sábado, 23 de fevereiro de 2019

CPR 2019 - Rali Serras de Fafe (Final)

Dani Sordo chegou, viu e venceu com sobras. Um minuto e 14 segundos de avanço sobre o segundo classificado, o algarvio Ricardo Teodósio, foi o que fez o piloto espanhol, nesta sua incursão a bordo de um R5 providenciado pela Hyundai Portugal, num campeonato cada vez mais competitivo, com mais de 25 carros dessa mesma classe, com alguns, como Pedro Meireles, a estrear a sua nova montada, um Volkswagen Polo R5.

No final, entre os portugueses, o melhor foi Ricardo Teodósio, no seu Skoda Fabia R5, que acabou com um avanço de dez segundos sobre Miguel Barbosa, noutro Skoda Fabia R5. Ambos ficaram na frente de Ricardo Moura, também num Skoda Fabia R5, a um minuto, 29,5 segundos.

"Ontem fiz um "tête" no primeiro troço e perdemos logo cerca de dez segundos. Depois, fomos a recuperar nos troços seguintes, a ser o melhor entre os portugueses - o Dani Sordo é quase impossivel de apanhar. Hoje viemos sempre a atacar forte, excepto nos dois últimos troços, porque o carro ficou com um problema de caixa", afirmou.

Depois das quatro especiais de ontem, dia de hoje era longo, pois tinham na frente as restantes dez especiais de classificação. Começava logo de manhã por passagens duplas por Ruivães, São Pedro e Aboim/Rio Vizela. Todas elas foram vencidas por Sordo, com Armindo a ser melhor português, batendo Teodósio e o chileno Alberto Heller em Ruivães, enquanto Ricardo Moura era oitavo, perdendo 10.3 segundos e cedendo o segundo posto da geral ao piloto algarvio.

Em São Pedro, com Sordo a limpar a estrada... e a vencer, Armindo continuou a ser o melhor, batendo Miguel Barbosa por pouco mais de quatro segundos. Alberto Heller era o quarto, a 5,3 segundos, na frente de Ricardo Teodósio, a 5,8. Ricardo Moura era nono, perdendo onze segundos, e tudo por causa da sua ordem na estrada, e tinha o terceiro posto em perigo. Armindo Araújo perdeu mais tempo devido a um pião, que obrigou o seu navegador a sair do carro e empurrarm porque a marcha atrás não engrenava... 

Quanto a Moura, a abertura na estrada voltou a prejudicá-lo em Aboim/Rio Vizela, sendo oitavo, perdendo 10,5 segundos e caindo para o quinto posto da geral. Mas nessa mesma especial, Ricardo Teodósio fora segundo e mantinha o mesmo lugar na geral, agora a 31,7 segundos de Sordo.

Nas segundas passagens pelas mesmas classificativas, a partir do PEC8, Sordo dominava e a luta pelo melhor português parecia ir para Teodósio, logo, o maior motivo de interesse tinha a ver com o lugar mais baixo do pódio. E aí, Armindo Araújo teve um problema que os fez perder mais de meio minuto, acumulado com os que já tinham tido antes. Com isso, caiu para o sexto posto. 

"O nosso acelerador ficou no máximo, não sabíamos o que era, tivemos de parar o carro no troço várias vezes, viemos a descobrir que se soltou uma bomba de ar como das bicicletas, não conseguiamos acelerar, o pedal ficava no máximo, perdemos muito tempo", disse o piloto de Santo Tirso.

Na segunda passagem por São Pedro, a diferença entre Teodósio e Barbosa era agora de vinte segundos na geral, embora tenha sido este último o melhor entre os portugueses. Ricardo Moura a não sofria com a abertura na estrada, mas foi sexto na especial, a 5,9 segundos do vencedor, e tinha Barbosa em mira, com Bruno Magalhães e José Pedro Fontes atrás de si.

E era essa esperança que tinha o piloto do Citroen C3 R5. "Nas segundas passagens o carro funcionou muito bem, estamos satisfeitos com o carro nessas condições e penso que entramos na luta do que seria normal. Agora temos uma pequena hipótese de chegar ao pódio nacional, vamos tentar.", comentou, no final desta especial.

Na segunda passagem por Aboim/Rio Vizela, continuava a luta Barbosa-Teodósio, mas a vantagem mantinha-se na casa dos vinte segundos, e o piloto algarvio estava cada vez mais perto da vitória. 

Pela tarde, com as passagens duplas por Montim e Lameirinha, com o famoso Salto da Pedra Sentada, houve a primeira especial vencida por um local, quando Armindo Araújo bateu Sordo por 1,5 segundos, e ainda por cima, Moura empatou com o piloto espanhol. Teodósio foi quarto, a 5,6, mas o que lhe interessava era ficar na frente de Barbosa, que na especial tinha sido 11º, perdendo 11,1 segundos, e aumentando para 25 os segundos que tinha para Teodósio. E Ricardo Moura aproximava-se...

Nessa mesma especial, Pedro Meireles acabava por desistir com o seu Volkswagen, quando seguia na oitava posição.

Armindo continuava a ser o melhor português na Lameirinha, de novo vencida por Sordo com 2,7 segundos de vantagem, enquanto Teodósio era terceiro, mais veloz que Moura, o quarto na especial. Barbosa era quinto, na frente de Fontes e Bruno Magalhães.

As duas últimas classificativas vieram simplesmente confirmar a vitória de Sordo e o segundo posto - e a vitória nacional - a Teodósio. Ambos foram primeiro e segundo na penúltima especial, e na última, o piloto algarvio perdeu tempo, mas não teve o segundo lugar em perigo.

No final, questionado sobre esta vitória, o piloto algarvio afirmou: "A primeira já cá está, agora vamos a ver se conseguimos mais. Foi bom, fiquei contente com o andamento".

Depois dos três primeiros, Ricardo Moura foi o quarto, enquanto José Pedro Fontes foi o quinto, a 1.56,8 segundos, na frente de Bruno Magalhães. Armindo Araújo foi sétimo, a dois minutos, 29,5 segundos, na frente dos irmãos Heller, com Alberto a ser melhor que Pedro. Pedro Almeida, no seu Skoda Fabia R5, fechu o "top ten", a 3.40,8 segundos.

Agora, máquinas e pilotos rumam aos Açores, onde dentro de um mês acontece o rali local, que também conta como prova de abertura do Europeu de Ralis.

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