sábado, 23 de fevereiro de 2019

A imagem do dia

Fernando Alonso, ontem, sentando-se no cockpit do Dallara que vai guiar nas 500 Milhas de Indianápolis de 2019. Dois anos depois da primeira experiência, lá está o piloto espanhol na sua segunda, esperando ter melhor sorte.

O sorriso diz muita coisa: está ansioso pelo desafio, depois dos anos mais frustrantes que passou na McLaren, na Formula 1, que não foi muito bem compensado, nem com a sua vitória nas 24 Horas de Le Mans, no ano passado.

É preciso afirmar o que vai ser a aventura do regresso da McLaren à IndyCar, quarenta e um ano depois da última participação. Não vai ser a tempo inteiro e terá motores Chevrolet. Quem liderará esta aventura será Bob Fernley, ex-Force India. Tudo isto será uma experiência, adiante de uma passagem a tempo inteiro em 2020, desconhecendo se Alonso andará por ali como piloto, ou outro será contratado para esse lugar... ou lugares.

Se formos a ver como foi o impacto de Alonso há dois anos, decerto que a América está expectante para ver como será. Provavelmente, muitos torcerão para que ele seja tão bem sucedido como foi em Le Mans, e no inicio deste ano, em Daytona. Não se sabe se este vai ser um grande ano para o piloto das Astúrias, mas pelo que se vê, é alguém que adora automobilismo, e vai experimentar um pouco de tudo para enriquecer o seu palmarés. E tem mais coisas para ele experimentar, desde o Bathurst 1000 até à Formula E, por exemplo...  

CPR 2019 - Rali Serras de Fafe (Final)

Dani Sordo chegou, viu e venceu com sobras. Um minuto e 14 segundos de avanço sobre o segundo classificado, o algarvio Ricardo Teodósio, foi o que fez o piloto espanhol, nesta sua incursão a bordo de um R5 providenciado pela Hyundai Portugal, num campeonato cada vez mais competitivo, com mais de 25 carros dessa mesma classe, com alguns, como Pedro Meireles, a estrear a sua nova montada, um Volkswagen Polo R5.

No final, entre os portugueses, o melhor foi Ricardo Teodósio, no seu Skoda Fabia R5, que acabou com um avanço de dez segundos sobre Miguel Barbosa, noutro Skoda Fabia R5. Ambos ficaram na frente de Ricardo Moura, também num Skoda Fabia R5, a um minuto, 29,5 segundos.

"Ontem fiz um "tête" no primeiro troço e perdemos logo cerca de dez segundos. Depois, fomos a recuperar nos troços seguintes, a ser o melhor entre os portugueses - o Dani Sordo é quase impossivel de apanhar. Hoje viemos sempre a atacar forte, excepto nos dois últimos troços, porque o carro ficou com um problema de caixa", afirmou.

Depois das quatro especiais de ontem, dia de hoje era longo, pois tinham na frente as restantes dez especiais de classificação. Começava logo de manhã por passagens duplas por Ruivães, São Pedro e Aboim/Rio Vizela. Todas elas foram vencidas por Sordo, com Armindo a ser melhor português, batendo Teodósio e o chileno Alberto Heller em Ruivães, enquanto Ricardo Moura era oitavo, perdendo 10.3 segundos e cedendo o segundo posto da geral ao piloto algarvio.

Em São Pedro, com Sordo a limpar a estrada... e a vencer, Armindo continuou a ser o melhor, batendo Miguel Barbosa por pouco mais de quatro segundos. Alberto Heller era o quarto, a 5,3 segundos, na frente de Ricardo Teodósio, a 5,8. Ricardo Moura era nono, perdendo onze segundos, e tudo por causa da sua ordem na estrada, e tinha o terceiro posto em perigo. Armindo Araújo perdeu mais tempo devido a um pião, que obrigou o seu navegador a sair do carro e empurrarm porque a marcha atrás não engrenava... 

Quanto a Moura, a abertura na estrada voltou a prejudicá-lo em Aboim/Rio Vizela, sendo oitavo, perdendo 10,5 segundos e caindo para o quinto posto da geral. Mas nessa mesma especial, Ricardo Teodósio fora segundo e mantinha o mesmo lugar na geral, agora a 31,7 segundos de Sordo.

Nas segundas passagens pelas mesmas classificativas, a partir do PEC8, Sordo dominava e a luta pelo melhor português parecia ir para Teodósio, logo, o maior motivo de interesse tinha a ver com o lugar mais baixo do pódio. E aí, Armindo Araújo teve um problema que os fez perder mais de meio minuto, acumulado com os que já tinham tido antes. Com isso, caiu para o sexto posto. 

"O nosso acelerador ficou no máximo, não sabíamos o que era, tivemos de parar o carro no troço várias vezes, viemos a descobrir que se soltou uma bomba de ar como das bicicletas, não conseguiamos acelerar, o pedal ficava no máximo, perdemos muito tempo", disse o piloto de Santo Tirso.

Na segunda passagem por São Pedro, a diferença entre Teodósio e Barbosa era agora de vinte segundos na geral, embora tenha sido este último o melhor entre os portugueses. Ricardo Moura a não sofria com a abertura na estrada, mas foi sexto na especial, a 5,9 segundos do vencedor, e tinha Barbosa em mira, com Bruno Magalhães e José Pedro Fontes atrás de si.

E era essa esperança que tinha o piloto do Citroen C3 R5. "Nas segundas passagens o carro funcionou muito bem, estamos satisfeitos com o carro nessas condições e penso que entramos na luta do que seria normal. Agora temos uma pequena hipótese de chegar ao pódio nacional, vamos tentar.", comentou, no final desta especial.

Na segunda passagem por Aboim/Rio Vizela, continuava a luta Barbosa-Teodósio, mas a vantagem mantinha-se na casa dos vinte segundos, e o piloto algarvio estava cada vez mais perto da vitória. 

Pela tarde, com as passagens duplas por Montim e Lameirinha, com o famoso Salto da Pedra Sentada, houve a primeira especial vencida por um local, quando Armindo Araújo bateu Sordo por 1,5 segundos, e ainda por cima, Moura empatou com o piloto espanhol. Teodósio foi quarto, a 5,6, mas o que lhe interessava era ficar na frente de Barbosa, que na especial tinha sido 11º, perdendo 11,1 segundos, e aumentando para 25 os segundos que tinha para Teodósio. E Ricardo Moura aproximava-se...

Nessa mesma especial, Pedro Meireles acabava por desistir com o seu Volkswagen, quando seguia na oitava posição.

Armindo continuava a ser o melhor português na Lameirinha, de novo vencida por Sordo com 2,7 segundos de vantagem, enquanto Teodósio era terceiro, mais veloz que Moura, o quarto na especial. Barbosa era quinto, na frente de Fontes e Bruno Magalhães.

As duas últimas classificativas vieram simplesmente confirmar a vitória de Sordo e o segundo posto - e a vitória nacional - a Teodósio. Ambos foram primeiro e segundo na penúltima especial, e na última, o piloto algarvio perdeu tempo, mas não teve o segundo lugar em perigo.

No final, questionado sobre esta vitória, o piloto algarvio afirmou: "A primeira já cá está, agora vamos a ver se conseguimos mais. Foi bom, fiquei contente com o andamento".

