nos últimos dias, a imprensa angolana fala na chance do Dakar correr na África Austral, na zona entre esse país, Namibia, Botstwana e África do Sul, provavelmente até à Cidade do Cabo ou Durban.

Tudo isto e muito mais, pode ser lido este mês no Nobres do Grid.

Youtube Motorsport Race: O ePrémio de Santiago, na íntegra

Uma semana depois de acontecer, a Formula E disponibilizou no seu canal de Youtube a corrida de Santiago do Chile, terceira prova do campeonato, que deu o terceiro vencedor diferente do campeonato, o britânico Sam Bird, a bordo do seu Virgin. Foi uma corrida disputada debaixo de imenso calor e com muitas desistências, algumas por causa da falta de aderência do cimento e do asfalto, que chegou a quebrar em algumas partes.

Assim sendo, eis a corrida na sua íntegra, narrado em inglês por Bob Varsha e Dário Franchitti.