Depois dos três primeiros, Ricardo Moura foi o quarto, enquanto José Pedro Fontes foi o quinto, a 1.56,8 segundos, na frente de Bruno Magalhães. Armindo Araújo foi sétimo, a dois minutos, 29,5 segundos, na frente dos irmãos Heller, com Alberto a ser melhor que Pedro. Pedro Almeida, no seu Skoda Fabia R5, fechu o "top ten", a 3.40,8 segundos.

Agora, máquinas e pilotos rumam aos Açores, onde dentro de um mês acontece o rali local, que também conta como prova de abertura do Europeu de Ralis.

Lauda: Não há data de regresso, diz filho

Aos 70 anos de idade, celebrados ontem, e a recuperar do transplante pulmonar que foi sujeito em julho, Niki Lauda pretende voltar o mais depressa possível à sua vida normal como um dos diretores da Mercedes na Formula 1, ao lado de Toto Wolff. E é isso que o seu filho mais velho disse sobre o seu estado de saúde.

Ele está a lutar como um leão. Ele quer voltar à vida normal o mais rápido possível. Não há limite de tempo, o importante é que o seu corpo regresse à sua antiga força”, disse o filho Mathias à agência de notícias DPA.

Mathias, de 38 anos e também piloto - corre atualmente na Endurance ao lado de Pedro Lamy e Paul della Lana num Aston Martin na categoria GTE-Am - disse que a ideia de voltar já em fevereiro era "cedo demais, mas esperamos para ver".

Lauda esteve cerca de dois meses internado após a cirurgia, e em dezembro esteve alguns dias internado devido a uma gripe, mas nada disso até agora afetou a sua recuperação do transplante pulmonar.

CPR 2019 - Rali Serras de Fafe (Dia 1)

Dani Sordo está a tomar conta do Rali Serras de Fafe, prova de abertura do campeonato português de ralis. O piloto espanhol da Hyundai tem um avanço de 18,1 segundos sobre Ricardo Moura, o melhor português, num Skoda Fabia R5. Ricardo Teodósio é o terceiro na prova, não muito longe do piloto açoriano, a 19,6 segundos.

Com 26 carros R5 e Dani Sordo cabeça de cartaz, este Serras de Fafe começava com três especiais de classificação, acabando o dia com uma passagem dupla por Fafe, numa "street stage". O espanhol, piloto oficial da Hyundai, era sem dúvida do favorito à vitória, e começou a confirmar logo na primeira especial, a primeira passagem por Luílhas, dando 6,4 segundos a Ricardo Moura, o único capaz de o acompanhar. Armindo Aráujo era o terceiro, a 8,2 segundos, enquanto Miguel Barbosa era o quarto, a 8,8 segundos. Ricardo Teodósio era apenas o quinto e perdia 12,9 segundos e Bruno Magalhães 14,9, na frente do melhor Citroen, o de José Pedro Fontes, a 16,5.

Na segunda passagem por Luílhas, Sordo voltava a vencer, mas apenas abria 3,8 segundos sobre Teodósio e 6,9 sobre Moura. Miguel Barbosa era quarto, a 13,3.

No inicio da noite, em Fafe, fazia-se a "Street Stage", com duas passagens pelo centro da cidade. Na primeira passagem, Sordo era o melhor, 0,9 segundos na frente de Teodósio e 1,7 sobre Ricardo Moura, enquanto na segunda, o espanhol voltava a ser o melhor, agora com 2,1 segundos na frente do piloto algarvio.

Depois dos três primeiros, Miguel Barbosa é o quarto, a 27,4 segundos, na frente de Armindo Araújo, quinto no segundo Hyundai, a 39,6, igual que... o seu companheiro de equipa, Bruno Magalhães. Sétimo era José Pedro Fontes, a 41,2 segundos, com Pedro Meireles mais distante, a quase um minuto. A fechar o "top ten" ficaram o chileno Alberto Heller (a 1.01,1) e o espanhol Alenxander Villanueva (a 1.07,7)

O Serras de Fafe termina amanhã, com a realização das restantes dez especiais.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Youtube Rally Stage: A Street Stage de Fafe, em direto

O rali Serras de Fafe teve este noite com a dupla passagem no Street Stage em Fafe e eles estão a transmitir em direto no Youtube... vale a pena.

A imagem do dia

Niki Lauda durante o fim de semana do GP da África do Sul de 1977, em Kyalami, o palco da sua primeira vitória após o seu acidente no circuito de Nurburgring, oito meses antes.

No dia em que Niki Lauda comemora o seu 70º aniversário natalício, é altura de recordar um episódio que, à vista de todos, é pouco lembrado: a temporada de 1977, o seu bicampeonato, as tensões com Enzo Ferrari e a sua saída para a Brabham. Já tinha visto há umas semanas esta entrevista a Graham Bensinger, e conhecia esta história, mas acho que esta era a altura ideal para falar dela.

Como todos sabem, Lauda ia a caminho do bicampeonato em 1976 quando teve o seu acidente quase fatal no Nurburgring Nordschleife. Muitos pensavam que ele iria morrer, e quando acabou por sobreviver, muitos pensavam que ele não voltaria a correr. Quando ele voltou ao cockpit de um carro, 40 dias depois, no fim de semana do GP de Itália, muitos pensavam que ele não iria mais ser o mesmo, incluindo Enzo Ferrari. Foi por isso que contratou Carlos Reutemann, convencido que ele seria mais lento. E quando ele perdeu o campeonato no Japão, nas circunstâncias que todos sabem, as dúvidas aumentaram ainda mais.

Já agora, sobre Fuji, um pormenor interessante: Lauda não conseguia piscar os olhos por causa das queimaduras que lhe afetaram a pele. Do lado esquerdo, nada. Do lado direito, era muito mal. Ao fim de uma volta, e com a condensação do ar, entre outras coisas, ele não teve outra hipótese senão encostar e sair do carro. Não foi só opção, também havia problemas de saúde.

Ferrari manteve o austríaco em 1977, com Clay Regazzoni a ir para a Ensign, e a vitória do argentino no Brasil parecia ter reforçado a ideia de que Lauda iria ser um ator secundário. Mas quando venceu, em Kyalami, na África do Sul, essa ideia começou a esbater. Lauda não era mais veloz, mas era consistente, algo do qual nunca deixou de o ser. E foi com essa consistência que lhe deu, no final de agosto, o bicampeonato.

Mas nessa altura, a relação com Ferrari já estava degradada. Lauda achou que o "Commendatore" o tinha deixado ficar mal na altura em que mais necessitava, e sabia que nada estava como dantes. Assim sendo, decidira ir embora. E falara com Bernie Ecclestone para correr na Brabham em 1978, a troco de um milhão de dólares por temporada, o que era muito. Nessa altura, para seres campeão do mundo, uma equipa precisava de três a cinco milhões.

Lauda exigiu esse dinheiro a Ferrari, o que recusou, mas só fez isso quando ele já tinha o contrato com a Brabham. Assim sendo, depois de uma reunião tensa, ambos as partes seguiram a sua vida, e no dia a seguir ao GP de Itália de 1977, Lauda comunicou ao mundo que iria levar o numero um para a Brabham em 1978. Lauda disse que "saiu leve que nem uma pena", mas agora diz que foi um erro por causa do que aconteceu na Brabham.

E é o que sabemos: após uma temporada de 1978 onde venceu duas corridas e foi quarto no camponato, atrás dos "imbatíveis" Lotus e do Ferrari de Carlos Reutemann, em 1979, a temporada foi abismal, o que levou à sua primeira retirada da Formula 1, no final dessa temporada. E ao ver o que aconteceu nessas duas temporadas, era provável que poderia ter alcançado dois títulos mundiais pela Scuderia e ser o mais bem sucedido piloto da sua geração. Mas não aconteceu.

Mesmo assim, é altura de lhe desejar os parabéns. Herzlich gluckwunsh, Niki! 

CPR: Campos elogia pelotão nacional

Miguel Campos não vai alinhar no Serras de Fafe, mas ele não se coíbe de elogiar o atual pelotão do Campeonato Nacional de Ralis. Em declarações à Agencia Lusa, ele pretende alinhar mais tarde no campeonato, que terá agora em Fafe 26 carros da classe R5.

"O campeonato está muito aliciante. Há uma euforia enorme", começou por dizer Campos, campeão nacional em 2002, à Agência Lusa. "Os carros que permitem lutar pelos primeiros lugares estão a preços mais acessíveis e a própria manutenção não é a mesma dos WRC, que era muito elevada. Isso atrai muitos investidores que compram carros para depois os alugar", explicou.

Campos disse que entre as provas em que irá alinhar conta-se o Rali de Portugal, embora não se saiba em que máquina. Na sua última participação, em 2017, alinhou a bordo de um Skoda Fabia R5. E deu umas ideias sobre orçamentos que se praticam nas nossas bandas. 

"Cada R5 custa cerca de 260 mil euros novo e um piloto, numa época, para andar nos lugares da frente, gasta mais 300 ou 400 mil euros em peças e testes, para ter uma fiabilidade constante", concluiu. 

O Rali Serras de Fafe arranca esta tarde.

Vende-se: Lamborghini Diablo V12 de 1991

No catálogo de vendas de super-carros, hoje temos um Lamborghini Diablo V12 de 1991, cor vermelha, que vai ser vendida pela RM Sotheby's, em Amelia Island, nos Estados Unidos. O carro não tem mais que 20 mil quilómetros contabilizados - muito pouco para um automóvel com 28 anos e tem a particularidade de ter tudo um único dono: Mário Andretti.

Verdade. O italo-americano, campeão do mundo em 1978, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis nove anos antes, e campeão da CART por três vezes, a última das quais em 1984, e claro, com uma enorme carreira na Formula 1, correndo entre 1968 e 82, pela Ferrari, Parnelli, Lotus e Alfa Romeo, teve uma carreira bem longa nas corridas americanas, pilotando até 1994 na CART.

E claro, é provável que queria ter mais espaço na sua garagem, para vender este "Lambo", porque dinheiro não é assim muito. Prevê-se que o carro (lote 113) seja vendido entre os 150 mil e os 175 mil dólares no leilão... se tiver compradores.

Já agora, vi isto primeiro no Quatro Rodas e um Volante.

Youtube Rally Testing: O teste de Dani Sordo para o Serras de Fafe

A poucas horas do inicio do campeonato nacional de Ralis, com o Serras de Fafe, mostro-vos este video do Pedro Figueiredo pode-se ver Dani Sordo a aplicar-se a fundo, a bordo de um Hyundai i20 R5.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

As primeiras conclusões de Barcelona

Já acabaram os primeiros testes coletivos em Barcelona, mas as equipas de Formula 1 não se vão embora do paddock porque na segunda-feira há mais, para a segunda bateria de testes, preparando-se para Melbourne, para a primeira prova do ano.

Toda a gente tinha os olhos postos em... todas as equipas, sejamos honestos. Mas uns mais que outros. Todos queriam saber se a Mercedes iria dominar ou iria esconder o jogo, concentrando-se nos "stints" para a corrida, tão importantes como fazer meia dúzia de voltas rápidas na qualificação, por exemplo. Também iriam ver como é que a Ferrari se comportaria, eles que nos últimos dois anos se esforçaram para deslojar a Mercedes do pedestal, para falharem, muitas das vezes de forma espectacular, à frente de milhões, nas largadas de certos Grandes Prémios. E em 2018, ver Sebastian Vettel a derreter-se à frente de todos fizeram com que muitos "entendidos" o atacassem, afirmando ele não ter estofo de campeão. Sim... 

E agora, claro, essa gente torce para que Charles Leclerc se agigante e "coma de cebloada" o alemão. Não estou a brincar, e verdade. Há quem torça por Leclerc só porque querem a queda de Vettel. E parece que há uma razão para isso, depois falo um pouco mais abaixo.

Mas também há quem esteja curioso sobre a Red Bull e a Toro Rosso, porque este ano têm motores Honda. E claro, a McLaren e a Renault, por causa dos seus motores... Renault. E a Sauber Alfa Romeo, que este ano se tornou numa "equipa B" da Scuderia, como como chamo agora, "a mãe da Ferrari".

Mas depois, temos a Williams. Que toda a gente acompanhou nestes últimos dias a sua saga, do chassis que não ficou a pronto a tempo, e que pode ter sido tão mal nascido que os membros da Williams chegaram a um ponto de ruptura com a estrutura dirigente, nomeadamente Claire Williams e Paddy Lowe. Expliquei por aqui, num post que se tornou no mais lido do ano... até agora

Hoje, o Williams rodou a sério, com Robert Kubica ao volante. Vai ser o grande regresso da Formula 1 numa década, desde o regresso de Michael Schumacher em 2010, e a sua competência em testar e arranjar chassis vai ser mais necessária do que nunca. É que se todos os defeitos se revelarem, então teremos grandes problemas. Ver uma Williams virar, não uma Minardi, mas uma Andrea Moda da vida, é um triste fim para os pergaminhos de uma equipa sete vezes campeã do mundo de Construtores, a primeira dos quais há quase 40 anos, com Alan Jones ao volante.

Voltando à Ferrari, de uma certa maneira, parece ser um chassis equilibrado, durável e não mudou de performance em relação ao ano passado. O problema é a concorrência. Parece que a Mercedes caiu de cavalo para burro, e eles andam com problemas no motor. Toto Wolff e James Allison parece que anteciparam o seu regresso a Brackley para ver o que se passa com o W10, e de uma certa maneira, parece confirmar os rumores que se ouvem desde o final do ano passado, que provavelmente o novo motor não é tão potente e tão veloz como a versão anterior, e que tem mais complicações que esperavam.

E hoje, um especialista escreveu no blog da Sky Sports o seguinte: 

"Ferrari meio segundo à frente? A ordem parece bem clara na verdade. Parece que a Ferrari tem talvez quatro ou cinco décimos sobre o resto". e na Formula 1, meio segundo é uma eternidade.

A ser verdade, parece que pela primeira vez desde 2008, a Scuderia tem uma chance real de ficar com ambos os títulos de Construtores, e quebrar uma ordem que existe desde 2014, com a Mercedes a ficar com tudo, e Lewis Hamilton a ser detentor de quatro dos cinco títulos conquistados, com Nico Rosberg a ficar com o campeonato que sobrou, em 2016. Resta saber até que ponto é que será dominante, e se haverá concorrência a beliscá-lo.

É que temos a Red Bull à espreita. É certo que têm o motor Honda, do qual ainda se estão a adaptar - e do qual se ouve uns rumores sobre as suas vibrações serem prejudiciais ao desempenho do resto do chassis - e também não sabemos qual é o seu ritmo de corrida. E se conseguem ser melhores que a Toro Rosso nesse campo. Normalmente, a Red Bull compensava em termos aerodinâmicos pelas fraquezas do motor que tinha - andou de Renault desde 2007 e foi com ela que venceu os quatro campeonatos de pilotos e construtores, entre 2010 e 2013 - e este ano têm uma Honda que pretende fazer um trabalho bem melhor que tem feito até aqui, na Toro Rosso.

Até agora, parece estar ao ritmo da Mercedes, e poderá espreitar por bons resultados. Parece que Max Verstappen poderá ter um carro capaz de lutar pelo título. Mas da maneira como estão as coisas, o grande objetivo é fazer suar os Ferrari. E essa é a grande incógnita.

Ah... já ia esquecendo. A Sauber Alfa Romeo. Eles provavelmente vão dar "o pulo do gato" por causa da experiência de Kimi Raikkonen e a competência de pessoas como o Frederic Vasseur. Mudaram de nome, mas ainda não mudaram de casa - continuam em Hinwill - e vão ser cada vez mais a equipa B da Ferrari. Provavelmente usarão motores melhores, mas mesmo que usem umsa evolução do motor de 2018, como tem autonomia para fazer bons chassis, não ficaria admirado se pegassem em algum do "know how" e fizesse um melhor trabalho. A parte chata é que a luta pelo quarto posto no Mundial de Construtores vai ser bem renhida...

E a McLaren? Pode ser que não saia do seu lugar, o que até é o mínimo. Não anda de cavalo para burro, mas não tem mais um excelente afinador que era Fernando Alonso. Têm Carlos Sainz Jr, que não parece ser um piloto para altos vôos - pelo que se viu nos seus tempos da Renault. A dupla é totalmente nova, pois Lando Norris é um estreante absoluto, e ele tem de ver se tem estofo para correr num mundo totalmente novo. Talento têm, mas a pressão de um fim de semana de Formula 1 é diferente de um Formula 2 ou outra coisa qualquer. E a mesma coisa pode-se dizer do George Russell, na Williams.

E os habituais habitantes do meio do pelotão? E a Renault? A Racing Point e a Haas querem subir, é verdade, e parece que no caso da equipa americana, poderão ter um bom chassis. Agora é ter bons pilotos, capazes de o guiar, porque durante estes testes, a Haas pediu inesperadamente ao Pietro Fittipaldi, um dos netos do Emerson Fittipaldi, para que desse umas voltas ao carro, e cumpriu com distinção aquilo que lhe pediram. Já a Racing Point, parece estar discretos, mas tudo parece funcionar, o que poderá, como disse em cima, acirrar a disputa pelo meio do pelotão.

Quanto à Renault, arrisca a ser a desilusão do pelotão. Eles apostam para este ano a tal subida na classificação, interferir no trio Ferrari-Mercedes-Red Bull, mas pode ser que isso não aconteça por causa não só do chassis que não é uma maravilha, mas porque a concorrência aplicou-se e o sonho de serem os donos do quarto posto irem por água abaixo por não serem capazes. Pontuar mais vezes? Vamos a ver. Racing Point, Haas e Sauber-Alfa também tem essas aspirações..  

Em suma, parece que poderemos ter um líder e um habitante para a cauda do pelotão. O resto anda tudo tão uns ao lado de outros que tudo é possível. Não me surpreenderia ver a Haas ou a Sauber-Alfa na Q3, a Ferrari ficar com a maior parte das pole-positions, com o Max Verstappen a interferir e a Mercedes ser a desilusão do ano, a par da Renault. Mas ainda falta a segunda bateria de testes, que aocntecerá ao longo da semana que vêm.

Ah, só para finalizar: os carros estão cada vez mais resistentes. Para terem uma ideia, esta quinta-feira, cinco pilotos conseguiram fazer mais de cem voltas seguidas nos seus carros: Giovinazzi (Sauber-Alfa), 122 voltas, uma a mais de Leclerc; Gasly, com 110 uma a mais que Lando Norris; e o Toro Rosso de Alexander Albon. 

Youtube Formula 1 Presentation: A Formula 1 na Eleven Sports

A Formula 1 este ano, em Portugal, vai ser da Eleven Sports. Os seus narradores serão o Oscar Góis, acompanhados por João Carlos Costa e o Duarte Félix da Costa (o irmão do António Félix da Costa), que vêm da Eurosport, onde narram, entre outros, as provas da Formula E. 

A Eleven Sports, que ficou este ano com as transmissões televisivas da Formula 1 que pertenciam à Sport TV, está a promover um pacote onde o espectador poderá ver por 9.99 euros por mês... ou 99 euros por ano. Para terem uma ideia, a Formula 1 decidiu lançar no seu canal oficial um pacote onde os espectadores podem ver tudo isso por... 5.99 euros por mês, 49.99 euros por ano. Sem narração em português, diga-se.

Mas os narradores da Eleven Sports vão fazer algo que já não se vê há muito tempo: irão narrar "in loco" a sete corridas, uma delas será o GP da China, o milésimo GP da história da Formula 1.

Para se apresentarem ao mundo, decidiram fazer este video. 

Formula 1: Kubica reconhece que anda em carro "incompleto"

Depois da saga que foi a construção do chassis FW42, que aparentemente tinha defeitos de fabrico e quase levou a equipa para um principio de motim, que os faz ver os outros testar nos dois primeiros dias dos testes coletivos em Barcelona, o carro finalmente entrou em pista, primeiro com George Russell num "shakedown", e hoje com Robert Kubica ao volante, no sentudo de ver não só como anda o carro como também ver como é que este chassis está em relação à concorrência e se melhorou em relação ao ano passado.

Questionado sobre o que ele apreendeu durante o seu período de tempo no cockpit, na manhã de hoje o polaco de 34 anos disse: "Você pode ter uma ideia, não é como se o carro estivesse completamente pronto”.

"Eu acho que ainda há algo para colocar no carro, provavelmente não muito, mas com certeza há coisas que foram comprometidas. Não é certo que eu fale sobre isso, como eu disse antes eu estou aqui para dirigir, então tenho que me concentrar nisso. Finalmente eu tenho um carro, então espero que na semana que vem possamos nos concentrar em preparar melhor para a primeira corrida, porque está perto.", continuou.

Falando sobre os testes, o polaco não deixou de dizer que esteve muito tempo à espera de poder entrar no carro e fazer a sua ambientação ao FW42.

"Estou aqui desde a última sexta-feira. Nunca esperei tanto tempo para conseguir 12 ou 14 voltas para dirigir no meu próprio ritmo. Você apenas prepara o que pode. Não foram bons dias para toda a equipa, mas finalmente conseguimos o carro. No final, a equipa fez um bom trabalho para construir o carro o mais rápidamente possível. Claro que há alguns compromissos, acho que sim. Mas finalmente conseguimos o carro para que possamos nos concentrar em nosso trabalho e aguardar ansiosamente a próxima semana.", concluiu.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

CPR: Apresentado o Rali de Mortágua

Ainda não começou o campeonato nacional de ralis, e o Clube Automóvel do Centro decidiu apresentar ontem o esquema do Rali de Mortágua, terceira prova do campeonato, e que acontecerá nos dias 3 e 4 de maio. 

A grande novidade, contam os organizadores, serão duas zonas de provas especiais em que o público vai estar em ‘contacto’ permanente com os concorrentes, já que estes efectuam seis passagens no mesmo local: a primeira, segunda, quinta, sexta, nona e décima provas especiais de sábado. Em suma, serão duas classificativas com início comum, que afirmam ser inédito em Portugal, e que permitem passar no mesmo local seis vezes, permitindo que o público se mantenha no mesmo lugar, em Mortágua, sem que tenha de andar de um lado para o outro.

Para além disso, será disputada uma prova de "Qualificação” que decidirá a ordem de partida dos concorrentes. Vai ter quatro quilómetros de extensão e será efectuada nas proximidades do Parque de Assistência, facilitando a tarefa aos concorrentes, pois neste mesmo percurso será disputado o "shakedown".

Por causa destas novidades, serão realizadas 12 especiais de classificação, mais três que no ano passado.

O Rali de Mortágua, organizado pelo Clube Automóvel do Centro, terá lugar a 3 e 4 de Maio de 2019, e vai ser pontuável para o Campeonato de Portugal de Ralis e para o Campeonato Centro de Ralis.

Rumor do Dia: O GP mexicano está em perigo?

O GP do México poderá estar em perigo. Pelo menos, em termos de apoio governamental, este pretende acabar com ela dentro em breve. Desde 2015 que a Formula 1 está em terras mexicanas, após 23 anos de ausência. O local é o mesmo, o Autódromo Hermanos Rodriguez, que acolheu nas outras duas vezes em que a competição foi lá, entre 1963 e 70, e entre 1986 e 92, e entrou sempre na história como sendo a corrida mais alta do calendário, pois a Cidade do México se situa a 2245 metros acima do nível do mar.

Esta terça-feira, o presidente mexicano, Andres Manuel Lopez Obrador, decidiu que os cerca de 18,4 milhões de euros que o governo gasta para receber a Formula 1 serão aplicados num projeto ferroviário no Yucatan, o Tren Maya, que vai ligar Palenque a Cancun, com cerca de 1600 quilómetros de extensão. 

Não sei como são os contratos da Formula 1. Se eles não estiverem assinados, não poderemos [financiar]", começou por dizer. “Em alguns casos, os eventos foram financiados pelo fundo de desenvolvimento turístico e esse fundo está comprometido com a construção do Tren Maya. Nós não sabemos em que situação esses contratos [com Formula 1] são. Nós vamos revê-los", continuou.

Continuaremos apoiando todos os depsortos, mas com austeridade, sem excesso, sem desperdício”, concluiu.

É sabido que o GP mexicano terminará o seu contrato em 2019, e havia negociações entre a Liberty Media e o governo do anterior presidente, Enrique Peña Nieto, para o prolongar. Mas nada se sabia sobre as intenções do novo governo até que Lopez Obrador ter dito que iria acabar o apoio governamental.

Segundo afirmam os promotores, no ano passado, afirmaram que o evento causou um impacto económico de 1,3 mil milhões de dólares nos últimos três anos, afirmando ter sido “12,2 vezes o investimento original”. Isso colocaria esse "investimento original" em 106 milhões de dólares, 35,3 milhões por cada ano.

Também foi dito que a corrida atraiu mais de um milhão de espectadores nos seus primeiros três anos, tendo gerado 31.600 empregos e 248 milhões de dólares em lucros. A iniciativa de cortar o financiamento para a corrida foi sugerida no início deste mês por um dos aliados do presidente Lopez Obrador. 

Agora, resta saber se o GP mexicano, que acontecerá no fim de semana de 26 e 27 de outubro, será ou não a última visita da Formula 1 por aquelas bandas.

CPR: 59 pilotos inscritos no Rali Serras de Fafe

Vão ser 59 os pilotos inscritos no Rali Serras de Fafe, prova de abertura do campeonato nacional de ralis. Desses, 34 dos quais estarão do CPR, e dentro desses, existirão 25 R5 para competir nesta prova.

Dani Sordo é o cabeça de cartaz desta prova, mas terão mais estrangeiros. Os espanhóis Daniel Alonso e Alexander Villanueva estarão presentes, bem como os chilenos Alberto Heller e seu irmão, Pedro Heller, ambos participantes no WRC2.

Entre os nomes nacionais, destaca-se o regresso de Ricardo Moura, que vai fazer este rali e o dos Açores, a bordo de um Skoda Fabia R5, Pedro Meireles, que estreia aqui o seu Volkswagen Polo R5, bem como Bruno Magalhães, que regressa aos ralis nacionais a bordo de um Hyundai i20 R5, ao lado de Armindo Araújo, no Team Hyundai Portugal.

O Serras de Fafe arranca na sexta-feira, com a realização das três primeiras especiais, e o resto se cumprirá no dia seguinte.

CPR: Miguel Barbosa vai lutar pelo título

Ontem à tarde, no Porto, Miguel Barbosa apresentou o seu projeto para a temporada de 2019 do campeonato nacional de ralis. A poucos dias do Serras de Fafe, Barbosa mantêm a sua aposta no Skoda Fabia R5, numa temporada em que vai ter dois navegadores - Paulo Babo na fase de terra do campeonato, no asfalto será Jet Carvalho - afirma que este ano, a qualidade do pelotão aumentou em termos de quantidade e qualidade, mas isso não é impeditivo de lutar pelo título, como fez nos anos anteriores, especialmente em 2018.

As perspectivas mantêm-se, lutar pelo título, conscientes da quantidade e qualidade dos nossos adversários. Este campeonato não para de crescer, mas as nossas ambições mantêm-se. Estamos a trabalhar bem, confiantes, conscientes das nossas qualidades e capacidades e das armas que temos ao nosso dispor. Estamos muito bem servidos e portanto temos todas as condições para fazer um bom campeonato. O ano passado fizemos um campeonato com alguns erros, sobretudo na Madeira, e sem esse erro penso que as coisas poderiam ter sido diferentes. Podíamos ter estado a lutar pelo campeonato na última prova”, afirmou.

Com 59 inscritos, o rali Serras de Fafe, prova de abertura do campeonato, que acontecerá no final da semana, promete ser competitivo, e um pontapé de saída bem interessante para o campeonato que aí vêm.

A história de um desastre anunciado

Os testes de pré-temporada, em Barcelona, estão a decorrer... com uma notável ausência. A Williams, equipa com 42 anos de existência, vive tempos difíceis, e esperava que o seu chassis, o FW42, pudesse ser aquele que colocasse as suas performances ao nível dos seus pergaminhos. Contudo, desde domingo que todas as noticias relacionadas com o carro e a equipa são resumidas em uma só palavra: desastre. Em todos os sentidos, o carro que será pilotado por Robert Kubica e George Russell arrisca a ser o pior de sempre, e os seus elementos estão à beira... do motim.

E é sobre porque a razão a Williams virou uma Andrea Moda da vida que me vou dedicar a escrever nas linhas seguintes.

Os rumores surgiram no domingo à noite. O site "The Judge13", normalmente bem informado, com boas fontes, tinham largado o alerta. E eu deixei essa mensagem na página do Facebook deste blog, dizendo o seguinte:

"A Williams ai atrasar a estreia do FW42 por dois dias por causa de um probloema estrutural, de alinhamento.

Segundo conta o site "The Judge13", na sua conta do Twitter, o carro necessita de ser redesenhado por causa da instalação do sistema de arrefecimento dos travões. Um problema que detectaram na semana passada, quando estavam a construir o carro.

O que estão a fazer agora é construir um novo chassis, montar parte dele na fábrica e levar o resto às peças para Barcelona, na terça à noite, e depois estarem de pé o resto da noite para que tudo fique pronto na quarta-feira para que George Russell e Robert Kubica possam dar as suas voltas.

A fonte afirma o seguinte: "[O carro] foi mal desenhado. Não foi uma questão de construção. As partes não estão a alinhar direito e não se conseque construir um sistema de travagem [no carro] porque simplesmente, não cabe".

A ser verdade, é muito, muito grave. E claro, vai atrasar imenso o desenvolvimento do FW42."

Claro, houve quem não acreditasse nesta noticia, mas a realidade veio de uma certa forma calar os céticos. O carro, de fato, está em Barcelona, mas não rodou - apenas hoje deu as suas primeiras voltas. Mas poucas horas antes, nesta madrugada, dou de caras com este artigo do The Telegraph, e basicamente... arrasa a reputação da equipa na lama. Desde Claire, a filha de Frank, passando por Paddy Lowe e mais alguns. E nunca - sejamos honestos, nunca - pensei ler a palavra "motim" em relação à Williams. 


"A Williams está à beira de um motim total contra seu diretor técnico, Paddy Lowe, já que os problemas com a construção do seu carro de 2019 ameaçam privar a equipa do crucial período de testes de inverno pelo terceiro dia consecutivo. Mesmo com os padrões recentes - e sombrios - da equipa britânica, os eventos das últimas 48 horas vão além da paródia. Numa altura em que a Williams esperava estar a aperfeiçoar a sua máquina antes do primeiro Grande Prémio da temporada, em Melbourne, no mês que vêm, os engenheiros andam às voltas, furiosos, num hotel perto do Circuito da Catalunha, com o carro ainda preso na sua sede em Oxfordshire."

"Com o carro a estar presente em Barcelona apenas na madrugada de quarta-feira, a Williams esta trabalhando horas extra para garantir que ele esteja pronto para a sessão da tarde. Após o cancelamento do "shakedown" do Williams FW42 planeado para o final da semana passada, bem como a perda de dois dias e meio de testes, a paciência [da equipa] com Lowe, o chefe técnico da equipe, está no ponto de ruptura".

O artigo prossegue com duas coisas interessantes: primeiro, com o falhanço de Paddy Lowe no campo das responsabilidades dentro da equipa, e apesar de Claire Williams assumir as responsabilidades no dia-a-dia, não é suficiente, apesar da ajuda do pai para o campo geral. Nem Claire é Frank, nem Paddy é Patrick Head, o engenheiro que foi o braço-direito de Frank durante os seus tempos de auge, mesmo quando ele sofreu um grave acidente de viação em fevereiro de 1986, em Paul Ricard, que o deixou paralisado do pescoço para baixo.

E pelos vistos, vêm aí um documentário da Netflix onde mostra todas estas tensões a nu. Aparentemente, durante o fim de semana do GP do Mónaco de 2018, os funcionários da marca começaram a questionar as decisões, quer de Claire, quer de Paddy Lowe. E quem viu o documentário sofre o tio Frank, em 2017, lembra-se que as relações entre Claire e Jonathan, dois dos filhos de Frank, não são as melhores...

E para piorar as coisas, fala-se que este carro poderá ser dois segundos mais lento... que o carro de 2018. Que já não era muito veloz. Ir de cavalo para burro é muito mau, ainda por cima quando se sabe que o carro da temporada anterior era, em muitos aspectos, um dos piores do pelotão porque não tinha suficientemente "downforce".

Esta quarta-feira foi o primeiro dia de rodagem do carro. Contudo, ainda temos de esperar para ver como o carro se comportará em relação à concorrência. Não esperem milagres, é mais provável que este seja mais uma temporada de sofrimento. De uma equipa que detêm oito títulos mundiais.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Formula E: Wehrlein critica as táticas de corrida de Di Grassi

As voltas finais do ePrix do México ainda dão que falar. Pascal Wehrlein, que liderou a corrida até aos dez metros finais, sendo superado por Lucas di Grassi, não gostou nada dos seus métodos para que ele pudesse ficar com o primeiro posto. O alemão da Mahindra afirmou que ele teve um "uso excessivo da força" para conseguir aquilo que pretendia, especialmente na Curva 3, na última volta, que resultou numa penalização de cinco segundos ao alemão, que o fez descer do segundo para o sexto posto final.

"A maneira como ele guiava, usando-me como travão e [por causa disso] tive que ir direto, mas os comissários decidiram por uma penalidade de cinco segundos com a qual eu não concordo, porque [aquilo] não foi uma vantagem", disse Wehrlein ao e-racing365.

Eu tive que cortar [a chicane] porque estava lá e ele não me deixou espaço e tivemos algum contato. Quando segui em frente, diminuí a velocidade e uma curva depois ele estava novamente na minha traseira, empurrando-me para o canto. Mas nós apenas temos que aceitar isso", prosseguiu.

Contudo, Di Grassi afirmou que a defesa de Wehrlein foi agressiva demais e até merecia uma penalidade extra. 

"Na última volta, estava atrás dele e simulei ir para o lado de fora [para o enganar] e ele deixou uma abertura pequena o suficiente para ir dentro entre a parede e o meio-fio e eu aproveitei", explicou di Grassi.

Di Grassi, que se tornou no quarto vencedor diferente da temporada da Formula E, é agora o quarto classificado, com 34 pontos, menos 19 que o líder, o belga Jerome D'Ambrosio, o companheiro de equipa de Wehrlein na Mahindra. A Formula E prossegue a 10 de março, em Hong Kong.

WRC: Hyundai alinha com Sordo e Loeb na Córsega

A Hyundai anunciou esta terça-feira o seu alinhamento para o Rali da Córsega, e a grande novidade foi que Anderas Mikkelsen foi preterido em favor de Dani Sordo, que correrá ao lado de Sebastien Loeb e Thierry Neuville.

A estrutura sediada na cidade alemã de Alzenau justifica esta mudança, apenas para o rali corso, com o facto de querer ter disponível os dois peritos em asfalto que são Loeb e Sordo. Tudo isto para maximizar as chances no mundial de construtores. Quanto a Mikkelsen, apesar de ter sido quarto classificado na Suécia e de ser oitavo na geral, com 12 pontos, a sua ideia de ser o segundo piloto da marca pode ter ido por água abaixo.

O Rali da Córsega vai acontecer entre os dias 28 a 31 de março.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

WRC 2019 - Rali da Suécia (Final)

Depois de Sebastien Ogier em Monte Carlo, na Suécia foi a vez de Ott Tanak, dando mais uma vitória à Toyota e establecendo assim a sua candidatura ao título mundial, a par de Thierry Neuville e Sebastien Ogier. Nas três classificativas finais desta prova, o piloto estónio acabou como vencedor, 53,9 segundos na frente de Esapekka Lappi e 56,7 segundos na frente de Neuville, no seu Hyundai.

No final do rali, após as comemorações no pódio, que o deixaram no comando do campeonato, o estónio resumiu o seu sentimento em relação ao fim de semana:

É incrível. Sei o quanto o meu grande amigo Markko [Martin] tentou vencer aqui na Suécia, e ele esteve muito perto. Estou muito feliz por finalmente termos conseguido e por termos agora esta vitória na equipa agora. Na Power Stage, voltei a seguir um bom ritmo. Apenas conduzi um pouco mais rápido do que o normal, mas ainda assim sem riscos. Foi um bom troço”, começou por dizer o estónio de 31 anos.

“Tivemos um fim de semana muito bom. A sexta feira foi o momento chave em que tivemos de passar para minimizar a perda de tempo devido às condições da estrada, mas depois disso apenas conduzimos com um bom ritmo e o menor risco possível. Hoje foi uma questão de poupar os pneus para a Power Stage e depois dar o máximo. Tivemos uma corrida muito boa e tudo estava a funcionar muito bem, por isso estava muito confortável no carro. Temos uma equipa muito forte e é óptimo termos este tipo de resultado no início da época”, continuou o piloto da Toyota.

Com três especiais até ao fim do rali, bastou a Tanak controlar o andamento. Latala venceu na especial 17, e Elfyn Evans a 18, antes de na Power Stage, o melhor ter sido Tanak, logo, conquinstou mais cinco pontos dos 25 da vitória. Neuville foi o segundo, com Evans em terceiro.

Depois dos três primeiros, Anderas Mikkelsen foi o quarto, a um minuto e cinco segundos, conseguindo ficar na frente de Kris Meeke, a um minuto e 8,2 segundos. Elfyn Evans foi o quinto, a um minuto 38,8 segundos, na frente de Sebastien Loeb. Pontus Tidemand foi o oitavo, no seu Ford oficial, na frente do melhor dos R5, o Volkswagen de Ole Christian Veiby e o Ford do veterano finlandês Jahne Tuohino.

Agora, o WRC volta a correr em março, em terras mexicanas. 

CPR: Pedro Meireles apresentou o seu carro para 2019

No fim de semana que passou, Pedro Meireles mostrou por fim o seu Volkswagen Polo R5 para o campeonato nacional de ralis, que terá o seu começo nos dias 22 e 23 de fevereiro no rali Serras de Fafe. Em Guimarães, e com o seu navegador Mário Castro, ambos têm altas expectativas sobre a nova máquina que trouxeram a um pelotão cada vez melhor recheado de carros.

"Pelas primeiras impressões que o Polo nos transmitiu, podemos já dizer que é um carro bastante competitivo. É tudo ainda muito novo para nós e sabemos que temos muita margem para evoluir, mas a nossa ambição é sempre ser competitivos, e ser competitivos, para nós, implica lutar pela vitória”, começou por dizer.

Felizmente para todos, o CPR está cada vez mais disputado e a prova inaugural, em Fafe, vai reunir um leque de pilotos fantástico, com praticamente todos os grandes nomes nacionais dos últimos 20 anos e ainda algumas estrelas internacionais. Temos por isso consciência que a concorrência é muito forte e que a tarefa é extremamente difícil, mas o nosso objetivo será sempre lutar pela vitória em todas as provas que disputarmos.”, continuou.

A preparação do carro ficará a cargo da Racing 4 You, uma preparadora de Caldas das Taipas, pertencente ao também piloto Manuel Castro.

Desde que o Pedro nos comunicou a vinda do Polo GTI R5 começamos a tomar medidas por forma a que Racing 4 You proporcione as condições ótimas para este projeto. A estrutura cresceu e hoje contamos com um profissional ex-Volkswagen Motorsport, com experiência neste novo carro, que será unicamente responsável pelo Polo GTI R5.”, concluiu.

Apresentações 2019 (X) - O Sauber Alfa Romeo C38 Ferrari

Só faltava a Alfa Romeo Sauber apresentar o seu chassis para que o pelotão de 2019 da Formula 1 fosse mostrado ao mundo. Em Barcelona, palco dos testes coletivos, Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi mostraram o C38, provavelmente o último carro nessa designação. Com um design agressivo ao nível da asa dianteira e um nariz semelhante aos do resto do pelotão para ir de encontro aos novos regulamentos da asa dianteira, o carro está pronto para encarar o resto do pelotão nos seus objetivos, que é de ficar no meio do pelotão.

Para Kimi Raikkonen, aos 39 anos, é um regresso à equipa que o colocou na Formula 1, em 2001. E para ele, este regresso é para uma equipa onde existe muito menos politica do que existia na Ferrari. “Aqui a atmosfera certamente é mais relaxada, está tudo focado nos aspectos das corridas e tem menos política. Acho que é mais fácil para todos", começou por dizer.

O finlandês aproveitou para elogiar Frederic Vasseur, o atual diretor desportivo da equipa, que não conhecia pessoalmente, apesar de ter conhecimento do seu sucesso na ART.

Obviamente, eu sabia como a sua equipa se tinha saído na F2, na GP2 e na GP3. Mas, pessoalmente, eu não o conhecia até chegar na Alfa Romeo, e devo dizer que ele me parece alguém muito das corridas, focado no que é necessário para chegar na pista e se sair bem”, seguiu.

Quanto a Giovinazzi, que têm uma pequena experiência em 2017, esta sua entrada para a primeira temporada a tempo inteiro, afirma ter gostado do entrosamento com Kimi. "Nos últimos meses, conversei mais do que nos dois anos anteriores na Ferrari", começou por dizer. "Ele é é bom e transparente. Acho que é uma ótima oportunidade ter a chance de trabalhar com ele", continuou.

Sobre a sua primeira oportunidade na Formula 1, dois anos antes, e com apenas duas corridas no currículo, o italiano afirma que as circunstâncias foram diferentes. "Aquela não foi uma oportunidade real. Estreei em Melbourne sendo convocado no sábado de manhã e sem conhecer a pista, sem fazer nenhuma preparação. Foi uma sensação estranha, não conhecia o carro nem o grupo de trabalho. Me Encontrei-me num mundo distante do qual estava acostumado na Formula 2. Tudo novo, mas quando vi a bandeira de xadrez fiquei feliz com meu trabalho", completou.

CPR: Fontes quer alcançar o título

Para a nova temporada que se avizinha, José Pedro Fontes deseja alcançar o título nacional. A bordo do seu Citroen C3 R5 e com Inês Ponte como navegadora, ambos tem preparado afincadamente para uma temporada em que, por um lado, pretendem retomar o caminho das vitórias, e, por outro, revalidar os títulos que, em conjunto, alcançaram em 2016, antes do acidente no Rali de Portugal de 2017 ter interrompido a trajetória vitoriosa.

A pouco menos de uma semana do primeiro rali do ano, no Serras de Fafe, Fontes afirma que a aposta no Citroen C3 R5 é vencedora, onde alinhará em oito dos nove ralis que acontecerão em 2019.

É com enorme alegria que anunciamos o nosso regresso ao CPR como dupla oficial do Citroën Vodafone Team. Depois deste longo intervalo que a Inês foi obrigada a fazer, para lhe garantir uma total recuperação, seguindo à risca as instruções das equipas médicas, estão agora reunidas as condições para que possamos, em conjunto, voltar a lutar pelas vitórias nos diferentes ralis deste ano.”, começou por dizer. 

Apostando no nosso novo C3 R5, carro com que o Citroën Vodafone Team já conquistou algumas vitórias em 2018, o nosso principal objetivo consiste, naturalmente, em garantir novas vitórias em 2019 e, com isso, a revalidação dos títulos de Pilotos e Navegadores que, em conjunto, alcançámos em 2016, e que se juntou ao título de 2015 que conquistei com o Miguel Ramalho. Para o efeito, temos vindo a realizar vários testes, de modo a que possamos alcançar, já em Fafe, um bom resultado,” acrescentou.

“Com esta conjugação de fatores, penso estarmos na posse dos elementos necessários para que possamos dar à Citroën Vodafone Team e aos nossos habituais patrocinadores – Milaneza, ExpressGlass, Total e Pirelli, para além, claro está, da Vodafone e da Citroën – não só o retorno desta sua renovada e já longa aposta, como também as alegrias dos festejos decorrentes dos bons resultados. Estamos cientes da evolução do parque dos ralis nacionais, nomeadamente ao nível da categoria R5 onde nos inserimos, com um conjunto de equipas muito competitivas e bem preparadas, mas tal apenas nos dará mais alento para atingir os nossos objetivos.”, concluiu.

O Rali Serras de Fafe, palco da prova de abertura do Nacional de Ralis, acontecerá nos dias 22 e 23 de fevereiro, nas estradas à volta de Fafe e é organizado pela DemoPorto.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

A imagem do dia

Hoje é dia da realização de mais uma das provas mais importantes do automobilismo americano, o Daytona 500. Mas hoje recuo 40 anos no tempo - menos um dia - para recordar um momento inesquecível para os americanos, e que milhões viram na televisão em direto, num momento que marcou toda uma geração. à esquerda, de capacete colocado, é Donny Allison, com o seu irmão Bobby Allison logo atrás, e à direita, fulo da vida, é Cale Yarborough. E ambos perderam a chance de vencerem a Daytona 500, a prova mais importante da NASCAR.

Tudo aconteceu a 18 de fevereiro de 1979 - daí os 40 anos menos um dia - e na parte final da prova, Allison e Yarborough disputavam a vitória. A NASCAR, dizendo melhor, as suas origens, vêm do sul profundo, de "rednecks" que por alturas da Proíbição, meio século antes, artilhavam os seus carros para serem velozes e fugirem dos carros da policia. E claro, os seus pilotos não foram própriamente criados na "Ivy League", nem andaram com os Venderbilts...

Aquela corrida tinha outra particularidade naquele ano. A CBS decidiu transmitir a corrida em direto, do principio até ao fim, narrado por Ken Squier de David Hobbs. Antes disso, havia provas transmitidas na televisão americana, mas nunca em direto e na íntegra. Por exemplo, se quisessem ver as 500 Milhas de Indianápolis, tinham de ouvir o rádio, para mais tarde verem na televisão, em diferido, os melhores momentos da corrida.

E o facto da televisão fazer uma coisa dessas contribuiu para a sua consequente popularidade nos anos seguintes. Mas o elemento alavancador não foi a emoção da corrida, mas sim... uma zaragata. Diremos que foi a fome de vencer era tanta que não havia mais nada.

Tudo aconteceu na última volta. Allison e Yarborough disputavam a vitória, lado a lado, e nenuhum deles queria ceder. Eis o que foi narrado naquele momento. É longo, mas vale a pena ler.

David Hobbs: A bandeira branca foi mostrada. Esta é a última volta.

Ken Squier: Aguardem... aguardem por uma chegada em 'photo finish'. Dois dos maiores por aqui, lutando pelo primeiro lugar, passando por alguns dos retardatários; esta é a última volta. Tentando levar para casa, tudo se resume a isso. Fora da curva dois, Donnie Allison em primeiro. Por onde Cale fará sua jogada? 

"(Yarborough tenta ultrapassá-lo)" 

Ele vem para dentro. Donnie Allison joga o bloco. 

"(Os dois carros colidem e batem na parede)" 

Cale bate nele! Ele desliza! Os slides de Donnie Allison! Eles batem novamente! Eles subiram a curva! Eles estão batendo na parede! Eles estão de frente para a parede! Eles deslizam para dentro. Vamos assistir a esses carros do terceiro lugar. Eles estão fora disso! Quem vai ganhar? Descendo ao terceiro lugar, A.J. Foyt e Richard Petty estão a chegar à última volta. Imediatamente vêm agora os líderes. Dois carros estão fora. Na parte de trás estão os líderes, observando os líderes que virão - eles ainda estão [nas curvas] três e quatro. Os líderes estão nas curvas três e quatro. Descendo, Richard Petty está na frente, Darrell Waltrip está em segundo, A. J. Foyt está em terceiro. Aqui eles vêm, Waltrip tentando passá-lo... "(mas Petty bloqueia-o)" ... Petty está na frente. Na linha ... "(as bandeiras quadriculadas e cautelosas acenam no estandarte da bandeira)" Waltrip para dentro ... Petty ganha!!! Nas boxes, todos loucos, a tripulação do Petty está lá, pulando para cima e para baixo, Richard Petty ganhou!"

Hobbs: "Richard Petty ganhou seu 6º Daytona 500 e a platéia aqui está ficando louca!"

Squier: "Bem, lá está ele depois de um ano inteiro sem uma vitória enquanto os dois líderes se enredam nas suas costas. Eles jogaram o bloqueio; não funcionou. AJ Foyt puxa para cima para parabenizar Petty. Não importa o quão duro AJ lute quando acabar, ele é um cavalheiro. Vamos olhar novamente para aquele acidente ". 

(passagem para o replay em câmera lenta do acidente de Yarborough / Allison)

"Aqui está, eles já estão na curva, girando, deslizando. As esperanças de Donnie Allison desaparecem. Cale Yarborough tentando ganhar seu terceiro [Daytona 500], ele está fora. Um momento triste para essas pessoas, mas para Richard Petty, machucado durante todo o ano passado, dirigindo a maior parte do ano com um corpo quebrado, chega em casa como um vencedor hoje, depois de 45 derrotas consecutivas. podemos, nós deveríamos estar na estrada do poço. Diga às pessoas no caminhão só por um momento. Vai ser alguma cena, só um momento. O filho de 18 anos de Richard Petty, Kyle ... "(que tinha apenas começou sua carreira de piloto)"... lá fora, esperando por seu pai. Eles têm os dois, ambos provaram o sucesso ..." (Kyle venceu o Daytona ARCA 200 na semana anterior. Square-wipe até o final). "Aqui está o fim novamente, senhoras e senhores. Richard Petty."

Hobbs: "Darrell Waltrip, absolutamente lutando contra esse carro. Ele pegou as rodas da esquerda no apartamento no banco e estava realmente fora de controle lá."

Squier: "E aí vem um carro de 60.000 dólares a se tornar num autocarro escolar de 22 passageiros para trazer sua tripulação à pista da vitória. Richard Petty, o grande mestre, acaba de gravar sua 186ª carreira -" 

(Corte para o local do acidente, onde Yarborough, Donnie e Bobby Allison estão à luta) 

"E há uma briga entre Cale Yarborough e Donnie Allison!! Os ânimos transbordam; eles estão com raiva. Eles sabem que perderam. E que amarga derrota."

Enquanto uns comemoravam e outros andavam à pancada, os espectadores viam tudo entre o assombrado e o espantado. Para aumentar as coisas, naquele dia, havia uma tempestade de neve em boa parte da costa Leste, obrigando as pessoas a ficarem em casa e a verem todo este espectáculo. No dia seguinte, as pessoas não falavam outra coisa senão na corrida... e no espectáculo nas laterais.Alogo do qual não mais foi esquecido na história do automobilismo americano, e da NASCAR.

Quanto ao resto... Yarborough, que já tinha ganho dois Daytona 500 em 1968 e 77, voltaria a ganhar em 1983 e 84. Bobby Allison, vencedor no ano anterior, iria ganhar mais duas vezes, em 1982 e 88, mas Donnie, que ia a caminho da vitória, não mais teve uma chance como aquela. pois um acidente sério em 1981 praticamente terminou com a sua carreira. Hoje em dia, é comentador televisivo.

Os carros envolvidos no acidente estão hoje em dia no museu de Daytona, tal qual como acabaram naquela corrida de há 40 anos.